quarta-feira, 30 de maio de 2012

A ARTE DO CUIDADO - ONDE O DIVINO E O HUMANO SE ABRAÇAM


Jesus é quem nos melhor revela o rosto do Pai e de sua infinita misericórdia. A mensagem de Jesus não parece consistir no fato de ter instituído os sacramentos, nem na promessa ou anúncio do juízo final, mas sim em nos manifestar a imagem perfeita de Deus. Veio para manifestar que Deus decidiu relacionar-se com os homens como um pai amoroso. Jesus nos traçou o perfil de Deus como um pai misericordioso, exageradamente bom, que cuida de nós. Jesus se dirigia a Deus como Pai, Abbá, papaizinho.

Se dirigir-se a Deus como Pai já se constituía uma novidade, e era até algo escandaloso, o fato de que esse Deus amasse e perdoasse os pecadores tornava-se insuportável para os guardiães da ortodoxia. Jesus de Nazaré veio com uma mensagem que abalava as  colunas do templo de Jerusalém. Deus havia decidido tomar a iniciativa e aproximar-se do homem pecador, oferecendo-lhe seu perdão em troca do arrependimento, sem necessidade de sacrifícios ou qualquer expiação pelo pecado.
Quando Jesus apresentava a figura de Deus como Pai, ninguém podia permanecer indiferente. O auditória tinha de tomar uma destas posturas: ou rejeitava o pregador da Galiléia por sua mensagem que parecia tão pouco respeitosa com relação Deus três vezes Santo, ou se aproximavam dele os pecadores e publicanos para receber o perdão de seus pecados.

O Deus de Jesus era diferente do deus do sistema religioso que imperava. O legalismo e o farisaísmo haviam distorcido a revelação dos profetas. A imagem do verdadeiro Deus se havia erodido com tanto ritualismo, que o tornava praticamente inacessível ao povo.

Diante desse panorama religioso decadente, Jesus fala de um Pai que ama tanto a humanidade que lhe enviou seu Filho único, a fim de que qualquer pecador que se houvesse afastado do caminho se arriscasse a voltar para casa, trazendo apenas um coração disposto a ser amado e perdoado.
Jesus nos mostra o verdadeiro rosto de Deus e o seu cuidado com cada pessoa por meio de parábolas que nos aproxima do mistério da essência de Deus.

Mateus 6,26-29: Jesus veio nos mostrar que Deus se ocupa tanto dos lírios do campo como dos pássaros do céu para dar-nos a entender que com muito maior razão cuida de seus filhos e filhas. O Deus revelado por Jesus é responsável por sua criação e, se ele cuida destes animais que se vendem no mercado por tão pouco, com muito maior razão cuida de seus filhos, que valem o sangue de seu Filho. Ademais, veste as flores do campo com uma beleza que supera a elegância e a riqueza do rei Salomão.

É um Deus bom e providente, que pede dos seus unicamente o abandono e a confiança, para deixarem de ficar preocupados e angustiados por um futuro que ainda não existe.
Diante da pobreza e da fome que assolam países inteiros, surge esta questão: Por que deus, que alimenta as feras selvagens e veste de formosura os campos, não cuida das crianças inocentes e de gerações inteiras que morrem de fome? Talvez a respostas esteja nessa mesma linha: a fome e a pobreza não foram semeadas por Deus neste mundo, mas por homens que não confiaram em sua providência, entesourando riquezas que pertenciam a outros e privando-os do mais necessário.

Mateus 5,45: Faz nascer o sol e cair à chuva sobre justos e pecadores. Deus é bom não só com os justos, mas seu amor é universal, sem acepção de pessoas. Assim como o sol nasce sobre bons e maus, assim é o amor de Deus. Ama a todos os homens sem distinção. Seu amor não depende da qualidade moral das pessoas, mas, apesar de qualquer situação, Deus ama tanto justos como pecadores. Assim como a chuva encharca os campos de bons e maus, assim é o amor providente de Deus, que ama cada pessoa sem estar condicionado pelas obras ou pelos méritos de ninguém. Não depende de nós que Deus nos ame, mas tampouco deixa de nos amar por alguma situação pessoal.

Daqui se depreende que deus não é inimigo de nossos inimigos, nem deixa de amar os que fizeram mal ou injustiça.

Mateus 11,28: Venham a mim os afadigados e os sobrecarregados e eu vos aliviarei. Jesus, à imagem de seu Pai, é solidário com a dor e com as angustias dos homens. Compartilha o sofrimento, por que se fez semelhante a nós em tudo, menos no pecado, para poder sentir compaixão, porque ele próprio soube o que eram a solidão, a dor, a traição e o pranto. Ele é capaz de sentir misericórdia pelo homem e pela mulher que sofrem, porque experimentou na própria carne angústia e até pavor.

Jesus se dirige ao coração de todos os homens, porque quem não está cansado? Quem não tem um fardo sobre seus ombros ou uma angústia em sua mente? A verdade é que carregamos um peso que nos ultrapassa. Jesus atende a todo ser humano, corpo e alma.

