segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Herdeiros da Vitória de Jesus

“Então o que está assentado no trono disse: “Escreve, porque estas  palavras são fiéis e verdadeiras.” Novamente me disse: “Está pronto! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Começo e o Fim. A quem tem sede darei gratuitamente de beber da fonte da água viva. O vencedor herdará tudo isso; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (Ap 21, 5-7)
Padre Rufus [responsável mundial pelo Ministério de Cura e Libertação do ICCRS] testemunhou sobre a libertação instantânea de uma pessoa cuja vida estava destruída pelo alcoolismo. Ele conta que tudo o que fez foi colocar essa pessoa diante de um crucifixo e proclamar a ela a salvação que Jesus nos conquistou na cruz. Então Jesus vivo, real, presente ali, libertou-a do vício e do pecado, porque o Inimigo não pode resistir à tamanha prova de amor: a entrega total de Jesus na cruz e a vitória que Ele nos conquistou. Você também pode se apossar dessa vitória de Jesus na cruz porque você é herdeiro das promessas do Pai Nele, você é vitorioso com Ele.
Quando você está tendo dificuldade de aceitar alguma situação de sua vida, lembre-se que pela agonia no Getsêmani, reconhecendo a fraqueza humana, Jesus venceu toda independência que o homem insiste em ter de Deus. Por sua obediência ao Pai, Jesus venceu toda desobediência humana iniciada com o pecado original.
Quando você se sentir vítima da opressão, seja como oprimido ou como opressor, lembre-se que pela sua entrega pacífica, Jesus venceu toda resistência humana, violência e opressão.
Quando você estiver diante da injustiça, lembre-se que pela sua submissão ao seu injusto julgamento, Jesus põe por terra a lei dos homens e toda autoridade humana.
Diante da mentira, lembre-se que Jesus, a Verdade, desmascara toda a mentira.
Quando você se sentir humilhado, lembre-se que por sua humilhação (julgamento, flagelação, coroação de espinhos, caminho até o Calvário e crucificação), Jesus venceu o a vaidade e o orgulho humanos e deu aos humilhados dignidade de filhos, daqueles que não se deixam derrotar porque sabem de que Rocha foram talhados.
 
uando você se sentir tentado a murmurar, lembre-se que pelo seu silêncio, Jesus venceu a hipocrisia e a murmuração.
Se a sua vida está difícil, lembre-se que pelo seu esforço em cada momento de seu sofrimento para carregar a sua cruz até o fim, Jesus venceu o desânimo, a falta de esperança e a sensação de incapacidade de prosseguir.
Se você estiver se sentindo derrotado, lembre-se que ao levantar-se diante de cada queda, Jesus venceu a vergonha diante do fracasso.
Você se sente culpado, condenado, vítima de preconceito? Com o perdão dado por Ele na cruz, Jesus venceu toda culpa, condenação e preconceito. Além disso, na aspersão do seu sangue, nós somos libertos do mal e perdoados.
Você é vítima do ódio dirigido a você ou aquele que está dentro de você? Por seu amor, Jesus venceu todo o ódio.
Pela sua morte Jesus revogou a sentença pronunciada contra nós. Pelo seu sacrifício expiatório na cruz, Jesus venceu o pecado.
E por sua ressurreição, Jesus venceu a morte!
Você foi salvo pelo sangue do Cordeiro, derramado na cruz por cada um de nós. Você é filho amado do Pai, salvo por Jesus e curado pela ação do Espírito Santo. Você é vencedor com Jesus, nosso Rei, nosso Salvador!
Seja qual for o seu problema, Jesus e só Jesus é a salvação. Hoje, Jesus quer ser o seu refúgio, pela sua ação salvífica e libertadora, acolhendo-o e aliviando o seu coração, protegendo-o e fortalecendo-o, renovando sua fé e confiança pelo amor que Ele tem por você.

Cíntia Lugnani Amorim
Grupo de Oração Magnificat
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VOCÊ SABE O QUE É A PATRÍSTICA?

Chamamos de “Padres da Igreja” (Patrística) aqueles grandes homens da Igreja, aproximadamente do século II ao século VII, que foram no Oriente e no Ocidente como que “Pais” da Igreja, no sentido de que foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentaram muitas heresias e, de certa forma foram responsáveis pelo que chamamos hoje de Tradição da Igreja; sem dúvida, são a sua fonte mais rica. Padre ou Pai da Igreja, se refere a um escritor leigo, sacerdote ou bispo, da Igreja antiga, considerado pela Tradição como um testemunha da fé.

Normalmente se considera o período da Patrística o que vai dos Apóstolos até S. Isidoro de Sevilha (560-536) no Ocidente; e até a morte de S. João Damasceno (675-749), no Oriente, o gigante que corajosamente combateu o iconoclasmo.

Esses gigantes da fé católica ao longo desses sete séculos defenderam e formularam a fé, a liturgia, a catequese, a moral, a disciplina, os costumes e os dogmas cristãos; por isso são chamados de “Pais da Igreja” porque lhes traçaram o caminho.

Quando o Papa João Paulo II esteve no Brasil a primeira vez em 1981 se referiu a eles dizendo que “são eles os melhores intérpretes da Sagrada Escritura”. Então, precisamos conhecer os seus ensinamentos para podermos compreender melhor a Bíblia.

