terça-feira, 7 de abril de 2020

Ó bendita Cruz!

Vinte séculos já se passaram desde O acontecimento em Jerusalém, um pobre e humilde homem se entregou para morrer por nós pecadores. Quem diria que do púlpito da Cruz sairia a mais eloquente pregação, capaz de converter os pecadores com os corações mais empedernidos? Palavras de fogo que incendiaria os corações mais frios. Que loucura de amor aconteceu ali no Monte Gólgota, tudo em Cristo é ressignificado para elevar o homem. Já parou para pensar sobre a Santa Cruz? Nela há um mistério tão insondável! Já observou que até hoje ela permanece de pé? Quantos impérios, pessoas, revoluções se opuseram a Ela e a mesma permanece intacta, enquanto o mundo dá voltas... “Stat crux dum volvitur orbis” (A Cruz permanece intacta enquanto o Mundo percorre a sua órbita).

Cristo sofre por amor ao Pai, por nós e para nos ensinar que caminho devemos seguir (Cf. 1Pd 2,21-24). Por isso, todos os nossos sofrimentos agora tomam um sentido no alto da Cruz. Contemplemos Jesus no admirável e Santo Madeiro, ali ele assume todos os sofrimentos possíveis por nós, se apropria da pobreza: o vemos despojado de tudo, desnudado na cruz, sem nenhum bem; As desonras: ultrajes e as blasfêmias, cusparadas;  A condenação injusta a morte como um criminoso. Não lhe bastou os sofrimentos morais, no entanto, também abraçou os sofrimentos em todos os sentidos. Maior que os nossos pecados foi a grandeza de seu amor. 

Recordemos, no Calvário haviam três cruzes, ao centro a de Nosso Senhor e em ambos os lados os dois ladrões, somos nós. O bom ladrão, é todo cristão que com humildade reconhece o seu pecado (Cf. Lc 23, 41-42), toma sua cruz se O segue (Cf. Mt 16,24). O mau ladrão, teve também as mesmas condições do bom ladrão, andou ao lado da Salvação, carregou sua cruz, mas foi durante toda sua via-crucis reclamando (Cf. Mt 23,39), sua cruz que unida de Cristo seria sua salvação, acabou se tornando sua condenação. Ah, se soubéssemos o valor dos nossos sofrimentos, os incontáveis méritos que podemos convertê-los em um grande tesouro para “comprar” a vida eterna. Não esqueçamos na cruz passam desde dos mais ricos aos mais miseráveis, se salvará quem com humildade reconhecer o Senhor nela. Que cruz você abraçará, a cristã, a da realidade, da vida e da dor passageira seguida pela Glória; ou o da mentira, a morte, que promete conforto, mas oferece vazio, nada e falta de sentido?

Ó bendita Cruz, em ti vemos o Filho de Deus, humanado, por quem todas as coisas foram feitas (Cf. Col 1,16) e quem a santificou com Seu Preciosíssimo Sangue. Em ti adoramos o Verbo Encarnado, que perdoa nossos pecados, nos enche de esperança e é para nós socorro nas tentações.  
Ó bendita Cruz, onde renasce a vida sobrenatural por meio dos Sacramentos e garante para nós a salvação. És a placa que guia todo homem, mostra a gravidade do pecado e nos dá a divina graça de não mais cometê-los.
Ó bendita Cruz, és o resumo da perfeição cristã.

Uma santa Semana Santa.
Em Jesus, Maria e José,

Diego Tales
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sábado, 19 de dezembro de 2015

