terça-feira, 30 de outubro de 2012

Cuidado com o Halloween!


“O Halloween é o Hosana do Diabo.” (Padre Gabriele Amorth)
Todo dia 31 de Outubro existe uma festa chamada Halloween, também conhecido aqui no Brasil como o Dia das Bruxas.
Esta dia chamado de Halloween é uma data comemorativa que tem sua origem ainda com o povo Celta, dizem que há mais de 2300 anos.
Era uma data que para o povo Celta, por ser o ultimo dia do verão, diziam que os espíritos dos mortos saiam de suas covas e iriam de encontro ao vivos para tomar posse de seus corpos. É claro que o povo, Celta por medo destas almas, decidiram então colocar em suas casas, de preferência na frente das mesmas, objetos que pudessem “assustar” estas almas, e colocavam Caveiras, ossos, bonecos enfeitados e coisas do tipo.
Portanto a origem desta festa é a MORTE, as almas que que se levantam e vem de encontro aos vivos.
Na verdade esta festa esta cheia de realidades que nos apresenta o Ocultismo de frente: Bruxas, Fantasmas, Caveiras e personagens ligados ao terror…
Hallowenn tem a origem de seu nome que em ingles se diz: “All Hallow’s Eve” (Vigília de Todos os Santos), e atualmente antecede o que para nós Católicos Apostólicos Romanos o Dia de todos os Santos e posteriormenteo dia de Finados, ou alguns mais antigos ainda o chama de dia dos mortos.
E ai começa a grande cofusão que sempre o Ocultimo quer trazer em meio à nós. Nós Católicos temos o nosso “dia dos mortos” (FINADOS) que é claro tem um outro significado, e para se aproveitarem daquela data que era comemorado o dia dos mortos também para o povo Celta, mas é claro com outro significado, o Diabo na sua esperteza conseguiu introduzir esta festa chamada Halloween.
O grande problema disso tudo é que para os Satanistas, para os Bruxos, para muitas seitas ocultistas, este dia de Halloween não é somente uma data histórica, mas se tornou para eles oGRANDE DIA do DIABO! É o dia em que se reunem para fazer suas celebrações mais macabras, rituais verdadeiramente satanicos, na qual envolve sacrificios de animais e se chega a realizar até mesmo sacrificios humanos.
Nao pensem que isso é historinhas sobre satanismo ou coisas do tipo; isso é real e é mais real do que imaginamos. Satanistas e ocultistas de muitos “ramos” utilizam estes dias para profanar o Sagrado de Deus, é o momento de grande exaltação do demonio; e ai muitos procuram ir a igreja e verem se de alguma forma conseguem levar uma hostia consagrada para tais rituais, com o propósito de ofender a Deus, existe ainda nestes rituais muitas orgias sexuais com as pessoas que lá participam.
Então o que era a mais de 2300 anos atrás uma data que podemos chamar hoje de anti-cristã, pois contraria o principio do cristianismo, hoje se tornou uma festa totalmente pagã. Padre Gabriele Amorthdiz:
Halloween é uma armadilha do demônio. É uma festa nojenta e me dá nojo…” e ainda completa: “Trata-se de uma coisa pagã, anticristã e anticatólica…
Deixamos os nossos filhos se vestirem de diabos, bruxos e bruxas, se pintarem dos mais bizarros personagesn trashs da TV Americana, e tudo isso para que? Para que exaltar aquilo que não deve ser exaltado? Qual o intuito de se vestir de diabo, de demonios, de bruxos, magos e coisas do tipo?
Para os satanistas é uma maneira de instigarem as crianças e os jovens a fazerem memória para o mundo daquilo que eles comemoram: o DIA DO DIABO.
Aqui no Brasil ainda não está tão na a festa de Halloween como para o povo AMERICANO, mas sei que será importante este artigo também para o povo AMERICANO. O meu BLOG é visto pelos Americanos, sei disso, e é visto provavelmente por brasileiros que moram lá.
Sem contar que o clima de magia no ar para os Jovens fica aguçado, tem jovens que inventam já que estão vestidos assim de fazerem alguns tipos de rituais que viram em filmes, que acharam na internet; abrindo uma grande brecha para o demônio. Isso é muito sério.
A verdade é que este dia se tornou um dia propicio para se cultuar o demonio das mais diversas maneiras que voce imaginar.
Enquanto escrevo este artigo, estou conversando com uma jovem que se envolveu de maneira muito profunda com satanismo, e resolvi perguntar a ela se na data de Halloween esta seita que ela participava, faziam algo. Ela me disse que sim, que faziam reuniões com grupos na qual ofereciam sacrificios aos demonios, e que ela de maneira particular, preferia oferecer do seu proprio sangue, mas que pessoas que nao queriam oferecer seu proprio sangue, ofereciam a de animais que lá eram mortos…
Não quero ficar me delongando muito, fazendo diversas comparações e coisas do tipo, mas acho que deu para entender o que se passa na verdade por detras das comemorações que acontecem no dia deHalloween. E que não convém ficarmos participando e fazendo memoria das coisas que representam o proprio MAL.
Mas ao contrário, dia 31 de Outubro, quando se comemora o Dia das Bruxas, é o dia de permanecermos ainda mais em oração, voltados para Deus, intercedendo para que pessoas inocentes não se machuquem com estas práticas sedutoras de Halloween.
Esta jovem que estou acompanhando, um dia poderá testemunhar aqui no BLOG tudo o que ela viveu. Ainda estamos passando por um processo de libertação de muitas coisas, mas sei que em breve, muito breve ela estará completamente livre!
Deus abençoe você!
Danilo Gesualdo
membro da Comunidade Canção Nova
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O Culto a Maria



O culto de Maria é tão antigo quanto a Igreja, remontando diretamente aos estímulos de louvor e de admiração a ela oferecidos pelo Novo Testamento.

