quarta-feira, 28 de março de 2012

Aquele que É

Deus é Verdade, Vida, Amor...
Creio em Deus, dizemos. Iahweh, "Aquele que é", revelou-se ao povo de Israel como a Verdade e o Amor.


Deus é a Verdade. Diz o Livro de Samuel: "Sim, Senhor Deus, és tu que és Deus, tuas palavras são verdade" (2 Sm 7,28). Porque Deus é a Verdade, não engana e suas promessas sempre se realizam.
A Revelação, o que Deus nos ensina, é "uma doutrina de verdade" (Ml 2,6), como diz o Livro de Malaquias. E o Filho de Deus, Jesus Cristo, veio ao mundo "para dar testemunho da verdade" (Jo 18,37). Seu Reino não é o reino da mentira, mas da verdade. Onde há a verdade, aí está o Reino de Cristo.

Deus é amor, é "rico em amor e em fidelidade" (Ex 34,6), diz o livro do Êxodo. Em tudo o que faz Deus mostra sua benevolência, sua bondade, seu amor e sua fidelidade. A história de Israel, o povo de Deus, é a história gratuidade do amor de Deus. Os profetas de Israel proclamaram que por amor Deus não deixou jamais de salvar seu povo (Is 43, 1-17) e de perdoar sua infidelidade e seus pecados (Os 2). Oséias compara o amor de Deus por Israel ao amor de um pai por seu filho (Os 11,1). E Isaías afirma que Deus ama seu povo mais que um esposo ama sua bem-amada( Is 62, 4-5).

Este amor de Deus chegou ao extremo de enviar seu Filho à terra e de querer que desse sua vida na cruz para a salvação não só de um povo, mas de todos os povos. Diz São João: "Deus amou tanto o mundo, que entregou seu Filho Único" (Jo 3,16).
Isaías canta a perenidade do amor de Deus: "Os montes podem mudar de lugar e as colinas podem abalar-se, mas o meu amor não mudará" (Is 54,10). E nas palavras de Jeremias: "Eu te amei com um amor eterno, por isso conservei por ti o amor" (Jr 31,3).

A mais bela e profunda revelação do Novo Testamento é que "Deus é amor" (1 Jo 4,8.16), como fala São João. Ele não só nos ama e faz tudo por amor, mas sua própria realidade, seu ser íntimo é ser amor. Deus é vida, mas sua vida é amor. O amor é a natureza de Deus, a sua essência.

Deus é exuberância da vida que é amor. É o amor do Pai ao Filho e do Filho ao Pai. E este amor mútuo, infinito e eterno é o Espírito Santo.

Porque cremos em um só Deus, devemos reconhecer sua grandeza e majestade e somente a ele devemos servir.
Devemos viver em ação de gra-ças, porque tudo o que somos e possuímos vem dele. Devemos respeitar as pessoas, porque todas são feitas "à imagem e à semelhança de Deus" (Gn 1,27). E devemos confiar nele em qualquer circunstância, como rezava Santa Teresa De Avila:
"Não te perturbes.
Nada te assuste, tudo passa. Deus não muda
A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem
Nada lhe falta. Só Deus basta".

Dom José Freire Falcão


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Chagas Benditas

Nada ficou por tentar: nem milagres, nem obras, nem palavras, em tom severo umas vezes, indulgente outras... Jesus tentou tudo com todos: na cidade e no campo, com pessoas simples e com sábios, na Galiléia e na Judéia... como também na nossa vida nada ficou por tentar, remédio algum por oferecer. Tantas vezes Jesus saiu ao nosso encontro, tantas graças ordinárias e extraordinárias derramou sobre a nossa vida! “De certo modo o próprio Filho de Deus se uniu a cada homem pela sua Encarnação.

Trabalhou com mãos humanas, pensou com mente humana, amou com coração de homem. Fez-se verdadeiramente um de nós, igual a nós em tudo menos no pecado. Cordeiro inocente, mereceu-nos a vida derramando livremente o seu sangue, e nele  o próprio Deus nos reconciliou consigo e entre nós mesmos e nos arrancou da escravidão do demônio e do pecado, e assim cada um de nós pode dizer com o Apóstolo: “ O Filho de Deus amou-me e entregou-se por mim" (Gál. 2,20).
A história de cada homem é a história da contínua solicitude de Deus para com ele. Cada homem é objeto da predileção do Senhor. Jesus tentou tudo com Jerusalém, e a cidade não quis abrir as portas à misericórdia. é o profundo mistério da liberdade humana, quem tem a triste possibilidade de rejeitar a graça divina.
Homem livre, sujeita-te a uma voluntária servidão, para que Jesus não tenha que dizer por tua causa aquilo que contam ter dito, por causa de outros, e pela vida ainda tão “relaxada”  de Madre Teresa de Jesus:  “Teresa, Eu quis...  mas os homens não quiseram”.
Santa Teresa de Jesus no seu livro da Vida (capítulo 8 e 9), conta-nos de que modo o Senhor começou a despertar a sua alma, dando-lhe luz em tão grandes trevas, e a fortalecendo nas virtudes para não ofendê-lo; escreve:  “Eu desejava viver, pois bem entendia que não vivia, combatendo, em vez disso, uma sombra da morte, sem que ninguém me desse vida e sem poder consegui-la eu mesma; e quem podia dá-la a mim tinha razão para não socorrer-me; pois tantas vezes me chamara a Si e outras tantas fora abandonado. (Livro da vida – Cap. 8,12)
“...A minha alma já estava cansada e, embora quisesse, seus maus costumes não a deixavam descansar. Aconteceu-me de, entrando um dia no oratório, ver uma imagem guardada ali para certa festa a ser celebrada no Mosteiro. Era um Cristo com grandes chagas que inspirava tamanha devoção que eu, de vê-lo, fiquei perturbada, visto que ela representava bem o que Ele passou por nós. Esta imagem, que não representa, como disseram alguns, Jesus preso à coluna, mas um tristíssimo e terno Eccehomo – “Eis o Homem” – ainda é venerada no Mosteiro da Encarnação de Ávila.

Foi tão grande o meu sentimento por ter sido tão mal-agradecida àquelas chagas que meu coração quase se partiu; lancei-me a seus pés, derramando muitas lágrimas e suplicando-lhe que me fortalecesse de uma vez para que eu não O ofendesse.” (Livro da vida – Cap. 9,1) .
“Ele é as Chagas de minhas chagas burulentas, que se tornaram Chagas Benditas, que me curam e me traz salvação!”
Nossas chagas... em seu corpo Santo...
“O amor e a dor são a mesma coisa.”

“Meu Jesus, sofreste por mim porque me amaste, e me amaste porque sofreste por mim. Amaste-me gratuitamente. Teu amor não tinha nenhuma utilidade, nenhuma finalidade. Não sofreste para me redimir, mas para me amar e por me amar.
Não tens outras razões a não ser as do amor; a razão da sem-razão do amor chama-se gratuidade.

Levaste-me, pelos tempos eternos, como um sonho dourado. Mas, quando chegou a “Hora”, todos os sonhos se desvaneceram e me amaste com a objetividade de uns cravos pretos e umas gotas rubras de sangue. Onde há amor não há dor. Concebeste-me no amor, em uma eternidade, e me deste à luz na dor, em uma tarde escura. Desde sempre e para sempre, amaste-me gratuitamente” (São Francisco – O Irmão de Assis p. 335-336).

Depois de uma noite de dor, de escárnios e de desprezos, Jesus debilitado pelo terrível tormento da flagelação, é conduzido para ser crucificado. Chagas de Minhas chagas...
No caminho para o Calvário – o lugar da caveira – antes da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo era uma pedreira, depois se tornou lugar de lixo. Era fora da cidade, próximo dos muros, mas fora da cidade, um lugar de podridão, lugar da caveira, onde havia ossos, restos mortais, enfim moscas, abutres, ratos, um lixão!
Tornaste-te meu Jesus, rei, Chagas das minhas chagas... Não podemos ficar na superfície do mal, temos que chegar à sua raiz, às causas, à mais profunda verdade da consciência... Chagas das minhas chagas.

A união íntima de cada cristão com o seu Senhor necessita do conhecimento completo da sua vida, incluíndo o capítulo da Cruz. Aqui se consuma a nossa Redenção, aqui a dor do mundo encontra o seu sentido, aqui conhecemos um pouco a malícia do pecado e o amor de Deus por cada um dos homens. Não permaneçamos indiferentes diante do Homem das dores – o Crucificado.
Não era preciso tanto tormento. Mas quis sofrer tudo isso, por ti, por mim, por nós todos, pela humanidade.
E nós não havemos de saber corresponder?
Simão de Cirene, que voltava para casa, é forçado a ajudar a carregar a cruz.

Simão segurou a cruz pela extremidade e colocou-a sobre os seus ombros. A outra, a mais pesada, a do amor não correspondido, a dos pecados de cada homem, essa, Cristo a levou sozinho.
Na marcha para o Calvário, o caminho é sinuoso e o chão irregular, suas energias diminuem cada vez mais, e não é de se estranhar. Cai, e mal consegue levantar-se. Poucos metros adiante, torna a cair. Uma, duas, três. Ao levantar-se, quer dizer-nos o quanto nos ama; ao cair, quer manifestar a grande necessidade que sente de que o amemos.

