quarta-feira, 23 de abril de 2014

Não consigo mais rezar!

Também no deserto é preciso aprender a prosseguir…
Quando falamos de Cura e Libertação, não poderemos nunca esquecermos da palavra ORAÇÃO!
Quer seja para quem é ministro de Cura e Libertação, quer seja para quem está se empenhando num caminho pessoal de sua Cura e Libertação.
A Oração sempre será o ponto de partida! A Oração deverá ser sempre o centro e o fundamentodesse nosso caminhar!
Mas quando a Oração se torna um caminho de deserto para nós? Quando por meio da Oração tentamos buscar a Deus mas parece que não conseguimos nem mesmo ver um foco de Sua luz? O que devemos fazer? Como caminhar?
A pergunta não é tão simples quanto se parece; pois existem realidades em nossas vidas, situações que vivemos, que fazem realmente que não tenhamos gosto algum pela Oração, não desejamos rezar, não queremos rezar; e tudo o que parece nos levar para a Oração se torna um peso…
Mas de onde vem isso? Será que é algo que não vem de Deus, será que pode ser do Maligno?
Por que não quero mais rezar? O que devo fazer?
A verdade é que a resposta para esta pergunta apesar de ser curta, acredito que ainda seja a resposta mais exata; e que apesar de ser curta é a única que aprendi e verifiquei que funciona em todos estes meus anos de caminhada!
Então, quando nossa vida de Oração se tornar cansativa, se tornar lenta, quando não tivermos mais vontade alguma de rezar; e nem mesmo sabemos de onde vem todas estas coisas, a resposta é:
-Continue rezando…
E ai você pode se perguntar: “Mas o Danilo deve estar louco?!” Acabei de dizer que não tenho vontade, que não quero e nem sinto nada!! E o que ele me responde é:
-Continue rezando!!!
É exatamente isso que tenho aprendido, apesar de muitas vezes na prática me custar muito!Rezar sem vontade, ler a Palavra de Deus sem “sentir o gosto”, se esforçar para iniciar o Santo terço, lutar com o meu dia a dia agitado e corrido para participar da Santa Missa….E mesmo assim, sem sentir nada, não me deixar levar pela onda do momento…
A Oração é um combate: Por ela chegamos a Deus sempre, quer sintamos isso ou não, chegamos ao coração de Deus! E porque a Oração é um combate, não podemos parar de rezar, não podemos ser arrastados por um momento de mornidão, por um momento de desolação, de deserto…
Porque mesmo quando não sentimos nada e até não desejamos rezar, mas, tomamos a iniciativa e rezamos, ali Deus se manifesta, ali ganhamos de certa forma uma força para prosseguir, somos revestidos pela força que contem a Oração, que sempre será uma força de encontro com Deus…
Mas quando optamos em não rezar, o maior perigo que corremos é o perigo do pecado! Se nos deixamos envolver por esta onda de mornidão, por este deserto; é certo que se não reagirmos o pecado irá tomando um espaço em sua vida, dentro do seu coração, nas suas decisões…E assim, ao invés de você ir mesmo que aos poucos voltando a rezar com mais gosto, você vai perdendo cada vez mais o desejo pela Oração, vai perdendo cada vez mais o desejo por corresponder diferente aos desafios do dia a dia; e é bem provável que conforme o pecado for ganhando força dentro de você, você esqueça até mesmo que é uma pessoa de Deus, e esqueça do próprio Deus!
Isso é muito serio, e não estou exagerando!!! O pecado tem por obrigação de sua essência quebrar todo e qualquer vinculo que tenhamos com Deusque tenhamos com as coisas de Deus! É por isso que quanto mais caímos em pecados e não voltamos para Deus rapidamente, mais vai parecendo que Deus esta longe de nós!
Quantas pessoas conheci que eram profundamente de Deus, mas que se deixaram levar por uma espécie de mornidão na vida de Oração, e acabou que não mais rezavam, não mais adoravam, não mais liam a Palavra de Deus; e por isso foram deixando e esquecendo do próprio Deus! E ai imaginem que a vida destas pessoas se tornou uma desgraça!
Por isso entenda uma coisa muito séria:
Não precisamos sentir nada para termos uma vida de Oração que nos mantenha em Deus! Não precisamos sentir nada na Oração, não precisamos ser tocados em nossas emoções, ficarmos alegres, sorridentes, sairmos satisfeitos e coisas do tipo…A Oração, você sinta ou não, tem a força de te levar ao Coração de Deus! A Oração por aquilo que ela é, ela te deixará no “prumo”, te deixará sob a Sua proteção, graça e força!
Então, de uma vez por todas: Nunca pare de rezar, nunca desista da OraçãoSeja insistente com você mesmo, seja o “DO CONTRA“ com a ONDA que quer te deixar longe da Oração!
Tenho certeza que se você fizer esta experiência, você colherá dos melhores frutos! E chegará sim o tempo que novamente o “gosto” pela Oração florirá, voltará o tempo em que você será motivado pelos bons sentimentos, chegará o tempo em que você saberá exatamente o que Deus quer de você, porque O ouviu por meio da Oração!
Mas enquanto este tempo não chegar, lute contra tudo o que quiser te afastar do seu momento de Oração, e reze!
Espero que você possa partilhar comigo os frutos da sua persistência!
Deus abençoe sua luta!

