quinta-feira, 30 de junho de 2011

Carta aos Namorados

 Na minha vida de padre, já passaram muitos casais de namorados... De muitos celebrei o casamento, o batizado dos filhos que vieram; de muitos, também, enxuguei as lágrimas vindas da ruptura, da traição, do ciúme, da dúvida. De alguns(mas) jovens conheci vários(as) namorados(as), de outros(as), o único amor da vida; de alguns casais vi a festa de cinqüenta anos de união, cheia de netos e bisnetos, e o mesmo olhar apaixonado e carinhoso dos passados dias da primavera. 

É bonito ver a história de amor das pessoas, sua busca por alguém que as complete, que partilhe os mesmos ideais, que tenha um coração disposto a bater mesmo compasso. E foi observando as histórias dos namorados que cheguei a algumas conclusões (será que isso é mesmo possível, quando se trata do especialíssimo campo da efetividade?) a respeito do namoro. Percebi que os adolescentes, os jovens e os adultos gostam de namorar, mesmo que a palavra “ficar” tenha roubado tanto espaço no vocabulário atual. Não se pode ficar com uma pessoa com se fica com um casaco, com um fim, sem nenhum compromisso. E meus amigos falaram que, depois de ficar, só sobra um gosto sem graça de copo descartável, de dia perdido, de riso murcho. Meus amigos querem um(a) namorado(a) de verdade! As moças gostariam que os namorados fossem mais atentos e atenciosos, que reparassem que elas cortaram o cabelo ou que estão tristes; que soubessem compartilhar os bons e maus momentos, que fossem pontuais e (acreditem!) um pouco mais românticos (o que não quer dizer meloso ou bobo). Mas querem ser respeitadas, sim, e amadas. E gostariam de pensar no futuro, porque o amor projeta sempre para frente e – acrescento com segurança – para a eternidade. As moças, as mulheres entendem bastante de amor porque entre Deus e as mulheres há uma grande cumplicidade criadora, geradora de vida. Os rapazes gostariam que as namoradas fossem mais compreensivas, que não odiassem futebol e filmes de ação, que reparassem mais neles; que soubessem partilhar os bons e maus momentos; que fossem pontuais (porque não precisa se arrumar tanto assim, já que são lindas para eles) e mais românticas (eles gostariam de oferer flores, mas ficam sem graça e com receio). E gostariam de pensar no futuro, mas precisam de um empurrão e de uma ajuda e de uma companhia. E também querem ser respeitados e não encaixados nos modelos que se impõem por aí. “Deus criou o homem (e a mulher) à sua imagem e semelhança”: esse é o melhor modelo, aquele que realmente nos dignifica e revela quem somos. O namoro exige cuidados e atenções especiais, um tempo para a saudade e para a escuta do próprio coração; requer ver o outro olho no olho, mas como já disseram, “amar não é apenas olhar para um para os outros, mas ambos para a mesma direção”. E a direção do amor deve ser a alegria, a partilha, o carinho, o respeito, a ternura, a paciência. Namoro é tempo de sonhar os grandes sonhos, de reconhecer e de aprender o que é amor e de se preparar para amar toda a vida. São Paulo dizia sabiamente: “Ainda que eu fale a língua dos anjos e dos homens, se não tiver o amor, nada sou” (1 Cor 13). Jesus, o que é o maior apaixonado por toda a humanidade, “tendo amado os seus, amou-os até o fim” (Jô 13,1). Então, neste dia dos namorados, que Deus os abençoe e ensine a amar como só Ele sabe.


 Frei Yves Terral 
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Eis que vos anuncio uma grande alegria!

Quem lê atentamente o Evangelho segundo São Lucas certamente já notou que uma de suas características mais marcantes é a alegria. Sugerimos que você ore com a Palavra de Deus segundo o método da Lectio divina, os trechos referentes ao nascimento de João Batista e Jesus Cristo. Leia hoje, pelo menos duas vezes Lc 1,5-2,20.

Dentro de um trecho grande como o sugerido, devemos escolher uns poucos versículos que mais tenham nos tocado. Veja, por exemplo, os versículos que falam da alegria (cf. Lc 1,14.28.44.47;2,10).
O evangelista fala da grande alegria messiânica já predita pelos profetas no A.T. (cf. Sf 3,14-15; Jl 2,21-27; Is 12,6; Zc 2,14; 9,9). A alegria da chegada do Emanuel, o Deus-Conosco. A alegria pela presença de Deus no meio dos homens. Foi essa a alegria anunciada pelos anjos e experimentada pelos Anawin, os pobres de Javé, dos quais Maria é um exemplo ímpar.
Aos olhos humanos, os fatos relacionados com esta alegria poderiam parecer o contrário, motivo de tristeza ou, no mínimo, de preocupação. O anúncio da concepção de Jesus pelo poder do Espírito Santo levou dúvida ao coração de José, que só foi aplacada depois, com a intervenção divina. A gravidez de alto risco da idosa Isabel deve ter preocupado sua família. O nascimento do Menino Jesus numa cidade superlotada como Belém, em uma época de recenseamento ordenado pelos romanos deve ter preocupado José. E assim por diante. Mas a contradição é apenas aparente. A alegria da presença de Deus torna tudo relativo. Honra, saúde, bens materiais, conforto, segurança... Tudo perde o valor em si diante do Bem verdadeiro, o único de valor absoluto. É isto que está dito ou implícito nos versículos lidos.
Diante destes versículos, medite como está a alegria (ou a falta dela), na sua vida. Não tenha medo de confrontar suas dificuldades, por quaisquer motivos que sejam, com as situações relatadas no trecho da Palavra que você leu. No tempo do Natal e de fim de ano, muitos sentem uma tristeza indefinida, não vendo razão para a alegria. É preciso deixar que a alegria do nascimento de Jesus relativize todos os outros fatos ou sentimentos. Então, como diz São Paulo aos romanos, “nada poderá nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus, nem tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo ou espada!” (Rm 8,35).

Oração
Sua oração pode iniciar assim: “Obrigado, Senhor Deus Altíssimo, que vos humilhastes a ponto de tornar-vos um de nós, em tudo semelhante a nós, menos no pecado. Obrigado, Senhor Jesus, porque escondestes estas coisas aos sábios e doutores mas as revelastes aos pequeninos. Ensina-nos a ser pobres e humildes como vós e dai-nos experimentar a verdadeira alegria...” Em seguida, coloque tudo o que Deus lhe mostrou na sua meditação.
Para melhor completar o último passo da Lectio, sugiro contemplar um presépio ou, pelo menos, o retrato de um deles, com o Menino Jesus, Maria e José. Deixe-se envolver por esse grande mistério da encarnação, mistério de amor e de alegria.
No final da Lectio, tome o seu caderno para anotar as graças e os bons propósitos deste dia.
Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes, para que unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Shalom!

José Ricardo Bezerra
Comunidade Shalom
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Razões para viver a castidade

1. Você nunca terá que se preocupar com uma gravidez nem com a vergonha de ter que dizer aos seus pais. Comunicar uma gravidez é uma alegria, mas quando se está casado.
2. Você nunca terá que se preocupar em contrair, por via sexual, a AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, algumas incuráveis.
3. Você aprenderá a exercer o autocontrole que aumentará a sua força de vontade, e você se sentirá bem consigo mesmo quando você não cede às pressões que lhe cercam.
4. Você dará bom exemplo. Assim você estará contribuindo para construir um mundo melhor.
5. Você estará protegendo sua própria reputação. Para conquistar um bom esposo ou esposa você necessita ter uma boa fama.
6. Você saberá com segurança se é um amor verdadeiro ou se só querem o prazer que seu corpo pode proporcionar.
7. Você poderá canalizar suas energias juvenis para atividades que contribuam para o seu desenvolvimento e amadurecimento, tais como: os estudos, o esporte, a música, a leitura, a pintura, o serviço aos necessitados, os grupos jovens, as gincanas, o grêmio de sua escola, associação em clubes comunitários, etc.
8. Você aprenderá a conhecer o verdadeiro amor. Saberá distinguir entre o amor verdadeiro e o impulso ou atração sexual. O ato sexual é algo espontâneo e breve (um encontro de uma noite). O amor necessita tempo para crescer e durar para sempre, que é o que todos queremos. O verdadeiro amor nunca é desesperado, é sim aquele que sabe esperar.

Como dizer não?


Apesar de alguns quererem nos fazer crer o contrário, muitos adolescentes inteligentes têm decidido não ter relações sexuais antes do casamento (pré-matrimoniais). Não é fácil, mas é assim que acontece com as coisas que valem a pena na vida. Se você quer triunfar na vida, nos seus estudos, no trabalho, no esporte, no domínio de um instrumento musical, deve esforçar-se.


DIZER NÃO ÀS RELAÇÕES SEXUAIS PRÉ-MATRIMONIAIS VALE A PENA.


Você poderia dizer:

- “Não estou preparado(a) para ter relações sexuais”.
- “Não quero ter relações sexuais até que me case. Prefiro esperar”.
- “Desfruto de sua companhia mas não creio que tenho idade suficiente para ter relações sexuais”.
- “Não tenho porque dar-lhe explicações de não querer ter relações sexuais. Simplesmente é esta a minha decisão, nada mais”
- “Decidi não ter relações sexuais, sendo assim, por favor não me pressione”.
- “Se você realmente me quer, respeite minha decisão de esperar”.