Aos fatigados mentalmente, que carregam uma opressão ou uma angústia que os deprime, aos que são atacados por tempestades psicológicas, principalmente os atribulados pelas ondas dos medos, Deus oferece um porto de segurança.
Não obstante, não esqueçamos que Jesus representa Deus, sua atitude com os homens é afiançada pelo próprio Pai. Assim como é Jesus, assim é Deus.

Recentemente li uma frase que dizia: "Jesus não veio para tornar os humanos cristãos, mas para tornar os cristãos humanos". Frase que pode ser considerado polêmica para muitos. Eu gostei da frase e acho a mesma de uma profundidade extrema. Roberto Crema, sábio poeta do Sagrado sempre diz: "Não nascemos humanos, nos tornamos humanos". Verdade profunda. Viver é humanizar-se. Há pessoas que passam pela vida e não se humanizam. Vivem de instintos. Não fazem a aventura de serem humanos.

Khalil Gibran, poeta e escritor, escreve no seu livro "Jesus, o Filho do Homem" sobre o encontro de Jesus com Maria Madalena. Sempre releio este livro e de uma maneira muito especial este encontro humano de Jesus. Diz Maria Madalena pelas através das palavras de Gibran:

"Então, Ele olhou-me, e o meio-dia dos seus olhos estava sobre mim, e Ele disse: Tu tens muitos amantes; entretanto só eu te amo. Os outros homens amam a si mesmos quando te procuram. Eu te amo por ti mesma. Os outros homens vêem em ti uma beleza que desaparecerá mais cedo do que seus próprios anos. Mas Eu vejo em ti uma beleza que não esmaecerá e, no outono dos teus dias, esta beleza não terá receio de olhar-se no espelho, e não será ofendida.

Então Ele levantou-se e olhou-me como as estações devem olhar para os campos, e sorriu. E disse novamente: Todos os homens de amam por si mesmos. Eu te amo por ti mesma".
O encontro de Jesus com Maria Madalena na visão de Gibran é um encontro demasiadamente humano e profundo. Jesus nos ensina através dos Evangelhos que nascemos para sermos humanos. Sua própria vida foi encontrar-se com pessoas humanas e não com "coisas" ou "números".
John Powell, teólogo e escritor escreve em um de seus livros intitulado "As Estações da Vida" que certa vez Jesus passou na casa de certo fariseu de nome Simão. Porém a refeição foi interrompida por uma prostituta. Simão olha para ela furioso. Jesus ergue os olhos para ele e pergunta: "Está vendo esta mulher?" A maioria de nós gosta de reduzir as pessoas  a "problemas" ou "casos de difícil solução". Porque pensamos assim? Um problema ou caso pode ser resolvido. Mas não podemos resolver pessoas. Só podemos entendê-las. Quando Jesus questiona a Simão ele está dizendo em outras palavras: "Simão, não se trata de um caso. Não se trata de um problema. Trata-se de uma pessoa. Está vendo está mulher? É um ser humano. Consegue entender isso?"

É triste confundirmos pessoas com problemas e casos. Somos pessoas. Podemos resolver casos e problemas; mas pessoas, tudo o quanto podemos fazer é entendê-las. Gibran que não era teólogo, nem pastor ou padre, e sabia muito bem disso, quando escreveu sobre o encontro de Maria Madalena com Jesus.

É necessário reaprendermos a ver o ser humano como pessoa, e não como um caso a ser resolvido. Jesus compreendia o ser humano e procurava entendê-lo e somente assim a pessoa era restaurada em sua integridade. Compreendermos nossa humanidade é o primeiro passo para entendermos a humanidade de nossos semelhantes.

Deus não nos confunde com problemas ou casos sem solução. Deus cuida de cada um de nós como pessoas, como seres humanos.
"Eu não sabia, mas naquele dia o poente de seus olhos matou o dragão que havia em mim, e tornei-me uma mulher, tornei-me Mirian".
Deus cuida de cada um de nós, e Jesus nos revela este cuidado e este amor do Pai... O cuidado de deus é manifestado pelo amor de Jesus por cada ser humano. É no cotidiano de nossa existência que acontece o abraço do divino com o humano.

Pe. Flávio Sobreiro
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MATURIDADE HUMANA E ESPIRITUAL NA CONSAGRAÇÃO DE VIDA


Como comunidades novas, o Senhor nos dá essa graça de vivermos a vida fraterna de forma intensa. A vida fraterna que vamos experimentando dia a dia vai deixando transparecer quem nós somos de fato. Às vezes, nós nos achamos muito maduros, achamos que fomos escolhidos por Deus para entrar numa vida consagrada porque somos bons, porque já estamos bem encaminhados na vida de santidade, porque temos atitudes de pessoas consagradas, porque agimos e reagimos de uma forma coerente com o evangelho.
Mas devemos ter em mente o que diz monsenhor Jonas. Como acontece numa casa que está em obras, devemos dizer: “desculpe os transtornos; nós estamos em construção” e construção quer dizer crescimento. Nós não estamos prontos, estamos dia a dia amadurecendo. Nosso objetivo é chegar ao grau da maturidade de Cristo porque é assim que nós iremos ser verdadeiramente sinal profético para o mundo.

