quinta-feira, 21 de março de 2013

Dúvidas sobre Confissão

Perguntas e respostas sobre o Sacramento da Penitência

1. O que é o sacramento da Penitência?

O sacramento da Penitência, ou Reconciliação, ou Confissão, é o sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para apagar os pecados cometidos depois do Batismo. É, por conseguinte, o sacramento de nossa cura espiritual, chamado também sacramento da conversão, porque realiza sacramentalmente nosso retorno aos braços do pai depois de que nos afastamos com o pecado.

2. É possível obter o perdão dos pecados mortais sem a confissão?

Depois do Batismo não é possível obter o perdão dos pecados mortais sem a Confissão, embora seja possível antecipar o perdão com a contrição perfeita acompanhada do propósito de confessar-se.

3. E se depois de feita a constrição a pessoa  não se confessa?

Quem se comporta desta maneira comete uma falta grave. Pois todos os pecados mortais cometidos depois do batismo devem ser acusados na Confissão.

4. O que se requer para fazer uma boa confissão?

Para fazer uma boa confissão é  necessário: fazer um cuidadoso exame de consciência, arrepender-se  dos pecados cometidos e o firme propósito de não cometê-los mais (contrição), dizer os outros pecados ao sacerdote (confissão), e cumprir a penitência (satisfação).

5. O que é o exame de consciência?

O exame de consciência é a diligente busca dos pecados cometidos depois da última Confissão bem feita.

6. No exame de consciência é necessário ter exato o número dos pecados?

Dos pecados graves ou mortais é preciso acusar  também o número, porque cada pecado mortal deve ser dito na confissão.

7. O que é a dor dos pecados?

A dor dos pecados é o sincero pesar e a repulsa dos pecados cometidos.

8. De quantos tipos é a dor?

A dor é de dois tipos: dor perfeita (ou contrição) e dor imperfeita (ou atrição).

9. Quando se tem dor perfeita ou contrição?

Tem-se a dor perfeita ou contrição quando se arrepende dos próprios pecados porque se ofendeu a Deus, imensamente bom e digno de ser amado: quando a dor nasce do amor desinteressado a Deus, quer dizer, da caridade.

10. Quando se tem a dor imperfeita ou atrição?

Tem-se a dor imperfeita ou atrição quando o arrependimento, assim que inspirado pela fé, tem motivações menos nobres: por exemplo, quando nasce da consideração da desordem causada pelo pecado, ou pelo temor da condenação eterna (Inferno) e das penas que o pecador pode receber.

11. Pela dor dos pecados obtém-se imediatamente o perdão?

A dor perfeita unida ao propósito de confessar-se obtém imediatamente o perdão; a dor imperfeita só se obtém, pelo contrário,  na confissão sacramental. (Nota do portal: o Catecismo ressalta que ainda que se ache estar em contrição perfeita, que já perdoaria o pecado, deve-se receber a eucaristia apenas após realizar a confissão)

12. É necessário arrepender-se de todos os pecados cometidos?

Para a validez da confissão é suficiente arrepender-se de todos os pecados mortais, mas para o progresso espiritual é necessário arrepender-se também dos pecados veniais.

13. Um verdadeiro arrependimento requer também o propósito de abandonar o pecado?

O arrependimento certamente olha para o passado, mas implica necessariamente um empenho para o futuro com a firme vontade de não cometer jamais o pecado.

14. Pode-se ter um verdadeiro arrependimento se a gente prevê que antes ou depois tornará a cair em pecado?

A previsão do pecado futuro não impede que se tenha o propósito sincero de não cometê-lo mais, porque o propósito depende só do conhecimento que nós temos de nossa fraqueza.

15. O que é a confissão?

A confissão é a manifestação humilde e sincera dos próprios pecados al sacerdote confessor.

16. Quais pecados são obrigatórios confessar?

Estamos obrigados a confessar todos e cada um dos pecados graves, ou mortais, cometidos depois da última confissão bem feita.