"Quero viver a vontade de Deus em minha vida"


Sou uma jovem responsável


Meus beijos valem mais que uma festa ou um cinema.

Meu corpo é templo de Deus, não um brinquedo.
O primeiro “Não” poderá ser difícil, depois será mais fácil.
A virgindade continua sendo uma virtude, a luxúria continua sendo um pecado capital.
Minha maneira de vestir, agir e falar podem ser uma tentação para meu namorado. Observarei a modéstia pelo bem de nós dois.
Meus pais têm feito muito por mim, comportar-me-ei de modo que sempre eles se sintam orgulhosos de mim.
Meu namorado será, também, algum dia um esposo e pai de família; deverá ser um herói aos olhos de sua esposa e filhos. Não farei nada que possa impedi-lo disso quando sairmos juntos.
Quero ser esposa e mãe algum dia, conservarei minha pureza e meu carinho para meu esposo e filhos.
Se algum dia eu falhar e vier a engravidar, não tomarei o caminho fácil, não abortarei o meu filho.

Sou um jovem responsável


Os pais de minha namorada confiam em mim, não quero decepcioná-los.

Respeitarei minha namorada como espero que outros homens respeitem minha irmã.
Respeitarei sua feminilidade porque minha mãe é mulher.
Não pedirei a minha namorada que faça algo de que possa me envergonhar se minha mãe vier a saber.
Minha namorada tem me dado a honra e o prazer de sua companhia; não é correto que eu espere mais que isso.
Minha namorada será esposa e mãe algum dia. Ela deverá ser um exemplo para seus filhos e o orgulho de seu esposo. Eu a ajudarei ser tão pura e decente como eu quero que minha esposa seja.
A ombridade é constituída tanto pelo caráter como pelo físico. Perder o controle de si mesmo é sinal de fraqueza, quero que ela saiba que sou um homem.
Deus está em todas as partes, Ele tudo sabe, tudo vê. As coisas que faço escondido, poderão ser escondidas das pessoas, mas nunca aos olhos de Deus.
Se por minha fraqueza eu engravidar alguma jovem, não vou pressioná-la a fazer um aborto.

Lembre-se


Não dê bolas às pressões dos filmes, novelas, música, amigos e amigas que lhe induzem a relações sexuais antes do casamento. Não se engane. Sua vida é muito preciosa para você, para os que lhe querem bem e para seu país. Não deixe ninguém lhe enganar para que você não engravide sem estar casada, e nem aborte, e não contraia doenças sexualmente transmissíveis e AIDS. Em toda relação sexual existe a possibilidade de uma gravidez. Esta responsabilidade não é para você agora. Este tempo é para seu amadurecimento, para você terminar seus estudos.


Não caia em armadilhas que comprometam seu futuro. Para que você escolha o que quer da vida, você necessita ser LIVRE. 

Comunidade Católica Shalom 
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terça-feira, 28 de junho de 2011

AMIZADE – NECESSIDADE DO CORAÇÃO DO HOMEM

No coração do homem existe uma profunda sede de amar e de ser amado; o ser humano possui uma capacidade infinita de relacionamento. Falaremos aqui sobre o relacionamento de amizade, sem, no entanto, ter a pretensão de esgotar assunto de tamanha riqueza.
Não se vive bem, não se vive feliz sem amigos. Aristóteles, filósofo grego, nos diz que sem amigos ninguém escolheria viver. Esta é uma belíssima condição de amor que Deus colocou para as nossas vidas. A amizade é, portanto, uma necessidade do coração humano.

A juventude, de maneira bem especial, é um tempo muito propício às descobertas nesse sentido. É nesse tempo que despertamos para o outro, passamos a crescer com a diferença, deixamos florescer em nós o amor, a capacidade de nos doar, de sair de nós mesmos, de ir ao encontro das necessidades do outro, de buscar o bem-estar do amigo muito mais que o nosso, de perceber que ele nos é necessário...e tudo isso vai gerando a humildade em nós. O amor nos faz pequenos, porque não podemos forçar que o outro se abra a nós, que o outro nos ame, que o outro nos sirva, que o outro se entregue por nós.

Encontrar um amigo verdadeiro, fiel não é tarefa das mais fáceis. É preciso ter paciência, pois às vezes precisamos esperar bons anos para encontrá-lo. Porém é preciso firmar nossa espera em Deus, sabendo que faz parte do seu plano dar-nos relacionamentos maduros de amizade. Certamente existirá alguém que vai nos amar profundamente, como nós somos, mas precisamos nos abrir a isso e esperar, abandonados nas mãos de Deus. Além disso é preciso ter cuidado, não nos deixar enganar. O mundo tenta a todo instante nos “empurrar goela abaixo” uma série de mentiras e ilusões com o nome de amizade, mas que estão muito longe da verdade que nosso coração tanto anseia. Não encontramos um amigo verdadeiro talvez por estarmos impregnados de uma falsa mentalidade que nos ensina que o vale a pena é buscar o próprio interesse e bem-estar, o bom é ser amado, ser servido; e nos afundamos cada vez mais na centralização e no egoísmo e isso só nos distancia do ideal para o qual fomos criados.

Jesus, modelo perfeito de amizade, nos diz que há mais alegria em dar do que em receber. É dessa experiência que temos necessidade: nos deixar amadurecer mais pelo amor doado do que pelo recebido. Precisamos guardar nosso coração do egoísmo, da carência, da imaturidade, da dependência afetiva, do apego, do ciúme, da inveja, da falta de liberdade e dos maus hábitos e abri-lo para relacionamentos verdadeiramente maduros, em Deus, firmados no serviço, na doação de si mesmo em favor do outro, no amor verdadeiro, amor que não põe condições, que tudo crê, tudo espera, tudo suporta, não calcula nem recrimina, simplesmente ama.

Amar é a única maneira de captar outro ser humano no íntimo de sua personalidade. Ninguém consegue ter consciência plena daquilo que o outro é sem amá-lo. Por seu amor a pessoa se torna capaz de ver os traços característicos e as feições essenciais daquele a quem se ama, mais ainda, vê o que está contido nele, aquilo que pode vir a ser realizado. Além disso, através do seu amor a pessoa que ama capacita o outro a realizar essas potencialidades.
O amor nos faz conhecer detalhes do outro que talvez ninguém mais se ocupe tanto em perceber e valorizar; e o que a gente conhece a gente ama. É justamente no relacionamento que conhecemos a verdade do outro e isso certamente nos colocará diante de sua incomensurável riqueza, mas também das suas limitações e fraquezas. E pelo amor conseguimos dizer ao outro que ele não precisa ter medo, porque nós temos amor suficiente para não desistir dele, ainda que ele seja imperfeito...

Do mesmo modo nós próprios passamos a enxergar também a nossa verdade, as nossas inúmeras limitações e que grande alegria é experimentar da misericórdia de Deus, que se manifesta nos nossos amigos, que mesmo conhecendo nossa fraqueza, continuam a nos amar!
Nos nossos relacionamentos de amizade a gratuidade e a liberdade precisam ter um lugar muito especial. A amizade só pode acontecer num ambiente onde a liberdade se conserva, porque é justamente isso que autentica a gratuidade. A humildade que o amor gera em nós, nos impede terminantemente de fechar a porta por onde o outro possa sair livremente. Não podemos, de modo algum, obrigar o outro aos nossos “favores” por ele; por mais brilhantes e formidáveis que pareçam não serão amor, porque o amor nunca se manifesta na dominação.

É por tudo isso que jamais podemos perder de vista o fim último de todo e qualquer relacionamento: Deus! É com Ele que aprenderemos a ser amigos verdadeiros e. mergulhados no seu perfeito amor, estaremos livres de todo medo, desordem, apego e dependência afetiva, enfim de tudo aquilo que é obstáculo para o amor.
Mirando-nos no exemplo de Cristo, abramo-nos aos relacionamentos que Deus nos quer proporcionar, e os vivamos profundamente. Não tenhamos medo de assumir o que Jesus nos propõe, não tenhamos medo de amar mais do que somos amados, não tenhamos medo de experimentar a alegria prometida por Ele, e que virá através do serviço aos outros e do esquecimento de nós mesmos, dos nossos interesses.

Renata Mattos Dourado Bezerra


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Ser santo na família

Sagrada Família
Sagrada Família
Não sei se você ainda tem aquela mentalidade super-errada de achar que a santidade (ou seja, a plena felicidade em Deus, aqui e também, um dia, por toda a eternidade) é só para pessoas que têm o chamado ao sacerdócio ou à vida religiosa (freis, monges, irmãos de ordem), ou ainda para outras pessoas que não constituíram família de sangue.
Se este é o seu caso, é bom saber que a Igreja diz o contrário. Na verdade, afirma o oposto ao canonizar e beatificar pais e mães, casais e jovens, mostrando que é bastante possível, com a graça de Deus e nosso "sim", sermos santos trocando fraldas, cozinhando o almoço, passando a noite acordados ao lado do berço, indo buscar na escola, tendo paciência com os erros, sendo pais firmes, formando os filhos em Deus, orando por eles, participando da Eucaristia em família, trabalhando com dedicação para sermos canais da Providência para os nossos filhos, enfim, sendo família, família de Deus.
Aliás, a nenhuma outra instituição ou realidade, a Igreja "emprestou" o seu próprio nome, a não ser para a família, a qual a Santa Mãe Igreja chama, nada mais, nada menos, de "Igreja doméstica"!
Perceba-se, assim, você que é casado(a), totalmente em Deus quando você passa muito tempo na sua família, com seus filhos e cônjuge, tempo de amor, de convivência com qualidade e intensidade. Assim, você acolhe seu chamado à santidade.
E para aqueles que disserem o contrário, lembre-lhes os pais e mães, casais e jovens que a Igreja canonizou ou beatificou, isto é, declarou santos, virtuosos, bem-aventurados: Santa Gianna Beretta Molla (mãe-de-família, médica); os Beatos Luís e Zélia, pais de Santa Teresinha (beatificados não por terem sido os pais de Santa Teresinha, mas, como disse o Cardeal José Saraiva Martins, na missa de beatificação dos dois, "eles são duas testemunhas do amor conjugal"); o Beato Pier Giorgio Frassati, que faleceu bem jovem, sobre o qual disse o Servo de Deus o Papa João Paulo II: "Ele foi ativo e operoso no ambiente em que viveu, na família e na escola, na universidade e na sociedade".
Seja família de Deus, Igreja doméstica! Seja santo(a)!