Jesus quis submeter-se por amor, com plena consciência, inteira liberdade e coração sensível. Ninguém morreu como Jesus Cristo, porque ele era a própria Vida. Ninguém expiou o pecado como Ele, porque era a própria Pureza. Nós recebemos agora copiosamente os frutos daquele amor de Jesus na cruz. Só o nosso “não querer” pode tornar vã a Paixão de Cristo.
Foi no Filho que se manifestou o amor incondicional do Pai por nós.

Há homens para os quais o Deus da santidade permanece distante: os pretensos justos, os quais, em nome de Deus, rejeitam seus irmãos pecadores. Assim, pecam contra o Espírito, porque recusam a santidade perdoante.
Mas é pela Cruz de Cristo que o Pai revela sua santidade. Foi na Paixão do Filho que se manifestou o sofrimento de Deus pela maior miséria humana, que é o pecador.

Não devemos esquecer nem por um só dia que Jesus está nos nossos sacrários, vivo!, mas tão indefeso como na Cruz ou como depois no sepulcro. Cristo entrega-se à sua Igreja e a cada cristão para que o fogo do nosso amor o atenda e cuide melhor maneira que possamos, e para que a nossa vida limpa o envolva como lençol comprado por José de Arimatéia. Mas, além dessas manifestações do nosso tempo, do nosso esforço, dos nossos tratos de amor, não regateando outras provas de amor, nos perguntar como Santo Agostinho: Por que tanto padecimento? E responder: “Tudo o que Ele padeceu é o preço do nosso resgate. Não se contentou em sofrer alguma coisa: quis esgotar o cálice para que compreendêssemos a grandeza do seu amor e a baixeza do pecado; para que fôssemos generosos na entrega, na mortificação, no espírito de serviço.

Que como Francisco de Assis queiramos retribuir amor: “...quero ser” Tu, Jesus, solta tua torrente de amor pela torrente de meu sangue. Faz de minha carne uma pira de dor, e de meu espírito, uma fogueira de amor.
Jesus crucificado, eu gostaria de subir na cruz, arrancar-te os cravos, fazer-te descer, subir eu mesmo e ficar aí, substituindo-te, nem que fosse por um minuto.

...Quisera incendiar-me nesta noite, na fogueira da dor, “de vossa terrível dor”, para que sobre apenas o amor. Depois disso tudo, pode acabar, porque já teremos chegado ao pico da Ressurreição.”

Carreguemos a nossa paixão, cruz e nossa morte carregando-a do modo de Jesus, que se abraça à Cruz salvadora e nos ensina como devemos carregar a nossa – com amor, corredimindo com Ele todas as almas, reparando pelos pecados próprios. O Senhor deu um sentido profundo à dor. Podendo redimir-nos de muitas maneiras, fê-lo através do sofrimento, porque ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos. (Cfr. Jo. 15,13).

Ama o sacrifício, que é fonte de vida interior. Ama a cruz, que é o altar do sacrifício. Ama a dor, até beberes, como Cristo, o cálice até às fezes.
“ó doce fonte de amor! Faz-me sentir a tua dor para que chores contigo. Faz-me chorar contigo e doer-me deveras das tuas penas enquanto vivo; porque desejo acompanhar-te e unir-me ao teu coração compassivo na cruz em que te vejo. Faz com que a tua cruz me enamore e que nela viva e habite...” (Hino Stabat Mater).

“Oh! Chagas das minhas chagas, que se tornaram Chagas Benditas que me curam e me salvam!”

Quero que saibas:
“Se em tua Paixão não houver frutos, valeu a beleza das flores;
Se não houver flores, valeu a sombra das folhas;
Se não houve folhas, valeu a intenção da semente lançada na Terra.”+

Padre Emílio Carlos
Fundador da Comunidade Alpha e Ômega
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sexta-feira, 23 de março de 2012

Pentecostes: é tempo de começar a preparação!

No dia 27 de maio deste ano, acontece a celebração litúrgica de Pentecostes. Nesse dia, lembramos a primeira grande efusão do Espírito Santo sobre a Igreja, que impeliu os apóstolos à missão.
Instituída pelo papa Leão XIII, a Novena de Pentecostes é a única litúrgico-oficial da Igreja Católica. Caso seu Grupo de Oração deseje realizar a novena semanalmente, o ideal é iniciar na próxima semana. Dessa forma, ela será finalizada exatamente nos dias que antecedem a festa.
Abaixo, confira o texto de motivação escrito pela segunda secretária do Conselho Nacional da RCCBRASIL, Ierecê Gilberto:
Amados, tal qual os apóstolos no Cenáculo desejavam ardentemente uma vida nova e o cumprimento da Promessa do Pai, também cada um de nós hoje deve ter o mesmo desejo. O Espírito Santo derramado em Pentecostes sobre os apóstolos reunidos unânimes em oração é exatamente o mesmo que se derrama hoje sobre nós e que Deus Pai deseja enviar abundantemente sobre o mundo todo em nossos dias, gerando assim homens novos e mulheres novas que voltem a viver a Cultura de Pentecostes.
Que tal colocarmos em prática este ano, que é único em nossas vidas - pois não podemos voltar aos anos passados e tão pouco vivermos os que ainda não vieram - a Novena de Pentecostes em nosso Grupo de Oração? Temos Grupos de Oração todos os dias da semana no Brasil; podemos ter pessoas clamando pelo Espírito Santo diariamente, desejando que Ele venha sobre a face da Terra renovar todas as coisas.
Já que nossos Grupos de Oração se reúnem apenas uma vez por semana, a fim de que todos possam participar da Novena, sugerimos que façamos, em nível de GO, nove semanas consecutivas e não nove dias seguidos. Assim, todos os GO do Brasil estariam realizando a Novena de Pentecostes, unanimemente no Brasil. Para isto, devemos iniciar já no dia 25 de março para os GO que se reúnem aos domingos, seguindo até o dia 27 de maio, domingo de Pentecostes.
Podemos fazer também a novena em 9 dias seguidos, iniciando no domingo (ou na quinta-feira) da Ascensão de Jesus e seguindo até a Festa de Pentecostes. Nesse caso podemos realizar em família, nos ambientes de trabalho, nas escolas, nas universidades, nas paróquias, em grupos de reflexão, nos hospitais, nos presídios, nos asilos e até mesmo sozinhos. O fundamental é que passemos estes nove dias que antecedem a festa de Pentecostes em unânime e perseverante meditação e clamor ao Santificador das Almas para renovar a face da Terra.
Permitamos que o Espírito Santo gere em nós e a partir de nós um mundo novo, que vem do coração de Deus!

Ierecê Gilberto
Com certeza grandes graças esperam para serem derramadas sobre aqueles que orarem pela renovação do Pentecostes.
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segunda-feira, 19 de março de 2012

Pode um cristão praticar Yoga?

Reproduzimos artigo sobre a relação entre yoga e do cristianismo escrita pelo professor Joel S. Peters, que leciona teologia católica em uma escola secundária no Instituto Montvale, New Jersey (Estados Unidos).

“Não é raro nestes dias se ver publicidade e promoção de yoga, existem muitos livros sobre yoga , existem muitos sites da Internet que tratam de filosofia e prática, e os seminários são rotineiramente oferecidos em academias, clubes de saúde e até mesmo algumas instituições “católicas”

Na verdade alguns cristãos incorporaram yoga em suas vidas e não vem nada de errado em praticar yoga e ficariam até surpresos ao saber que representa uma ameaça espiritual de qualquer tipo.

“Existe uma grande ignorância sobre yoga” É precisamente por causa dessa ignorância sobre yoga – da parte dos cristãos professos – eu decidi  escrever este artigo. Eu não tenho nenhuma dúvida de que a vasta maioria dos crentes que praticam ioga são ignorantes da sua verdadeira natureza e propósito e eles provavelmente o veem  como “apenas um exercício.” Mas é aí que reside seu maior perigo.

Quando a ioga é reduzida a uma mera disciplina física com pouca ou nenhuma relação aos seus fundamentos espirituais, corremos o risco de ser enganados sobre algo que pode ter influência significativa no nosso bem-estar espiritual.

Afinal, O que é yoga? “As origens da Yoga remonta a 5.000 anos e os seus princípios são distribuídos através da transmissão oral. Esta tradição foi eventualmente cometido à escrita e, em seguida, yoga fez a sua aparição nos quatro textos antigos hindus conhecidas como Vedas , o mais antigo dos quais data de 1500 aC , mais tarde, um homem chamado Patanjali compilou e codificou a quantidade total de conhecimento sobre yoga. Fontes discordam sobre quando isso aconteceu, com datas que vão desde o século IV aC ao século II dC.

O seu trabalho, chamado Yoga Sutra, é o texto oficial sobre yoga , reconhecido por todas as escolas.

Hinduísmo e yoga são indissociáveis! “O “yoga” palavra deriva da raiz sânscrita yuj, que significa “união” ou “jugo”. O sânscrito é a antiga língua do hinduísmo e, portanto,não deveria ser surpreendente saber que o yoga está intimamente ligado com essa religião . Na realidade, o significado de “yoga” é muito semelhante ao da palavra latina “religio”, da qual deriva a nossa palavra “religião” – que significa “manter” ou “ligar-se”.Para ambas as palavras, a implicação clara é que a pessoa tenha “união” a algo espiritual.

Mais significativo ainda é a razão que o yoga se desenvolveu. ” No hinduísmo existem três caminhos para a salvação : obras (rituais, obrigações e cerimônias que contribuem para um do mérito), conhecimento (compreensão de que a verdadeira causa do mal e da miséria não é pecado, mas a ignorância sobre a verdadeira natureza da nossa existência) e devoção (o culto de deuses e deusas hindus).