Esse culto manifestou-se pouco a pouco ao longo dos séculos, segundo uma evolução especial. Nos primeiros séculos, estava inserido nas festas que celebravam os mistérios de Jesus Cristo, porque foi justamente d'Ele que Maria hauriu toda sua grandeza. Nisso não houve nenhuma preocupação de interpretação errada de tipo pagão, como às vezes se escreveu; era, ao contrário, cuidadosa atenção para não separar a proclamada obra da Mãe da do Filho.

Talvez tenham sido precisamente os pagãos, com Adriano, que tentaram sufocar o culto e a doutrina judeu-cristã sobre Maria já delineada em seus elementos fundamentais na primeira metade do século I. Maria esteve, portanto, presente no culto litúrgico da Igreja primitiva, até porque, como ensina a história, a teologia nasce da piedade e não ao contrário. Foram os títulos de "primeira entre os crentes" e de "testemunha privilegiada do mistério de Cristo" que justificaram e incrementaram o culto mariano.

Também o papel de intercessão junto ao Senhor, de advogada, como a define Ireneu, nasceu bem cedo. No final do século I e início do século II, alguns escritos apócrifos sobre Maria exerceram extraordinária influência não só sobre o culto e sobre a devoção popular, mas também sobre a pregação e sobre a arte religiosa. A devoção a Maria fundamentou-se, substancialmente, no modelo que ela ofereceu de vida de fé e de total abertura ao dom e à ação do Espírito Santo. Desde o século IV, Maria é louvada como magnífico modelo de vida virginal, entendida como sinônimo de santidade. Desde o século V, afirmou-se uma festa própria que celebrava a Mãe de Deus em união com o mistério da Encarnação do Verbo (por isso, a data da festa cai normalmente em dezembro, pouco antes do Natal).

No Oriente, os aspectos naturais de Nossa Senhora levaram, desde essa mesma época, a celebrar a festa da Natividade (8 de setembro), da Anunciação (25 de março), da Purificação (2 de fevereiro), da Assunção (15 de agosto), festas essas que entraram também nas liturgias ocidentais por obra do papa, de origem Síria, Sérgio I. Na Idade Média, difundiu-se no Ocidente uma particular piedade mariana que levou a substituir a Igreja por Maria. Isso a partir da constatação de que Maria permaneceu fiel a Jesus, mesmo durante os dias obscuros da paixão e morte, e somente ela, portanto, era a Igreja naqueles dias. Ela aparece como verdadeira mãe espiritual dos crentes, como a mãe de misericórdia e o socorro dos cristãos. Depois da escolástica, devido ao desenvolvimento da mariologia, foram celebradas as festas da Visitação (2 de julho), da Imaculada (8 de dezembro), da apresentação no Templo (21 de novembro).

Fatos particulares da cristandade pós-tridentina deram origem às festas do Rosário (7 de outubro) e do Nome de Maria (12 de outubro). Tornaram-se universais as festas que eram próprias de ordens religiosas, como a do Carmelo (16 de julho), de N. Sra. das Dores (15 de setembro), do Coração de Maria (22 de agosto) e várias outras que se originaram de devoções particulares, entre as quais a de Maria Rainha (31 de maio). A partir do século XI, desenvolveu-se entre os eclesiásticos, as pessoas religiosas e as confrarias o pequeno Ofício de Nossa Senhora, sempre presente nos livros das Horas. Nos séculos XVI e XVII, a piedade mariana assumiu às vezes formas aberrantes, especialmente na Itália, França e Espanha.

Foi atribuído a Maria em certo sentido o título de deusa e ela foi indicada como uma espécie de quarta pessoa da Trindade. Ao contrário, nos países atingidos pela Reforma tentou-se separar a Virgem de Cristo. De qualquer modo, os exageros do culto católico para com Nossa Senhora provocam nos protestantes um progressivo afastamento da piedade mariana. O culto a Nossa Senhora retoma fôlego em escala mundial na era contemporânea, sob o estímulo de eventos prodigiosos. São sobretudo as aparições de Maria em Paris na rue du Bac (1830), em La Salette (1846) e em Lourdes (1854) que voltam a dar-lhe vigor. O culto a Maria conhece um desenvolvimento tão forte também por reação à irrupção no cenário mundial de várias ideologias atéias, como o iluminismo, o liberalismo e o marxismo, bem como à difusão do modernismo. A teologia mariana do período padece, porém, de decadismo e de mediocridade.

Só no século XX é que surge um movimento mariano com objetivos e iniciativas elevados, denso de conteúdo teológico. As diversas Igrejas protestantes estão de acordo em reconhecer em Maria os três atributos de santa, virgem e mãe de Deus, atendo-se rigidamente às palavras da sagrada Escritura, sem deduzir delas outros privilégios. O culto prestado a Maria varia nas diversas Igrejas: em geral seu nome é lembrado nas orações a Deus enquanto mãe do Senhor; todavia, encontram-se também orações dirigidas diretamente a ela, mas somente por honra e louvor à mãe de Deus como modelo de fé e pelos benefícios com que foi gratificada por Deus. As devoções populares tiveram as mais válidas expressões na recitação do Angelus Domini, três vezes ao dia, bem como do santo rosário com a meditação dos quinze mistérios, no mês de maio. A devoção mais antiga (século IX) é a de dedicação do sábado a Maria e a que mais se divulgou foi a do canto das ladainhas de Nossa Senhora.

Testemunhas do culto e da devoção são as catedrais dedicadas a Nossa Senhora, sobretudo do século IX ao século XV, verdadeiras jóias da arquitetura, bem como um grande número de ícones, quadros, afrescos e estátuas. Essa devoção recebeu sempre incremento dos santuários marianos, nascidos às vezes no local das aparições de Nossa Senhora, como Caravaggio, Lourdes, Fátima, Guadalupe; às vezes por devoções particulares, como no Sagrado Monte de Varese e no de Varallo, em Loreto, em Pompéia, em Mariazell; ou também pela presença de imagens de Maria consideradas milagrosas, como em Jasna Gora, Tinos; ou ainda após lacrimações de imagens, de estátuas ou de baixo-relevos de Nossa Senhora, como em Siracusa. Esses santuários constituem local de contínuas peregrinações, lugares em que se manifesta com evidência a cada vez mais difundida piedade popular mariana. 


www.cleofas.com.br
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o que são as virtudes?


