segunda-feira, 20 de junho de 2011

É PRECISO UNIR E NÃO DIVIDIR...

Santa Joana d’Arc, diante de seus juízes, resumia a fé dos santos Doutores da Igreja: "Quanto a Jesus Cristo e a Igreja, parece-me que são uma só coisa, e que não há questionamento sobre isto" (Catecismo nº 795).


Na Eucaristia recebemos o Corpo e Sangue de Cristo, de modo sacramental, a fim de se formar o corpo social de Cristo, na unidade de todos os seus membros.
São Paulo pergunta: "O cálice de benção que benzemos não é comunhão do sangue de Cristo ? E o pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?" (1Cor 10,16).


E o próprio Apóstolo responde: "Uma vez que há um só pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão" (1Cor 10,17).


A Eucaristia forma a Igreja e a Igreja celebra a Eucaristia. Quando comungamos o seu Corpo e Sangue, cada um de nós se torna "consangüíneo" e "concorpóreo" com Ele, e parte viva do Seu próprio Corpo. A eucaristia nos faz "Cristóforos", isto é, portadores de Cristo, dizia S.Cirilo de Jerusalém (†386); e assim, como disse S.Pedro, "participamos da natureza divina" (2Pe 1,4).


É na Eucaristia, de modo especial, que todo o Corpo é alimentado pela Cabeça, e nela, os membros recebem a força e a graça para viver como verdadeiros cristãos, para que "Cristo seja formado neles" (Gal 4,19) e tenham força para "seguir os seus passos" (1Pe 2,21).


Na Oração Eucarística [III], pedimos ao Pai: "...concedei que, alimentando-nos com o Corpo e o Sangue do Vosso Filho, sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos em Cristo um só Corpo e um só espírito".
Não se pode, portanto, separar Cristo da Igreja. Fazê-lo seria o mesmo absurdo de querermos degolar uma pessoa e querer que ela continue a viver.


Não se pode "degolar" o Corpo de Cristo; isto é, separá-lo da Igreja. Este foi o grande e triste engano de Martinho Lutero, em 1517, ao dizer Sim a Cristo e Não à Igreja; não percebeu que estava mutilando o Corpo de Cristo, degolando-o. A partir daí, as subdivisões foram acontecendo de maneira irreversível e irrefreável em todo o mundo. É o maior escândalo que o cristianismo já deu ao mundo.

Prof.Felipe de Aquino


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