sexta-feira, 29 de julho de 2011

O fundamento dos Apóstolos

A “apostolicidade” da Igreja é a propriedade que conserva através dos tempos a identidade dos ensinamentos de Jesus recebido pelos apóstolos.
Ao rezarmos o símbolo niceno-constantinopolitano (325-381), encontramos no seu artigo sobre a Igreja os termos: Una, Santa, Católica e Apostólica. Esses termos designam as propriedades essenciais da Igreja, que fundamentam a realidade da sua natureza e missão. Estas propriedades dão a conhecer a essência da Igreja e revelam a relação íntima que mantêm com o mistério de Cristo, que se reflete na Igreja pelo fato de ser ela sua esposa (cf.Ef 5).
De forma particular, neste artigo iremos nos deter à “apostolicidade” da Igreja. A “apostolicidade” é a propriedade que conserva através dos tempos a identidade dos ensinamentos de Jesus recebido pelos apóstolos. O Catecismo da Igreja Católica (857) irá nos dizer que a Igreja é apostólica por ser fundada sobre os apóstolos, e isto em um tríplice sentido:
– Foi e continua a ser construída sobre o “alicerce dos apóstolos” (Ef 2,20), testemunhas escolhidas e enviadas em missão pelo próprio Cristo;
– Guarda e transmite, com a ajuda do Espírito Santo que nela habita, o ensinamento, o depósito precioso, as salutares palavras ouvidas da boca dos apóstolos;
- Continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos apóstolos até a volta de Cristo, graças àqueles que lhes sucedem na missão pastoral: o colégio dos bispos, “assistido pelos presbíteros em união com o sucessor de Pedro, pastor supremo da Igreja”.
A Missão dos Doze
Jesus, o Verbo encarnado, recebeu do Pai a missão de reconciliar a humanidade consigo, e para isso é que Ele foi enviado. Assim, Jesus é, por excelência, o “Apóstolo” do Pai. Ao chamar aqueles que Ele quis para estarem com Ele (Mc 3,13-14), Jesus faz participar da sua missão o grupo dos doze e os envia aos confins da terra como “apóstolos” (termo grego que significa “enviados”).
Os doze são enviados sob o mandato missionário do Senhor, que os acompanha com uma graça particular para o bom desempenho da missão apostólica. Para anunciar e transmitir a Palavra de Deus, o próprio Espírito Santo, por meio do chamado de Jesus, faz desses simples homens “servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus” (1Cor 4,1), tornando-os qualificados para proclamar a Boa-nova, sobretudo pelo fato de serem testemunhas oculares da Ressurreição do Senhor.
A condição de serem testemunhas oculares faz do ensinamento dos doze e, por conseguinte, da propriedade “apostólica” um termo também utilizado em sentido moral, conforme os apóstolos, para salvaguardar a sã doutrina, sobretudo nos primeiros tempos. Diante dos constantes ataques dos hereges, os padres da Igreja motivavam a buscar a verdadeira doutrina no ensinamento apostólico, transmitido aos bispos por meio da sucessão apostólica, Conforme nos mostra Santo Irineu: 
“Portanto, a tradição dos apóstolos, que foi manifestada no mundo inteiro, pode ser descoberta e toda igreja por todos os que queiram ver a verdade. Poderíamos enumerar aqui os bispos que foram estabelecidos nas igrejas pelos apóstolos e seus sucessores até nós; e eles nunca ensinaram nem conheceram nada que se parecesse com o que essa gente [os hereges] vai delirando. [...] Com efeito, deve necessariamente estar de acordo com ela, por causa da sua origem mais excelente, toda a Igreja, isto é, os fiéis de todos os lugares, porque nela sempre foi conservada, de maneira especial, a tradição que deriva dos apóstolos” (Contra as Heresias, III, 3,1-2, Santo Irineu Bispo de Lião).
A sucessão apostólica
Para que a missão, confiada aos apóstolos, de ensinar, santificar e governar atingisse os confins da terra, seria necessário que este encargo fosse transmitido. Sob a inspiração do Espírito Santo, a Igreja transmite a homens íntegros o múnus dos apóstolos, perpetuando, através do tempo e do espaço o mandato de Jesus. Sobre isso, fala o Catecismo, citando a constituição dogmática Lumen Gentiun (20): “Do mesmo modo que o encargo confiado pelo Senhor singularmente a Pedro, o primeiro dos apóstolos e destinado a ser transmitido aos seus sucessores, é um múnus permanente, assim também é permanente o múnus confiado aos apóstolos de serem pastores da Igreja, múnus cuja perenidade a ordem sagrada dos bispos deve garantir”. Por isso, a Igreja ensina que, ‘em virtude da sua instituição divina’, os bispos sucedem aos apóstolos como pastores da Igreja, de modo que quem os ouve, ouve a Cristo e quem os despreza, despreza a Cristo e Aquele que enviou Cristo”.
O apostolado
Sob o impulso missionário, do qual Jesus é a fonte e a origem, a Igreja é enviada em missão para todo o gênero humano. Para isso, primeiramente o Senhor enviou os doze, e após estes, todos aqueles que, por meio da sucessão apostólica, foram enviados para servir a messe e apascentar o rebanho do Senhor como epíscopos. Aos apóstolos e seus sucessores, confiou Cristo a missão de ensinar, santificar e governar em seu nome e com o seu poder. Contudo, a Igreja, juntamente com todos os seus membros, participa deste envio que corresponde a uma única missão, porém, por meio de vários ministérios.
Por fazer parte do Corpo místico de Cristo, os leigos também participam da missão da Igreja realizando as funções de sacerdotes, profetas e reis por meio do batismo. O mistério da “apostolicidade” da Igreja se confunde com seu caráter missionário. Esta, por sua vez, é sempre inserida na dinâmica de anunciar a Boa-nova aos povos: “nos foi dada esta graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo” (Ef.3,8).
No sentido do apostolado, a Igreja permanece sob o influxo do Espírito Santo, pois é Ele o protagonista de toda a missão, é Ele que sustenta a Igreja em todos os tempos. Ao longo dos séculos, a Igreja permaneceu fiel à sua missão por meio de várias atividades apostólicas, desempenhadas em favor dos homens. Porém, não se pode esquecer que é da vida sacramental que vem toda a força da atividade apostólica, como nos ensina o decreto Apostolicam actuisitatem (n. 3): “Pelos sacramentos, especialmente pela Eucaristia, comungam e são alimentados pelo amor que é a alma de todo apostolado”. (AA 3)
A apostolicidade é, para a Igreja, a garantia de fidelidade às origens, às fontes dos ensinamentos de Jesus, dados aos apóstolos e transmitidos aos bispos, seus sucessores até os tempos de hoje. Não se pode esquecer que a dimensão apostólica da Igreja é desempenhada, sobretudo, por meio da caridade e solicitude pastoral do seu apostolado.
Jorge Eduardo
Missionário da Comunidade Católica Shalom
Bibliografia:
Catecismo da Igreja Católica
FIRULAS:
A Igreja é Una, Santa, Católica e Apostólica. Os termos designam as propriedades essenciais da Igreja, que fundamentam a realidade da sua natureza e missão.
Jesus, o Verbo encarnado, recebeu do Pai a missão de reconciliar a humanidade consigo, e para isso é que Ele foi enviado. Assim, Jesus é, por excelência, o “Apóstolo” do Pai.
Para anunciar e transmitir a Palavra de Deus, o próprio Espírito Santo, por meio do chamado de Jesus, faz desses simples homens “servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus”
A apostolicidade é, para a Igreja, a garantia de fidelidade às origens, às fontes dos ensinamentos de Jesus, dados aos apóstolos e transmitidos aos bispos, seus sucessores até os tempos de hoje.
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Por que há demônios esculpidos nas catedrais de Notre Dame e Sevilha?