Pobreza pessoal e litúrgica

Jesus proclamou a primeira bem-aventurança para os pobres de coração. O Papa Francisco tem insistido na Igreja dos pobres. Os santos são o grande exemplo de pobreza pessoal a ser por nós imitado. Mas não devemos confundir a pobreza pessoal, desapego dos bens terrenos e simplicidade em nossa vida pessoal, com pobreza litúrgica e das coisas devidas a Deus. Os santos, pobres pessoalmente, foram os que mais construíram esplêndidas, belíssimas e ricas igrejas e catedrais e usaram toda a magnificência litúrgica para a glória de Deus.
          São João Maria Vianney, o modelo de todos os sacerdotes, exigia tudo de melhor para a sua Igreja, tais como estandartes bordados a prata, ostensórios artísticos de prata dourada, baldaquino de veludo, paramentos de seda, bordados a ouro, etc. E dizia: “Uma batina velha fica muito bem debaixo duma casula bonita” (Francis Trochu, O Cura d’Ars): pobreza pessoal e riqueza litúrgica.
           Falando sobre a beleza da liturgia e respondendo às “acusações de ‘triunfalismo’, em nome das quais se jogou fora, com excessiva facilidade, muito da antiga solenidade litúrgica”, o então Cardeal Ratzinger explicava: “Não é triunfalismo, de forma alguma, a solenidade do culto com que a Igreja exprime a beleza de Deus, a alegria da fé, a vitória da verdade e da luz sobre o erro e as trevas. A riqueza litúrgica não é riqueza de uma casta sacerdotal; é riqueza de todos, também dos pobres, que, com efeito, a desejam e não se escandalizam absolutamente com ela. Toda a história da piedade popular mostra que mesmo os mais desprovidos sempre estiveram dispostos instintiva e espontaneamente a privar-se até mesmo do necessário a fim de honrar, com a beleza, sem nenhuma avareza, ao seu Senhor e Deus” (A Fé em crise? E.P.U, pág. 97). 
         Sobre a Música Sacra no atual período pós-conciliar, Ratzinger fazia o seguinte comentário sobre a perda do brilho e o interesse pelo banal: “Uma coisa ficou clara depois das experiências dos últimos anos: a volta do utilitário não fez a liturgia mais aberta, senão mais pobre. A simplicidade necessária não se pode conseguir mediante um empobrecimento” (La Fiesta de la Fe, p. 135). E o mesmo Cardeal Ratzinger insistia: “Liturgia ‘simples’ não significa liturgia mísera ou reles: existe a simplicidade que provém do banal e outra que deriva da riqueza espiritual, cultural e histórica. Também nisso, deixou-se de lado a grande música da Igreja em nome da ‘participação ativa’, mas essa ‘participação’ não pode, talvez, significar também o perceber com o espírito, com os sentidos? Não existe nada de ‘ativo’ no intuir, no perceber, no comover-se? Não há aqui um diminuir o homem, reduzindo-o apenas à expressão oral, exatamente quando sabemos que aquilo que existe em nós de racionalmente consciente e que emerge à superfície é apenas a ponta de um iceberg, com relação ao que é a nossa totalidade? Questionar tudo isso não significa, evidentemente, opor-se ao esforço para fazer cantar todo o povo, opor-se à música ‘utilitária’. Significa opor-se a um exclusivismo (somente tal música), não justificado nem pelo Concílio nem pelas necessidades pastorais” (A Fé em crise?, pág. 96).

Excia. Revma. Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo administrador apostólico da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney.
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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Halloween: mera diversão? Pois quem se diverte mesmo é o diabo!

 Das brincadeiras do Halloween para o ocultismo há só um pequeno passo, afirma o pe. Aldo Buonaiuto, da Comunidade Papa João XXIII. Ele é exorcista e coordenador de um serviço de ajuda a vítimas do ocultismo. Todo mês de outubro, a linha 0800 desse serviço toca sem parar.

Este é um relato de poucos dias atrás:

“Ligou uma mãe desesperada, que tinha descoberto as mentiras do filho, um rapaz excelente, sincero, que, de repente, mudou de círculo de amizades. Ela descobriu que o rapaz tinha profanado um cemitério… Eu falei com o rapaz. Por que você fez isso? E a primeira palavra foi Halloween. Chorando, ele me falou da forte persuasão dos novos amigos. No começo parecia tudo uma brincadeira, um jogo. Depois, ele descobriu que eles estavam agindo a sério; que todos eles acreditavam mesmo naquilo que estavam fazendo. E ele não conseguia se livrar deles”. O episódio quase banal revela como é fácil entrar nesses circuitos. Mas, “especialmente para um jovem, não é fácil sair deles, por vergonha, medo e tantas dinâmicas típicas dessa idade”.

