sábado, 27 de agosto de 2011

Atenção!!!

Olá irmãos e irmãs, Paz do Coração de Jesus!
Estamos fazendo alguns testes de templetes no blog por isso está essa desogarnização nas postagens e imagens, em breve estará tudo estabelecido com cara nova.
Obrigado!
Deus Abençoe

Diego Tales
Com Deus Até o Fim Mesmo Sem Entender
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Como Deus é audacioso!


Pensando nessa frágil criatura, que é o ser humano, admiro como o Criador entregou ao seu alvitre tantas grandiosidades, saídas de suas mãos. "Tu o fizeste pouco menor do que um deus" (Sl 8,6). É realmente espantoso que o Onipotente tenha  confiado ao ser inteligente, a capacidade de escolha. É a vontade livre, ou como dizem os filósofos, o livre arbítrio. Essa poderia se tornar a maior "roubada", no linguajar dos jovens. Sendo livre, o homem tem a capacidade de fazer tudo errado. Mas também pode fazer certo. E não é diferente o alto risco a que o Ser por excelência quis correr, ao entregar aos cuidados do homem a guarda deste nosso fantástico planeta terra. "Enchei e dominai a terra" disse o generoso Senhor, aos nossos primeiros pais (Gen 1, 28). Que perigo! O risco é que o "homo sapiens" pode deitar tudo a perder, por causa de seus ímpetos de ganância. Mas pela sua autoconsciência, o ser que é o topo da criação, pode corrigir seus próprios erros. O que parece levar ao caos total, pode ter uma virada espetacular. É o que esperamos que aconteça com a vida neste nosso "planeta água".

Igualmente espetacular é a confiança que Deus deposita nos escolhidos por seu Filho, para interpretar as Sagradas Escrituras. A Bíblia, caso não se faça uma adequada exegese, pode se tornar uma mensagem sem mordência. Aí entram os biblistas, os doutores dos santos escritos, e  pessoas santas que os vivenciam. Podem acertar, para ajudar o povo. Mas também podem introduzir sua própria ideologia e desencaminhar o povo fiel. Ainda bem que deixou, como último baluarte, os préstimos da Santa Igreja.  Em todas as circunstâncias, Deus arrisca. Mas o que eu acho o cume da bondade divina, é ver o Cristo entregar seus tesouros aos cuidados dos seus sacerdotes, com a incumbência de reger o povo eleito, e lhe distribuir os seus tesouros.

Os sacerdotes podem ser pessoas firmes na fé, circunspectos e sábios. Mas podem também ser pessoas sem muito carisma, e sem grande amor no coração. Assim mesmo, o grande "Pastor e Bispo de nossas almas" (1 Pd 2, 25) entrega tudo nas mãos dos seus Sacerdotes, para que distribuam aos sedentos a "água da vida" (Apoc 21, 6). Peçamos ao Senhor que sempre tenhamos Padres dignos e santos.

Dom Aloísio Roque Oppermann scj
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Família: Missão Apaixonante



O Papa João Paulo II diz, na sua “Carta às Famílias”, que “a família é o centro e o coração da civilização do amor”, que está nas raízes mais profundas do desejo de Deus para o homem na terra. Neste tempo em que a necessidade do matrimônio e da família no mundo tem sido posta em questão, é preciso anunciar o que de fato ela é: uma missão apaixonante!

Criada por Deus, a família existe para Ele, e só n’Ele pode encontrar o seu sentido. Vamos começar a encontrar o seu sentido no livro do Gênesis, mais exatamente no trecho que fala da origem do homem e da mulher sobre a terra.

Criados à imagem e semelhança do Deus Trinitário, que vive uma eterna comunhão de amor, o homem e a mulher são desde o início chamados a “crescer e multiplicar-se” por uma comunhão semelhante à divina. Deus chama o ser humano, obra-prima da Sua criação, a uma eterna comunhão de amor com Ele, e este chamado encontra uma significativa expressão na aliança nupcial que se instaura entre o homem e a mulher, cujo vínculo de amor é tantas vezes descrito na revelação como imagem da Aliança que une Deus com seu povo.

Contudo, o egoísmo que se esconde desde o primeiro pecado no amor do homem e da mulher (Gn 3,16), requer a Redenção da família, e a reordenação para sua finalidade última. Só assim a família reencontra a sua razão de ser, pois o amor humano corre constantemente o risco de partir do homem e acabar no homem, quando o seu destino é partir do homem para encontrar a imagem de Deus.

A comunhão entre Deus e o ser humano, ferida pelo pecado, foi restaurada no sacrifício que Jesus Cristo faz de si mesmo por sua Esposa, a Igreja. “Neste sacrifício, descobre-se inteiramente aquele desígnio que Deus imprimiu na humanidade do homem e da mulher, desde a sua criação” (João Paulo II, Familiaris Consortio, n.13). E o Espírito, que Ele nos envia, é que nos capacita, como homens e mulheres unidos pelo sacramento do Matrimônio, a nos amarmos mutuamente, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.

Assim é que o amor conjugal, iluminado pela Caridade de Cristo, nos capacita a vivermos no interior da família a mesma Caridade com que Cristo se doa sobre a cruz (Ef 5,32). E este amor sobrenatural que atinge o casal deve se estender como graça para os filhos e entre os filhos, como também entre pais e filhos, e, mais ainda, entre os membros de cada família e os de fora.

“Esposos e famílias, recordai-vos por que preço fostes comprados” (João Paulo II, Carta às famílias, n.18). Missão apaixonante é a dos esposos e da família por eles constituída: Viver a mesma Caridade com que Cristo se doa sobre a cruz! Os esposos participam da função redentora de Cristo ao assumirem integralmente, por vocação divina, a finalidade para a qual o matrimônio foi instituído. Eis a beleza e a honra da missão que o Senhor atribui à família!

A família não só usufrui do mistério Pascal de Cristo, mas é chamada a participar dele, o que passa através das manifestações mais simples do amor conjugal, que por causa da sua dimensão terrena parecem inadequadas em comparação com o grande mistério que devem expressar. Mas não podemos nunca esquecer que “o mistério divino da Encarnação do Verbo está em estreita relação com a família humana” (Carta às Famílias, n.2).

O Filho unigênito, Deus de Deus, Luz da Luz, entrou na história dos homens através da família: Pela Sua Encarnação, Ele, o Filho de Deus, nascido da Virgem Maria, que tornou-se semelhante a nós em tudo, menos no pecado, nasceu e cresceu numa família humana, trabalhou com mãos humanas, e passou grande parte da Sua vida no recanto escondido de Nazaré, submisso a Maria, Sua mãe, e a José, o carpinteiro.

Assim é que a vida familiar constituída pelos esposos, pelos filhos, pela profissão, e por todos os demais complexos de realidades humanas é o lugar em que Deus expressa Seu convite à santidade, e se propõe como imagem que a família é chamada a expressar. Tudo isso, que acontece por puro Dom de Deus, requer a resposta humana, a adesão de cada um dos membros da família.

A alegria, gerada nos momentos de amor e compreensão recíproca, é instrumento de participação no gozo Pascal de Cristo, ocasião de agradecimento, louvor, e sobretudo abertura ao mundo, mas também a dor, infalível e indispensável da experiência humana, é instrumento de adesão da família ao mistério da cruz. E não somente as grandes dores, mas mesmo as menores, as mais pequeninas da vida diária, as doenças, o cansaço, o desgaste nas relações mútuas, a experiência das limitações de seus membros, constituem fatos construtivos de uma unidade espiritual dirigida para a Caridade que não tem fim. O que importa, de fato, é que os cônjuges não confiem acima de tudo em si mesmos, mas tenham a lúcida consciência de que Cristo os chamou e sustenta, e de que, à obscuridade da crucifixão, se segue sempre a alegria da Ressurreição.

