terça-feira, 14 de junho de 2011

TU TE TORNAS AQUILO QUE CONTEMPLAS!


Diante da beleza dos espaços sagrados somos envolvidos no mistério, recordamos que somos a mais bela de todas as obras e nos maravilhamos com a beleza da vida de Deus em nós. Deus nos escolheu como morada porque nos ama, simplesmente porque nos ama. Quando o nosso espaço está manchado pelo pecado, é a sua misericórdia que faz voltar ao nosso coração e à nossa alma a graça da filiação divina.

Contemplando o belo eu me recordo do coração do homem de hoje que cada vez mais é seduzido pelas falsas imagens que, por sua vez, arrancam dele a inocência e a pureza dos pensamentos, do coração e da alma. O mundo tem necessidade de contemplar o Belo, ainda que não admita. Deus não é qualquer beleza, mas o Belo e a fonte de toda beleza. Maravilhamo-nos com o ressurgir de uma liturgia na Igreja capaz de atrair ao Belo e resplandecer a Obra da Criação.

“Como seria um mundo no qual esgotasse a beleza causada pela fé?” Diz o Papa Bento XVI. A beleza litúrgica nos conduz à festa real. Não há beleza aí onde não está Deus, seu amor, sua amizade. Ele é a beleza de que o coração e os olhos do homem têm necessidade maior, porque Deus é belíssimo, “super-pulcher”, diz São Tomás de Aquino. Fonte primeira e medida ordinária de toda beleza é Deus. De fato, “a beleza que através das almas se transmite às mãos do artista provém daquela beleza que arrasta as almas, pela qual minha alma suspira dia e noite” (Agostinho, Confissões X,34,53).

Quem ama é criativo na expressão do amor, não o deturpa, não o machuca. “A beleza da festa litúrgica favorece o resplendor da glória de Deus” (Moysés Azevedo). Grande sabedoria é aprendermos a resplandecer com o testemunho de nossas vidas e de nossas celebrações a beleza da fé, a beleza da Igreja, do Evangelho, da Caridade e da unidade.

Ajudemos a tirar os nossos jovens da embriagues de imagens vazias e alienantes, que não redimem, mas escravizam. “Tu te tornas aquilo que contemplas”, diz João Paulo II. Dar testemunho do Belo é também viver a esperança e a alegria, a força do nosso batismo na missão da Evangelização. O Papa Paulo VI costumava dizer que somos para muitos a “única página do Evangelho a ser lida”. O mais admirável testemunho do Belo nos dá as Sagradas Escrituras: “O que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos, e o que nossas mãos apalparam do Verbo da vida (…) vo-Lo anunciamos” (I Jo 11-4). Eis a beleza de Deus que se tornou palpável!

Antonio Marcos
http://www.liturgiaemfoco.com

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