Não apenas as catedrais de Notre Dame de Paris e de Sevilha têm demônios esculpidos na fachada. Todas as catedrais medievais os trazem. E não só na fachada, mas também no interior, esculpidos, pintados ou nos vitrais. E não apenas as catedrais : as igrejas dos Séculos XI ao XIV os representam em múltiplas formas e aspectos. Era um hábito muito salutar dos construtores das igrejas de então. Por que?
Naquele tempo os livros eram raros. A Santa Igreja utilizava seus edifícios sagrados para instruir os fiéis a respeito das verdades da Fé. Assim, as fachadas são cheias de cenas bíblicas, de símbolos históricos, de personagens de legenda. Nelas se vêm fatos quotidianos referentes à vida profissional, à vida de família, religiosa ou guerreira - a Igreja com isso ensinava os comportamentos virtuosos e condenava os maus hábitos. Vêm-se os eleitos entrando na glória eterna e os condenados sendo lançados no fogo eterno, bem como alegorias evocando virtudes e vícios. Entre as evocações dos vícios estão os demônios.
Na igreja que freqüento em Paris - Saint Julien le Pauvre - vê-se, no interior, um demônio no alto da ogiva, exatamente sobre o altar do celebrante. Como um gato, pronto a dar um bote, com cara de esperto e aliciador, o demônio encara o público. É o demônio da distração. Aqueles que não assistem à Santa Missa atentamente põem-se ao alcance de seu bote. E é incrível : quando nos distraímos durante a celebração e o olhar perdido vagueia pela igreja, os olhos caem invariavelmente sobre ele. Não há então quem não se corrija, voltando a atenção à celebração. Sabedoria da Igreja. Em Notre Dame os demônios mais famosos são em forma de gárgulas ; isto é ; terminais das canaletas que lançam na rua a água de chuva, escorrida dos telhados. São medonhos. Neste momento a França se encontra sob fortes chuvas.
A Bretanha foi inundada, os rios transbordam. Outro dia, mostrava a catedral a amigos brasileiros e chovia. Do lado de fora esses demônios despejavam água sobre as calçadas, espirrando em todos, impedindo-nos assim de contemplar os belos detalhes das fachadas laterais. Se não fossem esses demônios, as canaletas levariam as águas até os esgotos, e nós tranqüilamente terminaríamos a visita. O demônio só atrapalha. Fizemos um ato de detestação a ele : é o que a Igreja deseja. Seu objetivo, colocando ali aquelas figuras monstruosas estava alcançado : escapar de satanás e de suas tentações. Mais uma vez, sabedoria da Igreja.
O clero do tempo da catedrais tinha bem presente uma verdade hoje esquecida: a maior esperteza do demônio consiste em fazer crer que ele não existe. Recentemente ouvi um sermão dizendo que, se o Inferno existe, deve estar vazio. Veja como o sentimentalismo mole daqueles que não quererem se compenetrar de que esta vida é um combate, conduz a clamorosos erros contra a Fé. Isso se dá até mesmo com personagens que deveriam ensinar a verdade inteira. E esses demônios são hediondos. Nada têm dos demoninhos engraçadinhos, do tipo Brasinha, que se vêm com frequencia por aí, fazendo gracinhas. Os tempos de fé não mascaravam a hediondez dos infernos.
Texto traduzido por Nelson Barreto.

Veritatis
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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Chegou SUA VEZ de afirmar “oficialmente” a defesa do direito à vida! Veja como fazer.

Leia, entenda, assine e DI VUL GUE !!
Jorge Ferraz
direito à vida é o primeiro e o mais fundamental de todos os direitos. Afinal de contas, para que as pessoas possam ter saúde, educação, trabalho ou moradia elas precisam, antes de qualquer outra coisa, estar vivas – sob pena de todos aqueles direitos deixarem de fazer sentido.
Assim, o direito inalienável à vida é o direito que deve ser defendido de maneira absoluta e intransigente, como condição mesma para que se possa falar em quaisquer outros direitos. As ameaças à vida humana são ameaças a todos os direitos do indivíduo humano – uma vez que, ceifando-se-lhe a vida, retira-se-lhe também imediatamente todos os demais direitos da vida decorrentes. Quem não protege a vida também não pode proteger os outros direitos humanos, uma vez que estes dela dependem.
Diante desta realidade não há espaço para tergiversar, para pensar melhor no assunto, para fazer ressalvas de qualquer natureza. Diante desta realidade é preciso uma tomada de posição firme e corajosa – uma vez que o triunfo dos maus é muitas vezes conseguido por conta do silêncio dos bons.
Está em tramitação no Congresso Nacional o PL 478/07, o chamado “Estatuto do Nascituro”. “Nascituro”, como define o próprio texto, “é o ser humano concebido mas ainda não nascido”. Trata-se de um projeto de lei que, entre outras coisas, visa proibir a discriminação dos nascituros “em razão do sexo, da idade, da etnia, da origem, de deficiência física ou mental” e obrigar os estupradores a pagarem pensão alimentícia aos filhos por eles gerados, cabendo ao Estado arcar com os custos “para cuidar da vida, da saúde[,] do desenvolvimento e da educação da criança” caso o agressor não possa ser intimado e a mãe da criança não disponha de meios econômicos para tanto. É, em suma, um projeto de lei que se propõe a conferir proteção legal àquelas pessoas que são as mais frágeis das pessoas e as mais sujeitas a sofrerem injustiças: os seres humanos ainda não nascidos.
O Movimento Brasil Sem Aborto está recolhendo assinaturas pela aprovação do Estatuto do Nascituro, a serem apresentadas no Congresso Nacional. É fundamental que nós assinemos este documento (não leva sequer um minuto) e o encaminhemos aos nossos amigos e familiares, cobrando deles esta tomada de posição. Não deixem para depois. Precisamos destas assinaturas e precisamos delas depressa.
Para assinar, basta clicar aqui. Será aberta uma tela com o texto do abaixo-assinado, em cujo lado direito há um botão laranja escrito “Assinar agora!” que, quando pressionado, exibirá o formulário de assinatura. No formulário, é preciso preencher o nome (completo), o email, o número do documento de identidade (RG), a cidade e o estado. Uma vez que isso tenha sido feito e o botão azul (escrito “SIGN!”) tenha sido pressionado, pronto: a sua assinatura já consta na lista de assinaturasAtenção: o sistema do i-petitions (o site onde está hospedado este abaixo-assinado) irá exibir, logo após o envio da assinatura (o botão azul mencionado), uma tela pedindo doações para o site (e NÃO para o Estatuto do Nascituro ou para o Movimento Brasil Sem Aborto). Quando esta tela for exibida, é porque a assinatura já foi enviada com sucesso e a janela já pode ser fechada; a assinaturanão depende da referida doação que é pedida e, esta, é para a manutenção do site de abaixo-assinados, e não para a promoção do Estatuto do Nascituro ou do Brasil Sem Aborto.
Assine agora! Peça a seus amigos, vizinhos e parentes que o façam também agora. Não deixe para mais tarde, pois o tempo urge. Que a Virgem da Conceição Aparecida livre o Brasil da maldição do aborto.
Blog do Carmadélio
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A felicidade dos namorados está na grandeza da alma



Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro.
Já vai muito longe o tempo em que os pais arranjavam os casamentos para os seus filhos. Se você quer encontrar alguém terá que procurá-lo. Normalmente, é no próprio ciclo de amizades e ambiente de convívio que os namoros começam. Sabemos que o ambiente molda, de certa forma, a pessoa; logo, você deverá procurar alguém naquele ambiente que há os valores que você preza. Se você é cristão, então, procure entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens, entre outros, a pessoa que você procura.
O namoro começa com uma amizade, que pode ser um pré-namoro que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou "fisgado" pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo. Sinta primeiro, por intermédio de uma pura amizade, quem é a pessoa que está à sua frente. Talvez já nesse primeiro relacionamento amigo você saberá que não é com essa pessoa que você deverá namorar. É o primeiro filtro, cuja grande vantagem é não ter ainda qualquer compromisso com o outro, a não ser de amigos.
Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro. Especialmente hoje, com a maior abertura do país, logo as famílias são também envolvidas, e isso faz o namoro se tornar mais compromissado. Se você não explorar bem o aspecto saudável da amizade, pode ser que o seu namoro venha a terminar rapidamente porque você logo se decepcionou com o outro. Isso poderia ter sido evitado se, antes, vocês tivessem sido bons amigos. Não são poucas as vezes em que o término de um namoro envolve também os pais dos casais, e isso nem sempre é fácil de ser harmonizado.
O namoro é o encontro de duas pessoas, naquilo que elas são e não naquilo que elas possuem. Se você quiser conquistar um rapaz só por causa da sua beleza ou do seu dinheiro, pode ser que amanhã você não se satisfaça mais só com isso. Às vezes uma pessoa simpática, bem humorada, feliz supera muitos que oferecem mais beleza e perfeição física qu ela.
Infelizmente, a nossa sociedade troca a "cultura da alma" pela "cultura do corpo". A prova disso é que nunca as cidades estiveram tão repletas de academias de ginástica, salões de beleza, cosméticos, cirurgias plásticas, etc., como hoje. Investe-se ao máximo naquilo que é a dimensão mais inferior do ser humano - embora importante - o corpo. É claro que todas as moças querem namorar um rapaz bonito, e também o mesmo vale para os jovens, mas nunca se esqueça de que o mais importante é "invisível aos olhos".
O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho com o passar do tempo. Aquilo que você não vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu bom coração, a sua tolerância com os erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isso tudo não passará, isso o tempo não poderá destruir. É o que vale.
Se você comprar uma pedra preciosa só por causa do seu brilho, talvez você compre uma "jóia" falsa. É preciso que você conheça a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que "nem tudo que reluz é ouro". Se você se frustra no plano físico, poderá ainda se realizar nos planos superiores da vida: o sensível, o racional e o espiritual. Mas, se você se frustrar nos níveis superiores, não haverá compensação no nível físico, porque ele é o inferior, o mais baixo.
A sua felicidade não está na cor da pele, no tipo do seu cabelo e na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Você já reparou quantos belos e belas artistas terminam de maneira trágica a vida? Nem a fama mundial, nem o dinheiro em abundância, nem os "amores" mil, foram suficientes para fazê-los felizes. Faltou cultivar o que é essencial; aquilo que é invisível aos olhos. Tenho visto muitas garotas frustradas porque não têm aquele corpinho de manequim, ou aquele cabelo das moças que fazem as propagandas dos "Shampoos" ; mas isto não é o mais importante, porque acaba.
A vida é curta - mesmo que você jovem não perceba - e, por isso, não podemos gasta-la com aquilo que acaba com o tempo. Os homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que vencessem os séculos. Ainda hoje você pode ver as pirâmides de 4000 anos do Egito, o Coliseu romano de 2000 anos, e tantas obras fantásticas. Mas a obra mais linda e mais duradoura é aquela que se constrói na alma, porque esta é imortal. Portanto, ao escolher o namorado, não se prenda nas aparências físicas, mas desça até as profundezas da sua alma. Busque lá os seus valores.

Prof. Felipe Aquino
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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dai-lhes vós mesmos de comer!



Logo que soube da notícia do martírio de João Batista, Jesus interrompeu o atendimento ao povo que o seguia e retirou-se para um lugar deserto. As multidões não se conformaram com o seu desaparecimento e saíram à sua procura. Quando Jesus viu os homens e mulheres que, a pé, tinham ido a seu encontro, ficou comovido, dirigiu-lhes a palavra e curou muitos enfermos. Anoiteceu. Nasceu, então, uma preocupação no coração dos discípulos: o que fazer? Como o povo iria se alimentar? Seria melhor que o Mestre recomendasse que todos fossem embora e, nas cidades, comprassem alimento. A observação de Jesus, contudo, os surpreendeu: “Não é necessário; dai-lhes vós mesmos de comer”. A resposta dos apóstolos foi de surpresa: “Não temos aqui mais do que cinco pães e dois peixes”. Para Jesus, bastava isso: ele tomou esses cinco pães e peixes, abençoou-os, deu-os aos apóstolos e eles os distribuíram a todos (cf. Mt 14,14-21).
O gesto de Jesus foi um milagre, e não uma mera coleta de alimentos com uma posterior redistribuição a todos, como querem alguns racionalistas. O evangelista é muito claro: os pães que os apóstolos apresentaram a Jesus e que ele pegou e abençoou eram cinco, junto com dois peixes. Ou, nas palavras de Mateus: “Então, Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção, partiu os pães e os deu aos discípulos; e os discípulos os distribuíram às multidões”.
Alguém, conhecendo esse fato, poderia se perguntar: Por que Jesus se preocupou com a fome de seus ouvintes? Ele não veio até nós para nos ensinar coisas importantes e elevadas – isto é, para apresentar a Boa Nova trazida do Pai? Como pôde perder seu precioso tempo com uma coisa tão secundária e passageira como é a fome?
O gesto de Jesus foi uma antecipação de outro pão que ele nos daria: “o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer” (Jo 6,50). Sua preocupação com a fome do povo era, também, uma prova clara de que ele veio ao mundo para salvar o homem todo – isto é, não veio apenas para salvar suas almas. Portanto, tudo o que é importante para o ser humano, é importante para Jesus – também a nossa sobrevivência, também o pão de cada dia, como ele próprio nos ensinou a pedir: “Pai… o pão nosso de cada dia nos dai hoje…”. Ao dizer aos apóstolos: “Dai-lhes vós mesmos de comer!”, Jesus estava nos dando mais uma lição: para a solução do problema da fome, ele quer contar com a nossa colaboração.
Peguemos a aeronave do tempo e voltemos para a nossa época e para a nossa Bahia. Hoje, quando é rotina o envio de foguetes espaciais para espaço celeste; quando computadores, telefones celulares e internet fazem parte da vida diária de multidões; quando, a cada momento, entram em nossa casa imagens ao vivo de qualquer parte do mundo… hoje há pessoas morrendo de fome. Não estou me referindo ao que acontece na África ou em regiões da Índia, mas no próprio Brasil, país que está entre os maiores produtores de grãos do mundo. Sim, aqui, em nossa pátria, aqui, na Bahia, há gente passando fome por não ter emprego nem condições de conseguir, com dignidade, o pão que é um direito de todos. O “pão” a que me refiro é muito mais do que o alimento básico em nossas mesas; ele é o símbolo de tudo o que é necessário para se falar em vida digna: saúde, habitação, educação, saneamento básico, segurança etc.
Angustiados e desorientados com essa situação, talvez tenhamos a tentação de perguntar, como que querendo fugir de qualquer responsabilidade por tal situação: “Como é possível que Deus permita a fome no mundo? Como entender que muitos de seus filhos sofram tanto?” Deus não precisa nos responder, pois já o fez: “Dai-lhes vós mesmos de comer!”
É necessário que, colocando em prática nossa criatividade, encontremos respostas adequadas para desafios que nem deveriam existir. Mas existem, porque nem sempre sabemos repartir nossos dons. Na Eucaristia, Jesus nos ensina que só se encontra a solução para qualquer problema quando somos capazes de, como ele, repartir com os demais o próprio coração.

Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arquidiocese de São Salvador da Bahia/BA
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Normas para uma boa oração

Há condições básicas para que se faça uma boa oração, quer por parte do conteúdo, quer com relação ao orante. No que tange o conteúdo se requer que se peçam coisas boas para si e para os outros. Solicitam-se graças sobrenaturais, na medida em que possam cooperar na própria santificação e salvação eterna, e também benefícios temporais. Cristo não colocou limites ao ordenar que sempre se rezasse, mas deixou esta diretriz: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6,33).
Bens necessários para a vida são, por exemplo a saúde, o dinheiro para o próprio sustento e da família, o êxito nos negócios, mas em tudo visando a glória de Deus. O Onisciente Senhor é quem sabe o que é melhor para cada um e nossos pedidos devem se submeter à sua sabedoria infinita. Daí uma total conformidade com Sua vontade santíssima. Não se deve solicitar ao Criador graças segundo os critérios mesquinhos dos gostos pessoais, dos caprichos próprios. Entretanto, quando o Onipotente julga não dever atender algum pedido específico, ainda que plausível, é certo que concederá, contudo, maiores dons do que os que foram relacionados numa visão meramente humana. Uma ótima prece é solicitar a Deus que, com Sua ciência e onipotência, tudo guie, governe e assista nas precisões da alma e do corpo, abençoando as ocupações diárias, os negócios, seja na prosperidade, seja na adversidade, na saúde e na doença, nas provações interiores e exteriores.
Da parte do orante cumpre atenção na oração, isto é, a aplicação da mente naquilo que se fala. À atenção se opõem as distrações, que devem ser pronta e energicamente rechaçadas. Distrações deliberadamente aceitas são uma falta de respeito a Deus. Este dá uma audiência ao fiel e cumpre se tratem com Ele de uma maneira digna os negócios importantes da própria perfeição espiritual e temporal. Nas orações vocais a atenção pode ser verbal, procurando pronunciar devagar as palavras, mas pode ser atenção espiritual ou mística, estando o pensamento elevado para o Ser Supremo. É colocar todo cuidado, todo esforço, toda a mente, todo o coração e forças interiores para fazer com a devida atenção as preces para que não se receba a reprimenda de Jesus: “Este povo somente me honra com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim” (Mt 15,8). Uma vez detectada a distração é, calmamente, a repelir, pois Deus sabe que foi uma fraqueza própria do ser humano e não uma ofensa a Ele. Ajuda a atenção na oração a preparação remota e próxima, o recolhimento dos sentidos, da imaginação e demais potências. Deixar de lado as preocupações e negócios externos, mas se colocar com fé na presença de Deus.
A tudo isto se acrescente a humildade. O fiel é mendigo da bondade e misericórdia divinas e deve orar como o publicano e não como o fariseu da parábola que Jesus narrou “O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! “Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Lc 18, 11-14). A prece deve ser também com confiança: “Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno” (Hb 4,16).
É preciso ainda sinceridade: “O Senhor se aproxima dos que o invocam, daqueles que o invocam com sinceridade” (Sl 144,18). Enfim, é necessária a perseverança recomendada por Jesus diversas vezes, como ao narrar a parábola do Juiz a quem tanto uma viúva insistia para que se lhe fizesse justiça que a acabou atendendo. São Lucas mostrou bem a intenção do Mestre divino: “parábola sobre o dever de eles orarem sempre sem desfalecer” (Lc 18,1 e ss). Quem assim ora, infalivelmente, se salvará.

Arquidiocese de Mariana/MG
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terça-feira, 26 de julho de 2011

O BEM MAIOR

O mundo ensina aos casais, trilhas e veredas que devem ser percorridas com toda a ênfase e insistência, em busca de uma felicidade que nunca virá. O ter, o poder e o prazer passam a ser o alvo de um vazio que não tem fim.
A Igreja está profundamente convencida de que só com o acolhimento do Evangelho encontra realização plena toda a esperança que o homem põe legitimamente no matrimônio e na família.” (FC 3)
Uma Família feliz não é aquela que possui os valores do mundo, mas aquela que está alicerçada nos valores do Evangelho, que tem como pedra angular Jesus Cristo. Sem Jesus como centro, nenhuma Família encontra a felicidade tão almejada. É fácil de perceber porquê. São Paulo nos explica: “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça.”(2Timóteo 3,16)
Portanto, se a sua Família quer ser feliz, já sabe o Caminho da Felicidade. Agora, é seguir.

ALMacêdo
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Por que Deus permite que o Diabo lute contra os homens?