É primeiramente dentro da realidade diária da família que o casal está no mundo a fim de orientar o mundo para Deus. Em Cristo, a missão de cada membro da família encontra o seu sentido: “Ser para os outros”. A família cristã não é para si, mas para os outros; e não só os outros mais diretos e próximos, mas para todos os homens. A família é assim o espaço em que o amor de Deus não somente é acolhido em si mesmo, mas doado aos outros. Membros de cada família, é necessário que nos doemos uns aos outros, mas é também imprescindível que, juntos, nos doemos à Igreja e ao mundo. Por este caminho é que a família, através do esforço cotidiano para vencer o próprio egoísmo e abraçar a Caridade de Cristo, de fato se realiza.

Em cada época histórica e em cada ambiente cultural e social, houve cônjuges que experimentaram seu matrimônio como uma missão, como um serviço a Deus, e por isso se tornaram sinal da unidade e fidelidade de Cristo à Igreja, através da sua própria unidade e fidelidade mútua, unidade esta que é uma conquista diária, e fidelidade esta que deve atingir inclusive o plano espiritual, pela solidariedade em carregar até o fim “o peso uns dos outros” (Gl 6,2). Ambas, unidade e fidelidade, manifestam a indissolubilidade do compromisso matrimonial, não entendida pelos homens do Antigo Testamento, por causa da dureza dos seus corações, mas proclamada claramente por Cristo aos fariseus (Mt 19,8).

Muitos esposos se tornaram sinal do amor de Cristo pelo seu serviço à vida, manifestado concretamente pela procriação, pela adoção, pela educação, pela hospitalidade, pela maternidade e paternidade espiritual, pela fraternidade universal e pelo serviço à Igreja e ao mundo. “Neste sentido, a família é o espaço em que o amor de Deus, encarnado e, por assim dizer, comprovado no amor entre o homem e a mulher, é não somente acolhido em si mesmo, mas doado aos outros, através do testemunho de vida, da entrega à evangelização e ao compromisso apostólico”. 

Ana Carla Bessa
Comunidade de Aliança Shalom 
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As Comunidades Novas

O Espírito de Deus que sempre orientou e sustentou toda a história da Igreja, suscita nos tempos de hoje novas formas de consagração e vida evangélica. Assim como as diversas formas de vida consagrada e comunitária surgidas no decorrer dos vinte séculos do cristianismo, as "comunidade novas" ou "novas fundações" são, por um desígnio da divina providência uma resposta para as necessidades da Igreja e do mundo de hoje.

As "comunidades novas" respondem a tais necessidades, em primeiro lugar, pela fidelidade ao chamado específico que o Senhor faz a elas e como conseqüência dessa fidelidade através de uma autêntica vida litúrgica; da formação e do engajamento do laicato; de um amor incondicional pela hierarquia, de modo especial pelo Papa; de uma sólida vida espiritual (ascese e mística); de uma fé purificada; de uma vida moral no Espírito; e de modo especial através de uma força evangelizadora e pastoral que penetra nas realidades atuais e no coração do homem contemporâneo.


Tratando da realidade das "comunidades novas" o instrumentum laboris do sínodo dos bispos afirma: "quanto ao estilo de vida evangélica, muitas vezes se destinguem por uma forte austeridade de vida, intensa oração, resgate de formas sãs de devoção tradicional, divisão dos trabalhos domésticos e manuais pela parte de todos os membros. Sob o aspecto apostólico, é forte o impulso missionário, rumo aos distantes e rumo àqueles que nunca receberam o Evangelho; o empenho na nova evangelização, a ecumênica; a aproximação dos pobres e dos marginalizados".


"O Espírito, que ao longo dos tempos suscitou numerosas formas de vida consagrada, não cessa de assumir a Igreja, quer alimentado nos institutos já existentes o esforço de renovação na fidelidade ao carisma original, quer distribuindo novos carismas a homens e mulheres do nosso tempo, para que dêem vida a instituições adequadas aos desafios de hoje. Sinal desta intervenção divina são as chamadas "Novas Fundações". Com características de algum modo originais relativamente às tradicionais.


A originalidade destas novas comunidades consiste freqüentemente no fato de se tratar de grupos compostos de homens e mulheres, de clérigos e leigos, de casados e solteiros, que seguem um estilo particular de vida, inspirado as vezes numa ou noutra forma tradicional ou adaptação às exigências da sociedade atual. Também o seu compromisso de vida evangélica se exprime em formas diversas, manifestando-se como tendência geral, uma intensa aspiração à vida comunitária, à pobreza e à oração. No governo, participam clérigos e leigos, segundo as respetivas competências e o fim vai ao encontro das solicitações da nova evangelização.


As novas formas (de vida evangélica) são um Dom do Espírito, para que a Igreja siga o seu Senhor, num impulso perene de generosidade, atenta as apelos de Deus que se revelam através dos sinais dos tempos. Assim, ela apresenta-se ao mundo diversificado nas suas formas de santidade e de serviço, como "sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo gênero humano". Os antigos institutos, muitos deles acrisolados por provas duríssimas suportadas com fortaleza ao longo dos séculos, podem enriquecer-se entrando em diálogo e troca de dons com as fundações que surgem no nosso tempo.


Desse modo, o vigor das várias instituições de vida consagrada, desde as mais antigas até as mais recentes, e ainda vivacidade das novas comunidades alimentarão a fidelidade ao Espírito Santo, que é principio de comunhão e de novidade perene de vida"(JOÃO PAULO II, Exortação apostólica Vita Consecrata).


"Na Igreja, tanto hoje como no passado, novas formas de vida comunitária exprimem a fecundidade de Espírito e do Evangelho de Jesus. Como pastor, entrei em contato com várias destas novas formas de consagração. Ainda não disponho de dados precisos acerca da extensão deste fenômeno, mas calcula-se que as "novas" comunidades já se possam contar em centenas no mundo. Este é um sinal dos tempos, que exige uma abertura e um atento discernimento. Parece-me que, embora na diversidade dos caminhos e dos carismas, e dentro dos limites próprios de cada experiência esta novas formas de vida evangélica estejam assinaladas por alguns elementos e algumas características mais ou menos comuns.


As novas comunidades não se identificam com as atuais formas de vida consagrada. Apresentam-se com freqüência como "famílias eclesiais", porque , ao redor de um comum carisma de fundação bem definido, convergem leigos, clérigos, pessoas solteiras e casadas que, no respeito dos diferentes estados de vida, se consagram a um idêntico ideal evangélica, como membros igualitários de um único corpo, com diversas níveis de pertencer.

Normalmente, podem-se verificar as seguintes características:
a) A unidade da obra e da presidência;
b) Uma certa radicalidade evangélica;
c) A unidade entre a consagração e a missão, compeendida como carisma particular;
d) Um forte sentido comunitário com o evidente primado do ser comunhão sobre o fazer;
e) O exercício da autoridade vivido em conformidade com a comunhão;
f) O desejo de evita a identificação entre a sacerdócio e autoridade, a fim de respeitar e promover a laicidade;
g) Uma clara aceitação da pobreza e do abandono à Providência;
h) Uma vida de oração intensa. Tanto pessoal como comunitária;
i) Um vivo Fervor missionário.