Santo Tomás de Aquino, citando Aristóteles, diz: a pedra nunca se acostuma a ser dirigida para cima (in II Ethic.lect. I). Com isso, o Doutor Angélico quer evidenciar que a nossa natureza necessita por excelência participar da natureza divina, porque Deus cria o homem para participar de Sua Vida, e, para tanto, não pode fazer o caminho inverso ou diferente daquele que é definido por Deus para que possa fazer da vida humana uma vida que participa da divindade.

A natureza humana possui forças habituais, enraizadas pelo ato da criação ou adquiridas pela repetição constante e regular de atos bons ou maus. Uma pessoa que pratica o bem fará de suas ações uma correspondência do bem; de outra monta, uma pessoa que pratica o mal irá fazer de suas ações a correspondência ao mal que ela deseja praticar. As forças que habitam a natureza humana criada são chamadas de habitus, e tais podem ser boas ou más, podem nos levar para Deus ou nos afastar d'Ele na medida em que praticamos o mal ou o bem com nosso esforço próprio e com o auxílio divino. Todo bom hábito é chamado de virtude e todo mau hábito é conhecido por vício. Para melhor definir, a virtude é, segundo Santo Agostinho, a disposição para o amor, compreendida como a essência e finalidade suprema do espírito humano, ou, ainda, segundo o já citado Aristóteles, é uma característica própria e definidora do ser humano, cuja realização consuma a excelência ou perfeição deste ser.


Esses bons hábitos (ou virtudes) são inerentes à natureza humana, e são comuns a todos os homens indistintamente, pois são naturais assim como o homem é natural, porém sem esquecer que é o Próprio Deus que mantém e sustenta a ordem natural que Ele criou. As virtudes, então, por serem próprias da humanidade, quando praticadas irão nos levar a viver retamente e evitaremos todo o mal, mas quando não são praticadas ou são esquecidas, iremos fazer de nossas ações um grupo imenso de vícios, ou seja, de maus hábitos que nos levam ao pecado. Estas virtudes boas, bons hábitos, essas forças de nossa natureza que estão presentes na alma, são chamadas de virtudes cardeais, quais sejam a: Prudência, Justiça, Temperança e Força.

I - A Prudência

A prudência nos leva a escolher entre o bem e o mal. É dela que Nosso Senhor Jesus Cristo ensina ao dizer: "Eis que vos mando como ovelhas no meio de lobos. Sêde, pois, prudentes como a serpente e simples como as pombas" (Mt 10, 16). Cristo proclama esse ensinamento de forma profética, ou seja, deixa claro para os apóstolos e para aqueles que seguiriam o Cordeiro de Deus pela pregação apostólica que, no decorrer de toda a história da Igreja, seria árduo que o mundo compreendesse quais são os caminhos de Deus e Seus propósitos para a humanidade. Assim, seguir o Cristo não seria nada além do que à custa de suor e labor, pois o próprio Cristo foi sinal de contradição, e sendo Ele assim, aqueles que o seguem seriam emissários da contradição. Quando, na vida de um cristão, não há contradição, é o sinal evidente de que o cristão se mundanizou (Cf. Bíblia de Navarra, Vol I, pg. 231). Por isso, na escolha entre o bem e o mal, que nos será possível escolher através da prudência, não será suscetível ao cristão transigir, transacionar, alienar a vida cristã por nenhuma manifestação mundana, por mais que seja aprazível ao corpo o que esteja em moda (cf. Idem, pg. 232). "A vida cristã levará consigo, necessariamente, uma inconformidade diante de tudo o que atente contra a fé e a moral (cf. Rom 12, 2). Não se pode estranhar que a vida do cristão se mova, não poucas vezes, entre o heroísmo e a traição. Perante estas dificuldades não se deve ter medo: não estamos sós, contamos" (cf. Ibidem, pg 232).

II - A Justiça

É a virtude que nos faz entender a criação, pois nos auxilia na prática de dar a cada um o que lhe é devido, proteger o que nos pertence e dar a Deus que Ele mesmo nos pede: a vida gratuitamente dada sendo devolvida ao Seio divino sem qualquer reserva, como prova de amor que é meio necessário para a salvação. Quando os seres humanos vivem entre si reto sentido da justiça, a vida será uma perfeita manifestação da divindade; assim, quando compramos algo, pagamos o seu valor; quando tomamos emprestado, gera-se o dever de restituir; quando contraímos uma obrigação, cabe-nos cumpri-la, tal como o matrimônio e o juramento livre dado como manifestação da verdade a outrem que confia na palavra dada, a promessa livre de uma vida reta diante de Deus; bem como o dever dos sacerdotes de administrar os sacramentos a quem legitimamente os pede. Quando se peca contra a justiça, o arrependimento e a confissão não bastam, a lesão deve ser reparada a todo custo para que o estado de justiça anterior seja restabelecido.

O conceito de justiça, enquanto virtude, é essencialmente religioso, pois justo para Deus é aquele que se esforça com sincero labor para cumprir a Vontade do Pai, o que se manifesta de três formas: no cumprimento dos mandamentos, nos deveres de estado leigo, sacerdotal e matrimonial e na luta para manter a alma unida à Santíssima Trindade através da graça santificante. Justiça, portanto, está essencialmente ligada à santidade. São Jerônimo, Doutor da Igreja dirá sobre a justiça:

" não exige somente um simples desejo vago de justiça, mas ter fome e sede dela, isto é, amar e buscar com todas as forças aquilo que torna justo o homem diante de Deus. O que de verdade quer a santidade cristã tem de amar os meios que a Igreja, instrumento universal de salvação, oferece e ensina a viver todos os homens, ou seja, freqüência aos sacramentos, convivência íntima com Deus na oração, fortaleza para cumprir os deveres de família, profissionais e sociais".