Segundo a tradição bíblico-patrística, o diabo não é a personificação das paixões, mas uma pessoa, criada por Deus como anjo e, tendo perdido a comunhão com Ele, converteu-se em espírito obscuro, o diabo. Como pessoa, o diabo tem livre arbítrio, isto é, tem liberdade e esta liberdade não é violada por Deus.
O mistério do pecado atua na história porque o diabo continua gerando o mal e fazendo sua obra catastrófica como desde o início. A Tradição bíblica e patrística, fora de toda consideração teórica e ética do bem e do mal, fala sobre o rival astuto de Deus e do inimigo do homem. Este inimigo é o diabo que tem a intenção é destruir toda a autêntica vida, pois ele é um espírito de morte. Ele é uma personalidade concreta, um ser concreto. Introduz-se com a injúria, com a arrogância e o engano na história, com a pretensão de destruir a Deus e aos homens. O pecado, os sofrimentos, a morte são gerados por ele, pois espalha a ruína e o ódio, exercendo seu poder e domínio. O mal não é uma soma de ações puramente humanas; suas raízes se encontram na autoridade diabólica. É uma força que está fora do homem e de sua natureza, a quem, exercendo seu livre arbítrio, pode aceitar ou rechaçar.
O diabo originou-se a partir da vontade e ação de Deus. Os demônios não foram criados maus, pois Deus não criou o mal; tudo o que Deus cria é bom. Foram criados sem maldade em sua essência, e, em sua natureza, livres, independentes e com o livre arbítrio, exatamente como aconteceu com os anjos. Após sua voluntária queda, de seres puros se converteram em seres sombrios, impuros e violentos.
As legiões demoníacas são numerosas, distinguindo-se, umas das outras, por grupos ou classes. A multidão dos demônios e sua distinção em grupos ou classes é baseada em suas diferentes obras e nos diversos nomes que recebem. Sendo, pois inúmeros e recebendo variados nomes, lutam continuamente para frustrar a obra redentora de Cristo.
Incapazes de prejudicar diretamente a Deus, se dirigem aos homens para, com seus poderes maléficos, travarem uma luta com eles, confundindo suas vontades, criando tentações, nos envolvendo em paixões, nos deixando confusos e obstruindo nosso tempo de oração. Para tanto, usa de várias faces e máscaras, gerando toda espécie de conflitos.
A tentação e a luta do diabo não estão acima das forças dos homens, não viola o livre arbítrio e não danifica a sua essência natural. A força do diabo não é imperativa dependendo sempre de nossa liberdade. Se sucumbirmos à tentação é porque nossa vontade assim o permitiu. Os Padres da Igreja ressaltam que o homem nunca fica só. Se a Graça de Deus deixa o homem, ele se torna um ser completamente vulnerável, permeável às influências do demônio. São Simeão, o Novo Teólogo, diz que “se não é Deus quem dirige os homens, o diabo é quem os manipula, com o consentimento e colaboração do próprio homem”.
Por isso, o homem fiel a Deus é chamado a estar sempre vigilante e em oração, pois Satanás não cessa de esconder-se e mascarar-se, com o intuito de enganar e corromper a alma humana. É mestre em perverter as palavras do Evangelho e a linguagem da Cruz, prometendo aos insensatos, facilidades e comodidades. Existe o perigo de que cheguemos à degradação total se nos entregarmos às tentações e seduções satânicas.
Se o diabo tem a possibilidade de transformar-se em qualquer coisa, até mesmo em “anjo”, podemos imaginar quão ardiloso ele é, usando de coisas inocentes e frágeis, para atrair os mais ingênuos. Tenta persuadir para destruir nos homens aquilo que lhe é mais caro: a liberdade.
Muitos dizem “não existe nem Deus e nem tão pouco o diabo”. A negação da existência dos demônios equivale a descartar a Economia Divina da Santíssima Trindade. Cristo humilhou e despojou as autoridades das trevas. A negação de sua existência facilita muito o trabalho e a ação destas forças do mal. Muitos homens modernos crêem que não existe satanás. Por causa disso, temos que nos preparar para assistirmos surpreendentes sinais dos prodígios do demônio. Pois tudo o que ele quer, é que creiamos que não exista para que, assim, possa agir mais livremente, nos corações desprevenidos. Temos que nos preparar para fazer frente a uma época de enganos e escuridão pela qual o mundo passará, inevitavelmente, se a maioria dos homens crerem na sua inexistência. Mas devemos confiar, sobretudo, na Onipotência Divina.
A Onipotência de Deus, de acordo com sua santa Vontade, não suprime a liberdade dos seres racionais. Deste modo, permite que o diabo, usando de sua liberdade, persista na obra do mal, porque também ele é um ser livre. No entanto, limita seu agir destrutivo por sua amizade e grande amor pelos seres humanos. Quando o homem se arrepende, Deus o perdoa, e deste modo, fica limitado o reino do mal. O definitivo aniquilamento do poder do mal se dará no Juízo Final.
A obra de demônio é destrutiva, porque odeia infinitamente o homem e a Criação. Está possuído por uma exagerada misantropia mortífera. Inspira pensamentos contra Deus e contra o próximo, influencia a vontade do homem, atua na natureza ontológica do ser humano. Os Padres afirmam que, não podendo o homem compreender a existência e a fúria do diabo, que se manifesta nos ataques contra a alma, Deus permite que ele possua o corpo do homem, para que sua força seja conhecida.
Satanás conseguiu pelo engano e pela mentira submeter os homens às paixões e ao pecado. A causa que conduziu o homem ao pecado foi a  inveja. O diabo teve inveja de Adão, pois este habitava num lugar de delícias, o Paraíso, justamente de onde foi expulso.
A intenção de arrastar o homem ao pecado e ao sofrimento, acontece de modo gradual. São Gregório Palamás afirma que Satanás, muitas vezes, não age de forma direta, mas pouco a pouco vai engendrando astutamente a cilada para que o homem caia. Mas a sua grande intenção é destruir a Igreja. Ao atingir o homem, na verdade, quer atingir a Igreja, Corpo Místico de Cristo. Tenta introduzir no pensamento do homem que “de fato ele é livre e não precisa da Igreja ditando normas e leis, dizendo a ele o que pode e o que não pode fazer. Não é necessário obedecer aos padres para permanecer na virtude, basta deixar-se conduzir por si próprio.” Quando o diabo consegue tirar o homem da vida eclesial, expulsando a graça de Deus de sua vida, este mesmo homem torna-se escravo das paixões e dos ditames do diabo.
Por que Deus permite que o diabo lute contra os homens?
São Máximo, o Confessor, cita cinco razões:
1. Para que nós cheguemos a distinguir a virtude do mal, através desta luta;
2. Para que, mediante esta luta, mantenhamo-nos firmes na prática da virtude.
3. Para que saibamos que a virtude é um dom de Deus;
4. Para que odiemos firmemente o mal;
5. Para que, cientes de nossa fragilidade, nos agarremos à força de Deus nos momentos de perigo.
Lamentavelmente, nossa educação e cultura ignoram esta realidade. Não só a combate como não permite que seja falado sobre o pecado e o demônio na sociedade. Por isso, com certeza, podemos dizer que o homem está cada vez mais vulnerável aos ataques demoníacos.
E nós Católicos, esquecemo-nos que pertencemos à Igreja de Cristo e entramos nela não para cumprir um dever formal e obter, com isso, nossa justificativa face aos preceitos religiosos, mas para a nossa salvação. Porque a Igreja é o lugar da salvação, onde entramos para nos libertar de doenças espirituais através da Palavra, dos Sacramentos e da Oração. Os Sacramentos foram dados à Igreja para a salvação do homem, para exorcizar o mal, combater e vencer a Satanás. Não podemos nos esquecer que ali onde está Cristo, não pode estar Satanás e, onde estão os demônios, tudo é corrupção e destruição, por isso Deus não pode estar lá.
Se vivermos nesta verdade, nos libertaremos mais facilmente da prisão que o demônio nos arma, conseqüência dos pecados que cometemos sob seu domínio. Mas, não temamos! Existe Cristo, existe a Igreja, existe a oração, existe a Sagrada Liturgia, existe a Confissão e a Eucaristia e, sobretudo existe o arrependimento. O demônio não quer o arrependimento do homem porque é ele que inicia a abertura das portas da prisão.
Uma comunidade eclesial que se deixa vencer pelo demônio ou que teme sua presença, é porque não conhece a força de Deus e da sua Igreja. Somos chamados a dar testemunho através de nossa reta doutrina, reta consciência e reto agir, de que o senhor do Mundo é Jesus Cristo. E não há nenhum outro Senhor a não ser o nosso Deus! Se o demônio domina e estende este senhorio sobre alguns homens, nem por isso, ele é verdadeiramente senhor da humanidade.
Certa ocasião, o Senhor respondeu a seguinte questão: “Tu és aquele que devias vir ou devemos esperar outro? E Jesus disse: “Ide e anunciai o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os aleijados andam, os leprosos são curados, os mortos ressuscitam e os pobres recebem a Boa Nova. Já está entre vós o Reino de Deus”
Oxalá vivêssemos de fato esta verdade: o Reino de Deus já está em nosso meio e não o reino das trevas. Se realmente crêssemos nesta palavra o mundo seria melhor para as crianças, para os jovens e para os adultos. Os anciãos não temeriam a morte.
Os filhos de Deus não temem o mal!

Pe. Agathangelos K. Charamantidis
Trad.: Pe. Pavlos, Hieromonge
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segunda-feira, 25 de julho de 2011

A VERDADE E AS “VERDADES”

Uma das mais básicas noções de Lógica é o chamado Princípio da Não-Contradição. Ele pode ser expresso de maneira bastante simples: se duas afirmações se contradizem (por exemplo, “A capital do Brasil é Brasília” e “A capital do Brasil é Buenos Aires”), ou uma delas está certa e a outra errada ou ambas estão erradas.

Deus, que é infinitamente perfeito, evidentemente não pode entrar em contradição conSigo mesmo. Assim sendo, a Verdade só pode ser uma só, e tudo o que a contradiz é errado. Nosso Senhor Jesus Cristo disse que Ele é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Do mesmo modo, a Sagrada Escritura nos adverte que há apenas “Um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo” (Ef 4,5). Nosso Senhor, antes de ser preso e crucificado, afirma que deu aos Seus discípulos (os Apóstolos, a Igreja) a glória que o Pai Lhe deu para que sejam um, como Cristo e o Pai são Um (Jo 17,22). Isto mostra que, evidentemente, o princípio da não-contradição é válido ao tratarmos da Verdade. O Senhor é único, a Verdade é única, o Caminho é único (Ele não disse que era “uma verdade”, ou que era “as verdades”; não disse que era “um caminho”, ou que era “os caminhos”); a Fé é única, o Batismo é único. A Igreja verdadeira é também uma só.