Fonte: Comunidade Shalom
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O que é ser casto? Por que ser casto? Como ser casto hoje?


Ser casto é muito mais do que ser virgem. No entanto, a pureza, ou castidade, inclui necessariamente a vivência da virgindade. Ser casto abrange toda a pureza de coração, de intenções e de desejo sincero de fazer a vontade de Deus. Inclui a determinação de não pecar (e isso não somente com relação ao sexo, mas em todas as áreas da vida). Inclui, ainda, uma compreensão madura do que seja a vida e a decisão de viver para cumprir a vontade de Deus.
Viver a pureza é uma grande graça, da qual hoje todos zombam abertamente. É correr o grande risco de ser incompreendido, chacoteado, caluniado, humilhado, maltratado. No entanto, vale a pena buscar esta graça. Vale a pena pedi-Ia a Deus e colaborar com toda a nossa vontade para que ela seja efetiva na nossa vida.
No meio do "Anti-tabu" do sexo, agressiva e desafiadoramente praticado nos dias de hoje como algo muito natural, a busca da vida pura é um desafio para jovens de têmpera. Os tolos e imaturos nem sequer o entendem. Aqueles, porém, que encaram a vida com a serena alegria dos que crêem em Deus abraçam o desafio com grande confiança de que a graça irá socorrê-los.
Falar de maneira genérica sobre a castidade nos levaria a todo um tratado sobre a vida santa, o que é muito além de nossas possibilidades e das desta revista. Como sabemos que o que mais questiona o jovem é a razão para a castidade com relação à vivência da sexualidade, é sobre ela que falaremos.
Baseando-se no texto de D. Rafael Cifuentes, vê-se que ele ressalta três pontos essenciais:
A pureza de vida é um mandamento evangélico.
Parece óbvio demais? Engano! Há educadores (desculpe, "educadores") que não mais entendem ou ensinam o sexto mandamento da lei de Deus. O "Não pecar contra a castidade" não faz parte de suas pregações ou é covardemente omitido. Conheço dezenas de casos de ensinos, pregações, aulas, debates, mesas redondas, onde o representante do pensamento cristão, de quem todos esperam respostas esclarecedoras e firmes, se perde em observações esquivas, omissões e relativismos. Com certeza, infelizmente, você conhece outras dezenas.
No entanto, a Palavra e a Doutrina continuam como antes. Não mudaram. Não mudou tampouco (ao contrário do que muitos meios de comunicação divulgaram) a visão da Igreja sobre o sexo pré-marital, a masturbação, o homossexualismo, o adultério, a fornicação, a luxúria. No Catecismo da Igreja Católica em língua francesa (sua língua original) estes conceitos continuam imutáveis. Pensando bem, quem se atreveria a mudar um mandamento da lei de Deus e, ao mesmo tempo, um mandamento evangélico ensidado por Jesus que diz: "bem-aventurados os puros porque verão a Deus?" (Mt 5,8).
Enganam-se os que pensam poder-se relativizar o que está bem claro tanto no Novo quanto no Antigo Testamento, tanto na Doutrina quanto na Tradição e Magistério da Igreja. O problema é que hoje tem gente que nem a isso dá importância.
Enganam-se, também, os que pensam que o casamento seria uma "'quebra" da castidade ou uma "concessão" feita quanto a este mandamento. Muito pelo contrário: a noção correta de castidade envolve o mandamento evangélico da pureza que deve, obrigatoriamente, estar presente tanto no matrimônio quanto no sacerdócio ou no celibato. O conceito evangélico de pureza ultrapassa o de estado de vida.
O segundo ponto ressalta que "o mandamento é muitas vezes recalcado devido à mentalidade de hoje".
De fato. Tem-se medo de pensar diferente, de ser diferente da imensa maioria das pessoas, sejam jovens ou adultos. Tem-se medo de testemunhar o que pensa Deus a este respeito, o que a Igreja ensina, o que todo nós, no fundo no fundo, temos desejo de viver, pois Deus nos criou para sermos santos. O medo e a covardia, sem falar na ingratidão, nos levam a calar, a sermos omissos, a preferirmos a mentalidade do mundo à vontade de Deus. Desta forma, "recalcamos" o mandamento evangélico da pureza, isto é, abafamo-lo, ignoramo-lo, tratamos de relativizá-lo para sermos mais "normais", mais bem aceitos. Corremos até o risco de achar que se fizermos isso vamos ter mais facilidade de nos aproximar dos jovens e levá-los a Jesus. Terrível engano! Como se pode levar alguém a Jesus deixando-o em seu pecado? O método de Jesus era bem diferente. Ele se aproximava amorosamente do pecador, mas não admitia seu pecado. Claro, não condenou jamais o pecador e, no entanto, nunca deixou de condenar o pecado abertamente e a ordenar com clareza: "Vai e não peque mais" . Quanto mais a gente conhece a beleza de alma que Deus deu ao jovem, mais a gente se convence que o que ele quer é Jesus. Jesus como Ele é: verdadeiro; radical quanto à perfeição de vida, mas extremamente misericordioso para com o pecador; absolutamente radical quando se trata de redimir ou retratar o pecado (veja-se Zaqueu), mas extremamente flexível quanto à regeneração do homem aviltado por seus pecados. Jovem quer Jesus. Um Jesus corajoso, radical, misericordioso, livre, como o jovem deseja ser.
O terceiro ponto é contundente: este recalque do mandamento, seja por medo e covardia, seja na ilusão do ser aceito para "evangelizar", "produz distúrbios espirituais e psíquicos".
Nada mais previsível. Se Deus criou o homem pua o amor a Ele, a seus irmãos e a si mesmo, tudo o que venha deturpar esta finalidade última de amor e santificação deforma o homem. A isto se dá o nome de pecado.
O recalque do princípio evangélico da pureza visto aqui principalmente como o princípio de castidade, traz enormes prejuízo espirituais, especialmente devido à intemperança e ao vício. E, veja, aqui não estamos falando somente de coisas "'fortes" como relações sexuais antes do matrimônio ou masturbação e homossexualismo masculino ou feminino. Estamos falando de toda uma caminhada de relacionamento também no namoro e no noivado, caso a vocação do jovem seja a do matrimônio. Estamos falando também dos pensamentos, das fantasias, dos filmes e revistas, dos programas de televisão (mesmo aqueles que parecem meros programas de variedades, mas contêm centenas de sentidos duplos em cada palavra dos apresentadores) das conversas; da maneira de vestir; do comportamento sensual ao andar, falar, sentar; das diversões;, da busca desenfreada de mais prazer, de mais emoções, de mais "coisas novas".