“Yoga é um sistema de filosofia hindu “, dentro dele há três escolas de filosofia: Vedanta, Sankhya e Yoga . Então, claramente colocado, a ioga é um sistema de filosofia hindu projetado para levar o praticante à iluminação espiritual ou salvação. Dentro desse processo, o mecanismo específico é o uso de posturas físicas (asanas), juntamente com exercícios respiratórios que são especificamente concebidos para melhorar a meditação e alterar o estado da consciência para que o praticante possa alcançar a união com “realidade mais elevada.”

Está fora do objetivo deste artigo lidar com os diferentes tipos de yoga, é importante notar que, apesar de que os componentes dentro de seus ramos possam variar, seu objetivo final é o mesmo, ou seja, a alteração da consciência para atingir um estado espiritual.

Yoga e religião tem forte relação. Considere os seguintes exemplos de alguns autores que tentam separar a prática física da religiosa: ” . Yoga não é uma religião, pois pode ser praticado em harmonia com qualquer crença religiosa “ . (Rammurti S. Mishra, Fundamentos de Yoga)

“Yoga” é uma abordagem holística sobre como viver a nossa vidas. Ela nos leva a uma nova forma de vida. não uma religião, para que ele possa ser combinado com qualquer religião para aumentar a riqueza de qualquer tradição “(Mischala Joy Devi, O Caminho de Cura Yoga).

” Algumas pessoas pensam que o yoga é ginástica, exemplificados pelo headstand, a postura de lótus, outros acham que é um sistema de meditação. No entanto há aqueles que olham, talvez com medo, como uma religião . Todos estes estereótipos são falsos. ” (Georg Feuerstein e Stephan Bodian, editores, Living Yoga).

“Mas o que é yoga? não apenas o relaxamento, meditação ou apenas um método respiratório; não apenas cruzar as pernas, fechar os olhos, colocar os polegares e índices e “OM …” cantarem e certamente não um culto ou uma religião “ (Larry e Richard Payne Usatine, Yoga Rx).

Se a ioga não é realmente uma ação religiãosa, então como explicar o fato de que ela tem um papel proeminente nos Vedas, o Bhagavad-Gita e os Upanishads , que são os livros sagrados hindus?

Assim, essas negações refletem a ignorância, na melhor das hipóteses, por parte desses autores (o que é insustentável à luz do nível destes mestres de yoga) e na pior das hipóteses, uma distorção deliberada do que realmente é yoga …Ambas as explicações têm problemas.

Por que a prática do yoga é um problema para o cristão? “No coração do hinduísmo existe a visão de mundo monista – que defende que toda a realidade é, em última análise uma e ela tem um “essência” comum de Deus. Em outras palavras, meu próprio ser ou identidade é realmente a mesma identidade como todos os outros seres.

Embora os rótulos variam de acordo com esta substância (por exemplo, a consciência cósmica universal, eterna, etc.), O mesmo conceito básico, ou seja, é que o universo é entendido como um poder eterno, divino e espiritual , e que todos entidades existentes – incluindo os humanos – são extensões da mesma. ”

Yoga é o veículo que une o praticante (masculino = yogi, feminino = Yogini) com esta energia cósmica

A tarefa do iogue é, portanto, dupla: (1) rejeitar a noção como  ”errada” que cada pessoa é um ser único diferente do resto da criação, e (2) “tornar-se um “com esta energia cósmica conhecido como uma realidade maior  e totalizante.

A visão acima é estranha – até mesmo diametralmente oposta – a visão cristã. Assim, o contexto real que define o yoga é desviado radicalmente a partir da percepção cristã da realidade, através do qual o crente deve reconhecer certamente que: (a) é de fato uma criação única de Deus ( b) nem o homem nem o universo criado é divino, e (c) o propósito da vida é o crescimento em relação do Criador com um pessoal, amorosa, divina, embora eternamente distinto do que foi criado, ele chama em comunhão com ele. A discrepância entre esses dois pontos de vista não poderia ser maior .

E sobre os benefícios de saúde de yoga? “Mas não é possível alcançar benefícios físicos da yoga para além dos aspectos religiosos? Esta pergunta é enganosa e revela um certo desconhecimento do autor da pergunta. É enganosa, porque pressupõe que podem surgir é uma dicotomia entre as posturas físicas do yoga e da espiritualidade por trás , em sua verdadeira natureza.O corpo e  o espiritual caminham juntos. “sugerem que se pode obter apenas benefícios físicos da yoga, sem ser afetado – de alguma forma – para a sua fundação espiritual .

Yoga não é primariamente o relaxamento do corpo , mas o uso de meios físicos para atingir um fim espiritual.

Portanto, a questão de separar o físico do espiritual é realmente uma contradição em termos. De fato, se se consulta a enorme quantidade de material disponível, torna-se patentemente claro que as considerações relativas aos benefícios físicos são secundários . Normalmente, a ioga é apresentada como sendo principalmente para atualizar o potencial espiritual, atingir a “liberdade”, transcendendo o ego e assim por diante. Yoga tem um componente espiritual independentemente do consciente “

Seria como se um católico perguntasse se se pode receber a Eucaristia e não ser parte de algo religioso.

Ou pensar o contrário. Se um ateu  consome uma Hóstia Consagrada podemos argumentar que recebeu o Corpo de Cristo? Podemos dizer que simplesmente foi “submetido a mecanismos físicos” para receber, mas não se envolveu em uma atividade espiritual?

Tecnicamente falando, a Eucaristia é uma realidade espiritual independente das crenças do destinatário, o mesmo é verdadeiro na yoga. Assim como a presença real de Cristo está contida dentro da hóstia consagrada, independentemente de saber se alguém acredita ou não, do mesmo modo a ioga tem um componente espiritual que é real, independentemente do propósito específico do praticante, ou dos efeitos físicos positivos. ” Mas espere “- você disse -” Eu estive praticando yoga há algum tempo, e como resultado eu me tornei mais calmo e tem tido um efeito no meu bem-estar físico positivo.

Bem, mais uma vez não posso negar as ” boas”  conseqüências físicas da yoga, mas eu suspeito que os seus efeitos espirituais podem ser mais sutis e, portanto, mais evasivo de identificar. Note-se que os seres humanos são espíritos encarnados, de modo que quando nos envolvemos em uma atividade espiritual que deve, naturalmente, produzir algum tipo de resultado.

O barômetro final de qualquer prática espiritual do ponto de vista católico é se este esforço leva a uma profunda relacionamento com Cristo!

A Igreja Católica formalmente tem algo a dizer sobre yoga? “Sim. Na Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre alguns aspectos da Meditação Cristã, 1989 (a seguir: “aspectos”), a Congregação para a Doutrina da Fé se concentra em várias práticas espirituais orientais e sua inclusão na vida espiritual dos cristãos.

Numa nota de rodapé na página 2 afirma especificamente que “A expressão ‘métodos orientais’. São considerados métodos inspirados pelo hinduísmo e o budismo, como o ‘Zen’, a ‘meditação transcendental’ ou ‘Yoga ‘. m

“Embora este documento não condene expressamente o yoga, recomendada cautela na utilização de práticas espirituais, meditaçãoou mística que são desprovidas de um contexto marcadamente cristão, por exemplo, o número 12 diz: “Estas e outras propostas para harmonizar a meditação cristã com técnicas orientais precisam ser continuamente monitoradas com discernimento cuidadoso do conteúdo e método, para evitar cair no sincretismo “.

Ele também afirma que os aspectos físicos (por exemplo, posturas de yoga) ” podem afetar a nossa espiritualidade : “A experiência humana mostra que a posição e atitude do corpo não são sem influência no recolhimento e disposições do espírito.Este é um fato para que a atenção tem sido dada alguns escritores espirituais do Oriente e do Ocidente cristão. “(# 26) Não deve ser confundido com o Espírito Santo “De todas as observações do documento, o mais digno de atenção é tão cru quanto a isso euforia espiritual e física – o que deve resultar da prática de yoga – nem sempre o que parece ser: “Alguns exercícios físicos automaticamente produzem uma sensação de calma e relaxamento, sensações agradáveis, talvez até fenômenos de luz e calor semelhantes a um ser espiritualidentificar isso com as consolações autênticas do Espírito Santo seria uma forma totalmente errada de conceber a vida espiritual .

Dar-lhes um significado simbólico típico da experiência mística, quando a condição moral da pessoa em causa não corresponde com ele, representam uma espécie de esquizofrenia mental que também poderia levar a perturbação psíquica e, às vezes, a desvios morais. “(# 28) É Difícil conciliar Cristianismo com yoga “

Em 2003, o Pontifício Conselho da Igreja Católica para o Diálogo Inter-religioso publicou um documento intitulado Jesus Cristo: Portador da Água da Vida. Embora focado no movimento do Nova Era, encontramos novamente incluído o tema da yoga: “Entre as tradições que desaguam a Nova Era estão as antigas práticas de ocultismo egípcio, a Cabala , o gnosticismo dos primeiros cristãos, o Sufismo, a sabedoria dos druidas, o cristianismo Celtic, a alquimia medieval, renascentista hermetismo, zen-budismo, yoga, etc “.. (# 2.1) “

Como no documento que o precedeu, aconselha cuidados no uso de práticas não-cristãs.