Muitas vezes nas nossas comunidades nós nos deparamos com irmãos e irmãs que parecem não querer crescer. Você já está cansado de chamar a atenção e ajuda a pessoa a tomar consciência, a se dar conta de que precisa dar saltos de qualidade na maturidade humana, na maturidade espiritual e, de repente, parece que você não disse nada. Quando você vira as costas, lá está aquele irmãozinho, aquela irmãzinha, a praticar os mesmos erros, a permanecer na mesma atitude, como se nunca tivesse sido orientado.

E vamos percebendo que nós não estamos amando ainda com o amor que Deus deseja que amemos. Amadurecer quer dizer crescer, crescer no amor. Há um pensamento que diz que “a paciência é o tempo que o amor precisa para crescer”. Muitas vezes, nós nos percebemos impacientes e vamos nos dando conta de que ainda não estamos amando…

Mas, o que vem a ser maturidade humana? É a capacidade de cumprir com serenidade e satisfação a própria missão sem perder o equilíbrio diante das graves dificuldades que se encontram no decorrer da vida. É maturidade humana o desenvolvimento integral harmonioso e ordenado de todos os elementos que constituem a personalidade em sintonia com o que o homem é, quer e deve ser e nós queremos ser outros Cristo. Precisamos crescer muito ainda, precisamos nos deixar conduzir pelo Espírito porque é Ele que faz o homem novo, só Ele pode nos conduzir à maturidade de que necessitamos. Gostaria de colocar alguns sinais de imaturidade afetiva para que possamos perceber a quantas anda a nossa maturidade.

- O primeiro sinal que percebemos numa pessoa imatura é a incapacidade de sair de si mesma, de transcender, de ir além. O imaturo fica valorizando os seus traumas, as suas dores e dificuldades, as suas lutas e suas crises e se esquece de olhar para Aquele que é o autor e conssumador de tudo, se esquece de olhar para Aquele ao qual nós queremos nos configurar. Precisamos continuar crescendo para chegarmos à maturidade de Cristo.

- O segundo sinal é a incapacidade de relacionar-se com os demais de maneira positiva e equilibrada. Quantos conflitos nós vivemos na comunidade porque o irmão não sabe compreender o outro, porque o irmão não sabe acolher o outro do jeito que o outro é! Não sabe aceitar o outro porque não sabe aceitar a si mesmo e, quando se vê refletido na pessoa do irmão, torna-se um problema seriíssimo e aí, haja momento de perdão; e você pede perdão hoje porque hoje aconteceu aquela briga e amanhã novamente e depois de amanhã novamente…

- O terceiro sinal é a insegurança emocional, a falta de domínio de si. Quantas vezes não temos domínio de nós mesmos! Momentos em que deveríamos conter palavras agressivas, gestos incoerentes com aquilo que pregamos e não conseguimos! Isso demonstra que ainda precisamos crescer na visão abrangente da própria existência. A atitude de contestação, questionando que “não deve ser assim, será que a autoridade não percebe que isso é difícil demais para se viver?”

Os fundadores sofrem com isso… Se depois de toda a ajuda, de todo acompanhamento que dia a dia vai recebendo, a pessoa não quer mudar, então, que ela se mude porque o que não pode acontecer é a comunidade deixar de viver aquilo que precisa ser vivido, que vai transformar o mundo, que as pessoas do mundo estão precisando ver em nós, para poderem seguir, para poderem se orientar.

O autoconhecimento, muitas vezes, é doloroso. Na verdade, falamos que queremos ser santos, mas, na verdade, não queremos ser santos. Queremos ser anjos; anjo é um espírito puro. Na verdade, não queremos ter nenhuma limitação, não queremos ter nenhuma fraqueza, não queremos nunca errar. Somos, na verdade, com o perdão da sinceridade, somos muito orgulhosos.

Quando uma pessoa chega e diz: “olha, eu quero te perdoar”, nós pensamos logo: “ah, meu Deus do céu! Então eu fiz alguma coisa errada!” E basta isso para nos jogar lá embaixo porque erramos e não podíamos errar, como se não fôssemos humanos. Somos pessoas humanas; sempre iremos errar, mas sempre devemos recomeçar. O problema não está em errar, mas em não querer recomeçar. Sempre há um tempo para recomeçarmos, para voltarmos e dizer: “Espírito Santo, vem, eu preciso de Ti; não dá pra viver a minha humanidade sem Tua ação, sem a Tua unção.”

Precisamos olhar para Cristo e perguntar todos os dias: “Senhor, que queres que eu faça, que queres que eu seja?” Isso é amadurecer humanamente e espiritualmente porque isso faz de você uma pessoa voltada para Deus, revela que você está amando, quando busca a oração, quando busca a orientação do seu formador pessoal, do seu formador espiritual. Significa que você já está amando. O amor que Deus pede para as pessoas maduras é um amor “ágape”, um amor “hesed”, um amor puro, um amor de misericórdia, um amor que se compadece do outro, que sabe acolher o outro, um amor que se dá ao outro, que não tem dificuldade de partilhar a sua vida com equilíbrio. A pessoa madura é transparente.

Nós, que viemos da Renovação Carismática, temos a graça de ser nascidos de uma espiritualidade carismática. Mas isso muitas vezes se torna um problema porque, nas experiências que nós temos com o Espírito Santo, Deus nos dá a graça de experimentar certa emoção, temos uma experiência emocional.