17. Quais são os pecados mortais mais freqüentes?

As faltas objetivamente mortais mais freqüentes são (seguindo a ordem dos mandamentos): praticar de qualquer modo a magia; blasfemar; perder a Missa dominical ou as festas de preceitos sem um  motivo sério; tratar mau aos próprios pais ou superiores; matar ou ferir gravemente a uma pessoa inocente; procurar diretamente o aborto; procurar o prazer sexual e solitário ou com outras pessoas que não sejam o próprio cônjuge; para os cônjuges, impedir a concepção no ato conjugal; roubar alguma soma relevante, inclusive desviando ou subtraindo no trabalho; murmurar gravemente sobre o próximo ou caluniá-lo; cultivar voluntariamente pensamentos ou desejos impuros; faltar gravemente com o próprio dever;  aproximar-se da Sagrada Comunhão em estado de pecado mortal; omitir voluntariamente um pecado grave na confissão.

18. Se a pessoa esquece um pecado mortal, obtém igualmente o perdão na confissão?

Se a pessoa esquecer um pecado mortal, pode obter igualmente o perdão, mas na confissão seguinte deve confessar o pecado esquecido.

19. Se a pessoa omitir voluntariamente um pecado mortal obtém o perdão dos outros pecados?

Se uma pessoa, por vergonha ou por outros motivos, omite um pecado mortal, não só não obtém nenhum perdão, mas também comete um novo pecado de sacrilégio, o de profanação de uma coisa sagrada.

20. Há obrigação de confessar os pecados veniais?

A confissão dos pecados veniais não é necessária, mas é muito útil para o progresso da vida cristã.

21. O confessor deve dar sempre a absolvição?

O confessor deve dar sempre a absolvição se o penitente estiver bem disposto, quer dizer, se estiver sinceramente arrependido de todos seus pecados mortais. Se pelo contrário, o penitente não está bem disposto, não tendo a dor ou o propósito de emenda, então o confessor não pode e não deve dar a absolvição.

22. O que deve fazer o penitente depois da absolvição?

O penitente depois da absolvição deve cumprir a penitência que lhe foi imposta e reparar os danos que seus pecados  eventualmente tiverem causado ao próximo (por exemplo, deve restituir o roubado).

23. Quais são os efeitos do sacramento da Penitência?

São a reconciliação com Deus e com a Igreja, a recuperação da graça santificante, o aumento das forças espirituais para caminhar para a perfeição, a paz e a serenidade da consciência com uma  viva consolação do espírito.

24. Como se pode superar a dificuldade que se sente para confessar-se?

Que tem dificuldades para confessar-se deve considerar que o sacramento da Penitência é um dom maravilhosos que o Senhor nos deu. No "tribunal" da Penitência o culpado jamais é condenado, mas sempre absolvido. Pois quem se confessa não se encontra com um simples homem, mas com  Jesus, o qual, presente em seu ministro, como fez um tempo com o leproso do Evangelho (Mc 1, 40ss.) também hoje nos toca ou nos cura; e, como fez com a menina que jazia morta nos toma pela mão repetindo aquelas palavras: "Talita kumi, menina,  eu te digo, levante-te!" (Mc 5, 41).

25. A confissão nos ajuda também no caminho da virtude?

A confissão é um meio extraordinariamente eficaz para progredir no caminho da perfeição. Com efeito, além de nos dar a graça "medicinal" própria do sacramento, faz-nos exercitar as virtudes fundamentais de nossa vida cristã. A humildade acima de tudo, que é a base de todo o edifício espiritual, depois a fé em Jesus Salvador e em seus méritos infinitos, a esperança do perdão e da vida eterna, o amor para Deus e para o próximo, a abertura de nosso coração à reconciliação com quem nos ofendeu. Enfim, a sinceridade, a separação do pecado e o desejo sincero de progredir espiritualmente. 


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Por que se confessar?