Álvaro Amorim 
Comunidade Católica Shalom
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Quem são os ídolos da juventude?

Sabe-se que, do ponto de vista psicológico, a tarefa básica da adolescência é a aquisição do sentimento de identidade pessoal.
Mas o que é identidade? Bem, segundo Osório, poderíamos dizer que identidade é, resumidamente, a consciência que o indivíduo tem de si como um “ser no mundo”. E para adquirir sua identidade pessoal é necessário um processo de individuação, de separação, que passaria pelo rompimento do vínculo de dependência com os pais característico da infância.

A esta altura você pode estar se perguntando: “Sim, e o que isso tem a ver com os ídolos da juventude?”. A resposta é: “Tudo!”. Ao romper o vínculo simbiótico com os pais, o adolescente vai precisar de substitutos, alguém que ocupe esse lugar que ficou vazio. O grupo de amigos, as “paixonites”, e os ídolos (aí estão eles!) funcionam como reflexo dessa substituição. São formas que ele encontra de expressar sua necessidade de auto-afirmação. Em outras palavras, o adolescente tem necessidade de se desvincular dos pais, mas ao mesmo tempo isso gera ansiedades, como toda situação nova, e por causa dessa “ameaça”, ele tenta restaurar a situação original com a adesão a substitutos desses pais. Isto explicaria as identificações maciças dos jovens com seus ídolos.


Fica claro, então, por que o adolescente, na ansiosa busca de sua identidade, estabelece, por vezes, pseudo-identificações, as quais incorpora parcialmente ou abandona posteriormente. Na verdade, o que ele está buscando, muitas vezes nos lugares e pessoas erradas, é identificação com personalidades mais consistentes e firmes, pelo menos num sentido compensatório ou idealizado. Os adolescentes querem desesperadamente ser eles mesmos, mas o problema é que não sabem ainda quem são, e por isso, às vezes, se perdem em quem gostariam de ser.


Já sabemos que ter ídolos é algo natural nesse processo de busca da identidade que se inicia na adolescência, não é? Porém, há algo que merece nossa atenção e constante questionamento: quem nós estamos escolhendo como modelo? O que realmente merece ser seguido, imitado? Quem eu estou querendo ser, a quem estou querendo me assemelhar? Quais são os valores que eu procuro em alguém com quem gostaria de me identificar? A quem estou dando o “poder” de me dizer como ser? A escolha de modelos é subjetiva, cada um, por ser diferente, tem preferências diferentes, mas isso não quer dizer que muitas vezes não nos deixemos influenciar pela mídia, pelos modismos, pelos astros “fabricados” para fazer sucesso entre os jovens, pelas “febres” do momento, infelizmente.


E é exatamente por isso que precisamos estar atentos. Devemos constantemente nos questionar nesse sentido, sem medo da resposta que vamos ouvir. Ser verdadeiros conosco mesmos e com Deus é um passo essencial que damos no sentido da maturidade. Além do mais, como vou poder renovar minha escolha e ser responsável por ela se nem sei por que escolhi?


A palavra “ídolo” vem de “idealizar”, é basicamente “alguém que deu certo” e que, de certa forma, diz para o jovem que ele também vai “chegar lá”. Talvez o lugar onde você queira chegar influencie sua escolha de ídolos... Eu pergunto: “Aonde você quer chegar? Até onde pretende ir? Que caminhos busca seguir? Onde quer descansar sua insegurança? Em que lugar, em quem, procura os valores que vão nortear sua vida daqui para a frente?”. Podemos prender nossa atenção no superficial, naquilo que passa, na mentalidade do mundo que diz que só tem valor quem tem um corpo legal, quem é bonito... e as pessoas, até mesmo os ídolos, se tornam descartáveis, afinal ninguém fica jovem, bonito e com um corpo legal para sempre... “É nisso que quero dar certo? É até aqui que quero chegar?” Espero que não! O homem tem um valor infinito, que ultrapassa e muito o superficial, o efêmero, o exterior, e, portanto, tem capacidade de ir muito mais longe.


O Papa João Paulo II disse certa vez que cada pessoa humana corresponde a um pensamento de Deus. Você, pensamento de Deus, sonho de Deus, certamente foi criado para os grandes ideais. Ele, o Papa, confia imensamente nos jovens; quem somos nós, então, para não confiar na nossa capacidade de escolher modelos para seguir? Modelos que nos impulsionem a alcançar os grandes ideais para os quais fomos criados, que nos ajudem a pautar em valores verdadeiramente sólidos o código de ética próprio que começamos a incorporar como nosso na adolescência. Poderíamos dar dezenas de exemplos disso... o próprio Papa, Nossa Senhora, que era bem jovem quando recebeu a visita do anjo Gabriel; vários santos jovens: Santa Teresinha, São Domingos Sávio, Santa Maria Gorete...


Bibliografia Consultada:

ABERASTURY, A. Adolescência normal. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.
SILVESTRINI, A. A pil grim Pope. Kasas City: Andrews Mcmeel publishing, 1999.

Renata Mattos Dourado Bezerra 
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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eucaristia é antídoto para individualismo, afirma Bento XVI

"Sem a Eucaristia, a Igreja simplesmente não existiria. [...] Em uma cultura sempre mais individualista, como aquela em que estamos inseridos nas sociedades ocidentais, e que tende a difundir-se em todo o mundo, a Eucaristia constitui-se como uma espécie de "antídoto", que age nas mentes e nos corações dos fiéis e continuamente semeia nesses a lógica da comunhão, do serviço, da partilha, em suma, a lógica do Evangelho", ressaltou o Papa Bento XVI antes de recitar a tradicional oração mariana do Angelus deste domingo, 26.


"A Eucaristia é como o coração pulsante que dá vida a todo o corpo místico da Igreja: um organismo social completamente baseado sobre o laço espiritual, mas concreto, com Cristo. [...] É a Eucaristia, de fato, que faz de uma comunidade humana um mistério de comunhão, capaz de levar Deus ao mundo e o mundo a Deus. O Espírito Santo, que transforma o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo, transforma também quantos o recebem com fé em membros do corpo de Cristo, tanto que a Igreja é realmente sacramento de unidade dos homens com Deus e deles entre si", explicou.

Na escola de Maria, a vida cristão torna-se plenamente eucarística, "aberta a Deus e aos outros, capaz de transformar o mal em bem com a força do amor, esforçada em favorecer a unidade, a comunhão, a fraternidade", sublinhou.

Bento XVI indicou os primeiros cristãos, em Jerusalém, como sinal evidente desse novo estilo de vida proposto pelo Evangelho, cuja força de concretização deriva da Eucaristia, de Cristo ressuscitado, realmente presente em meio aos seus discípulos e operante com a força do Espírito Santo. "E também nas gerações seguintes, através dos séculos, a Igreja, apesar dos limites e erros humanos, continuou a ser no mundo uma força de comunhão", salientou.

Uma prova disso são os países submetidos a regimes totalitários cujos habitantes, depois, tiveram a possibilidade de se reencontrar na Missa Dominical. "Mas o vazio produzido pela falsa liberdade pode ser muito perigoso, e então a comunhão com o Corpo de Cristo é remédio para a inteligência e a vontade, para reencontrar o gosto pela verdade e pelo bem comum", disse o Santo Padre.


O encontro

Após a oração do Angelus, o Papa recordou a recente proclamação de alguns novos Beatos. No sábado, 25, em Amburgo (Alemanha), foram beatificados Johannes Prassek, Eduard Müller e Hermann Lange, assassinados pelos nazistas em 1943. Neste domingo, em Milão, é a vez do padre Serafino Morazzone, pároco em Lecchese entre os séculos XVIII e XIX; do padre Clemente Vismara, heroico missionário do PIME na Birmânia; e de Enrichetta Alfieri, Irmã da Caridada, conhecida como "anjo" da prisão milanesa de San Vittore.

"Louvemos ao Senhor por esses luminosos testemunhos do Evangelho!", exclamou.