Mas muitas vezes transformamos essa experiência emocional em sentimentalismo: se eu orar e não chorar, estou mal, estou no fundo do poço; se eu não senti arrepios, se eu não repousei, se eu não tive tremores, Deus não fez nada em mim. Mas eu pergunto: que maturidade espiritual se pode ter dessa forma??? Limitar a ação do Espírito Santo a sensações, a sentimentos é estar num nível muito infantil e superficial da intimidade com Deus!

O fato de estarmos vivendo uma consagração de vida há 10, 15 ou 20 anos não quer dizer muita coisa. A consagração não é um troféu. O que mostra a nossa maturidade, o nosso crescimento, é se eu tenho tido um compromisso com esse Deus que me chamou, um compromisso de amá-lo acima de todas as coisas, independente de tudo.

Se, em meio a todas as situações, eu permaneço fiel a Ele, centrado na Eucaristia, buscando os sacramentos, cultivando uma oração profunda, estou desenvolvendo um verdadeiro amadurecimento, caminhando para uma configuração a Cristo. Creio que, se todos nós nos decidimos por viver em uma Comunidade Nova, é porque estamos buscando exatamente esse crescimento, esse amadurecimento.

Cláudia Gomes dos Santos
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sexta-feira, 18 de maio de 2012

ERIGIR NOSSO ALTAR

Quero neste breve colóquio quero falar dos 4 altares que deveremos erigir para nossa Consagração ser total ao nosso Senhor a partir da vida de nosso pai da fé Abraão. Os quatro altares na história de Abraão. A ilustrativa vida de Abraão como modelo da vida de fé e do crescimento espiritual, pode ser vista por vários ângulos. 

Quero enfocar aqui, a marca distintiva dos “altares” em sua jornada e peregrinação espiritual, tanto do crescimento de sua visão de Deus, quanto do crescimento e formação do “caráter de Cristo” em seu homem interior. Nosso crescimento espiritual é descrito na Palavra de Deus, como um processo lento e contínuo de apropriação do caráter moral de Deus: o caráter de Cristo. O Salmo 83,8 diz: “Seu vigor aumenta à medida que avançam;”; Rm 1,17 diz: “...de fé em fé...”; II Co 3,18 diz:”...somos transformados de glória em glória...”; Jo 1,16 diz: “Porque todos nós temos recebido ... graça sobre graça.” 

Um altar é um símbolo nas escrituras de adoração e consagração. Não edificamos um altar para nós mesmos, mas para adorar a Deus, oferecer sacrifícios a Ele e invocar o seu nome. O altar é símbolo de uma vida espiritual, uma vida com Deus. Abraão foi chamado “amigo de Deus” ( Is 41,8 ), e, essa comunhão, marcada pela vida de altar, revela a essência do que é a verdadeira vida espiritual, ou seja, ela não consiste na medida de nosso conhecimento e instrução acerca das coisas de Deus, mas no quanto somos “amigos de Deus”, no quanto andamos com Deus, no quanto Deus tem-nos como seus amigos! Abraão, já em sua maturidade de vida, disse: “O Senhor, em cuja presença eu ando...” ( Gn 24,40), expressando assim, a qualidade e a própria essência de toda a vida espiritual. Freqüentemente, nós desejamos que Deus ande conosco e que Deus abençoe nossos caminhos, mas a marca da consagração é andar com Deus em seus caminhos! Quanto de verdadeiro quebrantamento, quanto do trabalho da cruz arando sobre nossas almas, quanto de disciplina espiritual necessitamos para andar com Deus! Sabemos que, o altar no Velho Testamento é uma figura da cruz no Novo Testamento, onde o verdadeiro cordeiro pascal foi imolado. O nosso Senhor Jesus Cristo e a cruz são inseparáveis. Sem a cruz Cristo não é Cristo, Ele não pode salvar-nos. A cruz, mais do que um simples objeto de tortura para alguns, ou um simples objeto de adorno para outros, define a própria natureza de Cristo! E quanto a nós? Um cristianismo sem cruz não é cristianismo de forma alguma, mas uma pobre imitação da doutrina de Cristo. Uma vida cristã sem cruz não é vida cristã de forma alguma, mas apenas um “ego” adornado com os ensinos de Cristo! Nós necessitamos da cruz tratando profundamente conosco, para que possamos ser homens e mulheres espirituais, vivendo vidas espirituais e andando com Deus. 

Durante a vida de fé de Abraão nós constatamos a edificação de quatro altares, erguidos no processo de sua jornada interior de conhecimento de Deus e amizade com Ele. Cada um destes altares aponta para um aspecto do trabalho da cruz em nossas almas, ampliando nossa consagração, ou seja, o nosso relacionamento com Deus e nossa verdadeira espiritualidade. O primeiro altar foi edificado em Siquém (Gn 12,6-7) Podemos chamá-lo de altar da revelação. Deus revelou-se ali a Abraão: “Apareceu o Senhor a Abraão”. Precisamos saber que a cruz e a revelação andam juntas. Na medida em que a cruz trata conosco, é que teremos genuína revelação de quem Deus é; de quem nós somos, do que a igreja é e, do que o mundo é. Carecemos da visão real destas quatro coisas para que vivamos uma vida que seja verdadeiramente espiritual! Por causa da cruz o apóstolo João sabia quem Deus era: “Deus é Amor”, e, “Deus é luz”(I Jo 4,8 e 1,5). Por causa da cruz, ele sabia quem ele próprio era: “...seu servo (escravo) João” (Ap 1,1), e, “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança “(AP 1,9). Pela cruz, ele sabia o que era a igreja: “Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do cordeiro”. Pela cruz, ele sabia o que era o mundo: “Não ameis o mundo”. Por outro lado, toda genuína revelação de Deus a nós implicará em cruz, ou seja, requererá que depositemos nossos corpos como sacrifício, no altar de Deus, para que aquilo que de Deus foi revelado a nós, seja “formado” em nós, e não fique apenas em nosso intelecto como informação a respeito de Deus. 