Danilo Gesualdo
Comunidade Canção Nova
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domingo, 13 de abril de 2014

Francisco: "Quem sou eu diante do meu Senhor?



Papa Francisco deu início neste domingo aos ritos da Semana Santa, com a procissão de ramos, dia em que a Igreja recorda a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. E o fez entre ramos de oliveiras e palmas, trazidas por milhares de fiéis que vieram até a Praça São Pedro para participar da celebração eucarística. É o início da festa cristã que, ao longo de toda a semana e com diversos atos litúrgicos, celebrará a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

Na procissão pelo interior da Praça São Pedro, que deu início à celebração eucarística, Francisco foi precedido por jovens da Diocese de Roma e de todos os continentes, por cerca de 100 sacerdotes, bispos e cardeais que concelebram a Santa Missa.

Também neste domingo a Igreja celebra a Jornada Mundial da Juventude em nível diocesano. No encerramento da celebração a entrega por jovensbrasileiros, dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude – a Cruz da redenção e o Ícone de Nossa Senhora – aos jovens poloneses. Recordamos que a próxima JMJ com a presença do Santo Padre será em Cracóvia, em 2016.

O Papa deixou de lado a sua homilia escrita e improvisou uma profunda reflexão recordando os personagens descritos na leitura do Evangelho deste domingo. O Papa pediu um exame de consciência a todos os fiéis, e com qual personagem nos identificamos.

Esta semana tem início com a procissão alegre com os ramos de oliveira – disse o Papa -: todo o povo acolhe Jesus. As crianças, os jovens cantam, louvam a Jesus. Mas esta semana vai avante no mistério da morte de Jesus e da sua ressurreição. Ouvimos as palavras da Paixão do Senhor. Então o Papa faz uma pergunta:


"Quem sou eu diante do meu Senhor? Quem sou eu, diante de Jesus que entra em festa em Jerusalém? Eu sou capaz de expressar a minha alegria, de louvá-lo? Ou me distancio? Quem sou eu, diante de Jesus que sofre? Ouvimos muitos nomes: muitos nomes. O grupo de líderes, alguns sacerdotes, allguns fariseus, alguns mestres da lei que tinha decidido matá-lo. Eles estavam esperando a oportunidade para prendê-lo."

E o Papa continua as suas perguntas:

"Eu sou como um deles? Também ouvimos outro nome: Judas. 30 moedas. Eu sou como Judas? Ouvimos ainda outros nomes: os discípulos que não entendiam nada, que se adormatavam enquanto o Senhor sofria."

A minha vida está adormentada? Ou sou como os discípulos, que não entendiam o que significava trair Jesus? Como aquele discípulo que queria resolver tudo com a espada: eu sou como eles?

"Eu sou como Judas, que finge amar e beija o Mestre para entregá-lo, para traí-lo? Eu sou um traidor? Eu sou como os líderes que, com pressa, fazem o tribunal e procuram falsos testemunhos: Eu sou como eles? E quando eu faço essas coisas, se eu as faço, acredito que com isso salvo o povo?"

Francisco continua com as suas perguntas em meio a uma Praça silenciosa e reflexiva.

"Eu sou como Pilatos que, quando vejo que a situação está difícil, eu lavo as minhas mãos e não sei assumir a minha responsabilidade e deixo condenar - ou condeno eu - as pessoas? Eu sou como aquela multidão que não sabia bem se se encontravam em uma reunião religiosa, ou num processo ou em um circo, e escolhe Barrabás? Para eles é a mesma coisa: era mais divertido humilhar Jesus."

Eu sou como os soldados que batem no Senhor, cospem n’Ele, O insultam, se divertem com a humilhação do Senhor? Eu sou como o Cirineu, que voltava do trabalho, cansado, mas ele teve a boa vontade de ajudar o Senhor a carregar a cruz ? Eu sou como aqueles que passavam diante da Cruz de Jesus e zombavam d’Ele: “Mas ... tão corajoso! Desça da cruz, e nós vamos acreditar n’Ele”. O insulto a Jesus ... Eu sou como aquelas mulheres corajosas, e como a Mãe de Jesus, que estavam ali, sofrendo em silêncio?


"Eu sou como José, o discípulo escondido, que leva o corpo de Jesus com amor, para sepultá-lo? Eu sou como essas duas Marias que permanecem na porta do sepulcro, chorando, rezando? Eu sou como esses líderes que no dia seguinte foram a Pilatos para dizer: “Mas, olha ele dizia que iria ressuscitar; que não seja mais um engano”, e bloqueiam a vida, bloqueando o sepulcro para defender a doutrina, para que a vida não venha para fora? Onde está meu coração?"

E o Papa conclui: “A qual dessas pessoas eu me assemelho? Que esta pergunta nos acompanhe durante toda a semana".

(News.va)
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