terça-feira, 30 de setembro de 2008

A Nova Terra

No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Depois do Juízo final, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e alma, e o próprio Universo será renovado . . (CIC 1042 )
A esta misteriosa renovação , que há-de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura chama "os Novos Céus e Nova Terra" (2Pe 3,13). Será a realização definitiva do desígnio divino de " reunir sob a chefia de Cristo todas as coisas que há nos Céus e na Terra" (Ef 1,10) (CIC 1043)
As pessoas querem acreditar em ETs só porque a Bíblia nunca negou isso, mas recusam-se a acreditar no fim dos tempos e a vinda de uma Nova Terra no qual sempre se falou.
Tem-se esperança em tudo nesse mundo, menos no Reino de Deus que o Senhor irá instaurar.
Mensagens de Nossa Senhora ao Pe Gobbi:
"A Criação voltará a ser um novo jardim onde Cristo será glorificado por todos." (3 de Julho de 1987).
"É o Seu Glorioso Retorno (de Jesus), para instaurar entre vós o Seu Reino e reconduzir toda a humanidade, redimida pelo Seu Sangue preciosíssimo, ao estado do seu Novo Paraíso Terrestre; o que se prepara é uma coisa tão grande que nunca houve desde a criação do mundo. " (13 de Outubro de 1990)
"Então, toda a Criação, libertada da escravidão do pecado e da morte, conhecerá os esplendores de um Segundo Paraíso Terrestre, no qual Deus habitará convosco." (8 de Setembro de 1990)
"...o milagre da Divina Misericórdia, na potência do Espírito Santo, renovará a face da Terra e ela tornar-se-á um Jardim Perfumado e Precioso, onde a Santíssima Trindade se reflectirá complacente e receberá de todo o universo criado a sua maior glória." (7 de Outubro de 1995)
E só vai acontecer depois das tribulações e da "aparente" vitória do mal:
"Dia virá em que o meu adversário julgará ter obtido completa vitória sobre o mundo, sobre a Igreja e sobre as almas."
"Será somente então que Eu intervirei - terrível e vitoriosa - para tornar sua derrota tanto maior quanto mais convencido estava de ter vencido para sempre." (18 de Outubro de 1975)
"No momento em que Satanás se sentar como senhor do mundo e se sentir vencedor, Eu mesma arrancarei das suas mãos a presa. Encontrar-se-á, como por encanto, com as mãos vazias e por fim a vitória será só minha e do meu Filho: este será o triunfo do Meu Coração Imaculado no mundo."
"Será de admiração para os próprios Anjos de Deus; alegria para todos os justos da terra; misericórdia e salvação para grande número dos meus filhos perdidos; condenação severa e definitiva para Satanás e para os seus numerosos sequazes." (19 de Dezembro de 1973)
Conforme as Escrituras:
" Aguardando, e desejando ardentemente a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e os elementos, ardendo, se fundirão.Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova Terra , nos quais habita a justiça." 2Pedro 3,12.13
"E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe." Apocalipse 21,1
Porque...
"Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo ; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui" João 18,36
E mais profecias:
Mensagem de La Salette:
" Então a água e o fogo purificarão a Terra e consumirão todas as obras do orgulho dos homens e tudo será renovado : Deus será servido e glorificado."
J.N.S.R., "Testemunhas da Cruz", 5 de Novembro de 1996:
O vosso dinheiro, acumulado para eventuais necessidades que pudessem sobrevir, enquanto as crianças de guerras impiedosas morrem actualmente de fome e de doença, porque a sua pobreza ultrapassa tudo quanto os Anticristos puseram em acção para matar o Bem de Deus, a Vida, esse dinheiro irá desaparecer como fumo .
J.N.S.R., "Testemunhas da Cruz", 29 de Junho de 1995
Eu quero unir-vos para sempre, os da Terra e os dos Céus, no mesmo Reino Eterno em que tudo é de Deus, tudo está em Deus, tudo é para Deus .
Ouvi na Praça de São Pedro, no dia 16 de Outubro de 2003, o Papa João Paulo II dizer no fim da sua homilia:"Deveis viver na expectativa da Vinda Gloriosa de Jesus".
Outra Homilia:
AUDIÊNCIA de João Paulo II