O pe. Aldo Buonaiuto acaba de lançar, na Itália, o livro “Halloween: Lo scherzetto del diavolo” (A brincadeira do diabo – título livremente traduzido; a obra ainda não está disponível em português), que examina aspectos históricos e sociológicos desse fenômeno dito cultural.

Segundo ele, a famosa frase “doçura ou travessura?” vem de outra: “oferenda ou maldição?”, de origens celtas e usada em sacrifícios ao deus da morte, Samhain, para propiciar um bom inverno. Embora este significado mais recôndito fique escondido sob a pátina comercial, “o Halloween continua sendo a festa mais importante dos satanistas, envolvendo ocultismo, esoterismo, magia, bruxaria”. Por trás das máscaras, o pe. Aldo vê “a obra insidiosa do diabo, uma rasteira indireta para derrubar suas vítimas”. A mídia faz o resto: “As crianças de hoje nem sabem que existe a festa de Todos os Santos, mas sabem, porque isso é incutido até nas escolas, que existe o Dia das Bruxas – ou Halloween”.

E quanto à memória dos falecidos?

“Sequer é comparável. O Halloween exalta o espiritismo, o mundo invisível ligado às forças demoníacas. O Dia de Finados está ligado à crença na vida eterna, na ressurreição do corpo. As religiões têm respeito pelos mortos. O Halloween não tem. Ele ultraja os mortos”.

“Não se pode banalizar este fenômeno. Para muita gente, é só um momento de diversão, mas, para os satanistas, a participação indireta também conta: quem se fantasia está de certa forma exaltando o reino do mal. Que pai quer ver seu filho de rosto desfigurado, sem os olhos, gotejando sangue? Qual é a diversão nisso? O que se esconde de verdade por trás desse fenômeno que leva a considerar esse tipo de coisa como normal?”.

O exorcista está convicto:

“A nossa sociedade não precisa de Halloween, de monstruosidade, de imagens agressivas e violentas do macabro e do horror. Esta sociedade não precisa das trevas. Nossos filhos precisam da luz. Por que não oferecemos a eles a festa dos santos? Esta é que é uma beleza! É um grande desafio numa sociedade que se devota às coisas ruins para torná-las normais”.

Daí o convite: preparar festas temáticas sobre as vidas dos santos. E um apelo aos sacerdotes, professores e catequistas:

“Tenham a coragem de testemunhar a fé desses grandes heróis, os santos e beatos, que têm muito a transmitir para esta sociedade. Abram as portas das paróquias não para abóboras vazias, mas para festas belas! O Dia de Todos os Santos é uma grande oportunidade para sermos quem somos: filhos da luz!”.

Pe. Aldo Buonaiuto
Exorcista Italiano
Fonte: http://pt.aleteia.org/2015/10/29/halloween-mera-diversao-pois-quem-se-diverte-mesmo-e-o-diabo/
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sábado, 24 de outubro de 2015

Intercessão de Guadalupe: Antes de chegar ao México, maior ciclone já registrado vira “apenas” tempestade tropical

O maior furacão já registrados, em todos os tempos, atingiu o oeste do litoral do México com chuvas e ventos de até 266 km/h, causando o caos em cidades no litoral, mas menos danos do que se temia. O furacão Patrícia perdeu força enquanto se movia para o interior do território mexicano, neste sábado (24), e já foi rebaixado para a categoria de “apenas” tempestade tropical.

Bem disse a Santíssima Virgem à Juan Diego, em Guadalupe: “Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado”(…) “Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto?”

Agradeçamos a Virgem por essa disposição de salvar os seus filhos com Sua doce intercessão.

Oração de agradecimento a Nossa Senhora de Guadalupe

Virgem Maria de Guadalupe,
Mãe do verdadeiro Deus, por quem se vive!

Em São João Diego, o menor dos teus filhos,
Tu dizes hoje aos povos da América Latina:
“Não estou aqui eu, que sou tua Mãe?
Não estás sob a minha sombra?
Não estás, por ventura, em meu regaço?”

Vim a ti para pedir-te ajuda e recebi;
vim pedir-te amor e o encontrei.

E hoje venho agradecer-te,
do mais profundo do meu coração,
pelos favores, ajudas e proteção
que encontrei e que todo dia encontro em ti.