Na ordem das bem-aventuranças, a justiça é seguida da misericórdia, no participar do coração amoroso do Pai, o que não é somente em dar o que é devido, mas compreender com esforço cristão os defeitos que podem ter quem nos rodeia, com o perdão devido, pois tem Deus mais nos perdoado antes, no auxílio para que os defeitos de outrem sejam superados e principalmente em amar aquele que se apresenta como cheio de defeitos diante de nós. Isso nos leva ao Pai-Nosso: "perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido".

III - A Temperança

A virtude que nos oferece a resposta para as exigências da vida cristã. A temperança, de acordo com o ensinamento da Igreja, é "a virtude moral que modera a atração pelos prazeres e procura o equilíbrio no uso dos bens criados" (Catecismo da Igreja Católica, 1809). Segundo este mesmo ensinamento, aquele que possui esta virtude tem domínio da vontade sobre os instintos e seus desejos não ultrapassam os limites da honestidade, com que deve portar-se todo ser humano. Por isso, no Novo Testamento esta virtude é chamada também de "moderação", "sobriedade", como em Tt 2,12, onde Paulo diz que devemos "viver com moderação, justiça e piedade neste mundo".

Assim, como fruto desta virtude, tem-se a moderação nos prazeres sensíveis e a busca pelo equilíbrio no uso dos bens que Deus nos dá. Portanto, na virtude da temperança inclui-se a virtude da castidade, já que a temperança "tem em vista fazer depender da razão a paixões e os apetites da sensibilidade humana" (Catecismo da Igreja Católica, 2341). Inclui-se ainda tal proceder que evita os abusos no comer e no beber, a modéstia no vestir, a cautela ao freqüentar lugares que podem não ser próprios a um cristão, etc. Assim, o homem seguirá aquilo que as Sagradas Escrituras pedem:"Não te deixes levar por tuas paixões e refreia os teus desejos" (Eclo 18,30).

"O homem temperante é aquele que é senhor de si mesmo; aquele em que as paixões não tomam a supremacia sobre a razão, sobre a vontade e também sobre o coração. Entendamos portanto como a virtude da temperança é indispensável para que o homem seja plenamente homem, para que o jovem seja autenticamente jovem. O triste e aviltante espetáculo dum alcoólico ou dum drogado faz-nos compreender claramente como 'ser homem' significa, antes de qualquer outra coisa, respeitar a própria dignidade, isto é, deixar-se alguém conduzir pela virtude da temperança. Dominar-se a si mesmo, as próprias paixões e a sensualidade não significa de maneira nenhuma tornar-se alguém insensível ou indiferente; a temperança de que falamos é virtude cristã, que aprendemos com o ensino e o exemplo de Jesus, e não com a chamada moral 'estóica'"; (Sua Santidade, o Papa João Paulo - Discurso durante o Encontro com os Jovens na Basílica Vaticana).

IV - Fortaleza

A virtude da fortaleza é aquela que nos dota de segurança em tudo que fazemos, principalmente nos momento que mais precisamos, nas dificuldades e contrariedades, ajudando-nos a vencer o medo, como Cristo sempre pediu, em diversos momentos: "Não tenhais medo" (como em Mt 14,27). Esta virtude dá-nos, ainda, suporte e constância na procura do bem, firmando uma resolução de resistir às tentações e superar os obstáculos na vida moral (Cf. Catecismo da Igreja Católica, 1808).

A força, deve ficar claro a todos, não é virtude apenas dos heróicos, que expõe sua vida em favor de outro. A fortaleza está em cada atitude, escolha feita pelo homem, nos atos heróicos que passam despercebidos em nosso dia a dia.

"Segundo a doutrina de São Tomás, a virtude da fortaleza encontra-se no homem: que está pronto a "aggredi pericula", isto é, a afrontar o perigo; que está pronto a "sustinere mala", isto é, a suportar a adversidade por uma causa justa, pela verdade, pela justiça, etc. A virtude da fortaleza requer sempre alguma superação da fraqueza humana e sobretudo do medo. O homem, de fato, por natureza teme espontaneamente o perigo, os dissabores e os sofrimentos. preciso, por isso, procurar os homens corajosos não só nos campos de batalha, mas também nas salas dum hospital ou num leito de dor. Tais homens podiam-se encontrar muitas vezes nos campos de concentração e nos locais de deportação. Eram autênticos heróis" (Sua Santidade o Papa João Paulo II, Audiência Geral de 15/11/1978).
Comunidade Católica Shalom
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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Orar sempre, sem jamais desanimar!



O objetivo desta formação é ajudá-lo a meditar e orar com a Palavra de Deus através do método da Lectio Divina, que consiste em quatro passos: leitura, meditação, oração e contemplação. Sem uma leitura atenta, os demais passos serão prejudicados. Mas uma boa leitura nos ajudará muito a meditar o trecho lido, aplicando-o no dia-a-dia. A oração é um diálogo amoroso com o Senhor, que se revela de muitas formas. Ele nos comunica sua essência e nós respondemos, interagimos, pois Ele é um Deus vivo e não um ídolo inerte. Quanto mais profunda nossa oração, maior a sua ação em nós, levando-nos a mergulhar nele. Nisto consiste a contemplação. Convém lembrar que a profundidade da oração não se mede pelos “êxtases e arroubamentos”, mas pela caridade, pelos frutos de amor gerados na vida.

Tomemos a parábola do “Juiz iníquo e a viúva importuna”, em Lc 18,1-8. Leia-o várias vezes, se possível em alta voz, para exercitar dois sentidos: visão e audição.

A mensagem desta parábola é que devemos orar sempre, sem jamais desanimar. Como está sua oração? Você é insistente como a viúva ou já desfaleceu? Jesus já havia ensinado os discípulos a orar (cf. Lc 11,1-4), e a pedir com insistência (cf. Lc 11,5-13). Aqui Jesus conta esta parábola para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais desistir. Não é significativa esta insistência? Ele sabe como rapidamente desistimos, esquecemos o pedido, desanimamos, esmorecemos. E até para saber quão fortemente fazemos aquela oração, Ele “tarda” a nos atender, como explica o versículo 7 de Lc 18.
Mas Ele sempre ouve nossa oração! Talvez não nos dê exatamente aquilo que lhe pedimos, mas pode transformar nosso pedido em algo melhor para nós. E aí está o valor da oração contínua. Deus é sempre fiel! Ele nos ensina a orar, a confiar insistentemente, a pedir pela justiça, sem jamais desanimar, pois pedir é muitas vezes a única coisa que podemos fazer. Ele nos escuta e, ao seu tempo, nos atenderá, e sempre nos dá ou faz por nós algo melhor do que pedimos.