Tudo o que, no campo da sexualidade, for uma manipulação do meu irmão para o meu próprio prazer é contrário à castidade, seja fora, seja dentro do matrimônio, fora ou dentro do namoro, na amizade ou no relacionamento superficial. O que for uma manipulação do outro ou de mim mesmo (pois só sou manipulado, usado, se o permitir, exceto no caso do estupro) vai, obviamente, ser ultraje para a minha alma e para o meu psiquismo. Mais que isso, vai produzir distúrbios espirituais como o vício, a incontinência, a falta de auto-domínio, o afastamento de Deus e da Igreja, o afastamento da oração e da Eucaristia, o esfriamento da alma, a falta de temor a Deus, a relativização dos valores evangélicos, só para citar alguns.
No campo dos distúrbios psíquicos teremos a insegurança, a dependência emocional do outro, a dependência emocional de sensações, a culpa, o medo, o sentimento de ser sujo, de não servir mais para nada, entre muitos outros prejuízos, por vezes, irreversíveis.
Mas qual a vantagem de um jovem viver a castidade? Por que ser casto?
Perguntar isso de maneira genérica equivaleria a perguntar qual a vantagem de ser santo. No entanto, se a pergunta se refere especificamente à castidade quanto à sexualidade, dentre as inúmeras vantagens pode-se destacar duas: a fomentação do amor e a liberdade para discernir a própria vocação. É ainda D. Rafael Cifuentes quem nos ensina:
"O coração humano está destinado a amar. Só no amor ele encontra o seu alimento. Quando não se lhe dá amor, ele procura, esfomeado, o primeiro que encontra: a excitação sexual, a descarga hormonal que o levam a uma insatisfação afetiva e a uma frustração amorosa. O coração humano necessita de um amor à altura da sua dignidade. "
Bastaria esta última frase, não é verdade? O seu coração não necessita de um amor degradante, passional, quase animalesco. O seu coração humano necessita de um amor à altura de sua dignidade de filho de Deus. Este amor verdadeiro é o alimento do seu coração e é o único que o leva a Deus. A vivência de uma sexualidade deturpada, pelo contrário, afastam-no de Deus e deixam o seu coração cada vez mais inquieto e faminto em busca de ilusões que o farão cada vez mais fraco e escravizado. Tem razão a Palavra de Deus quando diz, em Jeremias: "Meu povo me abandonou a mim, fonte de água viva, para cavar para si cisternas, cisternas fendidas, que não retêm a água (Jer 2,13)
O seu coração pode descobrir, na vivência tranqüila e corajosa da castidade - seja você homem ou mulher o amor que corresponda ao preceito de "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Desta maneira, você está colocando todo o seu ser, seu espírito, suas forças, na vivência do amor autêntico e, nesta vivência, com toda a certeza, vai ter um ambiente mais propício para descobrir a sua vocação. E, entenda, seja ela celibato, sacerdócio ou matrimônio, seu coração estará muito melhor preparado para descobri-la se estiver livre por amor e para o amor, ainda que namorando, ainda que com inúmeros amigos, ainda que vivendo como o mais normal dos jovens cristãos.
Sendo casto, você fomenta o amor real em você, você se prepara para assumir a vontade de Deus em sua vida. Estas duas coisas são suficientes para garantir a "inteireza"' e a felicidade permanente, serena e madura de qualquer um. Feliz aquele que não se deixar iludir pelos inúmeros prazeres e ofertas do mundo e aceitar o desafio de trilhar a estrada do amor para um amor maior.
Como viver a castidade hoje
Encontro somente uma resposta: como Maria, tendo coragem e fazendo uma opção radical de vida por Jesus e inteiramente apoiada na graça.
A coragem de optar radicalmente por Jesus, como Maria. Na fé. A coragem sustentada pela convicção de que Jesus é a resposta e de que a Igreja fala por Ele, ainda que o mundo pense o contrário, ainda que meus colegas não me aceitem, ainda que o mundo inteiro espere outra coisa de mim.
A coragem de apoiar-se inteiramente na graça de Deus e de abandonar-se com toda a confiança em Deus, sabendo que, ainda que você sofra, d'Ele vem a recompensa, pois Ele é um Deus fiel e sustentará você constantemente.
Viver a castidade hoje exige coragem e determinação. Exige convicção para vestir-se, comportar-se e pensar diferente de todo o mundo. Exige a determinação de ser fiel à vontade de Deus.
Isto, porém, não depende somente de você. A fonte desta coragem e determinação é a graça de Deus. Somente um encontro pessoal com Jesus ressuscitado vai dar a você a coragem e determinação que você não encontra em si mesmo. Somente uma graça especial deste mesmo Jesus levará você a fazer d'Ele o Senhor de sua vida, entregando-se sem medidas e cumprindo a vontade de Deus não por voluntarismo e muito menos por moralismo, mas por amor. Amor a quem amou você primeiro, amor a quem o sustenta e conduz, amor Àquele que transformou sua vida. Um jovem que conhece e ama Jesus assim vive a castidade e as outras virtudes apoiado na graça e encontra n'Ele a coragem de ser luz na escuridão. Aquele que não encontrou Jesus, porém, vai achar tudo muito bonito e vai fazer uma força enorme para viver tudo isso, mas, infelizmente, sozinho ele não conseguirá. Precisará da graça, da força da oração, do poder da Palavra, da graça poderosa da reconciliação e Eucaristia.
Maria contou com a graça de Deus como ninguém. Disse seu "sim" incondicional e foi fiel. Viveu de maneira diferente de todas as pessoas de todos os séculos, enquanto durar a humanidade, pois nela refletia-se de maneira singular o próprio Deus. Ser diferente não a abalava. Era uma mulher de fé. Especialmente, era uma mulher que sabia amar, que viveu plenamente sua sexualidade feminina e a maternidade que dela decorre na pureza, na castidade, na fidelidade e obediência a Deus. Quem, de fato, crê, não tem medo de ser diferente. Pelo contrário, sem agressões e vivendo com toda a simplicidade a graça de Deus, é diferente pelo mero fato de ter-se entregue a Ele. Da mesma forma, para quem ama de verdade, ser aceito ou não pelo mundo tem muito pouca, mas muito pouca importância mesmo. Importa Aquele a quem ama e para quem vive e aqueles para quem Ele ama e vive.
Deixo você com esta reflexão de D. 'Rafael sobre o poder da graça e da virtude da castidade sobre o amor humano:
"O amor humano, que vem da natureza, e o divino, que provém da graça, entrelaçam-se e complementam-se: a graça fortifica, eleva, sublima a natureza. É um privilégio único do ser humano que a vida sexual, que deriva da natureza, esteja impregnada pelo amor de Deus que deriva da graça. Dito de maneira mais clara, a energia sexual, a libido, é banhada, é tonificada pelo amor de Deus. O amor de Deus eleva de tal modo o instinto sexual que muda profundamente a sua contextura. Assim, é possível viver de modo estável e gostoso a virtude da castidade".