A Penitência é um sacramento que nos auxilia na caminhada nesta estrada difícil rumo ao céu.
Jesus veio ao nosso mundo para tirar o pecado; como disse São João Batista, “Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29).
O Filho de Deus não veio a este mundo para outra finalidade, senão esta. E para isso pregou o Evangelho da Salvação, instalou o Reino de Deus entre nós, instituiu a Igreja para levar a cabo esta missão de arrancar o pecado da humanidade, e morreu na Cruz, para com sua morte e ressurreição nos justificar diante da Justiça divina.
Com o preço infinito de Sua Vida, Ele pagou o nosso resgate, reparou a ofensa infinita que nossos pecados fazem contra a infinita Majestade de Deus. E deixou com a Sua Igreja a incumbência de levar o perdão a todos os que crerem no Seu Nome. É por meio da Confissão (= Penitência, Reconciliação) que a Igreja cumpre a vontade de Jesus de levar o perdão e a paz aos filhos de Deus.
Infelizmente muitos católicos ainda não se deram conta da importância capital da Confissão, que só na Igreja Católica existe. Quando se derem conta da sua importância, os sacerdotes não terão sossego…
Há mais de 50 anos me confesso, e o faço pelo menos uma vez por mês, porque acredito nas palavras de Jesus e da Igreja: “a quem perdoardes os pecados, os pecados serão perdoados”.
Nunca tive dificuldades para me confessar. É claro que contar as suas quedas a um homem como você, é constrangedor e até um pouco humilhante. Mas é uma “sagrada humilhação”; que nos faz bem. São Francisco de Sales dizia que “a humilhação nos torna humildes”.
Na pessoa do sacerdote da Igreja, legitimamente ordenado, está o próprio Jesus, que age nele “in persona Christi”, para lavar a sua alma com o Seu Sangue; e o sacerdote está terminantemente proibido de contar, a quem quer que seja, o que ouviu na Confissão. É o sigilo da Confissão. Ele pode ser excomungado da Igreja se revelar o pecado de um fiel.
Além disso, é bom confessar-me com um homem, pecador como eu, mais ou menos, porque assim ele me entende. O difícil seria me confessar com um Anjo, que não tem pecados. Gostaria de dizer aqui que nestes anos todos de minha vida, de Confissão frequente, nunca me senti maltratado, humilhado ou menosprezado em uma Confissão; ao contrário, sempre senti-me acolhido nos braços do Confessor, como se fosse os próprios braços de Cristo a me levar de volta para a casa do Pai.
O Confessor é o como aquele bom pastor que resgata a ovelha do abismo do mundo, a coloca nos ombros e a leva para o aprisco seguro. É uma grande graça que o Bom Pastor deixou para as suas ovelhas.
Somente a Igreja Católica recebeu e guardou esta riqueza para você, e espera que você não a despreze, pois afinal custou a vida de Nosso Senhor.
O Sacramento da Penitência, chamado também de Confissão, é portanto, o meio ordinário que Jesus deixou para a nossa santificação.
Impressiona-me, profundamente, observar que o primeiro ato do Senhor, após a Ressurreição, no mesmo dia desta, foi instituir o Sacramento da Penitência.
É muito importante notar que esse foi o “primeiro ato” de Jesus após a Ressurreição: delegou aos Apóstolos o poder divino de perdoar os pecados: “a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados…” Não resta a menor dúvida!
Juntamente com a Eucaristia, a Penitência é um sacramento da caminhada nesta estrada difícil rumo ao céu. O Senhor sabe da nossa miséria e fraqueza, então providenciou o remédio salutar. Se meditássemos profundamente neste grande mistério, e conhecêssemos toda a miséria da nossa alma, faríamos como alguns santos que queriam se confessar diariamente…

Prof Felipe de Aquino
Editora Cléofas
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segunda-feira, 18 de março de 2013