Neste domingo, que precede a solenidade dos Santos Pedro e Paulo, celebra-se na Itália a Jornada pela caridade do Papa. "Desejo agradecer vivamente a todos aqueles que, com a oração e com as ofertas, dão o seu apoio ao meu ministério apostólico e de caridade. Obrigado! O Senhor vos recompense!"
Fonte: Canção Nova
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“Que estais procurando? Vinde e vede”


As primeiras palavras de Jesus registradas pelo Evangelho, segundo São João são: “Que estais procurando? Vinde e vede” (Jo 1,38).
No encontro com João Batista, Jesus não se pronuncia ao ser apontado como o Cordeiro de Deus. O evangelista deixa de lado o diálogo que São Mateus resume em Mt 3,13-15, no qual João queria ser batizado, mas Jesus insiste em “cumprir toda a justiça”. Após o testemunho de João, acontecem os encontros de Jesus com os primeiros discípulos.
Tomemos este trecho de Jo 1,35-51 para orarmos com ele, utilizando o método de Lectio divina. Leia com atenção, à meia voz, pelo menos três vezes o texto acima, procurando entender os encontros de Jesus, as pessoas envolvidas e o ambiente. Depois, leia outra vez silenciosamente, como se Jesus estivesse falando com você, pondo-se no lugar de cada discípulo. Em seguida, faça sua oração e permaneça aberto ao que o Senhor desejar realizar em sua alma. São estes os quatro passos da Lectio Divina: leitura, meditação, oração e contemplação.
Como você viu, os encontros de Jesus com seus primeiros discípulos são bem simples, mas a experiência ocorrida em cada um deles foi profunda e marcante para o resto de suas vidas a ponto de largarem tudo e segui-lo até dar a vida por Ele.
Partilhemos um pouco sobre o texto. Note, por exemplo, que Jesus havia sido batizado no dia anterior, e passando é novamente apontado por João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus”. André e João são dois discípulos do Batista que o deixam para seguir Jesus. Todo carisma e força do profeta que batizava são insuficientes para “segurar” aqueles dois. Melhor dizendo, é o próprio João que “empurra” os dois para Jesus.
André e João, bem como todo o povo, aguardavam “O Profeta”. João Batista tinha todas as características do Messias esperado, mas negara categoricamente. Ele era o que preparava o caminho e, enfim, o viu chegando. A humildade e o abandono, na vontade de Deus, não permitiram que o próprio João Batista fosse atrás do Mestre, porém, envia os seus discípulos para Ele. Vai dar sua vida em coerência com sua missão pelas mãos assassinas de Herodes, a pedido de Herodíades e Salomé.
Sabendo que está sendo seguido por André e João, pois passara ali para atraí-los a si, Jesus volta e pergunta: “Que estais procurando?” Os dois fascinados pela mansidão e brilho que irradiava do Mestre, respondem perguntando: “Onde moras?” A resposta é um convite que continua ressoando através dos séculos: “Vinde e vede!” A todos os que têm um encontro casual ou ouviram falar de um “tal Jesus”, Ele convida para uma experiência pessoal, única e irrepetível: “Vinde e vede!” O salmista antigo já sugeria: “Provai e vede quão suave é o Senhor" (Sl 34(33),9). Eles foram e viram! Novamente, o Senhor faz o mesmo convite a você, do século XXI: “Vem e veja”. Você é convidado a conhecer e estar com o Senhor, a provar da sua doçura, mansidão e alegria, da paz messiânica que é toda sorte de bens materiais e espirituais que Jesus traz.
A paz é contagiante! André é instrumento para aquele que será o príncipe dos apóstolos, seu irmão, Simão, que tem o seu primeiro encontro com Jesus. O olhar de Jesus para Simão (cf. vers. 42) vai marcá-lo para sempre. Pedro e os outros não “fizeram” nada, não deram provas de boa oratória para uma pregação eficaz, ou de serem conhecedores da Lei ou mesmo algumas boas ações que os credenciassem. Simplesmente, Jesus passou, olhou-os, amou-os e os convidou para segui-lo: “Tu, Simão, filho de João, chamar-te-ás Cefas, isto é, Pedro/Pedra”. Tens agora uma nova missão.
O próximo encontro é com Filipe, e não é um longo discurso de convencimento. Uma palavra bastou: “Segue-me”. Não há como expressar a graça e a força do olhar de Jesus para Filipe. Talvez, aqui, você esteja pensando: “Ah! Mas, eu não tive esse olhar”. Porém, sua felicidade, bem-aventurança, pode ser bem maior, como diria Jesus a Tomé: “Porque viste, creste. Felizes os que não viram e creram!” (Jo 20,29).
Filipe, “contagiado”, encontra Natanael, o mesmo Bartolomeu dos Sinóticos, e diz: “Encontramos aquele de quem falaram Moisés e os Profetas”. Diante da incredulidade inicial, Filipe faz o mesmo convite de Jesus: “Vem e veja!”. Natanael aceita e, antes de chegar, a graça de Deus estava agindo. Diz-lhe Jesus: “Antes que Filipe te chamasse, eu te vi, quando estavas sob a figueira”. O conhecimento de Jesus ultrapassa as aparências e o tempo. Ele vê o coração e sabe de cada um, de cada particularidade de nossas vidas. Por isso pode consolar-nos e curar-nos as feridas da vida. Para cada um, o Senhor tem uma palavra de ciência ou de sabedoria que toca no fundo da alma. Nada complicado, tudo simples. Basta estar aberto ao que Ele deseja nos dar.
Oração
Faça agora sua oração. Louve-o e agradeça a Ele por ter chamado você e pela experiência pessoal que Ele lhe proporcionou. Tudo o que você é e tem, foi dado por Ele. Continue sua oração contemplando a bondade, misericórdia e sabedoria de Deus. Deixe-o agir em sua alma.
Anote em seu caderno os “rhemas” e moções que o Senhor lhe deu para você não esquecer e colocar em prática .


José Ricardo Bezerra
 Consagrado da Comunidade de Aliança Shalom
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Reflexão para o 13º domingo do tempo comum

A liturgia de hoje propõe à nossa reflexão, uma história muito bonita. O rico, que sempre é malvisto por causa de suas atitudes, no relato de hoje, tem uma atitude belíssima, de profunda fé e grande despojamento.

Uma mulher rica, mas estéril, habitante em uma região onde se adorava um deus pagão, patrono das pessoas desejosas de ter filhos, não sedeixa contaminar com essa religião. Ao contrário, ela, depois de hospedar inúmeras vezes o Profeta Eliseu, um grande defensor de Javé, pede a seu marido construir, em sua casa, um quarto confortável para que o profeta pudesse descansar, quando viesse em missão.Esse pedido, faz com que a ajuda ao profeta fosse algo que envolvesse sua família. Ela poderia ter pedido uma grande quantia para dar de ajuda ao profeta. Ele receberia, ficaria grato e iria embora; mas ela não pensa assim. Ela desejou hospedá-lo em sua casa, além do conforto, quis dar-lhe afeto, o carinho de uma família.A mulher, cujo nome não sabemos, além de permanecer fiel a Deus tem a iniciativa de participar na ação missionária do profeta. Eliseu, cheio de gratidão, lhe anuncia que, apesar de ser estéril e de seu marido, bastante idoso, será mãe.Aquilo que certamente, mais desejava na vida, ser mãe, e não pedira aos deuses, mas permanecera fiel a Javé, Ele a presenteia para alegrar seu coração, tão generoso e fiel.No Evangelho, Jesus retoma essa questão da recompensa. Ele vê a generosidade em favor da missão. Ao mesmo tempo em que o Senhor é exigente com seus enviados, ele diz que aquele que receber um missionário, recebe ele, o Senhor e terá a recompensa como se a acolhida tivesse sido feita a ele, Jesus. Não nos esqueçamos do recado que o Senhor nos deu a respeito de um gesto tão simples que é dar um copo de água ao que tem sede.Eis aí o sentido de uma frase muito nossa, que repetimos frequentemente: “Deus lhe pague!” Não significa que jogamos nas costas de Deus, as nossas dívidas, como jocosamente falamos, mas que somos conscientes de que aquela pessoa, que nos socorreu naquela nossa necessidade, só poderá receber, a altura, a retribuição do bem que nos fez, através do Senhor.Não façamos o bem pensando na recompensa. Ele deverá ser feito gratuitamente. Mas, ao mesmo tempo, saibamos que o Senhor está atento à generosidade de nosso coração, para nos retribuir com aquilo que é necessário para a plenitude de nossa felicidade. E a plenitude de nossa felicidade é o AMOR, AMAR e SENTIR-SE AMADO.

Rádio Vaticano
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sábado, 25 de junho de 2011

O pecado nos prejudica?



Com o nobre intuito de nos libertar dos complexos de culpa, das fixações mórbidas, e das doentias tendências para escrúpulos intermináveis, a humanidade joga duro contra a existência do pecado. O espírito de permissividade exige liberação de todos os tabus. Não há mais limites para as mentes livres. Praticar atos ilícitos seria uma busca de saúde mental. Garantiria uma consciência leve. Seria a libertação das inibições destruidoras. O que nos liberta, no entanto, é a verdade e não a enganação. "A verdade vos libertará" (Jo 8, 32) já avisava Jesus. Uma personalidade madura sabe distinguir entre um desarranjo psicológico, e uma culpa verdadeira, que devemos reconhecer. O pecado é um mal, que nos fere no nosso "eu". O Criador generoso, conhecendo a nossa constituição, para evitar o caminho dos desvios, já nos deu as instruções sobre o que devemos fazer positivamente, e o que devemos evitar. Se praticarmos o mal a nossa alma fica ferida. No "self" se aninha o descontentamento. Não podemos ficar em paz porque fizemos o mal ao nosso semelhante; ofendemos o amor paterno de Deus; e cedemos às más tendências do egoísmo. Com isso nos afastamos dos irmãos. Você quer conhecer uma personalidade mais sadia do que São Paulo? E ele dizia com convicção: "Jesus Cristo veio para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro" (1Tim 1, 15).
Existe remissão do pecado? A minha consciência pode ser purificada dessa potência maléfica? A primeira condição é reconhecer o erro. "Tende pena de mim que sou pecador" (Lc 18, 13) dizia o publicano. E junto com isso, devemos avivar a fé na pessoa de Cristo, que é o grande libertador. Assim começamos a arrebentar a rede de permissivismo que perpassa o mundo de hoje. Quem quer se livrar do peso inútil do mal, particularmente quando se trata de faltas menores, deve fazer obras de caridade em favor do próximo, ler com fé a Sagrada Escritura, amar a Deus especialmente na oração, participar de celebrações litúrgicas. Isso nos purifica e centra a alma. Mas sobretudo devemos nos aproximar do sacramento da penitência, sacramento concedido por Jesus, que tem o poder de perdoar qualquer pecado. Não seria uma ótima tarefa para a quaresma que se inicia?


