
Sem explorar todos os motivos que podem originar essa vida, sem a certeza da graça de Deus na família, vou me deter sobretudo num deles. É a característica, descrita por Jesus, da perpetuidade do casamento. Isso é, o matrimônio não deve ser dissolvido pela separação. Tal exigência vem para o bem do casal, e para o bem dos filhos. A Igreja, acolhendo o ensinamento do Mestre, mostra que a fidelidade perpétua faz parte integrante de uma família. Os namorados, contudo, vão mais longe que os apóstolos de Jesus. Estes, ao ouvirem as exigências de Jesus sobre o casamento, exclamaram: “Mas então é melhor não casar”. Os jovens e os adultos de hoje falam: ”Então é melhor se ajuntar”. Os casadouros raciocinam: “Se o casamento não der certo, então é preciso desfaze-lo, e partir para outra solução”. O que falta aos noivos de hoje, é um sério namoro, bem conduzido, com o objetivo de conhecer a personalidade do parceiro. A maioria das uniões nasce de uma paixão momentânea, de um lampejo de ardor sexual, de uma intuição de feliz convivência. Não existe a paciência de um conhecimento mais profundo, ou a verificação do modo como o parceiro sabe administrar as contrariedades. Mas o que falta mais, é arrojo de crer no parceiro e saber que a graça divina estará com todos aqueles que recebem a graça do sacramento do matrimônio.
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Dom Aloísio Roque Oppermann
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