Seria imprudente e falso dizer que tudo ligado a esse movimento é bom, ruim ou tudo o que lhe diz respeito. No entanto, dada a visão subjacente da religiosidade Nova Era em geral é difícil de conciliar com a doutrina cristã e da espiritualidade . “(# 2) Um estado de consciência alterada “Essa” visão subjacente “carrega uma semelhança impressionante com a visão hindu de mundo e muitos dos termos e conceitos utilizados no movimento da Nova Era, essencialmente, transmitir a mesma realidade que é o objetivo do Yoga: um estado alterado de consciência, que é como um meio para uma experiência espiritual transcendente.

Além disso, a própria noção de seres humanos que se fundem com a consciência cósmica divina contradiz o que a Igreja diz sobre uma experiência real mística: “Para abordar esse mistério de união com Deus, que os Padres gregos chamado de divinização do homem, e de apreender com precisão a maneira pela qual elas são feitas, é preciso primeiro lembrar que o homem é essencialmente uma criatura, por isso nunca será possível absorção do ser humano no ser divino, mesmo nos mais elevados estados de graça. “( Aspectos , # 14, grifo do autor)

Pode a ioga ajudar-nos a orar?

Para os cristãos que queiram utilizar as técnicas de meditação da yoga como uma preparação ou uma ajuda à oração, devemos estar conscientes da verdadeira natureza de toda a atividade espiritual, “A oração cristã é sempre determinada pela estrutura da fé cristã , em que brilha a verdade de Deus e a criatura. Assim configurado, propriamente falando, como um diálogo pessoal, íntimo e profundo, entre o homem e Deus. Ela expressa, portanto, a comunhão das criaturas redimidas com a vida íntima das Pessoas da Trindade “(Aspectos, # 3).

“Devemos ser igualmente cuidadosos com a diferença fundamental para cristãos e hindus a cerca das experiências místicas:” Para os cristãos A vida espiritual é uma relação com Deus que está se tornando cada vez mais profunda com a ajuda da graça , em um processo que também ilumina o relacionamento com nossos irmãos.

“Espiritualidade”,no conceito da Nova Era significa experimentar estados de consciência dominados por um sentido de harmonia e de fusão com o Todo . Assim, “misticismo” não se refere a um encontro com o Deus transcendente na plenitude do amor, mas a experiência engendrada, girando sobre si mesma , um sentido exultante de estar em comunhão com o universo, a individualidade, vamos afundar no grande oceano do Ser “. ( Transportadora , # 3,4)

Há outros riscos associados com ioga? “Sim Lembre-se que aspectos afirmaram que uma discrepância entre uma experiência mística e o estado de alma de uma pessoa pode levar a “Os distúrbios psíquicos.”

Em outras palavras, uma pessoa que está tendo uma experiência mística não profundamente baseada em Cristo poderá enfrentar algumas anomalias graves espirituais . Não deve nos surpreender, então, ao descobrir que os fenômenos psíquicos são essenciais para o “benefícios” de yoga. Poderes ocultos condenados por Deus “.

Por exemplo, Rammurti S. Mishra (citado acima) afirma que através do yoga uma pessoa pode” adquirir o poder de ver e saber, sem a ajuda de outras maneiras … “” saber eventos passados ​​e eventos futuros … “,” abrir o terceiro olho em você, que é chamado … “olho divino” [a] “auras de experiência e corpos astrais que” vêm para servir o iogue [] “e obter poderes de clarividência e visão.

Basta folhear as páginas do Antigo Testamento para ver que tais habilidades são poderes muito ocultos e são condenados por Deus no Deut mais inequívoca e contundente. (Lev. 19:26,31. 18:09 -14; 2 Reis 17:13-15, 17-18, 2 Crônicas 33:1-2,6) “

Dos quatro professores de yoga acima mencionados, Mishra não está sozinho em dizer que a ioga pode desenvolver as habilidades nota psíquica ou submeter uma pessoa a fenômenos psíquicos.

Feuerstein e Bodian  afirmam que as experiências possíveis através do yoga incluem ” sonho lúcido, estado sem corpo, clarividência e outros poderes psíquicos , bem como ecstasy, estados místicos, e no ápice do todos eles de nascimento “.

Em”Silva, Mira e Shyam Mehta, Yoga: O Caminho Iyengar, somos informados de que” estados superiores de consciência [de yoga] … resultam em sabedoria espiritual. Eles também oferecem várias realizações sobrenaturais (siddhis), de acordo com o objetivo da meditação.

Dadas estas admissões feitas por professores de yoga, de que sua prática é um desenvolvimento inevitável de habilidades psíquicas – na verdade, é o seu verdadeiro objetivo –  o cristão que a pratica vive  um sério dilema moral e espiritual: deve desenvolver uma atividade cujo objetivo principal é cultivar “poderes” que Deus expressamente condena? não evitando o fato de que Yoga promove esses recursos e não podemos esconder o fato de que Deus nos diz que eles são espiritualmente nocivos para suas criaturas.

A Yoga tem uma opinião contrária ao cristianismo, está intrinsecamente baseada em uma filosofia e visão de que são substancialmente contrário para a fé cristã . Sua finalidade expressa é alcançar estados alterados de consciência que levam a um “nascimento” espiritual.

…E pensávamos que a ioga era apenas um exercício físico. “

http://www.religionenlibertad.com/articulo.asp?idarticulo=21212
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Dar razões da própria esperança



Queridos Jovens,

É necessário percorrer um caminho de preparação espiritual e apostólica se realmente desejamos que os frutos da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 possam amadurecer e transformar as nossas vidas. Devemos trilhar num itinerário de oração e de trabalho para que as palavras do Santo Padre, o Papa, e o encontro renovador em Cristo e com os irmãos do mundo inteiro possam dar frutos de vida eterna. Se não estivermos atentos, poderemos facilmente fazer parte da multidão que gritava “Hosana” no Domingo de Ramos e “crucifica-o” na Sexta-Feira Santa.

Desejo peregrinar com vocês e, para isso, gostaria de propor uma breve reflexão sobre o tema da primeira Jornada Mundial da Juventude: "Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês" (1Pd 3, 15).
Ele foi escolhido pelo Beato João Paulo II em 1986. Quando no dia 23 de março, no Domingo de Ramos, as dioceses do mundo inteiro realizaram a I Jornada Mundial da Juventude.

Lendo o convite de São Pedro a dar razões de nossa fé, a primeira coisa em que pensamos é como defender nossa fé contra aqueles que a denigrem. Pensamos em uma apologética da fé, que consiste apenas em embates e discussões para demonstrar a verdade. Este tipo de missão é necessário e importante, sem dúvida, mas deve ser executada por amor às pessoas a quem Deus ama.

Porém, muitas vezes nos esquecemos de que a primeira e fundamental missão e apologética que podemos e devemos realizar é a do testemunho de nossa fé através do exemplo. Um jovem de verdadeira identidade católica é aquele que transmite nas pequenas tarefas do dia a dia o sopro da graça Divina. Um jovem católico é alegre e entusiasta, é capaz de escutar a todos e falar com vivacidade de Cristo. É aquele que em casa apoia a família, e na escola se esforça por estudar, respeita os seus professores e é cordial com todos os funcionários da Escola em que estuda. E se o adolescente pratica algum esporte, é sinal de caridade e harmonia. Com a namorada ou o namorado coloca todos os meios necessários para viver com santidade esta etapa importante da vida. É também aquele que consegue ver com os olhos da fé os problemas sociais, familiares, psicológicos e dificuldades várias que passa na vida.

Não deixemos nos enganar pelo inimigo, porque o demônio nos ronda e nos tenta. Apologética deve supor a vivência pessoal da fé, senão fica completamente vazia. Verdade sem caridade transforma-se numa mentira, pois não respeita o outro enquanto criatura amada e querida por Deus. Cristo nos deu diversas lições sobre isto. É completamente evangélica a frase: “Rejeitar o pecado, mas não o pecador”. Querendo arrancar a erva daninha, muitas vezes poderemos arrancar a boa semente.
A caridade sem verdade é falsa. Pois só na verdade existe a real caridade em sentido evangélico e cristão. Por isso, é importante sair da infantilidade da fé. Isso ocorre quando cometemos a injustiça de querer enfrentar os questionamentos do mundo tendo a formação infantil. Daí a importância do Ano da Fé pedido pelo Papa Bento XVI.

É triste perceber que existem excelentes profissionais católicos, com um alto padrão de formação e especialização que exige seu campo de atuação, mas que possuem um conteúdo catequético raquítico, desnutrido. É uma tremenda injustiça com a Igreja e com Cristo.
Então, o que fazer? Não podemos ficar com os braços cruzados. É necessário levar a boa nova de Cristo a todas as criaturas. E não há melhor modo de fazer isto do que através de gestos de amor, entrega, trabalho e doação.

É necessária a inteligência da fé. A Igreja possui dois mil anos de história e tradição. Carrega um patrimônio humanístico, cultural, filosófico e teológico únicos. Temos o Catecismo da Igreja Católica e o Compêndio do Catecismo. Temos os Santos Padres da Igreja. As encíclicas papais, os documentos dos concílios. É necessário saber dar razões de nossa fé, mas para isto é necessário estudá-la e aprofundá-la sempre e cada vez mais.