Faça uma revisão, olhando em seu caderno de oração ou “puxando” pela memória, das orações insistentes que você fez e veja se alguma ficou sem resposta! Observe bem o que diz o versículo 7: “... os eleitos que clamam a ele dia e noite”... Se alguma vez sua oração ficou sem resposta, talvez a razão disso tenha sido sua pouca insistência. Pode ser também que você esteja sofrendo as “demoras de Deus”. Em ambos os casos, convém louvar e agradecer ao Senhor por Ele permitir que você suporte com paciência o tempo dele.

A última parte do versículo 8 parece enigmática ou pessimista. Sobre o que acontecerá até a volta do Filho do Homem, se Jesus encontrará fé sobre a terra... Será que Ele pensa nos homens que, cada vez mais orgulhosos de seus conhecimentos científicos e avanços em todas as áreas, afastam-se da fé? Será que Ele alerta aos cristãos sobre a impiedade dos últimos tempos, quando o crescimento da iniqüidade esfriará a caridade de muitos (cf. Mt 24,12)? Ou talvez lembre que a fé (e a oração) é um ato exclusivo nosso e podemos perdê-la no final, mesmo se um dia ela tiver sido muito importante para nós.

Nem preciso propor a sua oração, não é mesmo? Mas, como vimos, ela é fundamental e ninguém pode fazer isso por você. Louve e agradeça. Peça e suplique. Glorifique e bendiga. Clame e implore. Ore. Ore. Ore. Permaneça um bom tempo em oração para alcançar a graça de uma oração contínua, ininterrupta.

Anote em seu caderno os “rhemas” desta Lectio e partilhe no seu grupo ou comunidade. Escreva para nós, dando seu testemunho.
Shalom!

José Ricardo F. Bezerra 
Consagrado na Comunidade de Aliança Shalom
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Homilia do Papa Bento XVI na abertura do Ano da Fé



HOMILIA
Santa Missa de abertura do Ano da Fé
Praça São Pedro - Vaticano
Quinta-feira, 11 de outubro de 2012


Venerados Irmãos,
Queridos irmãos e irmãs!

Hoje, com grande alegria, 50 anos depois da abertura do Concílio Vaticano II, damos início ao Ano da fé. Tenho o prazer de saudar a todos vós, especialmente Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca de Constantinopla, e Sua Graça Rowan Williams, Arcebispo de Cantuária. Saúdo também, de modo especial, os Patriarcas e Arcebispos Maiores das Igrejas Orientais católicas, e os Presidentes das Conferências Episcopais. Para fazer memória do Concílio, que alguns dos aqui presentes – a quem saúdo com afeto especial - tivemos a graça de viver em primeira pessoa, esta celebração foi enriquecida com alguns sinais específicos: a procissão inicial, que quis recordar a memorável procissão dos Padres conciliares, quando entraram solenemente nesta Basílica; a entronização do Evangeliário, cópia daquele que foi utilizado durante o Concílio; e a entrega das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica, que realizarei no termo desta celebração, antes da Bênção Final. Estes sinais não nos fazem apenas recordar, mas também nos oferecem a possibilidade de ir além da comemoração. Eles nos convidam a entrar mais profundamente no movimento espiritual que caracterizou o Vaticano II, para que se possa assumi-lo e levá-lo adiante no seu verdadeiro sentido. E este sentido foi e ainda é a fé em Cristo, a fé apostólica, animada pelo impulso interior que leva a comunicar Cristo a cada homem e a todos os homens, no peregrinar da Igreja nos caminhos da história.

O Ano da fé que estamos inaugurando hoje está ligado coerentemente com todo o caminho da Igreja ao longo dos últimos 50 anos: desde o Concílio, passando pelo Magistério do Servo de Deus Paulo VI, que proclamou um "Ano da Fé", em 1967, até chegar ao o Grande Jubileu do ano 2000, com o qual o Bem-Aventurado João Paulo II propôs novamente a toda a humanidade Jesus Cristo como único Salvador, ontem, hoje e sempre. Entre estes dois Pontífices, Paulo VI e João Paulo II, houve uma profunda e total convergência na visão de Cristo como o centro do cosmos e da história, e no ardente desejo apostólico de anunciá-lo ao mundo. Jesus é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus através de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus. Ele é o cumprimento das Escrituras e seu intérprete definitivo. Jesus Cristo não é apenas o objeto de fé, mas, como diz a Carta aos Hebreus, é aquele “que em nós começa e completa a obra da fé” (Hb 12,2).

O Evangelho de hoje nos fala que Jesus Cristo, consagrado pelo Pai no Espírito Santo, é o verdadeiro e perene sujeito da evangelização. “O Espírito do Senhor está sobre mim, / porque ele me consagrou com a unção / para anunciar a Boa-Nova aos pobres” (Lc 4,18). Esta missão de Cristo, este movimento, continua no espaço e no tempo, ao longo dos séculos e continentes. É um movimento que parte do Pai e, com a força do Espírito, impele a levar a Boa-Nova aos pobres, tanto no sentido material como espiritual. A Igreja é o instrumento primordial e necessário desta obra de Cristo, uma vez que está unida a Ele como o corpo à cabeça. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). Estas foram as palavras do Senhor Ressuscitado aos seus discípulos, que soprando sobre eles disse: “Recebei o Espírito Santo” (v. 22). O sujeito principal da evangelização do mundo é Deus, através de Jesus Cristo; mas o próprio Cristo quis transmitir à Igreja a missão, e o fez e continua a fazê-lo até o fim dos tempos infundindo o Espírito Santo nos discípulos, o mesmo Espírito que repousou sobre Ele, e n’Ele permaneceu durante toda a sua vida terrena, dando-lhe a força de “proclamar a libertação aos cativos / e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

