Vi claramente que todas as coisas que se corrompem são boas; não se poderiam corromper se fossem sumamente boas, nem se poderiam corromper se não fossem boas.
Com efeito, se fossem absolutamente boas, seriam incorruptíveis, e se não tivessem nenhum bem, nada haveria nelas que se corrompesse.
De fato, a corrupção é nociva, e se não diminuísse o bem, não seria nociva.
Portanto, ou a corrupção nada prejudica - o que não é aceitável - ou todas as coisas que se corrompem são privadas de algum bem. Isto não admite dúvida.
Se, porém, fossem privadas de todo o bem, deixariam inteiramente de existir.
Se existissem e já não pudessem ser alteradas, seriam melhores porque permaneciam incorruptíveis.
Que maior monstruosidade do que afirmar que as coisas se tornariam melhores com perder todo o bem?
Por isso, se são privadas de todo o bem, deixarão totalmente de existir. Logo, enquanto existem são boas.
Assim sendo, todas as coisas que existem são boas e aquele mal que eu procurava não é uma substância, pois se fosse substância seria um bem.
Na verdade, ou seria substância incorruptível, e então era certamente um grande bem, ou seria substância corruptível, e nesse caso, se não fosse boa, não se poderia corromper.
É preferível a tristeza de quem suporta a iniquidade do que a alegria de quem a comete.
Com a corrupção morre o corpo, com a impiedade morre a alma.
Há homens que se agarram a sua opinião, não por ser verdadeira, mas simplesmente por ser sua.
Assim nas coisas necessárias, a unidade; nas duvidosas, a liberdade; e em todas, a caridade.
A pior das corrupções não é aquela que desafia as leis; mas a que se corrompe a ela própria, a sociedade consumista favorece a corrupção!
A corrupção nunca foi compulsória, raramente ela começa pelo povo.
Onde não há caridade não pode haver justiça.
Não há doente mais incurável do que aquele que se deixa corromper. Por isso prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem.
(S. Agostinho)
com minha benção
0 comentários:
Postar um comentário