Nossa fé não é puro sentimento ou apenas a invenção de um grupo de homens piedosos. Existe a racionalidade da fé. E no Catolicismo esta inteligência da fé possui uma densidade tal, que seria um pecado de omissão não conhecer e estudar.
Peguemos as primeiras palavras do evangelho de São João. O que encontramos lá? “No princípio era o Verbo” (Jo 1,1). Uma das grandes questões que movia a mente dos filósofos gregos era a que versava sobre o princípio e fundamento de todas as coisas. Por que as coisas existem? Qual é o fundamento delas? João apresenta Cristo como o Verbo, o fundamento de todas as coisas que os gregos durantes séculos buscavam. Cristo é o verdadeiro logos, a razão. No cristianismo, Cristo é a razão encarnada.
São palavras belíssimas do evangelista, que devem encher nosso coração de alegria e entusiasmo por nossa fé. Ela não é irracional ou puro sentimento. Ela é sentido e razão de ser de todas as coisas. Não carreguemos em nossas almas algum sentimento de inferioridade. Não se deixem seduzir por intelectualismos vazios. Conheçam a fé que professam.

Preparem-se bem para a Jornada Rio 2013 através de uma vida verdadeiramente cristã, que seja sal e luz e possa atrair a todos pela beleza de seus gestos e palavras.
Preparem-se conhecendo mais profundamente a doutrina e a tradição da Igreja. Sempre há um motivo e uma razão para a Igreja defender certa posição. Antes de criticá-la, busque conhecer as razões. Devemos viver nossa fé com todo nosso ser, com nossa alma, com nossa inteligência e com o nosso coração.  A Igreja ofereceu aos jovens o catecismo adaptado à sua linguagem e, em Madri, entregou a todos os inscritos para a Jornada um exemplar em sua própria língua.

Dar razões de nossa fé é, sobretudo, viver integralmente o cristianismo. Muito me alegram os inúmeros grupos de jovens que utilizam as redes para a formação cristã.

Parabéns pela iniciativa! E felicito todos os jovens que estão levando a sério a preparação para a Jornada Mundial, através de encontros de oração, reflexão, partilha e missão. Motivo todos a continuarem por esse caminho, que só tem a enriquecer a vida de vocês.
Que Cristo, o Logos encarnado, nos ilumine para que possamos no dia a dia de nossa vida dar razões de nossa esperança.
 
Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Radio Vaticana
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sexta-feira, 16 de março de 2012

Quaresma: um caminho a se fazer em direção a Cristo.

Quaresma é um período de quarenta dias. Inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, prolongando-se até a Quinta-feira Santa, antes da Missa na Ceia do Senhor. Trata-se de um tempo privilegiado de conversão, combate espiritual e escuta da Palavra de Deus. Na Igreja Antiga, este era o tempo no qual os catecúmenos (adultos que se preparavam para o Batismo) recebiam os últimos retoques em sua formação para a vida cristã: eles deveriam entregar-se a uma catequese mais intensa e aos exercícios de oração e penitência. Pouco a pouco, toda a comunidade cristã - isto é, os já batizados em Cristo -, começou a participar também deste clima, tanto para unir-se aos catecúmenos, como para renovar em si a graça de seu próprio batismo e o fervor da vida cristã, preparando-se, assim, para a santa Páscoa.

Assim, surgiu a Quaresma: tempo no qual os cristãos, pela purificação e a oração, buscam renovar sua conversão para celebrarem na alegria espiritual a Santa Vigília de Páscoa, na madrugada do Domingo da Ressurreição, renovando suas promessas batismais. As práticas da Quaresma A oração: Neste tempo os cristãos se dedicam mais à oração e devem acrescentar algo àquilo que já praticam durante o ano todo. Uma boa prática é rezar diariamente um salmo ou, para os mais generosos, rezar todo o saltério no decorrer dos quarenta dias. Pode-se, também, rezar a Via Sacra às sextas-feiras!

A penitência: todos os dias quaresmais (exceto os domingos!) são dias de penitência.

A primeira e indispensável penitência quaresmal é no tocante à comida e à bebida: sem renúncia a algum alimento não há prática quaresmal! Cada um deve escolher uma pequena prática penitencial para este tempo. Por exemplo: renunciar a um lanche diariamente, ou a uma sobremesa, etc... Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa os cristãos jejuam: o jejum nos faz recordar que
somos frágeis e que a vida que temos é um dom de Deus, que deve ser vivida em união com ele. Os mais generosos podem jejuar todas as sextas-feiras da Quaresma. Farão muitíssimo bem! Recordemo-nos que às sextas-feiras os católicos não devem comer carne; e isto vale para o
ano todo! Além da penitência na alimentação é necessário escolher algo mais como mortificação, isto é, renúncia a algo de que se gosta; por exemplo: música, televisão, internet, determinado tipo de divertimento...

A esmola: Trata-se da caridade fraterna.

Este tempo santo deve abrir nosso coração para os irmãos: esmola, capacidade de ajudar, visitar os doentes, aprender a escutar os outros, reconciliar-se com alguém de quem estamos afastados - eis algumas das coisas que se pode fazer
neste sentido!

A leitura da Palavra de Deus: Este é um tempo de escuta mais atenta da Palavra: o homem não vive somente de pão, mas de toda Palavra saída da boca de Deus. Seria muitíssimo recomendável ler durante este tempo o Livro do Êxodo ou o Deuteronômio ou, no Novo Testamento, o Evangelho segundo São Marcos. A leitura deve ser seguida, do começo ao fim do livro. Pode-se terminar sempre rezando um salmo...

A conversão: “Eis o tempo da conversão!”, diz-nos a Palavra de Deus.

Que cada um veja um vício, um ponto fraco, que o afasta de Cristo, e procure lutar, combatê-lo nesta Quaresma! É o que a Tradição ascética de Igreja chama de “combate espiritual” e “luta contra os demônios”. Nossos demônios são nossos vícios, nossas más tendências, que precisam
ser combatidas. Os antigos davam o nome de sete demônios principais: a soberba, a avareza, a tristeza (hoje diz-se a inveja, que é a tristeza pelo bem do outro), a preguiça, a ira, a gula, a sensualidade. Estes demônios geram outros. Na Quaresma, é necessário identificar aqueles
que são mais fortes em nós e combatê-los! Recomendo, neste sentido, a leitura do livro “Convivendo com o mal. A luta contra os demônios no monaquismo antigo”, de Anselm Grün, Editora Vozes.

A liturgia da Quaresma

Este tempo sagrado é marcado por alguns sinais especiais nas celebrações da Igreja: A cor da liturgia é o roxo - sinal de sobriedade, penitência e conversão; não se canta o Glória nas missas
(exceto nas solenidades, quando houver); não se canta o aleluia que, sinal de alegria e júbilo, somente será cantado outra vez na Páscoa da Ressurreição; os cantos da missa devem ter uma melodia simples; não é permitido que se toque nenhum instrumento musical, a não ser para
sustentar o canto, em sinal de jejum dos nossos ouvidos, que devem ser mais atentos à Palavra de Deus; não é permitido usar flores nos altares, em sinal de despojamento e penitência (nos casamentos e outras festas as igrejas, devem ser enfeitadas com muita sobriedade!); a partir da quinta semana da Quaresma podem-se cobrir de roxo ou branco as imagens, em sinal de jejum dos sentido, sobretudo dos olhos.

O importante é que todas estas práticas nos levem a uma preparação séria e empenhada para o essencial: a Páscoa! As observâncias quaresmais não são atos folclóricos, mas instrumentos para nos fazer crescer no processo de conversão que nos leva ao conhecimento espiritual e ao amor de Cristo. Tenhamos em vista que o ponto alto do caminho quaresmal é a renovação das promessas batismais na Santa Vigília pascal e a celebração da Eucaristia de Páscoa nesta mesma
Noite Santa, virada do Sábado Santo para o Domingo da Ressurreição.

Que todos possam ter uma intensa vivência quaresmal, para celebrarmos na alegria espiritual a santa Páscoa do Senhor! 
(Fonte: Comunidade Shalom)
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terça-feira, 13 de março de 2012

Passos para a conversão

Nossa conversão é a ação do Espírito Santo em nós. Com São José, queremos aprender e nos deixar transformar pelo Senhor. Esses dias, eu fiquei meditando sobre a graça da conversão, que nos é dada . Hoje, eu vou falar sobre sete passos para a conversão:

1 - Onde acontece a minha conversão? Onde eu estou.

Aconteceu aquele problema, aquela surpresa, mas Deus estava e sempre estará com você em todos os momentos. O lugar da sua conversão é o lugar onde você está agora, porque a seu lado está o Senhor. Não importa o problema e a dificuldade pela qual você está passando com algumas pessoas. Nada disso pode atrapalhar a sua conversão. Esta se dá onde você está, aí neste lugar, neste problema, nesta situação. Não queria resolver situações pendentes, para só depois buscar se converter. Quem pensa assim, sempre arruma uma desculpa para deixar a sua conversão para depois.

Não queira fugir da sua realidade, pois é nela que Deus quer realizar uma obra em sua vida. O Senhor está na situação em que você se encontra. Ele está na sua realidade. Não despreze nada que possa ajudá-lo a se converter, nem a dor, nem pessoas, nem situações. Aproveite de tudo isso, pois não existe nada que não possa ser utilizado por Deus para sua conversão. Dessa forma, por causa dela [conversão], não fixe os olhos nas pessoas e nas situações. Para o seu bem, para que ela ocorra, não se fixe nas pessoas. Não olhe para elas, olhe “através” delas. Pois a meta é a conversão!

Não pergunte onde Deus está. Acredite e proclame que o Senhor está com você!

2 - Nossa conversão é a ação do Espírito Santo em nós.

O que devemos fazer é tornar nosso coração sensível às moções do Espírito. A missão d’Ele é nos santificar, mas nós temos o coração fechado para escutá-las [moções d’Ele]. Por isso, precisamos abrir o coração aos apelos d’Ele. É preciso ser obediente ao que Ele nos fala. É necessário entrar na “escola da sensibilidade e da obediência”.

3 - Aceite que um caminho de transformação é uma “porta estreita”.

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram” (Mt 7, 13-14).

O mundo oferece caminhos e portas largas e tem feito a sociedade se acostumar com isso. Contudo, você precisa passar pela “porta estreita”, ela é o caminho que nos conduz à santidade. É necessário perceber “quem” ou “o que” é a “porta estreita da sua vida”, que faz com que você seja mais misericordioso, mais paciente, mais corajoso, entre outros. Mas muitos de nós queremos nos ver livres desse “caminho apertado” e dessa “porta estreita”. Jesus diz que poucos a encontrarão. E você? Já conheceu a sua?

4 - Quero realmente me converter? Quero realmente mudar de vida?

É preciso ter humildade para escutar o que pensam e o que falam de nós. Então, escute o que as pessoas têm a dizer sobre você e, diante de Nosso Senhor, pergunte: “O que há de verdade disso que estão dizendo sobre mim?” Pois, todos somos como um baú, que tem coisas boas e coisas ruins.

Quantas vezes, eu ouvi tantas coisas e voltei para casa chorando e, graças a Deus, chorei no colo da Eliana, minha esposa. Pessoas que me disseram, aqui, no pé da escada, que eu era autossuficiente, arrogante, etc. O que você escuta e o tira do sério é porque talvez possua um pouco de verdade. É tempo de mudança, e se você quiser mudar realmente, este é o tempo propício. Nosso Senhor espera de nós uma verdadeira conversão!

5 - Conversão é uma escolha que eu faço!

A sua conversão não é uma escolha de ninguém. É uma escolha muito pessoal. É você que quer mudar, que quer ser melhor, que quer ser de Deus. Portanto, a escolha é sua!

6 - O tempo da conversão é agora.

Nosso Senhor nos dá um tempo para a nossa conversão, e este tempo é agora. Neste momento, neste lugar. Aí onde você está, não existe outro lugar. Isso fundamenta o que eu lhe disse no começo da pregação: valer-se de tudo para a conversão.

7 - Converter-se pela oração. Retirar-se com Jesus.

Retire os olhos das pessoas, dos fatos. Você e eu precisamos aprender a ir mais para o “deserto” a fim de sermos transformados e abençoados. E assim nos converter com a oração e a meditação da Palavra de Deus.

Passe para outras pessoas esses sete passos. É tempo de conversão. Quem se converte, aproxima-se cada vez mais de Nosso Senhor Jesus Cristo. É preciso oferecer ao seu coração o que mais ele deseja e necessita: Nosso Senhor.

Ricardo Sá
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ABORTO - A verdadeira voz da mulher brasileira

No Dia Internacional da Mulher, senadoras financiadas por empreiteiras do aborto como a Fundação Ford, Rockefeller e McArthur foram surpreendidas por uma mulher comum que denunciou: o movimento feminista é, sim, instrumentalizado para agir contra a mulher.

Os senadores deverão julgar o anteprojeto da Reforma do Código Penal, no qual consta a ampliação da impunidade para aborto de deficientes e crianças com síndrome de down.

Fonte: Blog do Celito Garcia
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domingo, 11 de março de 2012

A força do deserto

Na correria da vida, fonte de stress dos tempos modernos, é fundamental tirar momentos para outras experiências. Muitos vão para as chácaras, para sítios e lugares onde possam ter mais contato com a beleza e as riquezas contidas na natureza.

No tempo de Jesus, ir para o deserto era ficar na margem da sociedade, experimentar as condições dos leprosos que não podiam ter contato com os “puros” e com quem não tinha essa doença contagiante. Constituía um verdadeiro “tabu” para o povo.
Indo para o deserto, Cristo supera o preconceito e vai ao encontro dos leprosos, que eram intocáveis. Jesus acaba ocupando o lugar desses doentes, agindo com autoridade e compaixão. Conforme a Lei, Ele não podia tocar no leproso, mas não levou em conta isto.
A intenção de Jesus era a reintegração dos marginalizados numa atitude totalmente além da compaixão, de neutralização dos mecanismos que geram a exclusão. Ele age com verdadeira solidariedade, tendo como base o amor ao próximo.
Essa prática não tinha em vista sucesso pessoal, mas o bem das pessoas, contra as atitudes de exclusão casadas pela cultura do tempo. Era Deus, em Jesus Cristo, visitando seu povo, superando as forças do mal, vistas como obra de espírito mau.
No deserto Jesus cura um leproso. Toca nele e diz: “sê purificado”. Ele dá um sinal do Reino, da vida e da qualidade de vida. O curado não esconde sua felicidade, fazendo Jesus assumir seu lugar no deserto para ficar distante do assédio do povo.

A prática de compaixão de Jesus faz crescer a oposição das autoridades religiosas, porque Ele mostra que fazer o bem é mais importante do que seguir as exigências da Lei dos judeus. Enquanto a Lei marginaliza os “impuros”, Jesus os integra na convivência social.
Vivemos sob a lei do mercado, da competição e da exclusão. Perdemos a mística da fraternidade e partilha. Só a força do deserto, da espiritualidade será capaz de fragilizar essa lei. O mundo saudável é conforme o sonho de Deus, que deve ser conquistado por nós.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Diocese de São José do Rio Preto/SP
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quinta-feira, 8 de março de 2012

NOTA PASTORAL a respeito da retirada dos símbolos religiosos dos locais públicos da Justiça no RS

DOM ANTONIO CARLOS ROSSI KELLER
PELA GRAÇA DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
BISPO DE FREDERICO WESTPHALEN (RS)
Nota Pastoral
a respeito da determinação do Tribunal de Justiça
do Estado do Rio Grande do Sul,
estabelecendo a retirada dos símbolos religiosos dos locais públicos da Justiça.
O Conselho da Magistratura do TJ – RS determinou, nesta última terça feira, dia 06 de março, a retirada de todos os símbolos religiosos presentes nos prédios da justiça gaúcha.
O pedido para tal decisão tem a sua origem na Liga Brasileira de Lésbicas, através de uma solicitação protocolada em fevereiro de 2012. Tal decisão contraria o que a antiga administração do TJ – RS já tinha deliberado sobre esta questão, entendendo, na ocasião, não existir qualquer princípio preconceituoso na instalação de símbolos religiosos nas dependências dos prédios da justiça.
Como Bispo Diocesano, quero, através desta Nota Pastoral, expressar minha surpresa e meu repúdio a tal decisão.
É lamentável que o egrégio Tribunal de Justiça dobre-se diante da pressão de um grupo determinado, ideologizado e raivoso, contrariando a opinião da grande maioria da população do Estado do Rio Grande do Sul.
A interpretação dada pelo excelentíssimo relator daquilo que é a laicidade do Estado revela distorção de visão.
Como em outros países, orquestram-se movimentos pela expulsão do crucifixo das salas dos tribunais, das escolas e de outros lugares públicos, sob o pretexto de que o Estado deva respeitar as religiões que não adotam o mesmo símbolo, bem como aqueles que não adotam nenhuma forma de expressão religiosa.
Países com elevada tradição jurídica já rechaçaram tais argumentos, demonstrando cabalmente que a exposição passiva, em público, de símbolos religiosos não pode ser entendida como um proselitismo estatal de favorecimento a algum culto, ou como uma afronta à liberdade dos que ou não professam a fé em Cristo ou não professam algum tipo de fé.
No Brasil, o próprio Conselho Nacional de Justiça indeferiu tal pretensão, afirmando que a presença de um símbolo religioso, in casu o crucifixo em uma dependência de qualquer órgão do Judiciário, “não viola, não agride, não discrimina e nem sequer perturba ou tolhe os direitos e a ação de qualquer tipo de pessoa”, na expressão do então Conselheiro Oscar Argollo.
“A liberdade religiosa consiste na liberdade para professar a fé em Deus. Por isso, não cabe argüir a liberdade religiosa para impedir a demonstração da fé de outrem em certos lugares, ainda que públicos. O Estado, que não professa o ateísmo, pode conviver com símbolos dos quais não somente correspondem a valores que informam sua existência cultural, como remetem a bens encarecidos por parcela expressiva da sua população – por isso, também, não é dado proibir a exibição de crucifixos ou de imagens sagradas em lugares públicos”. [1]
Diante de tal decisão, como Bispo Diocesano, venho solicitar:
1. AOS EXCELENTÍSSIMOS SENHORES MAGISTRADOS dos Fóruns das Comarcas presentes na área compreendida pela Circunscrição Eclesiástica da Diocese de Frederico Westphalen, RESPEITOSAMENTE, a entrega dos símbolos religiosos católicos (crucifixos, demais imagens sagradas, Bíblias, etc..), caso os mesmos pertençam ao Tribunal e não ao Poder Judiciário, para os respectivos párocos das Paróquias Sedes das mesmas Comarcas, para que os mesmos custodiem as referidas imagens e delas cuidem.
2. AOS REVERENDÍSSIMOS SENHORES PÁROCOS das Paróquias nas quais existam Fóruns, que recebam os símbolos religiosos católicos das mãos dos Excelentíssimos senhores Magistrados, emitindo um recibo em três vias, detalhando o que foi entregue, sendo uma via para o Excelentíssimo senhor Magistrado, uma via para a Paróquia e uma via para a Cúria Diocesana.
3. AOS SERVIDORES PÚBLICOS DA JUSTIÇA, que professam a fé católica, que mantenham os sinais religiosos católicos que costumam usar pessoalmente (terços, escapulários, medalhas, crucifixos, etc...) e que, no esmero do trabalho em favor da justiça, especialmente no serviço dos mais necessitados e carentes dela, demonstrem sua fé católica, mantendo Jesus Cristo, Nosso Senhor, sempre presente nestes ambientes públicos.
Podem nos tirar os crucifixos e as imagens expostas em locais públicos. Mas jamais poderão tirar de nós a fé e a adesão aos princípios e valores do Evangelho.
Dada e passada em nossa Sede Episcopal, aos sete dias do mês de março do ano do Senhor de dois mil e doze.
+ Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen (RS)