Encontramos porém hoje em dia muitas pessoas que negam este princípio básico da Lógica, ao menos no que se aplica ao Cristianismo. Eles afirmam que a Igreja é composta invisivelmente da soma de todos os que crêem em Jesus e O aceitam como Salvador. Há porém um problema seriíssimo neste raciocínio:

Em que Jesus eles crêem? Cada grupo, cada protestante que se afirma salvo crê em um “jesus” diferente. O “jesus” dos batistas nega a eficácia do Batismo, que para ele é simbólico. O “jesus” dos metodistas afirma que o Batismo é eficaz e faz da pessoa um filho de Deus. O “jesus” dos adventistas preocupa-se quase que exclusivamente com a manutenção do sábado dos judeus – sendo que guardar o domingo seria para este “jesus” a marca da Besta – gastando ainda uma certa dose de energia para proibir fumar cigarros, comer carne ou beber cafeína – ao passo que outros “jesuses” mandam descansar no domingo, ou até em dia nenhum.

O “jesus” de uma conhecida modelo “disse a ela em seu coração” que não haveria problema algum em apresentar um programa de venda por telefone de produtos de sex-shop e posar nua para uma revista; dificilmente seria esta o mesmo “jesus” da “Assembléia de Deus”, que exige saias abaixo do joelho para as mulheres!

Esta multidão de “jesuses” faz com que seja bastante fácil, na verdade, “aceitar Jesus”. Basta procurar uma seita que tenha um “jesus” suficientemente parecido com o que a própria pessoa deseja e o problema está resolvido. Uma conhecida figura política carioca queria viver com uma pessoa que já era casada. O “jesus” de sua seita, entretanto, não permitia segundas núpcias. Nada mais fácil: bastou passar a “congregar” em outra seita cujo “jesus” permitia a legitimação do adultério e o “casamento” pôde ser feito.

Para os protestantes da primeira seita, porém, esta pessoa continua sendo uma “evangélica” em boa situação, pertencente à “Igreja invisível” que reúne todos os que aceitam um “jesus” fabricado por encomenda em seus corações! O fato dela ter escolhido reunir-se (“congregar-se”) com outras pessoas cuja crença está em contradição com a crença da seita em que saiu não é em absoluto motivo suficiente para ela deixar de ser “contada entre os eleitos” por aqueles que ela deixou. O fato dela ter escolhido uma “verdade” que esta em contradição com a “verdade” pregada pela seita de que saiu, na opinião deles, não significa que ela não siga a (um) “jesus” e assim seja parte desta “Igreja invisível” e auto-contraditória.

Como isso pode ocorrer? Como o princípio de não-contradição pode ser tão soberbamente ignorado? É simples: o orgulho humano prefere criar um “jesus” a sua imagem e semelhança que aceitar Nosso Senhor Jesus Cristo, cujas palavras são freqüentemente duras de ouvir (Jo 6,61). Esta idolatria (não há outro nome para a adoração de uma criação humana) é infelizmente a marca do protestantismo. Não há, para eles, uma só Fé, um só Batismo, um só Caminho, uma só Verdade. Há apenas a união no ódio à Igreja verdadeira e na negação de aceitar o Verdadeiro Cristo, substituído por uma criação humana que por ter sido apelidada por seus criadores de “jesus” poderia, acham eles, salvar.

Prof. Carlos Ramalhete

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“SENHOR, SE TU QUERES, EU QUERO”

Precisamos compreender os pensamentos do Senhor, ouvir Suas Palavras, para isso necessitamos de meditação, profunda reverência em sua presença. A vontade de Deus se manifestará em nossos corações em forma de semente, com a oração ela será germinada e através do nosso agir produzirá frutos.

O Senhor nos concede ferramentas para que sua palavra produza frutos em nós: Aumenta a nossa fé quando nos lançamos em sua presença com toda a confiança; diante das tempestades e dos perigos, Ele nos concede segurança; quando estamos na frente de batalha Ele nos concede a coragem; nos momentos oracionais de contemplação, meditação, louvor, adoração, silencio em sua presença, Ele nos concede sabedoria, entendimento, revelação. Mat. 11,29

Quando nos colocamos em “solidão” e profunda comunhão com o Senhor, ouvimos a sua voz, sentimos o seu grande amor por nós, saímos do medo e da confusão interior. Diante do Senhor todo caminho fechado se abre para nós, todo caminho que é o bom caminho, o caminho do querer de Deus, não o caminho do nosso querer. Deus quer nos orientar, pegar em nossas mãos e como um Pai com seu filho pequeno, nos levar aos melhores lugares. Deus determinou um caminho, uma estrada para podermos nela caminhar e sermos felizes.

Muitas vezes saímos do caminho que o senhor traçou para nós, mas, ao nos abandonarmos em suas mãos, Ele nos capacita a encontrarmos novamente o caminho perdido. Jesus é o caminho, saímos do caminho quando saímos de sua presença, quando deixamos de viver o Seu querer para viver o nosso querer. SENHOR, SE TU QUERES, EU QUERO. Is. 54,7-10

O Senhor guia aqueles que O buscam que aceitam a Sua orientação através da leitura orante de sua Palavra, através do se colocar em sua presença no Sacrário, na oração diária pessoal, na oração comunitária; o Senhor nos orienta através da Sua Igreja. No caminho que o Senhor projetou para nós haverá muitas batalhas, com Ele sempre seremos vitoriosos. Quando andamos no caminho projetado por nós e não no caminho do Senhor, Ele nada poderá fazer por nós.

O Senhor nos agracia com o seu Santo Espírito. Sim, o Espírito Santo de Deus, que habita em nós, deseja realizar em nós uma obra nova, deseja fazer mais por nós, deseja ir além do que até agora tem feito em nós. O Espírito de Deus só pode agir em nós quando damos a Ele toda liberdade para agir livremente em nosso coração, em nosso ser. Ao caminharmos com nossas próprias forças nós estaremos dando abertura ao pecado, saindo do caminho da Santidade. O grande fruto de caminharmos no caminho do Senhor é a Santidade. O Senhor é o Santificador e se humilha pedindo liberdade para agir em nós e nos santificar.

Quando o Senhor realiza sua obra em nós, em nosso coração humano, Seu Espírito gera grandes frutos em nosso interior, frutos estes que fluem de nós e chega a todos que estão ao nosso redor. O homem carnal não pode possuir os frutos do Espírito, apenas o homem Espiritual, conduzido pelo Espírito de Deus. O Senhor nos concede, pelo agir do Seu Espírito, o Amor, a Alegria e a Paz. Estes dons eram naturais em Nosso Senhor Jesus Cristo, porém, extranhos à natureza decaida do homem. O homem nunca poderá produzir estes frutos se eles não vierem do Senhor. Ao permitirmos que o Senhor viva em nós, estes frutos fluirão naturalmente e em abundância. Gal. 5.22,23

“Vinde Espírito Santo...”

Reginaldo Gonçalves


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sábado, 23 de julho de 2011

Não te perturbes!

Quer conhecer um roteiro infalível para seu dia a dia? Leia com atenção:

Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa! Só Deus não muda. A paciência, por fim, tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta, pois só Deus basta.

Escrito há 500 anos, essa poesia de Santa Teresa de Jesus continua a ensinar o essencial: Só Deus basta! Mas, o que isso significa concretamente?