Perfil do Papa Francisco


“Jesus nos ensina o outro caminho: sair para dar testemunho, sair para cuidar do próximo, sair para repartir, sair para perguntar”
Luana de Oliveira
Da Redação, com agências
Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, nasceu em 17 de novembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina e é agora o primeiro Papa Jesuíta.
Bergoglio estudou química, mas decidiu ser sacerdote e entrou para o seminário de “Villa Devoto”. Em 11 de março de 1958, passou para o noviciado da Companhia de Jesus.
Estudou sobre a humanidade no Chile e, em 1960, voltou para Buenos Aires, onde fez licenciatura em Filosofia no colégio “Maximo San José”, na cidade de “San Miguel”. Estudou Filosofia e Teologia, tornando-se, mais tarde, professor teológico. Considerado entre muitos como um líder nato, não demorou para que a Sociedade dos Jesuítas o promovesse como provincial da Argentina.
Bergoglio foi ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1969; em 20 de maio de 1992, João Paulo II nomeou-o Bispo Titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires. Em junho desse mesmo ano, recebeu, na Catedral Primada, a ordenação episcopal. Foi promovido a Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires em 3 de junho de 1997.
O atual Pontífice de Roma foi criado cardeal presbítero, em 21 de fevereiro de 2001, e recebeu a barrete vermelha e o título de São Roberto Belarmino. Como purpurado, Bergoglio tornou-se conhecido pela humildade pessoal, pelo conservadorismo doutrinário e pelo compromisso com a justiça social. Um estilo de vida simples contribuiu para sua reputação de humildade. Ele morava em um pequeno apartamento, em vez de residir na residência do bispo de palaciana. Agora como Papa, Francisco residirá no Vaticano.
O Novo Papa é um dos cinco filhos de um casamento italiano de classe média, formado por Mário, um trabalhador ferroviário, e Regina Sívori, uma dona de casa.
É autor de várias obras, entre as quais “Reflexões sobre a vida apostólica”, de 1986; “Meditações para Religiosos”, de 1982, e “Reflexões de Esperança”, de 1992. É membro da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos, bem como do Conselho Pontifício para a Família.
É apaixonado leitor de Dostoievski, Borges e autores clássicos. Gosta de tango e é aficionado por futebol.
Em contra-partida, é contra o casamento homossexual e o aborto. Durante a discussão do projeto que legalizou, na Argentina, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o agora Papa Francisco enviou uma carta de repúdio dirigida aos quatro monastérios de Buenos Aires, na qual dizia: “Não sejamos ingênuos. Não se trata de uma simples luta política; é a pretensão destrutiva ao plano de Deus”.
“Jesus nos ensina o outro caminho: sair para dar testemunho, sair para cuidar do próximo, sair para repartir, sair para perguntar”, disse Bergoglio, ainda cardeal, comparando o conceito do catolicismo com os fariseus do tempo de Jesus.
Tradução: Thais Azevedo
Canção  Nova


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quinta-feira, 14 de março de 2013