Este oferecer do nosso ser ao Senhor, diariamente, a fim de que o trabalho da cruz possa reduzir-nos a cada vez mais, fazendo Cristo aumentar em nós, isto é consagração. Lembremo-nos ainda que, embora seja a regeneração, o nascer de novo, que marca o início de nossa vida cristã, é a consagração que marca o início do nosso crescimento até a maturidade cristã! O segundo altar na história de Abraão foi edificado entre Hai e Betel (Gn 12,80 ) Podemos chamá-lo de altar da separação. Abraão deixou Ai para trás e tinha Betel diante dele. Hai significa, literalmente, "monte de ruínas" e Betel significa “Casa de Deus”. Aqui podemos dizer que é a vida de altar; a consagração, que permite que a cruz separe-nos do mundo, do amor ao mundo, de “tudo o que há no mundo” (cobiças, concupiscências e soberba). A cruz coloca o mundo para trás de nós e mantém viva e clara diante de nós a visão da Casa de Deus (Betel)! E não somente a visão de Betel, mas a cruz operando em nós habilita-nos a participar de Betel, a “sermos edificados casa espiritual, para sermos sacerdócio santo...” (I Pe 2,5 ). A cruz introduz-nos na igreja. Cristo passou pela cruz e a igreja surgiu, nós também precisamos “passar pela cruz” para que a igreja, em sua realidade prática e viva, possa surgir. Só a cruz pode separar-nos do mundo e introduzir-nos na Casa de Deus. Diante de Deus, por causa da obra da cruz de Cristo no calvário; nós já somos a Casa de Deus, a Igreja, o corpo de remidos. Mas, o lado subjetivo desta verdade, ou seja, refletir em nosso viver, conduta e relacionamentos o fato espiritual de sermos Casa de Deus, depende do trabalho da cruz em nossas vidas. Note que após este segundo altar, Abraão desce ao Egito “para aí ficar” (Gn 12,10), contrariamente à vontade de Deus. Como acontece conosco, também Abraão tinha já alguma experiência do altar, mas tinha também seu “homem natural” não profundamente tratado pelo Senhor. As suas escolhas, maneiras, idéias e caminhos eram ainda bem independentes de Deus. O Senhor tratou com ele, misericordiosamente, como vemos em Gn 12,10 – 20, e o trouxe de volta. Ele “fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Hai; até ao lugar do altar, que outrora tinha feito...”. Abraão voltou ao mesmo ponto de onde se desviou! Deus não pula etapas em nosso discipulado. O trabalho da cruz em nós tem dois lados: o negativo e o positivo. Do lado negativo, “despe-nos do velho homem”; do lado positivo, reveste-nos do novo homem”. Mas atente para este fato: Quando Deus trata com as coisas negativas de nossa vida diante dele, este tratar não é a essência da santificação, pois esta é essencialmente positiva ! Deus reconduz-nos do ponto de onde nos desviamos dele para, a partir dali, com a vida de altar restaurada, andarmos novamente com Ele e assim prosseguirmos compartilhando do Seu caráter em amizade com Ele. Ainda acrescentamos que, este tratar de Deus conosco em uma área específica de nossa vida (como esta da escolha de Abraão de ir ao Egito), é um tratar progressivo e cada vez mais profundo, pois veja que anos depois, Abraão novamente escolhe erradamente um caminho natural, uma maneira e idéia naturais, para ajudar a Deus a gerar Isaac, e gera Ismael! O terceiro altar erguido por Abraão, foi levantado logo após a sua separação de Lót (Gn 13,14–18). Aqui temos mais um degrau na vida consagrada de Abraão. Este faz a escolha, mas por causa da contenda entre seus pastores e os de Lot, ele pede a Lot que se aparte dele escolhendo seu próprio caminho. Lot faz uma escolha de alguém que realmente não conhecia o altar! Ele escolhe “a campina do Jordão”, uma terra boa para sua prosperidade econômica, e vai armando suas tendas até Sodoma, um lugar de julgamento, figura do mundo! Podemos chamar este terceiro altar de altar da comunhão. Ele foi edificado em Hebron que significa “comunhão, união”. A cruz habilita-nos a ter aquela incessante comunhão com Deus, aquela amizade com Deus, aquela vida de união com Deus! Não me lembro quem uma vez já disse: “O Senhor se coloca no exato lugar daquilo que Ele põe à morte em nossas vidas”. Já compreendemos isso diante do Senhor? Ele substitui para adicionar e Ele divide para multiplicar. Quem conhece o Seu coração pode confiar em suas mãos! O quarto altar na vida de Abraão foi erguido no Monte Moriá. Podemos chamá-lo de altar da adoração (Gn 22,1-14). Este altar reflete a vida madura de Abraão, o quanto ele já tinha aprendido diante do Senhor. É de aceitação geral entre os estudiosos de tipologia, que aqui Abraão até mesmo tipifica Deus, o Pai eterno. O que vemos aqui é um homem absolutamente rendido a Deus, a ponto de sacrificar seu único e amado filho, um homem que amava a Deus a ponto de confiar em Seus caminhos, um homem tão sensível à voz de Deus que pôde discernir cada instrução de Deus em cada passo do doloroso processo de sacrifício, um homem que adorou no momento em que oferecia o que tinha de mais precioso! Só a cruz nos torna verdadeiros adoradores do Pai. Sem as marcas da cruz em nossas vidas nós adoramos a nós mesmos, nós consideramos nossas vidas e tudo que temos por demais preciosos para serem oferecidos a Deus. Na verdade, neste altar, Deus coloca aquela parte mais íntima e preciosa de Abraão, o próprio coração de Abraão: Isaac. Deus assim tratou com o ser mais interior de Abraão, e tornou-o um adorador. Que nosso querido e fiel salvador faça o mesmo conosco, pela sua misericórdia e para sua própria glória e honra. 

