quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Abismo que atrai abismos – consequências da fertilização “in vitro”



A Igreja sempre rejeitou a fertilização in vitro. Hoje vê-se como é sábia essa proibição, diante das milhares e milhares de vidas que estão sendo sumariamente executadas.
Gregório Vivanco Lopes
É sabido que a Igreja Católica condena a chamada “fertilização in vitro”, ou seja, a junção, em laboratório, do princípio masculino de vida com o feminino, para formar artificialmente um embrião humano, uma nova vida. (Ver a respeito a “Instrução sobre o respeito à Vida Humana nascente e a dignidade da procriação”, de 22 de fevereiro de 1987, da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, assinada pelo então Cardeal Joseph Ratzinger — hoje Papa Bento XVI — e aprovada pelo Papa João Paulo II).
Nossa época, porém, sem se incomodar com a sábia proibição da Igreja, começou a produzir embriões humanos de modo como que industrial. E eles constituem seres vivos.
Depois surgiu o problema: o que fazer com esses novos seres? Abyssus abyssum invocat (Ps 41,8) – um abismo atrai outro abismo. Os embriões foram congelados à espera de, algum dia, serem implantados numa mulher para que o processo de gestação se desenvolvesse.
Desse modo “fabricaram-se” e armazenaram-se no gelo dezenas, centenas, milhares de embriões. Em certo momento veio a pergunta: o que fazer com esses seres vivos que abarrotam as geladeiras dos laboratórios?
E a resposta novamente é: um abismo atrai outro abismo. Resolve-se simplesmente aplicar métodos nazistas: usá-los para pesquisas e, conforme o caso, matar aquelas vidas incipientes. É o que já estão fazendo em diversos países.
O assassinato é simples. Não causa impressão nem derrama sangue. Um pouco de álcool mata o embrião que em seguida é incinerado junto com o lixo hospitalar. Sim, com o lixo… O Vaticano já qualificou o ato de “massacre pré-natal”.
Tais embriões não devem ser mortos, não podem ser implantados; o que fazer com eles?
Do absurdo tudo se segue. O problema aí está para ser resolvido pelos teólogos. Não teólogos de qualquer “teologia da libertação” ou congênere, mas pelos bons teólogos fiéis à doutrina sempre ensinada pela Igreja Católica.
Entretanto, seja qual for a solução para esse difícil e intrincado problema, uma coisa é certa: tal situação só se tornou possível porque o abismo inicial da concepção “in vitro” não foi evitado. E esse abismo foi atraindo outros abismos, sucessivamente.

Related Posts:

  • A lógica do mundoEra um dia de sábado dos judeus. Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus (Lucas 14, 1.7-14). Jesus acenou ao banquete escatológico d… Read More
  • Loucura de Amor“As montanhas podem desaparecer, os montes podem se desfazer, mas o meu amor por você não acabará nunca, e a minha aliança de paz com você nunca será … Read More
  • Os exames pré-natais ou pré-mortais?Há poucos anos os exames pré-natais pareciam uma questão marginal, uma prática médica pouco frequente, reservada a mulheres de alto nível social. Os… Read More
  • Tudo dará certo“Ele me respondeu: Eu tenho obedecido fielmente a Deus, o SENHOR. Ele enviará o seu Anjo para estar com você, e tudo dará certo…” (Gn 24, 40)Todo mund… Read More
  • Será verdade que Deus proibiu mesmo fazer imagens de santos?A Arca da Aliança, que Deus ordenou que Moisés mandasse construir para uso pela religião verdadeira do povo judeu, mais de dez séculos antes do nas… Read More

0 comentários: