sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O Espírito Santo é o verdadeiro “Espírito do Natal”!

Confesso que me incomoda bastante começar ouvir no nosso meio cristão e até receber cartões virtuais me desejando “um verdadeiro espírito do Natal”. Irmãos e irmãs, não sejamos ignorantes: O verdadeiro espírito do Natal é o Espírito Santo de Deus!
Quantas vezes oramos na liturgia com o profeta Isaías?
“Nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; sobre ele repousará o espírito do Senhor: espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e temor de Deus; no temor do Senhor, encontra ele seu prazer” (11, 1-3).
O Espírito do Natal é o mesmo Espírito que recebemos no Santo Batismo. É sempre o Espírito a estar presente nas horas em que cristãos precisam nascer: “O vento sopra onde quer e ouves sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim é também todo aquele que nasceu do Espírito” (Jo 3, 8).
Natal existe também só por graça e obra do Espírito. Maria, lembra Santo Ambrósio, recebe o Espírito Santo antes de conceber; Isabel depois. Devemos ser gratos ao Espírito Santo pelo nascimento de Jesus! Por isto, Isabel diz a Maria: “Feliz és tu que acreditaste” (Lc 1,45). De fato, o Espírito Santo é Aquele que ao longo da história humana, e na vida de cada pessoa, “realiza maravilhas” (cf. Lc 1, 49).
No seu sermão de Natal, o grande Papa São Leão Magno (séc.V), pregava: “Toma consciência ó cristão da tua dignidade. E já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno da tua condição (…) Pelo sacramento do batismo te tornaste templo do Espírito Santo. Não expulse com más ações tão grande hóspede”. Vejam, porém, como também devemos ao Espírito a graça da santificação de nossas almas mediante a participação da natureza divina. Devemos a Ele a habitação de Deus em nós! É Ele que nos guarda na presença de Deus!
Não poderíamos retornar a Deus sem o Espírito! Por isto esta obra de retorno a Deus, que na Nova e Eterna Aliança começa exatamente na escolha da Virgem Maria e na Encarnação do Filho de Deus não poderiam ser desprovidas da Presença Poderosa e Atuante do Espírito! Glória ao Espírito Santo de Deus! Santo Irineu, já no século II, a este respeito afirmava: “Com efeito, o Espírito prepara o homem para o Filho de Deus, o Filho conduz o homem para o Pai e o Pai lhe dá imortalidade na vida eterna, que é fruto da contemplação de Deus”.
Recebamos o Espírito Santo como Ele quer se dar a nós! Não vivamos na ignorância em respeito ao Espírito. Não estamos mais em Éfeso. A Liturgia é o momento privilegiado de encontro com o Espírito Santo, e se um bom católico identificar o “Espírito natalino” com outro que não seja o próprio Espírito de Deus, estamos perdidos! Que frutos teremos do Natal? Que comunhão haveremos com o Espírito?
Sabemos que o homem carnal pensa as coisas carnais de modo carnal; mas nós somos, embora seres humanos, homens e mulheres espirituais, que não podemos comportar-nos como pagãos. Natal sem Cristo é tudo, menos Natal!
Em Dezembro de 1979, a primeira vez que São João Paulo II encontrava em audiência privada os dirigentes do Movimento Carismático, ele assim expressou-se: “A situação no mundo está muito perigosa. O materialismo se opõe à verdadeira dimensão do poder humano, todas as diferentes classes do materialismo. O materialismo é uma negação do espiritual, e é por isso que necessitamos da ação do Espírito Santo”!
Sim, irmãos, precisamos do Espírito Santo! Do mesmo Espírito que “provocou” o Natal de Jesus. O mesmo Espírito que envolveu Maria na sua conceição imaculada. O mesmo Espírito que deu entendimento e força a José! Precisamos do Espírito do Natal, do verdadeiro Espírito do Natal, o Espírito Santo que está presente na história humana, e oculto em cada coração humano (o Verdadeiro Amigo Oculto!).
Que Ele te ajude a entrar no mistério do Natal do Senhor. Estar com o Espírito Santo para viver na Presença do Menino Deus no Natal deste ano, seja o teu melhor presente. Unidos pela redescoberta do Espírito Santo no mistério natalino!
Vosso servo menor,
Pe. Eduardo Braga
Vice-postulador da causa de canonização da Beata Elena Guerra
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A Salvação é um coração humilde que se entrega a Deus

Cidade do Vaticano (RV) - Deus salva “corações arrependidos”, enquanto quem não confia Nele atrai a condenação. Foi o que reiterou Francisco presidindo a Missa da manhã, na Casa Santa Marta. Eis a homilia do Papa, na manhã desta terça-feira, 16. 

A humildade salva o homem aos olhos de Deus, a soberba o perde. A chave está no coração. O do humilde é aberto, sabe se arrepender, aceitar uma correção; confia em Deus. O do soberbo é especular, o oposto: arrogante, fechado, não conhece vergonha, impermeável à voz de Deus. O trecho do Profeta Sofonias e o do Evangelho sugeriram ao Papa uma reflexão em paralelo. Ambos, observou, falam do “juízo” do qual dependem salvação e condenação. 

A humildade, único caminho

A situação é a de uma cidade rebelde, aonde existe um grupo que se arrepende de seus pecados: este, destacou o Papa, é o ‘povo de Deus’ que tem as três características da ‘humildade, pobreza e confiança no Senhor’. Mas na cidade há também aqueles que ‘não aceitaram a correção, não confiaram no Senhor’. Estes serão condenados: 

“Eles não podem receber a Salvação. São fechados à Salvação. Quando vemos o santo povo de Deus ser humilde, ter suas riquezas na fé no Senhor, estes são salvos e este é o caminho da Igreja! Deve percorrer este caminho, e não aquele que não escuta a voz, que não aceita a correção e não confia no Senhor”. 