Pe. Emílio Carlos Mancini
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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Vocacional Beatitudes 2012

"Quando encontrei meu carisma não achei uma opção de vida... encontrei o que realmente sou"... (Regras Beatitudes)

O Vocacional Beatitudes traz em si traços vivos do carisma, posso dizer que um encontro com a Beatitudes vai lá na "raíz", mexe e remexe com o nosso interior, com a nossa alma. Não sei nem explicar, senti o chamado e fui, e hoje estou aqui, um apaixonado pelo Filho de Maria, e quero ir Com Deus Até o Fim Mesmo Sem Entender. (Diego Tales)

"Nunca o tempo foi tão favorável aos leigos: Deus está chamando uma galera a se consagrar e ser sinal de Vitória neste mundo... É o tempo "propício"... é o "kairós" da humanidade...e esse tempo foi meu há 10 anos quando O Senhor me chamou e pode ser o seu também... analise o vento, os movimentos, os acontecimentos... aprenda escutar seu coração e a ler os olhos dos outros... e vem!

 Silvinho Zabisky
 Fundador da Comunidade Beatitudes

Conheça um pouco mais da nossa história:
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O SER E O TER


Dias atrás, estava no carro esperando o farol abrir. Um mendigo atravessou a rua na minha frente, o andar cansado, arrastando os pés. De repente percebi como esses habitantes espectrais da paisagem urbana passam despercebidos diante dos olhos de grande parte da população. A maioria das vezes o que chama a atenção é o seu mau cheiro que convida o transeunte a torcer o nariz e apressar o passo.

Naquele momento porém quis olhar para aquele mendigo de uma outra maneira, não mais como um elemento anônimo da paisagem urbana e sim como um ”ser” humano. Sua magreza extrema me chamou a atenção. Tentei por um momento me colocar no seu lugar: imaginar o que seria passar despercebido, sentir aquele extremo desamparo, viver a mais radical privação do “ter”. Percebi então o quanto o ter condiciona o nosso “ser”.

Por sermos seres que habitam um corpo, o nosso ser não pode prescindir do ter. A primeira posse é o nosso próprio corpo, a nossa porta de entrada para o mundo dos objetos concretos. Não podemos prescindir do ter, porque o nosso ser é um ser corpóreo. Isto comporta que nos relacionemos com “objetos” que pertencem ao mundo externo. A apropriação desses objetos responde de alguma forma a uma continuação do nosso ser no corpo.

Desta relação primordial com o nosso corpo brotam algumas necessidades que nos levam a ter uma casa, roupa para vestir, comida para comer, condições para nos locomover, etc. Por mais que nos identifiquemos com a proposta da pobreza franciscana, não podemos prescindir do ter. Existe de fato uma profunda ligação entre o nosso Eu profundo e os objetos dos quais nos apropriamos no mundo externo. Eles são continuações do nosso Eu, podem ser expressões de suas formas, tornando-se assim “objetos cintilantes”, extensões do nosso ser.

Privar o ser humano de toda posse, é uma extrema violência que tende a privá-lo de alguma forma de si mesmo. Foi essa a terrível experiência dos prisioneiros dos campos de concentração nazistas e stalinistas. Eles deixaram de ter um nome e passaram a ser identificados apenas com um número.
Paradoxalmente essa privação pode acontecer por falta da possibilidade de ter, como no caso do mendigo, ou por uma inflação do ter, como no caso de muitos que se acham “bem de vida”, mas que, como o mendigo, foram privados de si mesmos.
A sociedade do consumo nos leva de fato a viver essa privação, ao ”impor” a necessidade de ter “objetos” que não são expressão do nosso Eu profundo e sim da necessidade do próprio Mercado de vender produtos. Para que isso seja possível a Propaganda precisa insuflar “necessidades” que não são filtradas pelo nosso sEu, mas que se tornam promessas de “criar” um Eu, ali onde ele está oculto ou enfraquecido.