O Concílio Vaticano II não quis colocar a fé como tema de um documento específico. E, no entanto, o Concílio esteve inteiramente animado pela consciência e pelo desejo de ter que, por assim dizer, imergir mais uma vez no mistério cristão, para poder propô-lo novamente e eficazmente para o homem contemporâneo. Neste sentido, o Servo de Deus Paulo VI, dois anos depois da conclusão do Concílio, se expressava usando estas palavras: “Se o Concílio não trata expressamente da fé, fala da fé a cada página, reconhece o seu caráter vital e sobrenatural, pressupõe-na íntegra e forte, e estrutura as suas doutrinas tendo a fé por alicerce. Bastaria recordar [algumas] afirmações do Concílio (...) para dar-se conta da importância fundamental que o Concílio, em consonância com a tradição doutrinal da Igreja, atribui à fé, a verdadeira fé, que tem a Cristo por fonte e o Magistério da Igreja como canal” (Catequese na Audiência Geral de 8 de março de 1967).

Agora, porém, temos de voltar para aquele que convocou o Concílio Vaticano II e que o inaugurou: o Bem-Aventurado João XXIII. No Discurso de Abertura, ele apresentou a finalidade principal do Concílio usando estas palavras: “O que mais importa ao Concílio Ecumênico é o seguinte: que o depósito sagrado da doutrina cristã seja guardado e ensinado de forma mais eficaz. (...) Por isso, o objetivo principal deste Concílio não é a discussão sobre este ou aquele tema doutrinal... Para isso, não havia necessidade de um Concílio... É necessário que esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e apresentada de forma a responder às exigências do nosso tempo” (AAS 54 [1962], 790791-792).

À luz destas palavras, entende-se aquilo que eu mesmo pude então experimentar: durante o Concílio havia uma tensão emocionante, em relação à tarefa comum de fazer resplandecer a verdade e a beleza da fé no hoje do nosso tempo, sem sacrificá-la frente às exigências do presente, nem mantê-la presa ao passado: na fé ecoa o eterno presente de Deus, que transcende o tempo, mas que só pode ser acolhida no nosso hoje, que não torna a repetir-se. Por isso, julgo que a coisa mais importante, especialmente numa ocasião tão significativa como a presente, seja reavivar em toda a Igreja aquela tensão positiva, aquele desejo ardente de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo. Mas para que este impulso interior à nova evangelização não seja só um ideal e não peque de confusão, é necessário que ele se apóie sobre uma base concreta e precisa, e esta base são os documentos do Concílio Vaticano II, nos quais este impulso encontrou a sua expressão. É por isso que repetidamente tenho insistido na necessidade de retornar, por assim dizer, à “letra” do Concílio - ou seja, aos seus textos - para também encontrar o seu verdadeiro espírito; e tenho repetido que neles se encontra a verdadeira herança do Concílio Vaticano II. A referência aos documentos protege dos extremos tanto de nostalgias anacrônicas como de avanços excessivos, permitindo captar a novidade na continuidade. O Concílio não excogitou nada de novo em matéria de fé, nem quis substituir aquilo que existia antes. Pelo contrário, preocupou-se em fazer com que a mesma fé continue a ser vivida no presente, continue a ser uma fé viva em um mundo em mudança.

Se nos colocarmos em sintonia com a orientação autêntica que o Bem-Aventurado João XXIII queria dar ao Vaticano II, poderemos atualizá-la ao longo deste Ano da Fé, no único caminho da Igreja que quer aprofundar continuamente a “bagagem” da fé que Cristo lhe confiou. Os Padres conciliares queriam voltar a apresentar a fé de uma forma eficaz, e se quiseram abrir-se com confiança ao diálogo com o mundo moderno foi justamente porque eles estavam seguros da sua fé, da rocha firme em que se apoiavam. Contudo, nos anos seguintes, muitos acolheram acriticamente a mentalidade dominante, questionando os próprios fundamentos do depositum fidei a qual infelizmente já não consideravam como própria diante daquilo que tinham por verdade.

Se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização, não é para prestar honras a uma efeméride, mas porque é necessário, ainda mais do que há 50 anos! E a resposta que se deve dar a esta necessidade é a mesma desejada pelos Papas e Padres conciliares e que está contida nos seus documentos. Até mesmo a iniciativa de criar um Concílio Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização – ao qual agradeço o empenho especial para o Ano da Fé – enquadra-se nessa perspectiva. Nos últimos decênios tem-se visto o avanço de uma "desertificação" espiritual. Qual fosse o valor de uma vida, de um mundo sem Deus, no tempo do Concílio já se podia perceber a partir de algumas páginas trágicas da história, mas agora, infelizmente, o vemos ao nosso redor todos os dias. É o vazio que se espalhou. No entanto, é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus que liberta do pessimismo. Hoje, mais do que nunca, evangelizar significa testemunhar uma vida nova, transformada por Deus, indicando assim o caminho. A primeira Leitura falava da sabedoria do viajante (cf. Eclo 34,9-13): a viagem é uma metáfora da vida, e o viajante sábio é aquele que aprendeu a arte de viver e pode compartilhá-la com os irmãos - como acontece com os peregrinos no Caminho de Santiago, ou em outros caminhos de peregrinação que, não por acaso, estão novamente em voga nestes últimos anos. Por que tantas pessoas hoje sentem a necessidade de fazer esses caminhos? Não seria porque neles encontraram, ou pelo menos intuíram o significado do nosso estar no mundo? Eis aqui o modo como podemos representar este ano da Fé: uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão (cf. Lc 9,3), mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como é o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos.
Venerados e queridos irmãos, no dia 11 de outubro de 1962, celebrava-se a festa de Santa Maria, Mãe de Deus. A Ela lhe confiamos o Ano da Fé, tal como fiz há uma semana, quando fui, em peregrinação, a Loreto. Que a Virgem Maria brilhe sempre qual estrela no caminho da nova evangelização. Que Ela nos ajude a pôr em prática a exortação do Apóstolo Paulo: “A palavra de Cristo, em toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros, com toda a sabedoria... Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus. Por meio dele dai graças a Deus Pai” (Col 3,16-17). Amém.