Dom Aloísio Roque Oppermann
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''Nós vai, a gente vamos''


Calma! Não é o que você está pensando. Sabe-se que poucos são conhecedores da forma culta da língua portuguesa, embora nos comuniquemos através dela, eu me coloco entre a maioria. Assim, o Ministério da Educação vai permitindo situações nada educadoras ao longo dos últimos 16 anos.Não porque muitas pessoas não sabem escrever e falar corretamente é que a língua está errada, a língua continua portuguesa, sim senhor. Guardada as devidas proporções, vamos legalizar o roubo, pois existem muitos ladrões, afinal se o parâmetro for um número significativo de praticantes de tais coisas, a roubalheira será legalizada. Usar, portanto, a desculpa que devemos falar errado para incluir quem não teve a oportunidade de aprender a forma correta é no mínimo nivelar todos por baixo, mas pior que isso, é constatar a incapacidade do governo em proporcionar à população ensino de qualidade, onde todos possam aprender pelo menos a língua oficial.Usar a chamada "classe dominante" como inimiga para manter a população no marasmo em que se encontra a educação brasileira é muito mais maléfico. Não é difícil imaginar o que veremos no MEC daqui a alguns anos e o que será da educação brasileira, com esta inusitada proposta, que de original, "só pode ser no Brasil", o país dos contrastes. A questão aqui não é discriminar quem fala com erros o português clássico, mas evitar que as pessoas sejam mal interpretadas, pois escrever errado, por exemplo um documento, pode invalidá-lo completamente, retirando seu real significado e prejudicando, inclusive seu autor. Não estamos falando aqui de corrigir ou discriminar pessoas que falam errado. Quero saber como será um profissional brasileiro daqui a 20 anos falando errado neste mundo globalizado, onde a comunicação é abrangente e exige conhecimento até de outros idiomas, se nem a sua língua pátria se aprende corretamente.Mas do MEC, ultimamente, tem saído pérolas em forma de cartilhas. A população nem sempre ouve falar e muito menos tem acesso aos conteúdos e imagens. Circulam na internet, sobretudo, o conteúdo e a foto da cartilha do governo contra a homofobia, mesmo que o MEC tente negar o inegável, nela além do conteúdo, que a meu ver não combate a discriminação, mas incentiva comportamentos que a criança até então não tem e que poderá desenvolver, desnecessário para sua felicidade, traz na capa uma fotografia de duas crianças do sexo masculino, com menos de 10 anos de idade, beijando-se na boca, e em seu interior, segundo demonstrou à imprensa o deputado Anthony Garotinho, cenas de sexo anal entre homens. Todo esse conteúdo para crianças da mais tenra idade!Em relação ao português, com tais práticas há duas décadas iniciadas, passaremos a falar dialetos, pois toda forma de falar e escrever será correto. Já no caso da cartilha contra a homofobia, para crianças de idade entre 6 a 7 anos não irá motivar o respeito a possíveis homossexuais, porém ela será empurrada a experimentar práticas que a maioria absoluta das pessoas jamais experimentaria e isto não é preconceito, é fato, pois a criança não precisa começar a exercitar a sexualidade genital precocemente para ser uma criança desenvolvida, ela precisa sim, de respeito, de amor e de ter preservado o direito de ser criança.Mas o pior de tudo isso é que os pais estão fora desta discussão. Quando foi que o MEC chamou a população para discutir a validade destes materiais? Na realidade, quando a bomba vem à tona, aí o governo se faz de vítima, como agora, dizendo que não pode julgar o caso dos erros de português porque o MEC não é o ministério da verdade. Ora, se não é, por que quer que todos aceitem tais cartilhas?Outro fato grave é criar leis que punem a maioria. A lei não pode dizer o que deve ser feito, mas o que não deve, caso contrário, vira ditadura stalinista.

Pe. Crispim Guimarães
Laguna Carapã - MS
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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Igreja: A Esposa de Cristo

A presença de Cristo na vida da sua Igreja não se realiza de modo simbólico, mas de uma maneira muito mais íntima que se possa imaginar. Existe, de fato, uma relação profunda que é expressa particularmente pela união esponsal. Ele quis uni-la a si por meio de uma aliança indissolúvel e, mesmo que não esteja presente fisicamente no meio de nós, Ele está de forma sacramental e esponsal no seu corpo místico: a Igreja, sua esposa.
No Antigo Testamento, vemos Deus revelar-se de modo progressivo. Essa revelação conhece várias etapas. Em alguns profetas, e, de modo particular em Oseias, a aliança conhece uma etapa fundamental, pois a relação de Deus com o seu povo passa a ser compreendida como um “pacto matrimonial”. Deste modo, Deus, que já tinha manifestado de várias formas o seu amor, inclusive como amor materno, agora, apresenta-se como Esposo para manifestar de um modo mais profundo o seu amor e eleição.
Essa imagem esponsal nos revela que Deus é o Esposo fiel: “Desposar-te-ei novamente para sempre, desposar-te-ei conforme a justiça e o direito, com misericórdia e amor. Desposar-te-ei com fidelidade, e tu conhecerás o Senhor” (cf. Os 2,21-22). Essa é uma escolha de Deus diante do povo que muitas vezes agia com infidelidade.
Embora a Aliança, muitas vezes, seja violada por parte do povo, Deus nunca desiste. Assim, prepara o seu povo para um “pacto esponsal”, o qual encontra o seu ápice na união esponsal de Cristo com a Igreja – novo Israel – adquirido pelo seu sacrifício na Cruz.
Santo Ambrósio afirmava: “Da mesma forma que Eva foi tirada do lado de Adão adormecido, assim, a Igreja nasceu do coração traspassado de Cristo morto na Cruz”. A Igreja nasce do Coração traspassado do Cordeiro Pascal que a amou e, por ela, entregou-se (cf. Ef 5,25). A oferta de Cristo na cruz é esponsal. Ele entrega a si mesmo de modo inaudito. Podemos constatar que, entre Cristo e a Igreja, há uma união esponsal que a torna uma com o Esposo, e essa união é indestrutível, pois nem mesmo as fraquezas da Igreja podem anular esse amor esponsal. É o Esposo divino que lhe assegura o seu amor e a sua graça constantemente, tornando-a bela e sem mancha, pois não há pecado, fraqueza ou miséria que Ele não vença e purifique pelo poder do seu sacrifício.
No Novo Testamento, Jesus é claramente apresentado por João Batista como o Esposo, aquele que marca a conclusão de um tempo, ou seja, a Antiga Aliança e o início da Nova e Eterna Aliança realizada pelo sangue do Cordeiro. É a voz do amigo do esposo que o apresenta sem hesitação como o Cordeiro e Esposo. Torna-se mais belo ainda vê o próprio Jesus atribuir a si mesmo o título de Esposo (cf. Mc 2,19). Nele toda profecia a esse respeito encontra o seu real e pleno cumprimento, pois Ele é o Esposo, que celebra as núpcias com a sua amada esposa.
Podemos afirmar que a Igreja, como Corpo místico de Cristo, revela-nos a sua plena comunhão com Ele e, como esposa de Cristo, faz-nos contemplar a sua relação íntima com Cristo. Há uma união misteriosa e real entre Jesus Cristo e a sua Igreja, de tal modo que essa esposa é um mistério, pois, assim como o seu Esposo é homem e Deus, assim a esposa assemelha-se a Ele de forma humana e divina.
Nesta união esponsal, a Igreja, realidade nova, nascida do Sacrifício do Cordeiro, recebe tudo do seu esposo, pois é própria do amor verdadeiro a comunhão, seja do coração, seja da própria vida. Portanto, a ela está destinado o vinho novo do Esposo, e, por isso, ela é santificada por Ele. A Igreja, a bem amada, vive aqui na terra essa realidade, mas se prepara em meio a tribulações, sofrimentos e alegriasna espera pelo encontro final com Ele e,cheia de saudade e de bem-aventurada esperança, clama: “Vinde, Senhor Jesus!” (cf. Ap 22,20).
No capítulo 17 do Evangelho de João, Ele pede ao Pai que a sua Esposa seja uma com Ele assim como Ele é um com o Pai. Portanto, Ele está unido de tal modo à Igreja, que não podemos pensar nele e, ao mesmo tempo, excluí-la e, muito menos, desejar o que muitos pretendem: “sim” a Cristo e “não” a Igreja. “Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe”, afirmava São Cipriano.