Quanto menor for o contato com esse núcleo central da nossa personalidade, o Eu profundo de onde flui o “ser”, mais o humano fica exposto à sedução de substitutos, máscaras de personalidade que são vendidas nas prateleiras dos supermercados.

Trata-se da promessa do Mercado que nos garante mediante a posse de um produto de ter o acesso ao cortejo dos “bem-sucedidos”, dos que venceram, dos que “fazem diferença”, dos que “marcam”. Trata-se contudo de mascaras intercambiáveis, pois precisam ser trocadas com extrema frequência, para que não fiquemos “por fora”, desatualizados, empurrados para as margens do cortejo dos bem-sucedidos.

Roberto Girola
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NOS CAMINHOS DA ORAÇÃO


Na simplicidade da vida e na riqueza espiritual de Santa Teresinha do Menino Jesus encontramos uma definição do que seja a oração em toda a sua beleza e plenitude.

“Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria”.
Muitos livros já foram, estão sendo, e serão escritos sobre esse tema. Na perspectiva cristã a oração é alimento para a alma. Assim como o corpo humano necessita de nutrientes e vitaminas para manter-se saudável, a vida espiritual também necessita alimentar-se da oração para crescer sempre mais no amor, na fé e na esperança.

Se uma pessoa não se alimenta adequadamente, pode contrair uma anemia, e terá que repor as vitaminas que seu organismo necessita para funcionar normalmente. Em nossa vida espiritual acontece o mesmo processo: se não alimentamos nossa alma com uma vida de oração, adquirimos, com o passar do tempo, uma anemia espiritual.
Essa anemia espiritual faz com que a vida e tudo o que dela decorre torne-se algo somente funcional. Perde-se o motivo e o sentido daquilo que se realiza no cotidiano da vida. Imune ao desgaste dos problemas e dos sofrimentos a pessoa, muitas vezes, sente-se sem motivação para continuar a caminhada. A vida perde o sabor, porque falta o ingrediente principal no cardápio espiritual da vida: a oração.

Quando já sem forças para continuar sua caminhada, a pessoa olha para trás, vê apenas uma vida na qual simplesmente realizou tarefas por obrigação, mas não deu sentido a elas. Na oração encontramos o motivo maior que nos coloca em contato com aquilo que realizamos. Nossa ação é consequência daquilo que nós somos espiritualmente, caso contrário nos tornamos apenas escravos de um ideal ou projeto.
Muitas pessoas se perguntam: “Por que orar?” Oramos não porque Deus precise das nossas orações, mas para que nosso coração seja aberto para percebermos a presença de Deus Pai em nós. Uma vida espiritual, sem a oração, torna-se tão seca quanto um jardim que nunca é regado. Sem água as flores morrem aos poucos. É a água, o adubo, o cuidado que temos com o jardim que faz com que ele cresça e seja belo! Na vida de oração o mesmo processo acontece: se não dedicarmos um tempo para estarmos a sós com Deus, iremos aos poucos deixando nossa espiritualidade seca e sem vida.
Nem sempre os momentos de oração são agradáveis. Em nossa humanidade deficiente, há dias em que oramos e não sentimos absolutamente nada. Parece que estamos ali, mas Deus não está do nosso lado. A caminhada espiritual é um percurso inconstante e nem sempre linear. A nossa vida de oração é semelhante a um gráfico que tem seus momentos de auge e depois ocorrem as quedas. Esse processo é conhecido pelos grandes mestres da oração e místicos como desertos espirituais.
Talvez, se a nossa vida de oração fosse sempre constante e perfeita, corrêssemos o risco de nos acomodarmos e pensar que não precisamos mais orar. Os desertos espirituais nos tiram do nosso comodismo espiritual e nos ensinam que Deus também está presente nos momentos em que não estamos percebendo a Sua presença ao nosso lado.

Alguns desistem de atravessá-lo [deserto espiritual] em sua caminhada de oração e abandonam o percurso pela metade. Quando isso ocorre, a pessoa se afasta de Deus e busca por suas próprias forças encontrar sentido na vida. Quando descobre que o sentido da vida está no Senhor e que, sem Ele, a caminhada é vazia, volta para os braços do Pai e redescobre na oração a luz que lhe retira das sombras de uma noite na qual estava sem rumo e perdido.

Quando oramos fazemos a experiência de Deus em nós. Uma vida de oração transforma a alma num jardim florido, no qual cada flor revela um dom de Deus para ser colocado a favor de cada irmão e irmã. No cotidiano da nossa história a oração é uma ponte que nos liga a Deus e aos nossos irmãos. 

Padre Flávio Sobreiro
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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Exorcista padre Rufus Pereira morre na Inglaterra

O sacerdote indiano Padre Rufus Pereira faleceu na madrugada dessa quarta-feira, 2, de parada cardíaca durante o sono. A informação foi divulgada nesta quinta-feira por sua secretária pessoal, Érika Gibello.

O padre estava em sua residência em Londres, na Inglaterra, durante esta semana e aparentava estar bem, segundo divulgou a Irmã Kelly Patrícia, do Instituto Hesed, em suas redes sociais. A religiosa esteve com ele no último sábado, 28, e disse que ele "estava radiante, muito feliz".