Do ônibus ao Papamóvel: O que não conhecemos do novo Papa Francisco


VATICANO, 14 Mar. 13 / 08:00 am (ACI).- Jorge Mario Bergoglio, a partir de agora o Papa Francisco, é um homem simples, austero, de perfil baixo, mas de pregação enérgica, valente defensor da vida desde a concepção até a morte natural, amante da música, da literatura e como bom argentino, do futebol.
O Papa Francisco é o primeiro Papa da América, o primeiro de fala espanhola, o primeiro jesuíta em ser Pontífice e o primeiro em escolher o nome do santo de Assis e do grande evangelizador da Companhia de Jesus, São Francisco Xavier.
Nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 17 de dezembro de 1936. Assume o Pontificado com 76 anos de idade. É um dos cinco filhos de Mario Bergoglio, um ex-empregado ferroviário, e Regina Sívori, dona de casa.
Formou-se como técnico em engenharia química quando descobriu o chamado à vida religiosa e aos 20 anos de idade ingressou na Companhia de Jesus. Perdeu boa parte de um pulmão devido a uma enfermidade respiratória e aos 33 anos foi ordenado sacerdote. Goza de muito boa saúde, graças à vida austera e rigorosa que sempre observou.
Foi superior provincial dos jesuítas entre 1973 e 1979, em plena ditadura militar argentina, tempos violentos nos que teve que reorientar a missão pastoral dos jesuítas no país. Seu difícil trabalho mereceu o reconhecimento de seus irmãos religiosos e como consequência a calunia por parte de grupos extremistas.
Em 1992, o Papa João Paulo II o nomeou Bispo Auxiliar de Buenos Aires. Em 1997 o nomeou Arcebispo Coadjutor e em 28 de fevereiro de 1998 assumiu o cargo de Arcebispo de Buenos Aires, sucedendo ao Cardeal Antonio Quarracino. No ano de 2001 foi designado Cardeal. Foi presidente da Conferência Episcopal Argentina durante dois períodos e em dezembro de 2011, ao fazer 75 anos de idade, apresentou sua renúncia ao cargo de Arcebispo, mas o Papa Bento XVI não a aceitou.
O Cardeal Bergoglio é conhecido em seu país por levar uma vida muito austera. Vivia sozinho em um apartamento simples, no segundo andar do edifício da Cúria, ao lado da Catedral, e foi um enérgico defensor dos argentinos durante a crise econômica e social que no ano 2001 derivou na renúncia de Fernando de la Rúa. Sabe-se que está acostumado a cuidar pessoalmente a sacerdotes idosos e doentes da diocese de Buenos Aires e inclusive passou noites inteiras oferecendo assistência nos hospitais de sua cidade.
Sempre procurou manter-se afastado das câmeras e conservar um perfil baixo, em Buenos Aires viajava de transporte público -metrô (trem subterrâneo) e ônibus- como qualquer sacerdote, sempre vestindo batina. Com frequência confessava na Catedral de Buenos Aires como um presbítero a mais, e buscou não ter uma grande exposição nos meios de comunicação.
Em suas viagens a Roma manteve este mesmo perfil e era frequente vê-lo com um sobretudo preto sem luzir a chamativa vestimenta dos cardeais. Quando foi criado Cardeal, não comprou uma vestimenta nova, mas ordenou arrumar a que usava seu antecessor o Arcebispo Quarracino.
Seus amigos asseguram que é um apaixonado leitor de Dostoievski, Borges e autores clássicos, gosta de ópera, tango e futebol. É simpatizante do Clube Atlético San Lorenzo de Almagro.
Fonte : Aci Digital
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terça-feira, 12 de março de 2013

Programação do Conclave


Durante o Conclave, cardeais não terão contato com o mundo externo
Daniel Machado
Enviado especial a Roma
Quando o mestre de cerimônias pontifícias pronunciar as palavras extra omnes (todos para fora), nesta terça-feira, 12, às 16h45 (12h45 horário do Brasil), inicia-se oficialmente o Conclave.
Cardeais celebraram Missa pela manhã na Basílica de São Pedro / Foto: Clarissa Oliveira CN Roma
A partir deste momento, os cardeais entram em clausura, ou seja, não possuem – até a eleição do novo Pontífice – contato com o mundo externo. Eles não podem conversar com a imprensa, não podem telefonar nem mesmo enviar uma mensagem nas redes sociais.
Hoje, às 10h da manhã (horário de Roma – 6h em Brasília), aconteceu a Missa “Pro Eligendo Pontífice”, presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano.
Como será, a partir de agora, a programação dos cardeais dentro dos muros do Vaticano?
Primeiro dia (horário atualizado para o Brasil)
11h45 – Os cardeais são transferidos para o Palácio Apostólico
12h30 – Invocando o auxílio da Igreja Celeste, na ladainha dos santos, os cardeais saem em procissão da Capela Paulina para a Capela Sistina
12h45 – Começa o processo de juramento e meditação para um eventual escrutínio (se houver votação, uma primeira fumaça já pode sair pela chaminé)
15h15 – Oração das vésperas na Capela Sistina
15h30 – Transferência para o aposento Santa Marta
16h (20h em Roma) – Jantar
Outros dias (horário atualizado para o Brasil)
2h30 às 3h30 (6h30 em Roma) – Café da manhã
3h45 – Transferência para a Capela Paulina
4h15 – 5h15 – Missa na Capela Paulina
5h30 – Ora média e votação na Capela Sistina (fumaça)
8h30 – Translado para a ala Santa Marta
9h – Almoço
12h – Translado para Palácio Apostólico
12h50 – Votação na Capela Sistina
15h15 – Véspera na Capela Sistina
15h30 – Translado para aposento Santa Marta
16h (20h em Roma) – Jantar
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sábado, 9 de março de 2013