Chamamos de patrologia o estudo sobre a vida, as obras e a doutrina desses Pais da Igreja. No século XVII criou-se expressão a “teologia patrística” para indicar a doutrina dos Padres.

Certa vez disse o Cardeal Henri de Lubac: “Todas as vezes que, no Ocidente tem florescido alguma renovação, tanto na ordem do pensamento como na ordem da vida – ambas estão sempre ligadas uma à outra – tal renovação tem surgido sob o signo dos Padres”.

Esses gigantes da fé e da Igreja, souberam fixar para sempre o que Jesus nos deixou através dos Apóstolos. Eles foram obrigados a enfrentar as piores heresias que a Igreja conheceu deste o seu início. Nesta luta eles amadureceram os conceitos teológicos uma vez que tiveram de enfrentar muitos hereges, de dentro da própria Igreja, especialmente nos Concílios Ecumênicos. Neste combate árduo em defesa da fé, onde muitos foram perseguidos, exilados e até martirizados, eles formularam a fé que hoje professamos sem erro.

Desde o primeiro século já encontramos o gigante de Antioquia, Santo Inácio (†107), provavelmente sagrado Bispo pelo próprio São Pedro. S. Inácio nos deixou as suas belas Cartas escritas às comunidades por onde passou no caminho que o levou ao martírio em Roma, no Coliseu, desde Antioquia. A caminho do martírio ele escreveu belas cartas aos romanos, magnésios, tralianos, efésios, erminenses e a S. Policarpo, bispo e mártir de Esmirna.

No segundo século encontramos o grande Santo Irineu de Lião (†200) enfrentando os gnósticos que sorrateiramente penetraram na Igreja e ameaçavam destruir a fé cristã. Contra eles S. Irineu escreveu uma longa obra “Contra os Hereges”. Tão difícil foi esse combate que o Santo o comparou a alguém que precisa cortar todas as árvores de uma floresta para finalmente poder captar a fera que nela se esconde.

Os Padres da Igreja tiveram uma participação fundamental nos primeiros Concílios Ecumênicos, como o de Nicéia, no ano 325, que condenou o arianismo que negava a divindade de Jesus; o Concílio de Constantinopla I, em 381, que condenou o macedonismo que negava a divindade do Espírito Santo; e os outros concílios que enfrentaram e condenaram as heresias cristológicas e trinitárias.

Os Padres da Igreja estiveram um tanto esquecidos, mas a partir dos anos 40 surgiu na Europa, de modo especial na França, um forte movimento voltado à Patrística. Esse movimento foi liderado pelo Cardeal Henri de Lubac e Jean Daniélou, o qual deu origem à coleção “Sources Chréstiennes”, com mais de 300 títulos.

No Concílio Vaticano II cresceu ainda mais esse movimento de redescoberta da Patrística por causa do desejo da renovação da liturgia, da exegese, da espiritualidade e da teologia a partir dos primórdios da Igreja. Foi a sede de “voltar às fontes” do cristianismo.

Desses Padres , alguns foram Papas, nem todos; a maioria foi bispo, mas há diáconos, presbíteros e até leigos. Entre eles muitos foram titulados de Doutor da Igreja, sempre por algum Papa, por terem ensinado de maneira extraordinária os dogmas e as verdades da nossa fé.

Segue a relação dos mais importantes Padres da Igreja:

S. Clemente de Roma (†102), Papa (88-97); Santo Inácio de Antioquia (†110); Aristides de Atenas (†130); São Policarpo de Esmira (†156); Pastor de Hermas (†160); Aristides de Atenas (†160); S. Hipólito de Roma (160-235); São Justino (†165); Militão de Sardes (†177); Atenágoras (†180); S. Teófilo de Antioquia (†181); Orígenes de Alexandria (184-254); Santo Irineu (†202); Tertuliano de Cartago (†220); S. Clemente de Alexandria (†215); Metódio de Olimpo (séc.III); S. Cipriano de Cartago (210-258); Novaciano (†257); S. Atanásio – (295 -373), Alexandria; S. Efrém – (306-373), diácono, Mesopotânia; S. Hilário de Poitiers – (310-367), bispo; S. Cirilo de Jerusalém (315-386), bispo; S. Basílio Magno (330-369) – bispo, Cesareia; S. Gregório Nazianzeno – (330-379), bispo; S. Ambrósio (340-397), bispo, Treves – Itália; Eusébio de Cesareia (†340); S. Gregório de Nissa (†340); Prudêncio (384-405); S. Jerônimo ( 348-420), presbítero Strido, Itália; S. João Cassiano (360-407); S. João Crisóstomo – (349-407), bispo ; S. Agostinho (354-430), bispo; Santo Efrém (†373); Santo Epifânio (†403); S. Cirilo de Alexandria (370-442), bispo; S. Pedro Crisólogo (380-451), bispo, Itália; S. Leão Magno (400-461), papa Toscana, Itália; S. Paulino de Nola (†431); Sedúlio (séc. V); S. Vicente de Lerins (†450); S. Pedro Crisólogo (†450); S. Bento de Núrcia (480-547); S.Venâncio Fortunato (530-600); S. Ildefonso de Toledo (617-667); S. Máximo Confessor (580-662); S. Gregório Magno (540-604), Papa; S. Ildefonso de Sevilha (†636); S. João Damasceno (675-749), bispo, Damasco.

Prof. Felipe Aquino
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