Fonte: Comunidade Católica Shalom
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Maria é o início da nova criação



Neste artigo queremos através da arte da poesia, interpretar a arte da iconografia e para isso vamos nos utilizar de um hino muito antigo de devoção a Theotokos (Mãe de Deus), o Akatistos. A sua tradução significa literalmente “não sentado”, ou seja, para ser lido em pé, pois foi quando os persas cercaram a cidade de Constantinopla, o Patriarca Sérgios, acompanhado de todo o povo marchou ao longo da grande muralha de Constantinopla com um ícone da Theotokos na mão.
Inesperadamente uma grande tempestade com enormes maremotos destruiu a maior parte da frota persa. Daí, os fiéis espontaneamente lotaram a Igreja da Theotokos e todos “de pé” cantaram durante toda a noite hinos de gratidão e louvor. O Akatistos data do século IV e foi oficialmente aprovado pela Igreja a partir do século VI
Este foi um dos primeiros ícones feitos como Carisma Shalom, auxiliado por teólogos, liturgistas, hinógrafos e foi escrito juntamente com o ícone do Príncipe da Paz que comentaremos nos próximos meses, pois a Mãe de Deus nunca é representada só, mas sempre com seu filho. Este ícone peregrinou juntamente com o do Príncipe da Paz pelas capelas da Residência Geral 2 em Fortaleza, a da Residência Geral 2 na Diaconia em Aquiraz e neste ano de 2011 se encontra na capela do Discipulado de Pacajus.
Neste ícone a Mãe de Deus se encontra com olhos fixos bem abertos e a boca pequena; suas duas mãos estão erguidas. Ela veste uma túnica azul com um manto vinho com três estrelas e detalhes dourados.
A sua esquerda se encontra um monte escalpado com uma rocha fendida de onde brota uma árvore; ao pé do monte rochoso vemos um sepulcro vazio com um lençol. A sua direita vê-se uma torre de um templo e em baixo, por detrás de seu manto, surge uma nascente que se transforma num riacho de sangue e água.
Paixão e Ressurreição
Ela é a Mãe de Deus após a paixão e ressurreição. O sepulcro vazio fala! É a Mãe que Jesus nos deu na cruz, e que João "acolheu em sua casa". Ela está de pé numa postura de nobreza, fé, firmeza e suas mãos estendidas simbolizam esvaziamento: tudo dá, tudo acolhe, tudo recebe e se entrega.
Os olhos fixos contemplam o Mistério da encarnação. A boca pequena indica a meditação e que o mais importante é escutar: “Ouve ó Israel, o Senhor é teu Deus, o Senhor é Um!” (Dt 6,4). Suas mãos erguidas significam que está sempre a orar, a cantar seu magnificat pessoal nas dores e alegrias da vida. As três estrelas lembram que ela é Virgem antes, durante e após o parto.
A sua túnica azul representa a sua humanidade que foi visitada pela divindade indicada pelo manto vinho, cor da realeza, com detalhes dourados que eram usados pela Imperatriz de Constantinopla. Este manto nos indica que ela não é uma mulher qualquer, mas a Theotokos, a Mãe de Deus, Imperatriz dos anjos e dos homens.
O monte rochoso escalpado nos remete para toda a criação recapitulada por Cristo que ressuscitou deixando o sepulcro vazio. A fenda da rocha nos conduz ao lado aberto de Cristo. Pois do lado aberto de seu Corpo, que é a Igreja, brota a Árvore da Vida gerada das águas do Batismo da paixão e do sangue, da oferta de seu Sacrifício Eucarístico.
Nova criação
Maria é o início da nova criação. Por sua confiança e seu FIAT incondicional, através dela, arbusto intacto, tivemos acesso à Árvore da Vida, seu Filho e Senhor acolhido em seu seio. Como lemos no Akatistos, o Arcanjo Gabriel exclama: Ave Maria! Caule de onde brota a incorruptível Flor! Ramo de onde nasce o saboroso Fruto! Jardim onde germina o Senhor Nosso Deus! Canteiro semeado de quem semeia a nossa Vida! Para nós cultivais um jardim delicioso! 
Ela é a “Isha Betel”, a mulher morada de Deus, a cidade do Rei supremo, onde suas muralhas foram feitas da mais fina prata sete vezes depurada em sua Imaculada Conceição, guarnecida das torres da humildade e obediência. No louvor de Davi tem sua armadura bem fortalecida. Ela está em êxtase, pois contempla a plena divindade de seu Filho e exclama: “Como pude em meu seio sustentar Aquele que sustenta o universo? Diante do sepulcro vazio exclama: Como pude gerar Aquele que rompe os grilhões da morte?
Ao que o arcanjo, impressionado pela beleza de sua virgindade e o brilho resplandecente de sua pureza, exclamou: “Que elogio digno de Vós poderei oferecer-vos? Como Vos chamarei? Estou perplexo e fora de mim”! Por isso, conforme a ordem que recebi, eu Vos clamo: Salve cheia de Graça! Sois o trono e palácio do Divino Rei! A inabalável torre da Igreja de Deus! Ó invencível defesa de todo o fiel cristão! Por Vós nós exultamos erguendo estandartes! Por Vós foi derrotado o inimigo da humanidade!
Ave Maria! Vitória para os corpos Ave Maria! Salvação para as nossas almas!
Ave Maria! Fonte que produz a abundância do perdão! Rochedo que dá água aos que tem sede de Vida! Estuário que recebeis um rio de águas abundantes! Imagem viva e santa da Nascente do Batismo! Vós lavais as nossas almas das manchas do pecado! Vaso em que se purifica a nossa consciência! Cálice que derrama a Alegria e a Vida! Perfume que nos envolve de espiritual suavidade!
Alegra-te! A Nova Criação foi em Vós começada!
Salve! Salve! Salve! Esposa Imaculada!
Comunidade Católica Shalom
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Sexualidade – forte expressão do amor de Deus