O mundo sempre nos fará guerra


De São Francisco de Sales. “Filotéia – Introdução à vida devota”
Assim que a tua devoção se for tornando conhecida no mundo, maledicências e adulações te causarão sérias dificuldades de praticá-la. Os libertinos tomarão a tua mudança por um artifício de hipocrisia e dirão que alguma desilusão sofrida no mundo te levou por pirraça a recorrer a Deus.
Os teus amigos, por sua vez, se apressarão a te dar avisos que supõem ser caridosos e prudentes sobre a melancolia da devoção, sobre a perda do teu bom nome no mundo, sobre o estado de tua saúde,sobre a necessidade de viver no mundo conformando-se aos outros e, sobretudo, sobre os meios que temos para salvar-nos sem tantos mistérios.
Filoteia, tudo isso são loucas e vãs palavras do mundo e, na verdade, essas pessoas não têm um cuidado verdadeiro de teus negócios e de tua saúde: Se vós fôsseis do mundo, diz Nosso Senhor, amaria o mundo o que era seu; mas, como não sois do mundo, por isso ele vos aborrece.
Vêem-se homens e mulheres passarem noites inteiras no jogo; e haverá uma ocupação mais triste e insípida do que esta? Entretanto, seus amigos se calam; mas, se destinamos uma hora à meditação ou se nos levantamos mais cedo, para nos prepararmos para a santa comunhão, mandam logo chamar o médico, para que nos cure desta melancolia e tristeza. Podem-se passar trinta noites a dançar, que ninguém se queixa; mas por levantar-se na noite de Natal para a Missa do Galo, começa-se logo a tossir e a queixar de dor de cabeça no dia seguinte.
Quem não vê que o mundo é um juiz iníquo, favorável aos seus filhos, mas intransigente e severo para os filhos de Deus?
Só nos pervertendo com o mundo, poderíamos viver em paz com ele, e impossível é contentar os seus caprichos – Veio João Batista, diz o divino Salvador, o qual não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Ele está possesso do demônio. Veio o Filho do Homem, come e bebe, e dizeis que é um samaritano.
É verdade, Filoteia, se condescenderes com o mundo e jogares e dançares, ele se escandalizará de ti; e, se não o fizeres, serás acusada de hipocrisia e melancolia. Se te vestires bem, ele te levará isso a mal, e, se te negligenciares, ele chamará isso baixeza de coração. A tua alegria terá ele por dissolução e a tua mortificação por ânimo carrancudo; e, olhando-te sempre com maus olhos, jamais lhe poderás agradar.
As nossas imperfeições ele considera pecados, os nosso pecados veniais ele julga mortais, e malícias, as nossas enfermidades; de sorte que, assim como a caridade, na expressão de S. Paulo, é benigna, o mundo é maligno.
A caridade nunca pensa mal de ninguém e o mundo o pensa sempre de toda sorte de pessoas; e, não podendo acusar as nossas ações, condena ao menos nossas intenções. Enfim, tenham os carneiros chifres ou não, sejam pretos ou brancos, o lobo sempre os há de tragar, se puder.
Procedamos como quisermos, o mundo sempre nos fará guerra. Se nos demorarmos um pouco mais no confessionário, perguntará o que temos tanto que dizer; e, se saímos depressa, comentará que não contamos tudo. Espreitará todas as nossas ações e, por uma palavra um pouco menos branda, dirá que somos insuportáveis. Chamará avareza o cuidado por nossos negócios, e idiotismo a nossa mansidão. Mas, quanto aos filhos do século, sua cólera é generosidade; sua avareza, sábia economia; e suas maneiras livres, honesto passatempo. É bem verdade que as aranhas sempre estragam o trabalho das abelhas!
Abandonemos este mundo cego, Filoteia; grite ele quanto quiser, como uma coruja para inquietar os passarinhos do dia. Sejamos firmes em nossos propósitos, invariáveis em nossas resoluções e a constância mostrará que a nossa devoção é séria e sincera. Os cometas e os planetas parecem ter o mesmo brilho; mas os cometas, que são corpos passageiros, desaparecem em breve, ao passo que os planetas brilham continuamente. Do mesmo modo muito se parece a hipocrisia com a virtude sólida e só se distingue porque aquela não tem constância e se dissipa como a fumaça, ao passo que esta é firme e constante.
Demais, para assegurar os começos de nossa devoção, é muito bom sofrer desprezos e censuras injustas por sua causa; deste modo nós nos premunimos contra a vaidade e o orgulho, que são como as parteiras do Egito, às quais o infernal Faraó mandou matar os filhos varões dos judeus no mesmo dia de seu nascimento. Enfim, nós estamos crucificados para o mundo e o mundo deve ser crucificado para nós. Ele nos toma por loucos; consideremo-lo como um insensato.
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sexta-feira, 8 de março de 2013