Padre Rômulo dos Anjos Silva
 Missionário da Comunidade Católica Shalom
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quarta-feira, 22 de junho de 2011

AS TRÊS MAIORES MENTIRAS DO MUNDO

O diabo é o criador das três maiores mentiras do mundo. Ele é o pai da mentira (Jo 8,44). Ele é o mestre na arte do engano (Gn 3,13; Ap 20,10).

A missão do diabo é matar, roubar e destruir (Jô 10,10; 1 Pd 5,7.8).

“É mais fácil as grandes massas do povo se tornarem vítimas de uma grande mentira do que de uma mentira pequena” disse o ditador alemão nazista Adolf Hitler (1889-1945).

O político e revolucionário comunista russo Vladimir Lênin (1870-1924), afirmou: “Uma mentira repetida com suficiente freqüência torna-se verdade”.
O diabo é o auto de todo engodo, fábulas, superstições, crendices e heresias. Ele é o mentor das grandes ideologias e pensamentos filosóficos contrários às doutrinas cristãs.

Graças a Deus, que somos bem informados dessas falácias diabólicas.

Escreve São Pedro Apóstolo: “Com efeito, não foi seguindo fábulas sutis, mas por termos sido testemunhas oculares da sua majestade, que vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Pd 1,16). Também nos ensina São Paulo Apóstolo: “Tomai cuidado para que ninguém vos escravize por vãs e enganosas especulações da “filosofia”, segundo a tradição dos homens, segundo os elementos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2,8).

A grande mística e Doutora da Igreja Santa Teresa de A’vila dizia: “Terríveis são os ardis e manhas do demônio, para que as almas não se conheçam, não progridam, nem entendam o caminho a seguir”.
Realmente, toda obra do diabo é para desviar o ser humano do seu conhecimento como imagem e semelhança de Deus e do caminho da verdade que é Cristo, Senhor nosso.

Vejamos as Mentiras:

1º Deus não existe.

“Diz o insensato em seu coração: “Deus não existe!” Suas ações são corrompida e abomináveis: não há um que faça o bem (Sl 14,11).

 O ateísta, materialista e marxista alemão Ludwig Feuerback (1804-1872), disse: “Não foi Deus que criou o homem; ao contrário, foi o homem que criou Deus”.

O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), autor da teoria da evolução, disse: que tudo que existe é obra de um processo evolutivo.
Falando sobre cientistas que acreditam que o Universo e a vida nele resultam dum planejamento inteligente, uma resenha no mais importante jornal do mundo o The New York Time comentou: “Eles têm doutorado e ocupam cargos importantes em algumas das universidades de maior prestígio. Seus argumentos contra o darwinismo não se baseiam na autoridade das Escrituras Sagradas; antes, baseiam-se em argumentos científicos”.

Vários cientistas concluíram que as evidências a favor da evolução são demasiadamente fracas e contraditórias. O engenheiro aeroespacial Luther D. Sutherland escreveu em seu livro Darwin’s Enigma (O Enigma de Darwin): “A evidência cientifica indica que sempre que qualquer espécie básica de vida surgia na Terra; desde protozoários monocelulares até o homem, cada forma de vida era completa, e seus órgãos e estruturas, inteiramente funcionais. A conclusão inevitável a ser tirada desse fato é que havia algum tipo de inteligência antes de surgir a vida na terra”.

Depois de uma longa vida de pesquisas e trabalhos científicos bem-sucedidos, o astrônomo Allan Sandage declarou: “Foi o estudo da ciência que me fez chegar à conclusão de que o mundo é muito mais complexo do que a própria ciência pode explicar. É somente por meio do sobrenatural que consigo entender o mistério de tudo que existe”.

O biólogo americano Francis Collins é um dos cientistas mais notáveis da atualidade. Diretor do Projeto Genoma, foi um dos responsáveis por um feito espetacular da ciência moderna: o mapeamento do DNA humano, em 2001. Autor do livro de grande sucesso internacional “A Linguagem de Deus”. Nas 300 páginas da obra, o renomado cientista conta como deixou de ser ateu para se tornar um fervoroso cristão.

Afirma Collins: “As sociedades precisam da ciência como da religião. Elas não são incompatíveis, mas complementares”. Afirma mais: “O ateísmo é a mais irracional das escolhas” (1).

2º O diabo não existe.

Dentro dessa mentira, contém a negação do pecado, do inferno e da condenação.
O poeta francês e autor da obra: As flores do Mal, Charles Pirre Baldelaire escreveu: “A maior astúcia do diabo é convencer-nos de que ele não existe”.

Afirmação semelhante é do erudito cardeal e arcebispo de Milão Dom Dionigi Tettamanzi: “Não te esqueças de que o diabo existe, ‘porque sua primeira postura’ é fazer-nos crer que ele não existe”.
O filósofo existencialista francês Jean Paul Sartre (1905-1980) disse: “Tudo é absurdo, nada tem sentido. O inferno, são os outros”.

O diabo tem incutido na mente do homem pensamentos de descrenças de si mesmo e do transcendental. O sentido da vida e do espiritual é um trabalho que o homem se completa na sua dimensão holística, porém mentes inspiradas pelo diabo, trabalham fortemente contra o abissal do espírito.

Mentes racionalistas e materialistas penetram até na teologia para minar a fé dos cristãos.
O diabo é tão astuto que não basta só usar as correntes filosóficas, mas também as teológicas para negar, ou matar a sua existência, como à de Deus.

O teólogo protestante americano William Hamilton afirma, enfaticamente: “Deus está ausente. O homem perdeu-o irreparavelmente, ou melhor, Deus está realmente morto”.
No seu livro Holy Hatred: Religious Conflicts of the 90’s (Santo Ódio: Conflitos Religiosos dos Anos 90), o autor James A. Haught faz a seguinte observação chocante: “Uma grande ironia dos anos 90 é que a religião - que deveria ser uma fonte de bondade e preocupação humanitária - tomou a dianteira como o principal fator que contribui para o ódio, a guerra e o terrorismo”.

Não, Deus não está morto e o diabo está muito vivo e atuante no mundo (Jó 2,1-10; Jo 12,31; 2 Cor 4,4; 1 Jo 5,19) usando teólogos, lideres em todo seguimento social, intelectuais e a religião para lutarem contra Deus, a sua Igreja, a Bíblia e a destruição do ser humano.

O diabo sabe da sua condenação para o inferno junto com seus anjos, todavia, a sua revolta contra Deus é vingativa em cima de toda obra criada por Deus (Mt 25,41; Ap 20,10).

A sua missão é enganar o mundo inteiro e levar o ser humano à perdição (Mt 4,8.9; Ap 12,9).
Como posso ter Deus ao meu lado para ficar livre das armadilhas do diabo? Quem responde é o grande teólogo e Doutor da Igreja Santo Agostinho: “É muito simples: põe-te do lado de Deus”. Diz mais: “Deus é mais profundo no homem do que o mais íntimo do próprio homem”.

3º Tudo é matéria.

Tudo acaba com a morte. Nada existe além túmulo.

O famoso poeta latino e pensador epicurismo Horácio (65-8 a. C.) dizia: “Coronemus nos rosis donec marcescant: coroemo-nos de rosas enquanto não murcham”.
O poeta que dizer que o mais importante da vida é gozar o prazer sem se preocupar com a morte.
Os antigos filósofos gregos Sócrates e Platão afirmavam que deve haver algo inerentemente imortal dentro do ser humano - uma alma que sobrevive à morte e nunca morre realmente.

Em Eclesiastes 12,7 está escrito: “E o pó volte a terra, como era, e o espírito volte a Deus, que o deu”.

É desde o princípio que a ideologia diabólica trabalha contra a verdade divina (Jo 8,44). De um lado filósofos materialistas, do outro lado, filósofos transcendentais e no centro a verdade da Revelação Divina.
O que é o materialismo? É um falso sistema filosófico que considera a matéria como a única realidade e todos os acontecimentos no mundo como o resultado da matéria em evolução. Nega tudo que não for matéria, portanto a alma e Deus. A inteligência humana seria segundo este sistema a ação da matéria organizada.

O materialismo dialético, histórico e econômico teve seus expoentes máximos em dois filósofos alemães: Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895). São os pais do comunismo.

O materialismo teórico aplicado à vida prática colocou grande número de países asiáticos e europeus sob a tirania de governos que negam a Deus, a alma, os valores espirituais e se esforçam por arrancá-los da consciência humana destruindo assim a fonte de luz que pode explicar o mistério do universo e o destino do homem.

A prática materialista é diametralmente contrária aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
“Que proveito tem o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mc 8,36).

“E direi à minha alma: Minha alma, tem uma quantidade de bens em reserva para muito anos; repousa, come, bebe, regala-te. Mas Deus lhe diz: “Insensato, nesta mesma noite ser-te-á reclamada a alma. E as coisas que acumulaste, de quem serão? Assim acontece aquele que ajunta tesouros para si mesmo, e não é rico para Deus (Lc 12,19-21).

Afirma o cientista Francis Collins: “A busca por Deus sempre esteve presente na história e foi necessária para o progresso. Civilizações que tentaram suprimir a fé e justificar a vida exclusivamente por meio da ciência como, recentemente, a União Soviética de Stalin e a China de Mao - falharam”.