Refletimos em formações anteriores sobre o amor autêntico, cuja fonte é o Deus amor – Deus Trindade – fonte e vida de comunhão, e as três dimensões deste amor – Eros, Amizade e Ágape, que estão sempre interagindo na única realidade do AMOR.
O amor autêntico, numa humanidade marcada pela inclinação ao egoísmo, ao hedonismo e às satisfações desmedidas do ego, frutos do pecado original, precisa ser aprendido e alimentado na sua Fonte.
A vivência desse amor vai amadurecendo a pessoa e tornando-a capaz de doar-se inteiramente por amor e, assim, encontrar a verdadeira alegria, sendo também instrumento de paz nas relações familiares e sociais.
“Deus contemplou toda a sua obra e viu que tudo era muito bom!” Ao criar a diversidade, Deus cria para a relação, como é a sua essência de amor. Relacionar-se envolve todo o ser da pessoa, inclusive e, especialmente, sua sexualidade.
A sexualidade faz parte da identidade mais profunda do ser humano: “É um componente fundamental da personalidade, um modo de ser, de se manifestar, de se comunicar com os outros, de sentir, de expressar e de viver o amor humano”.
Essa é a concepção cristã da sexualidade. Assim, como modo de se relacionar e se abrir aos outros, a sexualidade tem como fim intrínseco o amor. Mais precisamente o amor como doação e acolhimento, como dar e receber. A sexualidade está na identidade da pessoa, mulher ou homem. Cada pessoa se relaciona com o mundo como mulher ou homem, conforme sua sexualidade.
Homem e mulher se complementam
Homem e mulher são diferentes e chamados à complementaridade. O casal, para ser um, como nos orienta a Palavra, não pode ser similar. Ao querer amar só o que é similar, manifesta-se o desejo de homogeneidade, ou seja, de querer prevalecer. Isto seria egocentrismo. Claro que não se excluem alguns aspectos que convergem entre si na convivência do casal e outros que serão construídos tendo sempre como alicerce o amor ágape.
Aceitar as diferenças é amor, e viver esta unidade na diversidade é obra da graça de Deus e da vontade humana por ela fortalecida. É o Espírito que faz a unidade entre os dois.
Numa visão cristã e natural, a similaridade impede a relação de amor, porque é gostar de si mesmo no outro, impedindo a fecundidade e a riqueza da diversidade.
“A sexualidade deve ser orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a torná-la verdadeiramente humana”. (João Paulo II)
A busca exclusiva e excludente da similaridade expressa em si uma certa incapacidade de viver as diferenças e, com elas, situações de conflito inerentes a quaisquer relações maduras.
Sexualidade e Genitalidade
A genitalidade é concebida aqui como referência ao aparelho reprodutor (órgãos sexuais). Ela faz com que os animais e seres humanos se reproduzam.
Compreender a sexualidade como genitalidade é reduzir a pessoa humana a uma vivência meramente instintiva do prazer sexual, o que subestima sua capacidade e necessidade essencial de amor recíproco.
Atualmente, sensualismo e genitalismo são instrumentos da busca do prazer pelo prazer e sugere a redução da sexualidade humana à animalidade.
A busca do prazer pelo prazer reduz as relações à predominância do Eros, e se este for o único motivador do relacionamento, certamente, em pouco tempo se esvazia e, não evoluindo, a relação é frustrada, pois se torna individualista, dominadora, manipuladora e fechada em si.
Ao contrário, sendo destinado ao amor pleno, o ser humano precisa evoluir ao amor maduro e autêntico para que alcance sua realização e alegria autênticas. Para isso, é necessário que, desde muito cedo, a criança seja conduzida a este amor autêntico, primeiro, pelo exemplo dos pais, e depois, pelo exercício das virtudes no seio familiar. Assim, a sexualidade humana poderá ser construída em direção à busca da sua maturidade, favorecendo a construção de relações humanas saudáveis e felizes.
O desenvolvimento da sexualidade saudável, que pode ou não abarcar a genitalidade (no caso do matrimônio), supõe o autodomínio, a capacidade do dom de si, e um certo espírito de renúncia em favor do bem do outro:
 “Ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz” (cf. CIC -2339). Assim, o domínio de si mesmo é um trabalho a longo prazo e não definitivamente adquirido (cf. CIC -2342). O ambiente familiar, onde o casal vive o dom de si e caminha nessa direção em relação à educação dos filhos, é o terreno fértil que dará frutos de alegria, caridade, solidariedade, justiça e paz, transbordando progressivamente para a sociedade.
 Portanto, o lar, é a primeira escola da vida cristã – lugar privilegiado do exercício das virtudes – onde se aprende a tolerância, o respeito às diferenças, a paciência, a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e a oferta da própria vida no serviço aos mais pequenos, aos doentes, aos idosos e no serviço recíproco de todos os dias, partilhando os bens, alegrias e sofrimentos:
 O espaço da casa é espaço sagrado, onde ocorre a eucaristia doméstica da oferta da vida por amor: “Onde dois ou mais estão reunidos em Meu nome, Eu estou no meio deles”.
 É nesse contexto familiar que as crianças aprenderão a exercer sua sexualidade até à maturidade, tendo como referências fundamentais a mãe e o pai, que, em harmonia, buscam a unidade nesta complementariedade que enlaça as diferenças no dom mútuo de si.
 Os papéis sociais exercidos pelo homem e a mulher no contexto familiar e social são importantes e devem corresponder à missão de cada um, concebida pelo Pai em seu plano de amor e felicidade para a humanidade.
 Pretendendo favorecer a compreensão da realidade relacional entre homem e mulher na busca da complementariedade, trataremos na próxima edição das características mais gerais de cada um, que se definem a partir das influências hormonais, orgânicas, psicológicas, da história de vida individual, da leitura pessoal dessa história e do contexto sociocultural em que estão inseridos os indivíduos.

Laura Martins, Assistente Social,
Psicopedagoga e Missionária da Comunidade Shalom
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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Um Só Deus com o Pai, Um Só Homem com o Homem

Afirma Santo Agostinho: “Deus não poderia conceder dom maior aos homens do que dar-lhes como Cabeça a sua Palavra, pela qual criou todas as coisas, e a ela uni-los como membros para que o Filho de Deus fosse também filho do homem, um só Deus com o Pai, um só homem com os homens. Por conseguinte, quando dirigimos a Deus nossas súplicas, não separemos dele o Filho; e, quando o Corpo do Filho orar, não separe de si sua Cabeça. Deste modo, o único salvador de seu corpo, nosso Senhor Jesus Cristo, é o mesmo que ora por nós, ora em nós e recebe a nossa oração.
Ele ora por nós como nosso sacerdote; ora em nós como nossa cabeça e recebe nossa oração como nosso Deus. Reconheçamos nele a nossa voz, e em nós a sua voz” (Comentário sobre os Salmos, Sl 85,1).
Quando me ponho a matutar por que, afinal, temos tanta dificuldade de perceber essa união nossa com Jesus e Dele conosco, só me vem uma resposta: falta de oração, falta de vida interior, falta de ‘atenção ao interior’.
Planejamento de oração
Na correria de nossas vidas, traçamos planos e itinerários para tudo: o melhor caminho a tomar, a estrada melhor e mais curta, o melhor local para reabastecer. Usamos o GPS para nos indicar caminhos e nos informar se estamos ou não no rumo do nosso alvo. Contudo, frequentemente nos esquecemos de traçar planos e rumos para nossa vida espiritual.
Deixamos de cumprir nossos horários de oração e nossa vida interior se resume nas apressadas preces do acordar e dormir. Rezamos o terço enquanto fazemos outra coisa, considerando, com certa razão, que é melhor que nada. Eucaristia durante a semana? Bem, se tiver uma missa de 7º dia, de casamento, de bodas...
Entretanto, Jesus Cristo, ora por nós como sacerdote; ora em nós como nossa cabeça e esposo; recebe nossa oração como nosso Deus. Nossa voz é sua voz, sua voz é nossa voz.
Veja: o caminho de Deus para nós é sempre cumprido. Jesus ora por nós e em nós constantemente, quer oremos ou não. O que falta, infelizmente, é o caminho contrário, de nós para ele, que recebe nossa oração como nosso Deus.
Certa feita, a inscrição da parte central da basílica de São Pedro mudou minha vida, como se eu jamais a tivesse visto antes: “Pedro, Satanás pediu para joeirar-te como o trigo, eu, porém, orei por ti, para que não desfalecesses na tua fé.” Foi como se um raio me atingisse e eu pudesse perceber que Jesus, de fato, intercede por mim, pessoalmente. O mesmo acontece com você. Jesus, o Senhor, o Filho de Deus, o Esposo, ora em você e por você.
Tudo o que você tem que fazer é: primeiro, ler e rezar com a Palavra para que ela seja seu “GPS” na vida espiritual. A Palavra, como vimos em Santo Agostinho, é o próprio Cristo. Ela nos conduzirá segundo a sua vontade. Junto a isso, prestar atenção ao seu interior, ao que Deus diz e faz em seu interior. Ao escutar, com atenção, o que Jesus diz em seu interior, responder-lhe, com simplicidade, com suas palavras sem ostentação, nem que seja para dizer o que mais agrada ao Senhor: “Jesus, eu te amo!”
 
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por Emmir Nogueira, Co-Fundadora da Comunidade Shalom *
Comunidade Shalom
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

IGREJA CATÓLICA – MÃE E MESTRA


Os estudantes universitários normalmente têm um conhecimento pouco profundo sobre a Idade Média; e porque muitos são mal informados, acham que foi um período de ignorância, superstição e repressão intelectual por parte da Igreja católica.
No entanto, foi exatamente na Idade Média que surgiu a maior contribuição intelectual para o mundo: o sistema universitário.
A universidade foi um fenômeno totalmente novo na história da Europa.
Nada como ele existiu no mundo grego ou romano afirmam os historiadores.