[1] Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gonet Branco. Curso de Direito Constitucional. São Paulo, Saraiva, 2011, 6ª Ed., PP. 360-361.
Fonte: http://www.acrkeller.blogspot.com/
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O sacerdote deve ser modelo para os fiéis

Sendo visto pelos fiéis como alguém escolhido por Deus para guiá-los, o ministro ordenado deve ser sempre exemplo preclaro de virtude, como recomenda o Apóstolo a seu discípulo Tito: "Mostra-te em tudo modelo de bom comportamento: pela integridade na doutrina, gravidade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário seja confundido, não tendo a dizer de nós mal algum" (Tit. 2, 7-8).

Com efeito, uma conduta irrepreensível, inflamada de caridade, dando testemunho da beleza da Igreja e da veracidade da mensagem evangélica, falará muito mais profunda e eficazmente às almas do que o mais lógico e eloquente dos discursos: "O ornato do mestre é a vida virtuosa do discípulo, como a saúde do enfermo redunda em louvor do médico. [...] Se apresentarmos nossas boas obras, será louvada a doutrina de Cristo" (Super Tit. cap. 2, lec. 2).

Por vezes, se interpreta a obrigação de dar exemplo, de ser modelo, num sentido minimalista: o de apenas cumprir mais ou menos os próprios deveres, no mesmo nível de todos os outros. E assim, pelo critério da mediania, procura-se contentar a própria consciência. Ora, quem é chamado a servir de exemplo para os outros não deve se comparar com os que lhe são iguais, mas com aqueles que alcançaram o mais alto grau de perfeição.

Cristo, sim, é o verdadeiro modelo do ministro consagrado. É com Ele que o sacerdote deve configurar-se, não só pelo caráter sacramental, mas também pela imitação de Suas perfeições, de forma que nele os fiéis possam ver outro Cristo. Só assim estes se sentirão atraídos pelo bom exemplo de seu pastor e guia.

Por Mons. João S. Clá Dias, EP.
Gaudium Press
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Uma prática que se repete desde os primórdios do cristianismo

Em preparação para a Páscoa, surgiu já nos primeiros tempos do cristianismo um período voltado a preparar melhor os fiéis para o mistério central da Redenção de Cristo.

Esse período era de um dia apenas. Ele foi se alongando com o tempo, até chegar à duração de 6 semanas. Daí o nome quaresma, do latim quadragesimae, em referência aos 40 dias de preparação para o mistério pascal. A quaresma, para os fiéis, envolve duas práticas religiosas principais: o jejum e a penitência. O primeiro, que já chegou a ser obrigatório para todos os fiéis entre os 21 e os 60 anos de idade, exceto aos domingos, foi introduzido na Igreja a partir do século IV.

O jejum na antiga Igreja latina abrangia 36 dias. No século V, foram adicionados mais quatro, exemplo que foi seguido em todo o Ocidente com exceção da Igreja ambrosiana. Os antigos monges latinos faziam três quaresmas: a principal, antes da Páscoa; outra antes do Natal, chamada de Quaresma de São Martinho; e a terceira, a de São João Batista, depois de Pentecostes.

Se havia bons motivos para justificar o jejum de 36 dias, havia também excelentes razões para explicar o número 40. Observemos em primeiro lugar que este número nas Sagradas Escrituras representa sempre a dor e o sofrimento.

Durante 40 dias e 40 noites, caiu o dilúvio que inundou a terra e extinguiu a humanidade pecadora (cf. Gn. 7,12). Durante 40 anos, o povo escolhido vagou pelo deserto, em punição por sua ingratidão, antes de entrar na terra prometida (cf. Dt 8,2). Durante 40 dias, Ezequiel ficou deitado sobre o próprio lado direito, em representação do castigo de Deus iminente sobre a cidade de Jerusalém (cf. Ez 4,6). Moisés jejuou durante 40 dias no monte Sinai antes de receber a revelação de Deus (cf. Ex 24, 12-17). Elias viajou durante 40 dias pelo deserto, para escapar da vingança da rainha idólatra Jezabel e ser consolado e instruído pelo Senhor (cf. 1 Reis 19, 1-8). O próprio Jesus, após ter recebido o batismo no Jordão, e antes de começar a vida pública, passou 40 dias e 40 noites no deserto, rezando e jejuando (cf. Mt 4,2).

No passado, o jejum começava com o primeiro domingo da quaresma e terminava ao alvorecer da Ressurreição de Jesus. Como o domingo era um dia festivo, porém, e não lhe cabia portanto o jejum da quaresma, o Dia do Senhor passou a ser excluído da obrigação. A supressão desses 4 dias no período de jejum demandava que o número sagrado de 40 dias fosse recomposto, o que trouxe o início do jejum para a quarta-feira anterior ao primeiro domingo da quaresma.

Este uso começou nos últimos anos da vida de São Gregório Magno, que foi o sumo pontífice de 590 a 604 d.C. A mudança do início da quaresma para a quarta-feira de cinzas pode ser datada, por isto, nos primeiros anos do século VII, entre 600 e 604. Aquela quarta-feira foi chamada justamente de caput jejunii, ou seja, o início do jejum quaresmal, ou caput quadragesimae, início da quaresma.

A penitência para os pecadores públicos começava com a sua separação da participação na liturgia eucarística. Mas uma prescrição eclesiástica propriamente dita a este respeito é encontrada apenas no concílio de Benevento, em 1901, no cânon 4.

O cristianismo primitivo dedicava o período da quaresma a preparar os catecúmenos, que no dia da Páscoa seriam batizados e recebidos na Igreja.

A prática do jejum, desde a mais remota antiguidade, foi imposta pelas leis religiosas de várias culturas. Os livros sagrados da Índia, os papiros do antigo Egito e os livros mosaicos contêm inúmeras exigências relativas ao jejum.

Na observância da quaresma, os orientais são mais severos que os cristãos ocidentais. Na igreja greco-cismática, o jejum é estrito durante todos os 40 dias que precedem a Páscoa. Ninguém pode ser dispensado, nem mesmo o patriarca. Os primeiros monges do cristianismo, ou cenobitas, praticavam o jejum em rememoração de Jesus no deserto. Os cenobitas do Egito comiam contados pedaços de pão por dia, metade pela manhã e metade à noite, com um copo d’água.

Houve um tempo em que não era permitida mais que uma única refeição por dia durante a quaresma. Esta refeição única, no século IV, se realizava após o pôr-do-sol. Mais tarde, ela foi autorizada no meio da tarde. No início do século XVI, a autoridade da Igreja permitiu que se adicionasse à principal refeição a chamada “colatio”, que era um leve jantar. Suavizando-se cada vez mais os rigores, a carne, que antes era absolutamente proibida durante toda a quaresma, passou a ser admitida na refeição principal até três vezes por semana.

As taxativas exigências do jejum quaresmal eram publicadas todos os anos em Roma no famoso Édito sobre a Observância da Quaresma. A prática do jejum, no passado, era realmente obrigatória, e quem a violasse assumia sérias consequências.

Os rigores eram tais que o VIII Concílio de Toledo, em 653, ordenou que todos os que tinham comido carne na quaresma sem necessidade se abstivessem durante todo o ano e não recebessem a comunhão no dia da Páscoa.

Giovanni Preziosi
ZENITE
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domingo, 4 de março de 2012

É possível rezar quando estamos sofrendo e doentes?

Da dor, das doenças, das preocupações ninguém escapa. Mais cedo ou mais tarde nos deparamos com situações em que, como Jesus no alto da cruz, gritamos: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" E, por mais que a medicina se esforce, existem ainda doenças para as quais não se descobriu a cura. Além disso, quando pensamos ter encontrado o remédio para uma enfermidade, aparecem imediatamente outras que, à luz da ciência, são inexplicáveis.
Jamais devemos pensar que a doença seja castigo ou vingança de Deus contra o homem pecador. Este pensamento seria uma blasfêmia, uma visão distorcida do amor infinito de Deus para com o ser humano.
As doenças são frutos de imprudência, de situações que poderiam ser evitadas, de descuidos do poder público, de "violências" ambientais e humanas contra a natureza que exige respeito e amor. Todo transtorno humano, biológico ou da natureza nos questiona profundamente e nos obriga a recorrer a Deus para encontrar uma resposta aos nossos dramas interiores. Aliás, os santuários de onde sobem a Deus as preces mais fortes e fervorosas são os hospitais e prontos-socorros. Quantas pessoas, não encontrando soluções para seus problemas, recorrem a Deus... Porém, algumas vezes, não sendo atendidas nos seus pedidos, desanimam e se consideram abandonadas por Ele. Entretanto, quando não sentimos Deus ao nosso lado, é certo que Ele está perto de nós. O seu amor é eterno, fiel e jamais nos abandona.
Precisamos nos convencer de uma só coisa: nada pode nos dispensar da oração. Nem as enfermidades, nem os trabalhos, nem as mil ocupações que preenchem nossas agendas. A oração, como já vimos em outro momento, é uma questão de fidelidade e de amor. Sem o amor nos sentimos perdidos, inseguros, sem saber para onde vamos. O amor humano às vezes nos falha; nem sempre podemos contar com a presença dos que consideramos amigos, muitos se afastam de nós e nos encontramos sozinhos no deserto da vida. Nesses momentos devemos reforçar nossa oração e permanecermos bem unidos a Deus.
Muitos santos aprenderam a rezar na doença
É interessante notar que muitos santos se converteram e aprenderam os segredos da oração na doença. Enquanto estavam com saúde viviam como se Deus não existisse, dedicados a todo tipo de prazeres e diversões. Parecia que nada seria capaz de perturbar sua tranqüilidade; buscavam com ânsia realizar tudo que lhes vinha à mente.
A saúde nos dá um sentido de terrível auto-suficiência, independência de Deus e dos outros. Essa visão utilitarista e individualista é comum em todas as idades, mas especialmente na juventude, quando os problemas, a doença e a morte parecem fantasmas muito distantes.
Quem não se lembra da história de Francisco de Assis? Era jovem, rico e amigo de todos, mas a dura experiência de preso político na cidade de Perúgia, onde adoece, faz-lhe sentir toda a sua fragilidade e pobreza. Nesses momentos de dor física e moral, de profunda solidão humana, o coração de Francisco vai mudando e escutando a voz do Senhor que lhe chama para ajudá-lo a reconstruir a igreja através de seu testemunho e pregação. O exemplo de Francisco é para todos nós um convite; ele soube aproveitar a doença para se aproximar mais e mais do Cristo crucificado.
Outro exemplo é Inácio de Loyola. Forte e corajoso, desejava ser lembrado na história pelos seus feitos a serviço dos reis da Espanha; porém, ao ser ferido na guerra, pede livros de cavalarias para ajudar a passar o tempo, mas, na falta destes, lê a vida dos santos e os Evangelhos... Esses livros tocam em profundidade o seu coração e ele se converte. A enfermidade torna-se para ele "um sacramento de amor"; através dela percebe que tudo é vaidade e que a única coisa que importa é servir a Deus e à Igreja.
Teresa de Ávila não foge também a esta regra. Jamais teve boa saúde, chegou ao ponto de ser considerada morta e ter sua cova aberta, mas soube enfrentar tudo por amor ao Senhor e percorrer as terras da Espanha fundando Carmelos onde "o Rei, sua Majestade fosse bem servido". Na sua autobiografia, Teresa revela que o caminho do sofrimento não deve nos afastar da oração em momento algum da vida: "Na doença e em situações difíceis, a alma que ama tem como verdadeira oração fazer a dádiva dos seus sofrimentos, lembrar-se daquele por quem os padece, conformar-se com as suas dores, havendo muitas outras coisas possíveis. Trata-se do exercício do amor... com um pouquinho de boa vontade, obtêm-se muitos lucros nos momentos em que o Senhor nos tira o tempo da oração com sofrimentos" (Santa Teresa de Jesus - Vida 7,12).
Talvez o exemplo mais evidente de que na doença é possível rezar seja o de Santa Teresinha do Menino Jesus, que morreu de tuberculose aos 24 anos. Ela sentiu a dor, o medo e, quem sabe, a tristeza de morrer na juventude. No livro "História de uma alma", vez por outra ela nos abre um pouco das cortinas do seu coração e nos faz entrever o seu sofrimento: "O Senhor me dá coragem em proporção ao padecimento. Sinto que, para o momento, não poderia suportar mais, mas não tenho medo porque a coragem aumentará, se a dor redobrar" (Santa Teresinha do Menino Jesus).
Mesmo que o corpo seja esmagado pela dor, a alma sempre pode elevar-se acima de tudo e permanecer em íntima contemplação dos mistérios de Jesus: paixão, morte e sobretudo ressurreição. O cristão não pára na paixão nem na morte, ele sempre contempla Cristo glorioso que, tendo vencido todas as dores, nos chama à plena alegria na eternidade.
Não desperdiçar os sofrimentos
Não se pode dizer que a dor, os sofrimentos e a doença são coisas boas... Isto negaria que Deus é Pai e quer todos os seus filhos com saúde de alma e corpo, mental e psíquica. Ele quer que sejamos perfeitos em todos os sentidos. Mas a cruz se faz necessária, e quando não é possível evitá-la, devemos abraçá-la com dignidade e amor a Jesus, que assim o fez. São João da Cruz nos convida a não desperdiçar os sofrimentos, mas a acolhê-los e guardá-los com amor, porque um dia, na eternidade, serão pérolas preciosas.
Como devemos agir diante dos sofrimentos e doenças?
Ousaria dar alguns conselhos práticos que podem nos ajudar a superar o medo e a revolta, e acolher com docilidade a vontade do Senhor:
Primeiramente, ter sempre uma atitude preventiva e evitar, com todos os esforços, as doenças, porque muitas delas são provocadas por nossos exageros, não cuidando devidamente da higiene, exagerando na comida ou na bebida, colocando-nos imprudentemente em situações de risco que não são queridas por Deus, que é amor. Esta atitude é sumamente importante. Também, em nossa oração, devemos pedir ao Senhor que nos livre de toda enfermidade para que possamos viver com alegria.
Quando a doença chegar, não devemos desesperar, mas ter uma atitude de humildade, de auto-recolhimento, mergulhando no mais íntimo do nosso ser, para entrar em diálogo íntimo e profundo com Deus, e perguntando-nos para que tudo isso. E ainda procurar os meios necessários que a ciência nos oferece para sermos curados e pedir, com fortes orações e súplicas, a Jesus, Senhor da vida, que Ele nos cure e nos dê a saúde necessária para cumprirmos as nossas responsabilidades. Esses são momentos de fé, de amor e especialmente de esperança para entregar-nos totalmente aos "cuidados do Senhor" e pedirmos que outros rezem por nós e sobre nós, como diz a Escritura.
Quando a doença avançar e se fizer maior o nosso sofrimento, devemos entrar ainda mais no nosso coração e pedir ao Senhor o dom da fé. Jamais devemos esquecer as palavras do apóstolo Paulo: "Completo na minha carne o que falta à paixão do Senhor Jesus". Esta participação na cruz de Jesus, nas suas dores e paixão não é simples resignação nem entrega desanimada a um fatalismo sem sentido ou masoquismo espiritual, mas é uma atitude de pura fé, sabendo que somos chamados a imitar Jesus em todos os momentos de nossa vida.
Rezar nos sofrimentos, na doença, não quer dizer de forma alguma pular de alegria, não sentir dor; é ter consciência de que a dor não é castigo de Deus, mas um acontecimento que poderá ser para mim caminho de libertação. Nesse momento é claro que as palavras não vêm, elas morrem na garganta antes de serem geradas. São momentos de profundo silêncio, em que só sabemos dizer o quanto é grande o amor que temos por Deus, através de um beijo no crucifixo, uma jaculatória, uma palavra do Evangelho que alguém nos sussurra aos ouvidos, uma imagem que gostamos de contemplar...
Por isso é importante, quando temos saúde, rezar para que saibamos aceitar a doença e até a morte que Deus nos queira permitir por puro amor, e dizermos na fé: "Seja feita a vossa vontade e não a minha".
Oferecer tudo ao Senhor quando estamos lúcidos e conscientes é, sem dúvida, um ato de amor e de pura fé. É o que faço todos os dias ao me levantar: "Senhor, nas tuas mãos coloco toda a minha vida, pensamentos, desejos, saúde, e hoje, ainda sendo lúcido e consciente, quero te dizer que aceito com fé, amor e esperança tudo o que me enviares. E, se um dia me queixar, me revoltar contra as doenças, não me leves a sério, saibas que não quero isso, não é esta a minha vontade. É só o instinto que se revolta. Não me leves a sério, Senhor, e me dês a coragem para aceitar tudo. Senhor, peço esta graça não somente para mim, mas para toda a humanidade e para isso peço a ajuda e proteção da Virgem Maria, minha mãe e de todos os santos a quem tanto amo, os do Carmelo e os outros santos meus amigos. Que eu saiba contemplar silenciosamente o Cristo na cruz e dele possa haurir força e coragem. Assim seja".
Rezemos para que a dor, os sofrimentos e doenças nunca cheguem. Mas, se um dia eles baterem à nossa porta, saibamos acolhê-los como irmãos que nos visitam e fazer desses momentos oportunidades de muita oração. Não devemos deixar-nos convencer de que a dor é boa, somente pela fé ela se torna caminho de amizade e de amor que nos abre a porta do paraíso.

Frei Raniero Cantalamessa
 Pregador do Vaticano
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