Conclave terá início no dia 12 de março



Pe_FedericoLombardiHOJE PELA MANHÃ,
o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, iniciou a coletiva do dia ao término da sétima Congregação Geral do Colégio Cardinalício, anunciando que nesta sexta-feira será votada a data do início do Conclave. Provavelmente, o Conclave deverá começar no início da próxima semana, disse o religioso jesuíta.
Estiveram presentes na Congregação Geral da manhã desta sexta-feira 153 purpurados, dentre os quais, os 115 cardeais eleitores. O primeiro ato importante desta manhã foi conseqüência da Constituição apostólica “Universi Dominici gregis”: o Colégio cardinalício deve reconhecer os motivos de ausência dos eleitores que não vieram, precisou Pe. Lombardi.
Dois cardeais eleitores comunicaram que não viriam, o cardeal emérito de Jacarta, Julius Riyadi Darmaatmadja, e o cardeal escocês O’Brien, pelos motivos por eles apresentados. O primeiro por motivo de enfermidade, e o segundo por motivos pessoais. O Colégio cardinalício votou aceitando esses motivos.
Na Congregação Geral desta manhã se pronunciaram 18 cardeais. Ao todo, mais de cem já se pronunciaram. Poucos falaram mais de uma vez, disse Pe. Lombardi.
Entre os temas abordados esta manhã: diálogo inter-religioso, bioética, justiça no mundo. O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé acrescentou que se falou também sobre a importância de um anúncio positivo do cristianismo, sobre o anúncio do amor de forma alegre. Nesse sentido, falou-se muito sobre o anúncio da misericórdia recordando inclusive João Paulo II e o tema da misericórdia.
Falou-se também sobre colegialidade, um tema ao qual comumente se retorna quando se trata do governo da Igreja. De fato, o tema da colegialidade foi evocado várias vezes, bem como da mulher na Igreja.
No sábado se terá Congregação Geral somente pela manhã. No domingo é provável que os cardeais celebrem ou rezem nas igrejas romanas das quais são titulares. Todos os cardeais, recordou, são titulares de uma igreja em Roma e, portanto, têm um laço espiritual com essas igrejas.
Pe. Lombardi destacou um pequeno aspecto interessante: a iniciativa no site web “Adopt a Cardinal“, à qual muitas pessoas aderem recebendo o nome de um purpurado, assumindo assim o compromisso de rezar por ele. Tem-se conta de 220 mil pessoas que já se inscreveram e participam desse movimento de oração mediante o auxílio do site.
Casa Santa Marta, onde os cardeais estão hospedados
Casa Santa Marta, onde os cardeais estarão hospedados durante o conclave
Durante a coletiva, imagens do Centro Televisivo Vaticano (CTV) mostraram a “Casa Santa Marta“, onde os cardeais estarão hospedados no período do Conclave.
Respondendo a uma pergunta, Pe. Lombardi ressaltou que com a participação de 115 cardeais é necessário o voto favorável no Conclave de 77 purpurados para eleger o Papa, ou seja, os 2/3 dos votantes.
Retornando ao início do Conclave, o sacerdote jesuíta especificou que se faz, em congregação, o sorteio dos quartos cardeais na Casa Santa Marta. E afirmou que é dada aos cardeais a possibilidade, a quem deles quiser, de se confessar durante o Conclave.
Por fim, Pe. Lombardi afirmou que a segunda e última meditação, a qual será proposta aos purpurados na Capela Sistina, será feita pelo cardeal maltês Prospers Grech, não eleitor. (RL)
Fonte: Rádio Vaticano

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