O ensino superior na Idade Média era ministrado por iniciativa da Igreja.
A Universidade medieval não tem precedentes históricos; no mundo grego houve escolas públicas, mas todas isoladas.
No período greco-romano cada filósofo e cada mestre de ciências tinham "sua escola", o que implicava justamente no contrário de uma Universidade.
Esta surgiu na Idade Média, pelas mãos da Igreja Católica, e reunia mestres e discípulos de várias nações, os quais constituíam poderosos centros de saber e de erudição.

Por volta de 1100, no meio de uma grande fermentação intelectual, começam as surgir as Universidades; o orgulho da Idade Média cristã, irmãs das Catedrais.
A sua aparição é um marco na história da civilização Ocidental que nenhum historiador tem coragem de negar. Elas nasceram às sombras das Catedrais e dos mosteiros.
Logo receberam o apoio das autoridades da Igreja e dos Papas. Assim, diz Daniel Rops, "a Igreja passou a ser a matriz de onde saiu a Universidade" (A Igreja das Catedrais e das Cruzadas, pág. 345).

Tudo isso nesta bela época que alguns teimam em chamar maldosamente de "obscura" Idade Média.
A razão e a fé sempre caminharam juntas na Igreja
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Felipe Aquino

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NINGUÉM PODE SER FELIZ SE NÃO FOR AMADO


Amar é construir alguém querido
O amor gera a vida; o egoísmo produz a morte. A psicologia mostra hoje, com toda clareza, que as graves perversões morais têm quase sempre como causa principal uma "frustração amorosa".

Os jovens se encaminham para as drogas, para o sexo vazio, para o alcoolismo e para tantas violências, porque são carentes de amor, "desnutridos" de amor. A pior anemia é a do amor. Leva à morte do espírito. Ninguém pode ser feliz se não for amado, se não fizer uma experiência de amor. Se isso é importante na infância e na adolescência, também na vida conjugal isso é verdade. E esse "amor conjugal" começa a ser aprendido e treinado no namoro. Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado não só porque ele é simpático, bonito ou porque é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá-lo a ser ainda melhor, com a sua ajuda.
Muitas vezes, você quis e procurou uma namorada perfeita, ou um rapaz ideal, mas saiba que isso não existe. A primeira exigência do amor é aceitar o outro como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. Só assim você poderá ajudá-lo a crescer, amando-o como ele é. Alguém já disse que o amor é mais forte do que a morte e capaz de remover montanhas.
O amor tem uma força misteriosa; quando você ama o outro gratuitamente, sem cobrar nada em troca, você desperta-o para si mesmo, revela-o a si mesmo, dá-lhe ânimo e vida, "ressuscita-o". É com a chama de uma vela que você acende outra. Da mesma forma é com a doação da sua vida que você faz a vida do outro reviver. Desde o namoro você precisa saber que "amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido". É claro que um casal se aproxima pelo coração, mas cresce pelo amor, que transcende os sentimentos e se enraíza na razão.
Todo relacionamento humano só terá sentido se implicar no crescimento dos envolvidos. De modo especial no namoro e no casamento isso é fundamental. A ordem de Deus ao casal é esta: "crescei". Deus não nos dá uma "ajuda adequada" (cf. Gên 2, 18) para "curtirmos a vida" a dois; mas para crescermos a dois. Isso vale desde o namoro. E o que faz crescer é o "fermento" do amor.

São Paulo expressou as exigências do verdadeiro amor melhor do que ninguém: "O amor é paciente, O amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, Não se irrita, Não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, Mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa. Tudo crê, Tudo espera, Tudo suporta. O amor jamais acabará" (I Cor 13, 4-7).
Medite um pouco sobre cada linha deste hino do amor e pergunte a si mesmo se você está vivendo isso no seu namoro.
Desde o namoro é preciso ter em mente que a beleza do amor está exatamente na construção da pessoa amada. É uma missão para gente madura, com grandeza de alma. Construir uma pessoa é educá-la em todos os aspectos, e isso é uma obra do coração.
O amor tudo suporta, tudo crê, tudo espera; o amor não passa jamais.

Felipe Aquino

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sábado, 13 de agosto de 2011

Rio de Janeiro será a sede da próxima JMJ 2013, confirma o Vaticano

Vaticano, 12 Ago. 11 / 07:26 pm (ACI/Europa Press)

Esta sexta-feira o porta-voz da Santa Sé, o Pe. Federico Lombardi, confirmou que o Rio de Janeiro será a sede da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no ano 2013, e precisou que esta será celebrada em sede internacional um ano antes para não coincidir com o Mundial de Futebol, que terá lugar em 2014 no Brasil.

Embora seja tradição que o Santo Padre anuncie a sede da seguinte JMJ ao concluir a Eucaristia de encerramento da jornada, nesta ocasião foi confirmada previamente a sede do seguinte encontro internacional.

Na quinta-feira 11 de agosto, fontes diplomáticas confirmaram à Europa Press que o governador de Estado do Rio de Janeiro (Brasil), Sergio Cabral, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, viajarão a Madri na próxima semana para comparecer aos atos que estarão sendo celebrados por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JM), que se realiza entre os dias 16 e 21 de agosto.

Assim, está previsto que tanto o governador como o prefeito do Rio de Janeiro estejam presentes nos eventos centrais celebrados com o Papa Bento XVI.

O Pontífice chegará na próxima quinta-feira 18 a Madri onde lhe aguarda uma cerimônia de boas-vindas na Praça de Cibeles, a Via Sacra no Passeio dos Recoletos, e a Vigília e a Missa 'de envio' no aeródromo de Quatro Ventos.

Também participarão de alguns dos eventos da JMJ com Bento XVI o chefe da Secretaria Geral da Presidência da República do Brasil, Gilberto Carvalho, e a secretária nacional de Juventude da Presidência da República, Severo Carmen Maceado, conforme informaram à Europa Press as próprias fontes.

No momento, há ao redor de 14 mil jovens brasileiros inscritos na Jornada, um cifra superada só pela Espanha, a Itália, a França, os EUA e a Alemanha.

Segunda cidade latino-americana a sediar a JMJ

Deste modo, depois de Buenos Aires (1987), a cidade brasileira será segunda da América do Sul em celebrar o encontro internacional. Com a de Madrid já foram celebradas 26 JMJs, todas elas presididas pelo Papa e onze delas fora do Vaticano.

Estas são: Buenos Aires (Argentina), Santiago de Compostela (Espanha), Czestochowa (Polônia), Denver (Estados Unidos), Manila (Filipinas), Paris (França), Roma (Itália), Toronto (Canadá), Colônia (Alemanha) e Sydney (Austrália). Perto de 20 milhões de jovens foram a estes encontros internacionais.

As Jornadas Mundiais da Juventude nasceram em 1984 por iniciativa do Papa João Paulo II. A primeira teve lugar em Roma no domingo de Ramos do mencionado ano, no contexto das celebrações setoriais do Ano Santo Jubilar da Redenção (1983-1984).

Diante do êxito da convocatória e das urgências eclesiásticas da Pastoral de Juventude, João Paulo II as instituiu com caráter permanente. Cada encontro internacional tem como lema uma frase Bíblica e todos contam, além disso, com um hino. Ambos convidam os jovens a refletirem sobre o Evangelho.

Anualmente as Jornadas são celebradas em cada diocese; entretanto, a cada dois ou três anos se organiza um evento internacional em uma cidade do mundo. A celebração se prolonga durante uma semana e inclui encontros religiosos, culturais e festivos, e conclui com uma Vigília e a Eucaristia presidida pelo Sumo Pontífice.