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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Os santos podem interceder?



Diferença de culto (latria, dulia e hiperdulia)

 Alguns protestantes confundem o culto que os católicos tributam aos santos com o culto que se deve a Deus. Para introduzir o assunto da intercessão dos santos é necessário esclarecer a diferença que existe entre os cultos de "dulia", "hiperdulia" e "latria".
 Em grego, o termo "douleuo" significa "honrar" e não "adorar".
 No sentido verbal, adorar (ad orare) significa simplesmente orar ou reverenciar a alguém.
 A Sagrada Escritura usa o termo "adorar" em várias acepções, tanto no sentido de douleuo como de latreuo, como demonstrarei através da "Vulgata", Bíblia católica original e escrita em latim.

"Tu adorarás o teu Deus" (Mt 4, 10)

 "Abraão, levantando os olhos, viu três varões em pé, junto a ele. Tanto que ele os viu, correu da porta da tenda a recebê-los e prostrando em terra os adorou" (Gn. 18,2).

 Eis os dois sentidos bem indicados pela própria Bíblia: adoração suprema, devida só a Deus; adoração de reverência, devida a outras pessoas.
 A Igreja católica, no seu ensino teológico, determina tudo isso com uma exatidão matemática.

A adoração, do lado de seu objeto, divide-se em três classes de culto:

1. culto de latria (grego: "latreuo") quer dizer adorar - É o culto reservado a Deus

2. culto de dulia (grego: "douleuo") quer dizer honrar.

3. culto de hiperdulia (grego: hyper, acima de; douleuo, honra) ou acima do culto de honra, sem atingir o culto de adoração.

 A latria é o culto que se deve somente a Deus e consiste em reconhecer nele a divindade, prestando uma homenagem absoluta e suprema, como criador e redentor dos homens. Ou seja, reconhecer que ele é o Senhor de todas as coisas e criador de todos nós, etc.
 O culto de dulia é especial aos santos, como sendo amigos de Deus.
 O culto de hiperdulia é o culto especial devido a Maria Santíssima, como Mãe de Deus.

Alguns protestantes protestam dizendo que toda a "inclinação", "genuflexão", etc, é um ato eminentemente de "adoração", só devido à Deus.

Já demonstramos, com o trecho do Gênesis, que isso não procede. Todavia, para deixar mais claro o problema, devemos recordar que o culto de "latria" (ou de "dulia") é um ato interno da alma. A adoração é, eminentemente, um ato interior do homem, que pode se manifestar de formas variadas, conforme as circunstâncias e as disposições de alma de cada um.

Os atos exteriores - como genuflexão, inclinação, etc -, são classificados tendo em vista o "objeto" a que se destinam. Se é aos santos que se presta a inclinação, é claro que se trata de um culto de dulia. Se é a Deus, o culto é de latria.

Aliás, a inclinação pode ser até um ato de agressão, como no caso dos soldados de Pilatos que, zombando de Nosso Senhor, "lhe cuspiram no rosto e, prostrando-se de joelhos, o adoraram" (Mc 15, 19). A objeção protestante, dessa forma, cai por terra. Ou eles teriam que afirmar que havia uma "adoração" por parte dos soldados de Pilatos, o que é absurdo! Eles simulavam uma adoração (ou veneração ao "Rei dos Judeus), através de atos exteriores, mas seu desejo era de zombaria.

A mediação dos santos
"Orai uns pelos outros, para serdes salvos, porque a oração do justo, sendo fervorosa, pode muito"(Tgo 5, 16)
 Orar quer dizer prestar homenagem, louvar, exaltar, suplicar, embora nem toda homenagem seja uma oração, como já vimos.

 "Tomai sete touros... e ide a meu servo Jó... o meu servo Jó... orará por vós e admitirei propício a sua face" (Jó 42,8 ). Neste trecho, Deus não apenas permite, mas ordena "ide", e promete escutar a prece que Jó há de fazer em favor dos seus amigos.
 Nosso Senhor nos manda "Orar uns pelos outros" (MT 5, 44). S. Tiago nos ordena de "orar uns pelos outros" (Tgo. 5, 16). S. Paulo diz que "ora pelos colossenses" (Col. 1, 3).

 No evangelho de S. Mateus (22, 30), Jesus Cristo ensina que os "santos são como os anjos de Deus no céu". Zacarias diz: "que o anjo intercedeu por Jerusalém ao Senhor dos exércitos" (1, 12 -13).
 Os justos, os santos e os anjos do Céu se interessam pelos homens, intercedem pelos homens, e devem ser invocados e louvados.
 O arcanjo Rafael diz a Tobias: "Quando rezavas com lágrimas, e sepultavas os mortos, eu oferecia tua oração a Deus" (Tob. 7, 12) (Os protestantes tiraram esse livro).

S. Paulo, na mesma carta em que declara Jesus como único mediador entre Deus e os homens, indica também mediadores 'secundários' (I Tm 2, 1-5): "Recomenda que façam preces, orações, súplicas e ações de graças por todos os homens..." Pois, fazer orações por outros, é de fato, ser intercessor e mediador entre Deus e os outros.

 A própria Bíblia aplica o título de mediador também a Moisés (Dt 5, 5): "Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre o Senhor e vós".

 Quando a Sagrada Escritura diz que Nosso Senhor é o único caminho entre os homens e Deus, não quer dizer que entre os homens e Nosso Senhor não possa haver intercessores. É claro, só Nosso Senhor é o intercessor entre nós e Deus Pai, mas não significa que entre nós e Ele não existam pessoas que O conheceram, amaram e serviram de forma exemplar.

 É por isso que a doutrina católica chama Nossa Senhora de "Mediatrix ad Christum mediatorem", isto é, "Medianeira junto a Cristo mediador". Deste modo, Cristo fica como único mediador entre Deus e os homens; e a Virgem Maria fica uma "medianeira junto a Cristo".