MENTIRAS DERROTADAS

Através da história, o ser humano tem sofrido dor, revolta e angústia, resultantes da guerra, crueldade, crime, ódio, injustiça, traição, pobreza, doença e perda do ente querido. Só no século XX, as guerras mataram mais de cem milhões de pessoas. Outras centenas de milhões sofreram ferimentos ou perderam seu lares e seus bens.

“Nos seus piores momentos, esse foi o século de Satanás. Em nenhuma época anterior as pessoas demonstraram tanta aptidão e vontade de matar milhões de outros por motivos de raça, religião ou classe social”.

O 50º aniversário da libertação de vítimas inocentes dos campos de extermínio nazista foi o motivo do comentário acima num editorial no jornal The New York Times, de 26 de Janeiro de 1995. O Holocausto - um dos genocídios mais amplamente conhecidos da História - eliminou mais de seis milhões de judeus. Quase três milhões de poloneses que não eram judeus pereceram no que é chamado de “Holocausto Esquecido”.
O sargento Laurem Nash, da III Divisão do Exército americano, disse o seguinte no dia da libertação do campo de concentração de Buchenwald: “Parecia um abatedouro de animais, não fossem todos humanos ali dentro”. (2).

O filósofo alemão Fridrich Nietzsche (1844-1900). Depois de haver proclamado a morte de Deus no século XIX, profetizou que o século XX seria um século de guerras.

“A guerra é uma das constantes da História”, escreveram os renomados historiadores americanos Will e Ariel Durant, “e não tem diminuído, apesar da civilização e da democracia”.

Algumas pessoas ficam tristes e revoltadas e acham que, se existe Deus, ele não se importa conosco. Ou até mesmo acham que Deus não existe. Mas é justamente isso que o diabo quer.
Ele está por detrás de toda monstruosidade, atrocidade, desgraças, misérias, violências e desesperança. Escreve São Paulo Apóstolo: “Não deis lugar ao diabo” (Ef 4,27). Ora, o homem dando espaço na sua vida ao diabo, torna-se uma máquina destruidora para si e para sociedade.

Disse Jesus: “O diabo foi homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade” (Jo 8,44). Aqui está todo fundamento da sua missão e sua pretensão é fazer de todos os seus discípulos via as três mentiras. Estas são as mais poderosas ferramentas ideológicas do diabo para destruir a fé, o amor e a verdade divina nos corações das pessoas.

Inspirados pelo diabo, o relativismo, o racionalismo, o materialismo e o ateísmo ensinam que Deus é uma criação da imaginação humana e o diabo é uma criação mitológica da religião que serve para amedrontar e alienar as pessoas.

Todo esse esquema ideológico satânico não convence bilhões e bilhões de seres humanos, por que?

Quem responde com categoria é o ilustre teólogo beneditino Dom Estevão Bettencourt: “O ser humano foi feito para a verdade. Traz em si a sede natural da verdade. Ora a natureza, sábia como é, não pode frustrar o homem. Não raro a pessoa humana pode errar, mas reconhecendo seus erros, vai-se aproximando da verdade, que lhe é dado atingir nos pontos essenciais à orientação de sua vida” (3).

Realmente, o homem tem dentro de si uma sede, que só o faz feliz e realizado, quando esta está conectada em Deus seu criador.

CONCLUSÃO

Não podemos e não devemos temer o sistema ideológico do império do diabo.
O príncipe das trevas (Jo 12,31; Cl 1,13) não vence jamais os filhos da luz (Ef 5,8 e 13; Tg 1,17.18).

Os demônios estremecem diante de Deus (Tg 2,19). E o bispo e Doutor da Igreja Santo Ambrósio de Milão diz: “Quem se entrega a Deus não teme ao demônio”.

Com Cristo e seu poder podemos resistir e vencer as insídias do diabo. Pois o nosso combate não é contra o sangue nem contra a carne, mas contra os Principados, contra as Autoridades, contra os Dominadores deste mundo de trevas, contra os Espíritos do Mal, que povoam as regiões celestiais. Por isso devemos vestir a armadura de Deus, para podermos resistir no dia mau e sairmos firmes de todo o combate (Ef 6,10-17).

A armadura de Deus é: a oração, o jejum, retiros espirituais, estudo da Palavra de Deus, estudo do Catecismo, estudos teológicos e a prática freqüente a Santíssima Eucaristia.
Para reforçar mais a nossa armadura, a poderosa oração do Patriarca São Bento:

A Cruz Sagrada seja a minha luz!
Não seja o dragão o meu guia,
Retira-te Satanás,
Nunca me aconselhes coisas vãs,
É mal que tu ofereces
Bebe tu mesmo o teu veneno
Amém.

Pe. Inácio Jose do Vale

Prof.de História da Igreja/Faculdade de Teologia

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MEU VIRTUOSO AMIGO “PUDOR”

O pudor é aquele tipo de palavra que todo mundo conhece, mas, se pedíssemos o significado, poucos conseguiriam explicar. Fiz uma pesquisa e descobri o que as pessoas acham: uns dizem que é a mesma coisa que vergonha, outros, o mesmo que ética, moral ou educação. Fiquei a pensar: será que o pudor não tem personalidade? Ou na verdade essa palavrinha confunde a cabeça de todo mundo?
O pudor é aquele tipo de palavra que todo mundo conhece, mas, se pedíssemos o significado, poucos conseguiriam explicar.

O pudor é aquele tipo de palavra que todo mundo conhece, mas, se pedíssemos o significado, poucos conseguiriam explicar.

Na verdade, vamos falar do pudor não apenas como uma palavra isolada que confunde, mas como um amigo. Quem já teve um amigo grande, forte e corajoso que te dava segurança na hora do aperto? É bom poder contar com alguém na hora do perigo. Eu, por exemplo, tinha a minha irmã que, quando roubavam as minhas bolinhas de gude, eu ia pra casa chorando; ela ia até lá e as pegava de volta. Ainda bem, porque, se dependesse de mim… Posso dizer que o pudor é esse amigo!

É interessante ver que, após pecar, Adão e Eva, quando percebem que Deus se aproxima, correm para tomar emprestado da natureza vestes para que assim pudessem esconder a sua nudez. Percebemos aí que o pecado tira do homem a pureza na qual fomos criados. Uma vez rompido o vínculo com Deus, o espírito perde em boa parte o domínio do corpo, cuja elegância e transparência também se extraviam.

Assim, a relação entre homem e mulher, outrora pura, torna-se possível ocasião de ofensa a Deus. A roupa torna-se um complemento obrigatório ao corpo, que perdeu sua transparência e precisa desviar a atenção de si para revelar o que verdadeiramente contém. O Pudor vem ajudar a desviar os olhares impuros da minha intimidade para que possamos revelar o que somos.

Muitos defendem a nudez do corpo sob a desculpa da arte. Mas temos que admitir que certas partes do corpo não trazem nada à mente senão o prazer pela nossa realidade de pecadores. Um corpo que se deixa desnudar por motivos que não sejam o do amor conjugal, higiene ou saúde, com concretos motivos de exibição daquilo que é mais intimo é tanto para o homem quanto para a mulher uma espécie de despersonalização voluntária, além de uma grave falta de respeito à dignidade própria e alheia.

No campo da nossa sexualidade, o pudor traz o bem estar próprio e dos outros. No âmbito pessoal, vela o meu corpo fazendo amar aquilo que é só meu e me levando a partilhar somente no relacionamento conjugal. Isso me leva a pensar naquele trecho da Sagrada Escritura em que a amada diz: “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu!” (Ct 6,3). O belo nisso tudo está naquele que se guarda somente para o amado e, no que toca à moral católica, entenda-se esposo(a). Guardar aquilo que lhe é mais precioso para uma única pessoa e entregar-lhe somente no leito nupcial é pudor. Isso é romântico, né?

Agora, pensando no contrário, penso naquela música que diz: “Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também…” Que horror! Essa é a famosa música da “amostra grátis”. Muitas pessoas fazem pouco esforço para guardar aquilo que lhe é mais caro; aí vira queima de estoque; passa a valer muito pouco e quando o que era melhorzinho já foi vendido, o que sobrou ninguém quer. Parece meio trágico, mas é a verdade.

Hoje em dia muitos homens passaram a enxergar as mulheres como simples objeto, objeto que lhes traz algum prazer e depois pode ser dispensado. Será que a culpa é só deles? Li uma reportagem durante o Carnaval que dizia que uma cidadã estava usando uma fantasia de 4 centímetros… É isso mesmo. Acho inclusive que o nome da fantasia era “acém na vitrine”. Fiquei pensando que se uma barata usasse uma roupa de 4 cm, ela ficaria vestida decentemente, mas, para um “ser humano”, não tem sentido tamanha exposição da intimidade! Se eu não der valor a mim mesmo, como poderia convencer os outros de que não passo de um objeto em exposição? O pudor é o amigo que defende o que tenho de mais íntimo do modo mais amplo possível!

A escritora Jô Croissant diz: “Na Igreja a mulher é sinal da esposa. É ela que leva o homem aos esponsais divinos. Se o mundo tem tanta dificuldade de aceitar a graça da mulher é devido a ela ser sinal do Divino. O mundo teme tudo o que possa lembrar a sua fraqueza, pois ele não quer depender de ninguém. Ele não deixa lugar para os pobres e pequenos por que eles o lembram da sua própria fraqueza” (1). E é a partir da inveja da graça que a mulher traz em si que satanás luta para que ela não passe de um objeto de prazer sem valor.

