A Igreja sempre rejeitou a fertilização in vitro. Hoje vê-se como é sábia essa proibição, diante das milhares e milhares de vidas que estão sendo sumariamente executadas.
Gregório Vivanco Lopes
É sabido que a Igreja Católica condena a chamada “fertilização in vitro”, ou seja, a junção, em laboratório, do princípio masculino de vida com o feminino, para formar artificialmente um embrião humano, uma nova vida. (Ver a respeito a “Instrução sobre o respeito à Vida Humana nascente e a dignidade da procriação”, de 22 de fevereiro de 1987, da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, assinada pelo então Cardeal Joseph Ratzinger — hoje Papa Bento XVI — e aprovada pelo Papa João Paulo II).
Nossa época, porém, sem se incomodar com a sábia proibição da Igreja, começou a produzir embriões humanos de modo como que industrial. E eles constituem seres vivos.
Depois surgiu o problema: o que fazer com esses novos seres? Abyssus abyssum invocat (Ps 41,8) – um abismo atrai outro abismo. Os embriões foram congelados à espera de, algum dia, serem implantados numa mulher para que o processo de gestação se desenvolvesse.
Desse modo “fabricaram-se” e armazenaram-se no gelo dezenas, centenas, milhares de embriões. Em certo momento veio a pergunta: o que fazer com esses seres vivos que abarrotam as geladeiras dos laboratórios?
E a resposta novamente é: um abismo atrai outro abismo. Resolve-se simplesmente aplicar métodos nazistas: usá-los para pesquisas e, conforme o caso, matar aquelas vidas incipientes. É o que já estão fazendo em diversos países.
O assassinato é simples. Não causa impressão nem derrama sangue. Um pouco de álcool mata o embrião que em seguida é incinerado junto com o lixo hospitalar. Sim, com o lixo… O Vaticano já qualificou o ato de “massacre pré-natal”.
Tais embriões não devem ser mortos, não podem ser implantados; o que fazer com eles?
Do absurdo tudo se segue. O problema aí está para ser resolvido pelos teólogos. Não teólogos de qualquer “teologia da libertação” ou congênere, mas pelos bons teólogos fiéis à doutrina sempre ensinada pela Igreja Católica.
Entretanto, seja qual for a solução para esse difícil e intrincado problema, uma coisa é certa: tal situação só se tornou possível porque o abismo inicial da concepção “in vitro” não foi evitado. E esse abismo foi atraindo outros abismos, sucessivamente.
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