O corpo de padre Rufus permanecerá na Inglaterra até que terminem os preparativos para levá-lo à Índia, onde será sepultado. A data ainda não foi divulgada.

Padre Rufus completaria 79 anos neste domingo, 6, e era conhecido no mundo todo por seu ministério de exorcismo. Ele foi vice-presidente da Associação Internacional dos Exorcistas e iniciou a Associação Internacional para o ministério de libertação.

Ele esteve na sede da Comunidade Canção Nova sete vezes, conduzindo encontros de cura e libertação. "Padre Rufus era um santo, um homem incansável, pregador do Evangelho, apaixonado por Jesus Cristo e por sua missão", lembra Vinícius Adamo, tradutor do sacerdote no Brasil.  

Biografia

Padre Rufus foi sacerdote na Arquidiocese de Bombaim, Índia. Estudou Filosofia, Teologia e Sagrada Escritura em Roma, onde foi também ordenado em 1956. Era doutor em Teologia Bíblica.

Durante vários anos serviu como diretor de quatro escolas secundárias em Mumbai. Além de pregador de retiros, conferencista e professor de Bíblia, ele também era editor da Revista Nacional Carismática da India “Charisindia”. Foi professor de Sagrada Escritura em cursos de pós-graduação em vários Institutos Teológicos Pontifícios.

O sacerdote era também presidente da Associação Internacional para o Ministério de Libertação e vice-presidente da Associação Internacional de Exorcistas. Publicou numerosos artigos bíblicos e teológicos, especialmente, sobre evangelização e cura.

Conheceu a Renovação Carismática Católica (RCC), em 1972, logo quando esse movimento eclesial teve início na Índia. Foi designado pelo Arcebispo Cardeal Gracias para se dedicar exclusivamente a esse movimento. Desde então atuava pregando em encontros, retiros e missões por todo o seu país e também pela Ásia, África, Europa e em alguns lugares na América Latina, como o Brasil, onde esteve várias vezes, inclusive na Comunidade Canção Nova.

Padre Rufus também foi diretor do Instituto Bíblico Carismático Católico. E recentemente foi integrado ao International Catholic Charismatic Renewal Services (ICCRS), em Roma, como o responsável mundial pelo ministério de cura e libertação.

Fonte: Canção Nova
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terça-feira, 1 de maio de 2012

EUA aprovam a implantação do Microchip OBRIGATÓRIO a toda população para 2013

Obama aprovou  a implantação  de microchip nos EUA como reforma sanitária para  2013.  (em abril)
O microchip será obrigatório, sem  o qual não se poderá ter aceso aos centros de saúde.
A implementação que se faz primeiro nos centros de saúde é  uma desculpa  para muitas outras coisas como por exemplo controlar o ser humano. Sem ele não se poderá fazer nada, não se poderá comprar nem vender e   até realocar  o documento de identidade. Todos nossos dados pessoais e  movimentos que ficaram  guardados no sistema.
O  implante será na mão ou na testa  como à bíblia profetiza no Apocalipse 14, 9 (A marca da besta 666).
Este sucesso já é uma lei!, não só um mero rumor… do que começa a gerar a NOM “Nova Ordem Mundial”.
Veja o Video da noticia (em espanhol)

 
Nota de  www.rainhamaria.com.br  -  por Dilson Kutscher
Claro que a obrigatoriedade do implante de chip iria começar pela area da saúde.  O Governo da NOVA ORDEM MUNDIAL (anticristo) sabe que mais dia, menos dia, até mesmo os CRISTÃOS vão precisar de atendimento médico. Então como se diz no jogo de xadrez: Será XEQUE-MATE (OU SE SUBMETEM ou suas familias morrem)
Caso venha uma nova onda de epidemia mortal, VÍRUS que ELES mesmos criam nos seus laboratórios secretos, quem não tiver o chip implantado vai conseguir salvar a si e seus familires diante disto? (ASSIM ELES PENSAM)
Este é o pensamento maligno da NOVA ORDEM MUNDIAL: Vamos impor tal obrigatoriedade para SAUDE, assim a pressão será muito grande a ponto que tenham que aceitar a MARCA DA BESTA. Depois disto tudo ficará mais fácil, a sociedade vai ceder, os próprios cristãos vão ser mais flexiveis e muitos aceitarão o implante.
Mas para aqueles que não aceitarem, eis o que os aguarda… (serão vistos como inimigos do Estado.
Estejamos preparados, já fomos avisados com grande antecedência, um alerta de 2000 anos…
Diz na Sagrada Escritura:
“Conseguiu que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos tivessem um sinal na mão direita e na fronte , e que ninguém pudesse comprar ou vender se não fosse marcado com o nome da fera ou com o numero do seu nome “ (Apocalipse 13,16 e 17)
“Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou na mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, nem aquele que recebe o sinal do seu nome” (Apocalipse 14, 9-11).
“Mas ai da terra e do mar! porque o Diabo desceu a vós com grande ira,
sabendo que pouco tempo lhe resta”. (Ap 12,12)

Fonte: http://www.rainhadosapostolos.com
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