O primeiro dos encontros internacionais ocorreu em 1987 em Buenos Aires, onde um milhão de pessoas foram convocadas pelo Papa João Paulo II para "construir uma sociedade melhor".

Dois anos mais tarde, depois da capital Argentina, realizou-se em Santiago da Compostela, onde milhares de jovens peregrinos se reuniram com o Papa no Monte do Gozo.

A seguinte parada teve lugar em 1991 na cidade polonesa de Czestochowa, que representou a primeira reunião de João Paulo II com milhares de jovens em um país da Europa do Leste. À JMJ de Denver em 1993 compareceram meio milhão de jovens, convocados às Montanhas Rochosas, e foi a edição em que João Paulo II instaurou a Via Sacra.

A JMJ de 1995 se celebrou em Manila, a mais multitudinária da história com cinco milhões de assistentes. Dois anos mais tarde, em 1997, Paris foi a capital escolhida para festejar a XII Jornada Mundial da Juventude. Em 2000, coincidindo com o Jubileu, três milhões de jovens de todo o mundo atenderam o chamado do Papa e foram a Roma.

Toronto 2002 foi a última JMJ internacional à qual compareceu João Paulo II, já que faleceu meses antes da celebração da JMJ em Colônia, 2005. A esta foi o atual Pontífice, Bento XVI, para reunir-se com mais de dois milhões de jovens.

A cidade australiana de Sydney, em 2008, foi o último encontro internacional anterior ao de Madri.
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Novo HTML da Rádio

Gente o HTML da Web Rádio mudou!!! Você que tem blog ou site com a Rádio tem que mudar, a graça de Deus e o Perfume da Rádio que é o Carisma tem que se espalhar pelo mundo, nos ajude e divulge também a Beatitudes. Conto com Vocês!!!

Clique AQUI para baixar o novo código, copie e cole.

Abraços.
Diego Tales
Com Deus Até o Fim Mesmo Sem Entender
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Você é assexuado?



Dizemos não ao sexo desordenado, à ideologia do gênero e também a esta falsa abstinência sexual! E assim queremos dizer sim ao projeto de Jesus Cristo para cada um de nós.
Há algum tempo, se você colocasse em qualquer site de pesquisa da Internet a palavra assexuado o que se apresentaria eram animais unicelulares, algumas bactérias, plantas, etc. Experimente colocar a palavra citada no Google hoje. O que aparece? Assexuados, na pós-modernidade, são homens e mulheres que, segundo o que se lê, não dão a menor importância, não se sentem atraídos e não têm qualquer tipo de relação que seja de cunho sexual. Geralmente, essas pessoas (como a maior parte do mundo) confundem a sexualidade com a genitalidade, ou seja, acham que a única forma de exercerem sua sexualidade é através do ato sexual.
Mas os problemas não param por aí. Um "assexuado" não se define como heterossexual, bissexual ou homossexual. É como se a "assexualidade" fosse uma espécie de quarta orientação sexual. Muitos deles sentem "nojo por sexo", acham que isso não é importante. São até capazes de se apaixonar, casar e ter filhos, contanto que nisso tudo não haja sexo envolvido! Alguns praticam atos de masturbação, mas não associam essa prática ao sexo.
Algum cristão desavisado pode achar isso fantástico: "eles estão vivendo a castidade!". Mas logicamente, isso é um absurdo! Em primeiro lugar porque um assexuado entende a sexualidade como mero exercício da genitalidade, ou seja, fazer sexo. Além disso, comunga com o pensamento mundano, onde ser homem ou mulher, gay, lésbica, “tico-tico no fubá” ou não fazer sexo é tudo a mesma coisa, "uma questão de opção" e nada mais que isso.
Inversão de Valores
Quanta inversão de valores! O mundo consegue deturpar até o que parece bom! Um jovem cristão luta para viver a castidade por acreditar que essa virtude o conduzirá a um caminho de ordenação da sua sexualidade. Sabe que o ato sexual é algo desejado por Deus e deve unir o homem à mulher no sacramento do matrimônio para toda a vida. Compreende a sexualidade como uma força vital que acompanha todo o seu ser e está expressa na sua forma de falar, vestir-se, relacionar-se, pensar, etc. Sabe que o sexo é um presente dado por Deus para unir o casal (homem e mulher) e gerar novos filhos de Deus.
Viver a castidade nesse mundo relativista é um ato de heroísmo a que todos os jovens são chamados. E ao vivermos isso, podemos expressar para o mundo que somos sim, homens e mulheres sexuados, desejamos e vivemos nossa sexualidade intensamente, mas não da forma desordenada e deformada que o mundo nos propõe. Queremos e vamos nadar contra a maré imposta de forma ditatorial pela mídia, que quer a todo custo nos convencer de que somos como os animais ou até como as bactérias! Dizemos não ao sexo desordenado, à ideologia do gênero e também a esta falsa abstinência sexual! E assim queremos dizer sim ao projeto de Jesus Cristo para cada um de nós, na busca do estado de vida que Deus no chama a viver e no livre e casto exercício da sexualidade! 
Comunidade Shalom
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

As portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja.

 
Beato Jonh Newman
Outrora, era uma fonte de perplexidade para quem crê, como lemos nos salmos e nos profetas, ver que os maus tinham êxito onde os servos de Deus pareciam fracassar. E o mesmo se passa ao tempo do Evangelho. E no entanto a Igreja possui este privilégio especial, que mais nenhuma outra religião tem, de saber que, tendo sido fundada aquando de primeira vinda de Cristo, não desaparecerá antes do Seu regresso.
Contudo, em cada geração, parece que sucumbe e que os seus inimigos triunfam. O combate entre a Igreja e o mundo tem isto de particular: parece sempre que o mundo a vence, mas é Ela que de fato ganha. Os seus inimigos triunfam constantemente, dizendo-a vencida; os seus membros perdem frequentemente a esperança. Mas a Igreja permanece. [...] Os reinos fundam-se e desmoronam-se; as nações espraiam-se e desaparecem; as dinastias começam e terminam; os príncipes nascem e morrem; as coligações, os partidos, as ligas, os ofícios, as corporações, as instituições, as filosofias, as seitas e as heresias fazem-se e desfazem-se. Elas têm o seu tempo, mais a Igreja é eterna. E contudo, no seu tempo, elas parecerem ter uma grande importância. [...]
Neste momento, muitas coisas põem a nossa fé à prova. Não vemos o futuro; não vemos que o que parece agora ter êxito não durará muito tempo. Hoje, vemos filosofias, seitas e clãs alastrarem, florescentes. A Igreja parece pobre e impotente. [...] Peçamos a Deus que nos instrua: temos necessidade de ser ensinados por Ele, estamos cegos. Quando as palavras de Cristo puseram os apóstolos à prova, eles pediram-Lhe: «Aumenta a nossa fé» (Lc 17.5). Procuremo-Lo com sinceridade: nós não nos conhecemos; temos necessidade da Sua graça. Qualquer que seja a perplexidade a que o mundo nos induza [...], procuremo-Lo com um espírito puro e sincero. Peçamos humildemente que nos mostre o que não compreendemos, que suavize o nosso coração quando ele se obstina, que nos dê a graça de O amarmos e de Lhe obedecermos fielmente na nossa procura.
Sermões sobre os temas do dia, nº 6, «Fé e Experiência», 2.4
Citado por Evangelho Quotidiano, 04/ago/2011
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