Obrigado, minha Mãe, Virgem Guadalupana,
Mãe de todos os mexicanos! (e de todos, todos nós!)

Obrigado por me receberes como teu filho,
obrigado por atenderes minhas súplicas,
obrigado por tornares a minha vida melhor,
obrigado por intercederes por mim!

Obrigado, minha Mãe! Obrigado!

Fonte: Fides Press
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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Apelo de médica romena ao Papa e bispos no Sínodo: “A missão da Igreja é salvar almas. O mal, neste mundo, provém do pecado. Não da disparidade de renda ou ‘mudança climática'”.


LifeSiteNews – Tradução: Dominus Est

Dra. Anca-Maria Cernea, médica do Centro de Diagnóstico e Tratamento-Victor Babes e Presidente da Associação dos Médicos Católicos de Bucareste (Romênia) fez a seguinte apresentação ao Papa Francisco e aos bispos sinodais na sexta-feira:

“Sua Santidade, Padres Sinodais, irmãos e irmãs, eu represento a Associação dos Médicos Católicos de Bucareste.

Eu pertenço à Igreja Catolica Greco-Romena.

Meu pai era um líder político cristão, e foi preso pelos comunistas por 17 anos. Meus pais estavam prestes a se casar, mas seu casamento aconteceu 17 anos depois.

Minha mãe esperou todos esses anos pelo meu pai, embora ela nem sabia se ele ainda estava vivo. Eles foram heroicamente fieis a Deus e a seu compromisso.

O exemplo deles mostra que a graça de Deus pode superar as terríveis circunstâncias sociais e pobreza material.

Nós, como médicos católicos, defendendo a vida e a família, podemos ver que isso, antes de tudo, é uma batalha espiritual.

A pobreza material e o consumismo não são a causa principal da crise da família.

A principal causa da revolução sexual e cultural é ideológica.

Nossa Senhora de Fátima disse que os erros da Rússia se espalhariam por todo o mundo.

Tudo começou sob uma forma violenta, o marxismo clássico, matando dezenas de milhões.

Agora ele está sendo feito sobretudo pelo marxismo cultural. Há uma continuidade da revolução sexual de Lenin, através de Gramsci e a Escola de Frankfurt, e atualmente com os direitos gays e a ideologia do gênero.

 O  marxismo clássico pretendia redesenhar a sociedade, através da violenta tomada da propriedade.

Agora, a revolução é mais profunda; ela pretende redefinir a família, a identidade sexual e a natureza humana.

Essa ideologia se autodenomina progressista. Mas isso não é nada mais do que a oferta da antiga serpente, para que o homem assuma o controle, substitua a Deus, para providenciar a salvação aqui, neste mundo.

É um erro de natureza religiosa, é o Gnosticismo.

É tarefa dos pastores reconhecê isso e avisar o rebanho contra este perigo.

 “Buscai, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”

A missão da Igreja é salvar almas. O mal, neste mundo, provém do pecado. Não da disparidade de renda ou “mudança climática”.

A solução é: Evangelização. Conversão.

Sem um crescente controle do governo. Sem um governo mundial. Estes são hoje os principais agentes que impoem o marxismo cultural em nossas nações, sob a forma de controle populacional, saúde reprodutiva, direitos dos homossexuais, a educação de gênero, e assim por diante.

O que o mundo necessita hoje em dia não é a limitação da liberdade, mas a verdadeira liberdade, a libertação do pecado. Salvação.

Nossa Igreja foi suprimida pela ocupação soviética. Mas nenhum dos nossos 12 bispos traiu sua comunhão com o Santo Padre. Nossa Igreja sobreviveu graças à determinação e exemplo de nossos bispos em resistir às prisões e o terror.

Nossos bispos pediram à comunidade para não seguir o mundo. Não cooperar com os comunistas.

Agora precisamos de Roma para dizer ao mundo: “Arrependam-se de seus pecados e voltem-se para Deus pois o Reino dos Céus está próximo”.

Não somente nós, leigos católicos, mas também muitos cristãos ortodoxos estão ansiosamente rezando por este Sínodo. Porque, como dizem, se a Igreja Católica ceder ao espírito deste mundo, vai ser muito difícil para todos os outros cristãos a resistir a ele.”
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