Sinceramente arrependidos, não hipócritas

A cena do Evangelho é a do contraste entre os dois filhos convidados pelo pai a trabalhar na vinha. O primeiro se recusa, depois se arrepende e vai; o segundo diz sim ao pai, mas na verdade o engana. Jesus conta esta história aos chefes do povo, afirmando claramente que são eles que não quiseram escutar a voz de Deus por meio de João e que por isso, no Reino dos céus serão superados pelos publicanos e prostitutas. E seu escândalo, observou o Papa, é idêntico ao dos cristãos que se sentem ‘puros’ só porque vão à missa e comungam”. Deus – afirmou o Papa – precisa de outas coisas: 

“Se o seu coração não é um coração arrependido, se você não ouve o Senhor, não aceita a correção e não confia Nele, você tem um coração não arrependido. Mas esses hipócritas que se escandalizam disso que disse Jesus sobre os publicanos e as prostitutas, depois, em segredo iam até eles ou para desafogar suas paixões ou para fazer negócios - mas tudo em segredo - eram puros! E estes o Senhor não os quer ".

Oferecer até mesmo os pecados

Este julgamento, no entanto, continua o Papa Francisco, "nos dá esperança." Desde que, conclui, tenhamos a coragem de abrir nossos corações a Deus sem reservas, incluindo a "lista" dos próprios pecados. E para explicar isso, o Papa recorda a história do santo que "dava tudo ao Senhor", com extrema generosidade:

“Escutava o Senhor, andava sempre de acordo com a sua vontade, dava ao Senhor e o Senhor: 'Mas você não me dê uma coisa, ainda." E o pobre homem era tão bom, e disse: "Mas, Senhor, o que eu não lhe dei? Eu lhe dei a minha vida, trabalho pelos pobres, trabalho na catequese, trabalho aqui, trabalho lá ... '. "Mas você algo ainda não me deu '.-' O quê, Senhor?. 'Os seus pecados'. Quando vamos ser capazes de dizer ao Senhor: "Senhor, estes são os meus pecados - não são daquele, daquele outro, são meus ... Eles são meus. Toma-os e então eu serei salvo'- quando seremos capazes de fazer isso, vamos ser o belo povo, o povo humilde e pobre", que confia no nome do Senhor. O Senhor nos conceda esta graça".

(CM/SP)

Fonte: http://www.news.va/pt/news/a-salvacao-e-um-coracao-humilde-que-se-entrega-a-d
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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Papa Francisco e os animais

Ridículos! Os jornais escolheram ser ridículos, e de modo obstinado.
Nos últimos dias, uma notícia explodiu no mundo inteiro, sendo replicada por presumivelmente respeitáveis órgãos de comunicação: o Papa Francisco teria ensinado que os animais vão ao céu.
Pronto!, as sociedades protetoras dos animais celebram, os naturalistas regozijam, os eco-teólogos brindam-nos com páginas de solenes elucubrações doutrinais acerca da nova aporia… Um circo de horrores.
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A oração, vital como a água – I

O Senhor Jesus rezou e nos mandou "rezar sempre, sem jamais esmorecer" (Lc 18,1). Os místicos e os pregadores cristãos sempre insistiram na importância da oração. Por quê? Pra quê rezar louvando, se Deus não precisa de nosso louvor? E pra quê rezar pedindo, se Deus sabe do que precisamos? Será mesmo o homem capaz de modificar o desígnio de Deus, que é infinito? Pode o homem argumentar com Deus, de modo a fazê-lo mudar de idéia? Neste artigo e nos próximos, proponho-me refletir sobre estas três questões: Que é rezar? Para que rezar? Como rezar?
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Tempo do Advento

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (RJ)


Palavra oriunda do latim, significando “vinda”, Advento é o tempo litúrgico de preparação para o Natal, sendo, na expressão do Papa Francisco, “um novo caminho do Povo de Deus com Jesus Cristo, o nosso Pastor, que nos guia na história para o cumprimento do Reino de Deus e nos faz experimentar um sentimento profundo do sentido da história. Redescobrimos a beleza de estar todos em caminho: a Igreja, com a sua vocação e missão, e toda a humanidade, os povos, as culturas, todos em caminho pelos caminhos do tempo”.
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A loucura de querer ser Deus, Senhor do bem e do mal

Durmam com um barulho desses! Em 18 de janeiro deste 2006, com 468 votos a favor, 149 contra e 41 abstenções, o Parlamento Europeu aprovou uma Resolução que condena como homofóbicos os países que se opõem ao reconhecimento das uniões entre pessoas do mesmo sexo. Para esses ilustres deputados, união civil homossexual é direito humano! Já o direito à vida dos embriões não é direito humano!
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Papa Francisco: Natal sem luz, não é Natal

“Ao acender a luz do presépio, nós queremos que a luz de Cristo esteja em nós. Um Natal sem luz, não é Natal” – esta é a frase principal da video-mensagem do Papa Francisco  por ocasião da iluminação da árvore de Natal na cidade italiana de Gubbio, na região da Úmbria neste domingo dia 7 de dezembro. A árvore sobre o Monte Ingino foi acesa pelo próprio Papa desde a Casa Santa Marta, através de um tablet. Foram estas as suas palavras:
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Socialização e socialismo

Todos defendemos a justiça social. Mas há distinções a fazer nesse campo, sobretudo entre socialização e socialismo. Socialização é o oposto de individualização. Consiste na multiplicação das relações dentro da convivência social, comportando a associação de várias formas de atividade e criação de instituições jurídicas, dando origem a grupos, movimentos e instituições de diferentes tipos. Tem muitas vantagens: 
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