E quando o meu pudor faz bem aos outros? Em princípio, é bom entender que o sentido da visão é muito sensível e intimamente ligado às emoções, sobretudo nos homens. Conheci um padre que tinha uma tática infalível para se defender de certas tentações: sempre que uma mulher com muito decote ou pouca roupa aproximava-se muito, ele rapidamente tirava os óculos, assim ficava tudo embaçado e ele dava toda a atenção possível sem ficar constrangido. Eu me torno agradável a partir do momento em que penso que o meu vestir e agir pode fazer bem ao meu próximo, tirando a possibilidade de pecado do coração dele. Isso é amor. Se por acaso faltar amor próprio, pelo menos pense no outro que não tem culpa da sua falta de pudor. O meu corpo não é mero instrumento de prazer e muito menos o do outro não é amostra grátis, pois está cheio de dignidade e amor.

Com palavras de Pio XII, o pudor “bem pode chamar-se a prudência da castidade. Pressente o perigo iminente, impede que a pessoa se exponha ao risco e impõe a fuga das ocasiões a que se expõem os menos prudentes. Não lhe agradam as palavras torpes ou menos honestas, e detesta a mais leve imodéstia. Evita a familiaridade suspeita com pessoas do outro sexo, porque enche a alma de profundo respeito pelo corpo, que é membro de Cristo (cf. 1Cor 6,15) e templo do Espírito Santo (cf. 1Cor 6,19). A alma cristãmente pudica tem horror a qualquer pecado de impureza e retira-se ao primeiro assomo da sedução” (2).

O homem diferencia-se do animal porque o seu comportamento não depende de instintos automáticos. Precisa do alicerce dos valores. E quando destrói esse alicerce, torna-se capaz de qualquer desvario e corre o risco iminente de afundar-se individual e coletivamente

Esse bom amigo me conduz à santidade e arrasta a todos que estão à minha volta. Enche a minha vida de sentido e valor, ensina-me a viver um amor puro, vivo e verdadeiro. O pudor não constitui, portanto, uma força repressiva, exceto para aqueles que procuram mascarar a luxúria sob a aparência de virtude.
(1) “O corpo – Templo da beleza”

(2) Encíclica Sacra virginitas, n.56.

Luiz Moreira dos Anjos Junior 

Consagrado na Comunidade Católica Pantokrator

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SOU O QUE DEUS PENSA DE MIM

Santa Teresinha, apesar de sua breve existência e em meio às suas dores, imperfeições e imaturidades soube erguer seus olhos e pegar depressa o “elevador” que a conduziria aos braços do Pai. Descobriu-se aceita por um Deus que a amava e que faria tudo por ela.

Esse exemplo de vida muito tem a nos ensinar pois Teresinha se recusou a levar uma vida sem sentido e acreditou e nada colocou como impedimento para fazer da sua vida uma oportunidade de “cantar as misericórdias do Senhor”.
Como nós reagimos diante disso? Aceitamos ou não como somos ou quem somos? E de que maneira isso acontece?
“Onde está o Espírito do Senhor, lá está a liberdade?” (cf. 2Cor 3,17).
Deus é realista e deseja realizar sua obra em nossa vida na verdade, não em uma ilusão de quem somos ou como somos. A tentativa de negar ou vencer nossas fraquezas e limitações por nós mesmos é uma ilusão porque o próprio Jesus nos disse: “Sem mim nada podeis fazer”.
Uma das formas mais eficazes de deixar a graça de Deus agir em nós é dizer “sim” ao que somos e às situações que enfrentamos dentro e fora de nós.

Isso nos faz acreditar que a pessoa que o Pai ama não é a que eu irei me tornar ou a que eu desejo ser, mas a pessoa que eu sou. Deus não tem as expectativas ilusórias que nós temos de amar o que é ideal ou virtuoso, Ele ama de forma real, aliás, desconsidero que seja amor tudo que escape da realidade. Perdemos muito tempo tentando corresponder a modelos ou nos lamentando de nossos limites e fraquezas, ou porque poderíamos ser menos feridos, menos complicados... isso só faz retardar a belíssima obra que o Espírito Santo quer realizar em nós.

Muitas vezes bloqueamos a nossa intimidade com Deus recusando a nossa pobreza, fragilidade, debilidade, ao invés de nos reconhecermos pequenos e sem nos darmos conta esterilizamos a ação do Espírito Santo.
Um problema decorrente disso é que, quando não conseguimos acolher a nós mesmos, também não acolhemos os outros (e perdemos tempo reclamando por ele não corresponder às nossas expectativas).
Essas atitudes e sentimentos são muito sérios porque revelam uma não aceitação de nós mesmos muito forte, que tem raízes em uma falta de confiança e fé em Deus.

Aceitar-nos como somos, com nossa pobreza e limites, não significa acomodar-se, tomar uma atitude passiva ou preguiçosa diante da vida. Ao contrário, já que o próprio Evangelho nos chama a sermos perfeitos (cf. Mt 5,48), é preciso querer melhorar, crescer, superar, progredir... é indispensável porque deixar de progredir é deixar de viver! Mas tudo isso só acontece de forma equilibrada se nos aceitamos e reconhecemos necessitados de Deus.
É preciso desejar ser santo e reconhecer que não há santidade sem aceitação de si mesmo.


As duas atitudes não se opõem. Precisamos reconhecer nossos limites, mas nunca ter face a eles uma atitude resignada ou medíocre, ao contrário, convém ter um desejo de mudança que não seja uma rejeição de nós mesmos.
Para todo esse processo é necessário suplicar que o Espírito Santo nos dê a graça da aceitação da verdade e da humildade, e isso não é fácil porque o orgulho e o medo de não ser aceito e a frágil convicção do nosso valor estão muito enraizados em nós.

Só o olhar de Deus pode nos curar porque o Senhor mesmo disse que temos valor aos seus olhos e que Ele nos ama (cf. Is 53,4).Trazemos em nós uma necessidade vital do olhar do outro, seja de um amigo, um parente, uma autoridade espiritual, mas é certo que o olhar de Deus vale mais que todos os olhares, pois é o olhar do amor e da verdade que há no mais íntimo de nós.
O livro “A volta do Filho Pródigo”, de Henri Nouwen, evidencia a urgente necessidade de um dia em nossa vida termos a experiência de reconhecer que a nossa verdade está estampada nos olhos de Deus: “Por muito tempo eu achei que era uma espécie de virtude ter baixa auto-estima. Fui tantas vezes prevenido contra o orgulho e a presunção que acabei achando que era bom me depreciar.

Mas agora compreendo que o verdadeiro pecado é negar o amor primeiro de Deus por mim e ignorar a bondade original. Porque sem reivindicar esse primeiro amor e essa bondade original, perco contato com o meu verdadeiro eu e enveredo, entre pessoas e lugares errados, numa busca destrutiva pelo que só pode ser achado na casa de meu Pai.”
Sob o olhar de Deus encontramos a liberdade de sermos pecadores, mas também de nos tornarmos santos unicamente por sermos amados, não por sermos pressionados. As nossas fraquezas não têm o poder de impedir a ação do amor de Deus em nós.
Jo Croissant destaca a necessidade de mudarmos o nosso olhar: “Vemos o quanto o olhar que trazemos sobre os outros e sobre o mundo talvez nos tenha influenciado sem que tivéssemos consciência, e é através de um acontecimento que vai nos ultrapassar que vamos tomar consciência de que não era correto o nosso olhar, que não era o olhar de Deus. Na realidade, a maneira como nos vemos nos afeta muito mais profundamente que imaginamos.

...O olhar que nós trazemos sobre os outros pode enquadrá-los num personagem do qual não permitimos que se liberte; basta que o olhemos de uma maneira diferente para que as situações se desbloqueiem” .
Jesus hoje faz o mesmo que fez com o jovem rico, Ele nos olha e ao mesmo tempo nos ama (cf. Mc 10,21).
Diante dessa liberdade interior que o olhar de Deus realiza em nossas vidas poderíamos citar diversos testemunhos, como falei anteriormente de Santa Teresinha, mas citarei aqui para concluir o exemplo de Etty Hillesum, uma jovem judia de Amsterdan que foi deportada para Auchwitz e lá desapareceu, em 30 de novembro de 1943.

Essa mulher incrível, espontânea, viva, apaixonada e com sede de absoluto soube ter um olhar “diferente” diante da vida e das situações que lhe aconteciam porque tinha certeza que a sua liberdade não era definida pelo local, proibições ou pessoas, mas que se pode ser livre interiormente diante disso tudo. Ela dialoga com Deus de forma livre porque percebe a Presença dele no seu interior.
“Das tuas mãos, meu Deus, aceito tudo, como me ocorre. Aprendi que suportando todas as provas, podemos transformá-las em bem... Sempre que decidi enfrentá-las, as provas foram transformadas em bondade... Os piores sofrimentos dos homens são aqueles que eles rejeitam.

Quando me encontro em um canto do campo de concentração, os pés firmados sobre a terra, os olhos elevados para o céu, às vezes tenho a face banhada de lágrimas... é esta a minha oração.” (Etty Hillesum).
Que Deus o abençoe e o conduza sempre mais e mais nesse caminho de amor, verdade e liberdade, sem desanimar, porque acreditamos que Deus tem pressa em nos amar e realizar em nós a obra desejada de maturidade para a nossa santidade e felicidade, pois ser santo é ser feliz. Coragem!

Márcia Fernanda Moreno dos Santos


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