Vivemos sobressaltados, preocupados. Inquietos, passamos o dia tentando resolver mil coisas. Ansiosos, não conseguimos dormir bem. Preocupados, acabamos por meter os pés pelas mãos no desejo de evitar que aconteça o que nós consideramos “o pior”. Estressados, acabamos por nos irritar contra tudo e todos. Gritamos no trânsito, gritamos em casa, desmoronamos de cansaço.

O problema está, entre outras coisas, em achar que sabemos o que é o “melhor” e “pior” para nós. Uma vez estabelecido o que consideramos nos convir ou não, tomamos as rédeas para determinar o que consideramos “melhor”. Ocorre que tudo, mas tudo mesmo, passa e o que ontem nos parecia “o melhor”, hoje é, visivelmente, “o pior”.

Fé em Deus

A raiz da inquietação, estresse, preocupação e ansiedade que aos poucos nos matam, contudo, reside além do fato de tudo passar, reside na fé.

Há a fé que acredita em Deus e reza, contrita, o “Creio em Deus Pai”. Acreditar desse jeito, afirma São Tiago, até os demônios crêem e tremem. Nós, até cremos, quanto a tremer...

Há aquela “fé” que pede a Deus o que acha “necessário”, “imprescindível”, “melhor” e fica ressentida com Deus se ele não atende seu pedido por mais que peça através de todos os meios – diga-se de passagem, nem sempre lícitos. É a fé infantil, diria, até, “birrenta”. Essa fé, “contrariada”, muda de igreja quando não é atendida, assim como criança birrenta põe cara feia e diz aos pais que não é mais filho deles.

Há a fé madura, que crê no Evangelho e na Igreja e vive seus ensinamentos, custe o que custar. É a fé dos santos.

Há a fé que confia em Deus e a ele se entrega inteiramente, tranquila, pois sabe que ele é Pai e sempre providencia o melhor para nós. E, para Deus, o melhor para nós é a santidade.

É essa fé madura e inteiramente confiante no amor de Deus que não se perturba com nada. Sabe ser fiel a Deus e ao Evangelho na penúria e na fartura, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.

Essa fé madura e confiante que é amada por Deus, não se espanta com nada. Nada a escandaliza, ainda que seja grande tristeza. Seus olhos não estão aqui na terra, mas fixos no céu. Sabe que, aqui na terra, tudo passa, tudo muda. Sabe que tudo pode nos enganar e iludir. Sabe, sobretudo, que Só Deus é o mesmo sempre. Só Deus não muda. Só o amor de Deus é sempre o mesmo, pois ele é amor em ato. Essa fé não vive para a terra nem valoriza o que à terra pertence. Vive para o céu, usando as coisas da terra para alcançá-lo.

Paciência de Autodomínio

Por isso tem paciência. Não aquela paciência de autodomínio, nem aquela que rói as unhas e balança as pernas para controlar a impaciência interior. Trata-se, aqui, da paciência-esperança, a paciência-fé, a paciência-amor.

É aquela paciência que sabe que Deus está no comando. Sabe que ele pode tudo e tudo realiza por amor. Está certa de que, no tempo de Deus – e não no seu! – ele mesmo resolverá da melhor forma de todas, sempre visando nossa santificação e a do mundo. Sabe que, ainda que tudo esteja negro, verá a vitória de Deus e que essa vitória nem sempre é tal qual pensamos.

Fé, caridade, esperança, paciência, confiança. Quem a Deus tem, nada lhe falta. Corretíssimo. Mas, quem é mesmo que “tem Deus”. Todos. Porém, Santa Teresa fala aqui daquele que conhece Deus não por palavras e teorias, mas pela oração e pelo amor. Em uma palavra, pelo relacionamento pessoal, relacionamento de amizade. Este, que ora com a Palavra, que tem a Deus como o centro de sua vida, que procura amá-lo em tudo, a este, nada lhe falta. Dele cuida o Pai muito melhor do que as aves do céu e os lírios dos campos, pois ele vale muito mais aos seus olhos.

Nada te perturbe, homem de pouca fé! Nada te espante, mulher de pouca esperança! Tudo, mas tudo, mesmo, passa, exceto Deus. Fica, então, com o Único que é digno do teu amor e deixa-o cuidar de ti. Espera. Confia. Espera sempre, confia sempre. Quem tem a Deus, quem o conhece, quem confia nele, vive de forma diferente, vive de olho no céu e de coração no coração de Deus. Por isso, é tranquilo e feliz.

Só Deus basta. Dedica-te a Ele. Deixa-te amar por ele. Ama-o. Nada, então, te perturbará.

Firulas

Vivemos sobressaltados, preocupados. Estressados, acabamos por nos irritar contra tudo e todos. Gritamos no trânsito, gritamos em casa, desmoronamos de cansaço.

O problema está, entre outras coisas, em achar que sabemos o que é o “melhor” e “pior”para nós.

A raiz da inquietação, estresse, preocupação e ansiedade que aos poucos nos matam, contudo, reside além do fato de tudo passar, reside na fé.

Há a fé que confia em Deus e a ele se entrega inteiramente, tranquila, pois sabe que ele é Pai e sempre providencia o melhor para nós. E, para Deus, o melhor para nós é a santidade.

Emmir Nogueira
 Co-Fundadora da Comunidade Shalom
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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Dependência afetiva

 A dependência afetiva é um estado que faz parte da natureza humana por nascermos dependentes tanto no campo físico (alimentação, cuidados, etc.) quanto no campo afetivo. As experiências que vamos adquirindo em nosso desenvolvimento farão com que tenhamos ou não nossa independência afetiva. É muito importante esclarecer que essa independência não significa individualismo, muito menos com solidão. É, sim, a capacidade de não nos vincularmos excessivamente a alguém, é a possibilidade de tomarmos nossas decisões, escolhas e dar passos na capacidade e na autonomia de cuidar de nós mesmos e assumir o que fizemos de certo ou errado.
Para que você possa perceber se é uma pessoa excessivamente dependente de alguém é importante observar alguns pontos:
  • Você precisa de alguém para sentir-se seguro e tranquilo?
  • Percebe que, mesmo em situações simples de escolha e decisão, precisa desta pessoa ao seu lado?
  • Sente-se dependente para fazer escolhas, precisando da aprovação desta pessoa?
  • Sente que sua autonomia é prejudicada, ou seja, é difícil fazer algo sem aquela pessoa?
É claro que muitos de nós gostamos que uma outra pessoa dê uma opinião a nosso respeito (se a roupa está bonita em nós, se devemos comprar algo, se devemos mudar de emprego e tantas outras decisões), o que não significa que sejamos dependentes. A dependência se caracteriza sempre que há algum excesso, aquela dificuldade em sair do lugar sem que o outro nos apoie, como uma muleta, um suporte, que precisamos e fazemos questão de carregar em toda nossa vida.
Quando estamos nessa situação, geralmente temos dificuldade para perceber, negamos essa dificuldade e nos irritamos quando somos apontados como dependentes. E temos também dificuldades com a autoestima e a maturidade emocional, e costumamos fazer outras coisas em excesso, como trabalhar, comer, beber, falar, jogar, entre outros. Podemos ainda viver sentimentos muito extremos (amar demais, odiar demais) bem como sensação de vazio e falta de significado em nossa vida, sem compreender exatamente o que está ocorrendo.
Nem sempre as escolhas afetivas dependentes são conscientes e claras para quem passa por isso. Dependências podem se dar com coisas, objetivos, drogas, jogos, chegando a pessoas e a palavras amigas. A dependência afetiva faz com que procuremos exteriormente o apoio e a proteção para suportarmos os problemas vividos nos relacionamentos e nas situações sociais. Somos humanos e somos efetivamente influenciados o tempo todo. Vale lembrar que, como seres sociais que somos, efetivamente seremos influenciados e influenciaremos o tempo todo e isso faz parte de nossa natureza.
Das relações sadias, por meio das quais os pais estimulam e acreditam no potencial de uma criança, – fazendo com que ela supere desafios e aprenda a ganhar e a perder –, é que nasce uma autoestima positiva e a sensação de segurança pessoal, bem como a capacidade de cuidar de si. No entanto, quando isso não ocorre, muitas vezes, vamos buscar esta dependência a fim de que outra pessoa nos estimule, mas quando entra o excesso, passamos a não viver mais sem a ajuda dela, mesmo em pequenas decisões. É interessante, pois, nessa relação "disfuncional" sempre haverá o outro, ou seja, aquele que é a pessoa mais segura na relação, mas que, de alguma forma, também alimenta essa dependência.
Sendo assim, é muito importante que a pessoa dependente estabeleça limites em seus relacionamentos, reconhecendo sua realidade, que, muitas vezes, passa pela negação dos fatos e a ilusão de viver em situações fantasiosas. Da mesma forma, ela deve assumir a responsabilidade em administrar suas necessidades, reconhecer suas atitudes, emoções e seus comportamentos, sejam eles positivos ou não, percebendo as vivências da raiva, do medo, da vergonha, da culpa e, com isso, reconhecendo estas questões em sua vida e comprometendo-se com a mudança.

Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.

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Os demônios da vida conjugal

No amor conjugal, o segredo é não lutar contra a idade, sim estar em união com ela, tal é a regra da sabedoria.

A infância do amor conjugal.
Ao início é, sobretudo, alegria e esperança. O amor é novo e está intacto. Os dois vivem em estado de descoberta permanente. Entretanto, o amor não escapa aos ataques do tempo. Uma primeira crise, a da desilusão, sacode o lar nascente. O demônio da desilusão faz com que a imagem ideal, que um havia construído do outro, comece a desvanecer-se. Para vencer essa crise terão que se aceitar em suas imperfeições. Nessa época o matrimônio se constitui realmente.
A juventude do amor.
Ao final da fase de adaptação, um mútuo conhecimento impede maiores atritos. O amor se instala. Mas, se a crise da desilusão não foi superada, o tempo precipita a segunda crise, a do silêncio. Se o demônio mudo se apodera dos dois, caem em uma espécie de letargia. O casal vive, então, em retrocesso, sem crescer, sem um ritmo seguro, sem dinamismo. Vencer essa segunda crise é indispensável para que o amor sobreviva.

A maturidade do amor.
Por volta dos 15 anos, os esposos adquiriram maturidade. Com uma juventude madura vivem com serenidade. São os anos mais belos da vida conjugal. Já não se fala de felicidade, como quando se é jovem, simplesmente é feliz. Mas, também pode produzir-se o contrário, se não encontraram o caminho do diálogo e de sua unidade. Uma terceira crise, com frequência fatal, é a da indiferença. O amor se transformou em hábito, o hábito em rotina, e a rotina, enfim, em indiferença. Vive-se junto ao outro, mas os corações já não estão em contato: o tempo paralisou ou inclusive matou o amor. A vida em comum não é mais que uma aparência que se mantém, seja por obrigação já que estão os filhos, seja por conveniência social. Com o demônio da indiferença instalado, sempre existe lugar para um novo amor e, por isso, para a infidelidade e a separação.
O meio-dia do amor.
Entre os 45 e 50 anos surge um novo perigo. Em ambos é o difícil momento das mudanças físicas e psicológicas. A mulher perde um atributo de sua feminilidade, a fecundidade. O homem vai perdendo um caráter de sua virilidade: o vigor sexual. Mas, antes que se produza esse declive, muitas vezes se dá uma espécie de volta à adolescência. A essa crise da metade da vida chamamos de: "demônio do meio-dia". Se o matrimônio entra nessa etapa minado pela indiferença e pela rotina, o demônio do meio-dia tem grandes possibilidades de triunfar.
O renascimento do amor.
Se o casal soube superar essa época turbulenta, entra num período de uma segunda maturidade. É o crepúsculo do amor, o momento em que o matrimônio desfruta da unidade conquistada, de una harmonia, profunda e de uma nova paz. É a hora de uma felicidade serena, sem choques e sem conflitos. O tempo, que não perdoa, oferece então aos cônjuges a inapreciável recompensa do renascimento do amor.
O repouso do amor.
Virá, por último, a hora do repouso em que, envelhecidos no amor, ambos só terão reconhecimento um para o outro. Nem sequer a dolorosa perspectiva da morte poderá perturbar a maturidade do amor. Haver-se amado até o final converte a morte num ápice, numa vitória. Diante dos homens, como diante de Deus, não existe um amor mais perfeito que o de dois seres que envelheceram juntos e que deram a mão para vencer as últimas dificuldades a fim de gozar das últimas claridades do dia.

Padre Nicolás Schwizer
Shoenstatt mov.apostólico
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A música de adoração é tocada por bandas ao vivo, sem pausa, dia e noite, desde maio de 1999. Vozes chamando por Jesus ou rogando a Deus para ajudar vítimas do furacão ou fazer passar no Congresso a proibição do aborto são ouvidas em um auditório que é o coração físico e espiritual da Casa Internacional de Oração, um ministério cristão que está rapidamente se tornando um movimento.
Fundada há 12 anos por Mike Bickle, um pastor evangélico autodidata, com um grupo de 20 fiéis, a Casa Internacional de Oração, localizada em um shopping center antigo do Kansas, hoje atrai dezenas de milhares de fiéis para suas reuniões.
Um quadro totalmente dedicado de 1 mil funcionários, chamados de missionários, desistiram de suas carreiras para se mudar para o local, vivendo de doações e passando várias horas por dia na sala de oração para deleitar-se com o que eles descrevem como uma comunicação direta com Deus.
Outros mil estudantes frequentam a escola bíblica adjacente, preparando-se para espalhar essa marca fervorosa do cristianismo.
A sala de oração sempre cheia e a comunidade devota crescendo em torno dela estão no epicentro de uma rede nacional pouco conhecida, mas em expansão: dezenas de grupos que estão praticando a oração perpétua de uma forma raramente vista na América moderna, disse Marcus Yoars, editor da revista evangélica Carisma.
Bickle recebeu elogios de muitos evangélicos, mas também tem sido criticado por alguns pastores pelo que eles descrevem como uma teologia não-ortodoxa e atmosfera de culto – acusações de que Bickle rejeita.
Mas muitos jovens seguidores disseram ter sido atraídos pela sensação de comunhão com Deus e de ter dado pouca atenção a questões como essas.
Os funcionários e alunos aqui são obrigados a passar pelo menos 25 horas por semana na sala de oração, e eles também fazem jejum semanal por um dia ou mais. A adoração contínua, segundo Bickle, afeta eventos do mundo real, enfraquecendo os demônios e fortalecendo os anjos que giram entre nós. Mais importante, diz ele, os encantamentos, multiplicados em todo o mundo, podem ajudar a acelerar a chegada do tão esperado dia do juízo final.
A Casa Internacional de Oração é “um exemplo importante” da proliferação das igrejas carismáticas, disse Catherine C. Bowler, historiadora religiosa da Escola de Teologia da Universidade de Duke.
De megaigrejas com dezenas de milhares de membros aos ministérios mais intensos e incomuns, como os de Bickle, essas igrejas, que praticam a cura pela fé e da canalização do espírito, constituem um dos segmentos de mais rápido crescimento no cristianismo americano, atraindo milhões de seguidores.
*Por Erik Eckholm
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