Quarta-feira 31 de Janeiro de 2001
Para um Novo Céu e uma Nova Terra
Queridos Irmãos e Irmãs,
1. A Segunda Carta de Pedro, recorrendo aos símbolos característicos da linguagem apocalíptica usada na literatura judaica, indica a nova criação como uma flor que desabrocha da cinza da história e do mundo (cf. 3, 11, 13). É uma imagem que marca o livro do Apocalipse, quando João proclama: "vi, depois, um novo Céu e uma nova Terra, porque o primeiro Céu e a primeira Terra haviam desaparecido, e o mar já não existia" (Ap 21, 1). O apóstolo Paulo, na Carta aos Romanos, descreve a criação que geme sob o peso do mal, mas destinada a "ser, também ela, libertada da servidão da corrupção para participar, livremente, da glória dos filhos de Deus" (Rm 8, 21).
A Sagrada Escritura insere desta forma quase um fio de ouro no meio das debilidades, misérias, violências e injustiças da história humana e conduz para uma meta messiânica de libertação e paz. Sobre esta sólida base bíblica, o Catecismo da Igreja Católica ensina que "o Universo visível é, pois, também ele destinado a ser transformado, "a fim de que o próprio mundo, restaurado no seu estado primitivo, esteja sem mais nenhum obstáculo ao serviço dos justos" , participando na sua glorificação em Jesus Cristo Ressuscitado" (CIC, 1047; cf. Santo Ireneu, Adv haer., 5, 32, 1). Então finalmente, num mundo pacificado, "a terra está cheia da ciência do Senhor, tal como as águas que cobrem o mar" (Is 11, 9).
2. Esta nova criação, humana e cósmica, é inaugurada com a ressurreição de Cristo, primazia daquela transfiguração a que todos estamos destinados. Paulo afirma isto na Primeira Carta aos Coríntios: "Cristo, como primícias; depois os que são de Cristo, por ocasião da sua vinda. Depois virá o fim, quando entregar o Reino de Deus Pai (...). O último inimigo a ser destruído será a morte... a fim de que Deus seja tudo em todos" (1 Cor 15, 23-24.26.28).
Sem dúvida, é uma perspectiva de fé que por vezes pode ser tentada pela dúvida, no homem que vive na história sob o peso do mal, das contradições e da morte. Já a citada Segunda Carta de Pedro narra isto, reflectindo a objecção dos que suspeitam e são cépticos ou até "escarnecedores cheios de zombaria" que perguntam: "Onde está a promessa da Sua vinda? Desde que os nossos pais morreram, tudo continua da mesma maneira, como no princípio do mundo" (2 Pd 3, 3-4).
3. Eis a atitude desencorajada dos que renunciam a qualquer empenho em relação à história e à sua transformação. Estes estão convencidos de que nada pode mudar, que qualquer esforço é vão, que Deus está ausente e não se interessa minimamente por este minúsculo ponto do universo que é a Terra. Já no mundo grego alguns pensadores ensinavam esta perspectiva e a Segunda Carta de Pedro talvez reaja também a esta visão fatalista com evidentes aspectos práticos. De facto, se nada pode mudar, que sentido tem esperar? A única coisa é pôr-se à margem da vida, deixando que o movimento repetitivo das vicissitudes cumpra o seu ciclo perene. Nesta perspectiva muitos homens e mulheres já caíram na margem da história, sem confiança, indiferentes a tudo, incapazes de lutar e de esperar. Pelo contrário, a visão cristã é ilustrada por Jesus de maneira clara, quando, "interrogado pelos fariseus sobre quando chegaria o reino de Deus, lhes respondeu: "O reino de Deus não vem de maneira ostensiva. Ninguém poderá afirmar: Ei-lo aqui ou ali, pois o reino de Deus está dentro de vós"" (Lc 17, 20-21).
4. À tentação de todos os que imaginam cenas apocalípticas de irrupção do Reino de Deus e de todos os que fecham os olhos entorpecidos pelo sono da indiferença, Cristo opõe a vinda sem clamor dos novos céus e da nova terra. Esta vinda é semelhante ao escondido mas fervoroso germinar da semente na terra (cf. Mt 4, 26-29).
Por conseguinte, Deus entrou nas vicissitudes humanas e no mundo e procede silenciosamente, esperando com paciência a humanidade, com os seus atrasos e condicionamentos. Ele respeita a sua liberdade, apoia-a quando ela é atormentada pelo desespero, condu-la de etapa em etapa e convida-a a colaborar no projecto de verdade, de justiça e de paz do Reino. Por conseguinte, a acção divina e o empenho humano devem entrelaçar-se entre si. " A mensagem cristã não afasta os homens da construção do mundo nem os incita a desinteressar-se da sorte dos seus semelhantes: impõe-lhes, ao contrário, um dever mais rigoroso " (Gaudium et spes, 34).
5. Desta forma, abre-se diante de nós um tema de grande relevo que interessou sempre a reflexão e a obra da Igreja. Sem cair nos extremos opostos do isolamento sacro e do secularismo, o cristão deve exprimir a sua esperança também no interior das estruturas da vida secular . Se o reino é divino e eterno, ele está contudo espalhado no tempo e no espaço: está "no meio de nós" como diz Jesus.
O Concílio Vaticano II realçou com vigor este vínculo íntimo e profundo: "a missão da Igreja é não só levar a mensagem e a graça de Cristo a todos os homens, mas também impregnar e aperfeiçoar com o espírito evangélico a ordem temporal" (Apostolicam actuositatem, 5). A ordem espiritual e a temporal, "embora distintas, estão de tal maneira unidas no único desígnio de Deus, que o próprio Deus deseja reintegrar, em Cristo, todo o mundo numa nova criatura, que começa na terra, e atinge a plenitude no último dia" (ibid.).
Animados por esta certeza, o cristão caminha com coragem pelas estradas do mundo, procurando seguir os passos de Deus e colaborando com ele para fazer surgir um horizonte no qual "amor e fidelidade se encontrarão, justiça e paz se beijarão" (Sl 85 [84], 11).

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