 O poder de interceder está expresso em diversas passagens das Sagradas Escrituras, como nas Bodas de Caná, onde Nosso Senhor não queria fazer o milagre, pois "ainda não havia chegado Sua hora" e "o que temos nós a ver com isso (com a falta de vinho)?". Bastou Nossa Senhora pedir para que seu Filho fizesse o milagre, que Ele adiantou sua hora para atender à intercessão de sua Mãe Santíssima. Que tamanho poder de intercessão têm Nossa Senhora! Fazer com que Deus, por assim dizer, mudasse seus planos? É tal o poder de Nossa Senhora que a doutrina católica a chama de onipotência suplicante, ou seja, Aquela que tem, por meio da súplica a seu Filho, o poder onipotente!

  Existem diversas passagens da Sagrada Escritura em que Deus só atende por meio da intercessão dos santos, como no caso de Jó (já visto), em que Deus expressamente mandou que o fiel pedisse através de seu servo Jó. Ou mesmo o caso do discípulo de Santo Elias, que só fazia milagres quando pedia através do Deus de Elias.

 Ora, é natural que Deus atenda àqueles que estão mais perto dele do que àqueles que estão mais distantes. Quanto maior a virtude de uma pessoa, tanto mais perto de Deus ela está e tanto mais pode interceder por nós.

Portanto, fica comprovado que é útil a intercessão dos santos junto à Nosso Senhor Jesus Cristo, único mediador entre os homens e Deus-Pai.


Os Santos não dormem após a morte, pois "Deus é Deus dos vivos" e não dos adormecidos

 Eis algumas passagens que demonstram a falsidade do argumento daqueles que defendem a tese de que os homens estão "dormindo" após a morte. 1) Na transfiguração do Tabor, Nosso Senhor aparece ao lado de Elias e de Moisés. Elias está no Paraíso terrestre (ele não morreu e deve voltar no fim do mundo) e Moisés já estava morto (Lc 9, 28 ss). Ora, como alguém que esteja dormindo pode aparecer "acordado" ao lado de Nosso Senhor?,  2) Na parábola do "rico avarento", este pedia, após sua morte, para voltar à terra e avisar os seus amigos (Lc 16, 19 e ss). Pergunta-se, como um ser que dormia podia pedir para 'interceder' pelos seus?. 3) Veja essa outra citação: "santos são como os anjos de Deus no céu" (S. Mateus 22, 30). Será que os anjos também estão dormindo? E o nosso anjo da guarda? E os anjos que governam os astros?

 Ora, é muita contradição defender que os santos estão dormindo, mesmo porque, Deus, voltando-se ao bom ladrão, disse: "Em verdade, em verdade vos digo, ainda hoje estarás comigo no paraíso". Ora, ele não disse que após adormecer e após a ressurreição dos corpos S. Dimas estaria no paraíso. Ele estava 'no tempo', vivo, quando disse essas palavras, indicando a morte próxima de S. Dimas e a entrada deste primeiro santo canonizado da Igreja.

 Em outro trecho, quando discutia com os saudoceus: "Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que Deus nos declarou? Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos" (Mateus 22, 31-33). Logo, Abraão, Isaac e Jacob estão vivos e não "adormecidos".

  No Novo Testamento é nítida a afirmação de que, após a morte, os justos gozam de vida consciente e bem-aventurança. Assim, S. Paulo desejava morrer para estar com Cristo - o que lhe parecei melhor do que ficar na vida presente: "Para mim, viver é Cristo, e morrer é lucro... Sinto-me num dilema: meu desejo é partir e estar com Cristo, pois isto me é muito melhor...."(Fl 1, 21, 23) - Se é para estar com Cristo, ou Nosso Senhor está dormindo, ou os santos não estão dormindo após a morte.

 Mais: em Ap. 6, 9s, os mártires, junto ao altar de Deus nos céus, clamam em alta voz: "Até quando, ó Senhor Santo e verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando nosso sangue contra os habitantes da terra?" Como se vê, os justos estão conscientes após a morte!

 A palavra "dormir" é utilizada em sentido figurado, como eufemismo, significando aqueles que morreram. Em outro trecho, a palavra 'despertar' significa 'ressuscitar'. Quando Nosso Senhor fala, por exemplo: "Pelos frutos conhecereis a árvore". A qual árvore Ele está se referindo? É claro que é uma expressão em sentido figurado. Ele está dizendo que pelos "frutos" (boas obras) conhecereis a "árvore" (quem, de fato, é a pessoa, a instituição etc).

A intercessão dos Santos Após a Morte

Alguns exemplos de intercessão após a morte:
  Jeremias: "E o Senhor disse-me: ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, a minha alma não se inclinaria para este povo; tira-os da minha face e retirem-se" (Jer 15, 1 ss). No tempo de Jeremias, estavam mortos Moisés e Samuel, mas sua possível intercessão é confirmada pelas palavras do próprio Deus: "ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim...", quer dizer que eles poderiam se colocar diante de Deus para pedir clemência para com aquele povo. Em outras palavras, Deus deixa clara a possibilidade da intercessão após a morte.

 Os "santos são como os anjos de Deus no céu" (S. Mateus 22, 30). Zacarias diz: "que o anjo intercedeu por Jerusalém ao Senhor dos exércitos" (1, 12 -13).

 Em II Mac 15, 12-15 lemos: "Parecia-lhe (a Judas Macabeu) que Onias, sumo sacerdote (já falecido!)... orava de mãos estendidas por todo o povo judeu... Onias apontando para ele, disse: 'Este é amigo de seus irmãos e do povo de Israel; é Jeremias (falecido), profeta de Deus, que ora muito pelo povo e por toda a cidade santa".

 No Apocalipse (6, 9s), os mártires, junto ao altar de Deus nos céus, clamam em alta voz: "Até quando, ó Senhor Santo e verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando nosso sangue contra os habitantes da terra?"

Todos estes trechos demonstram, inequivocamente, a intercessão dos santos após a morte.

As Relíquias dos Santos e o Incenso

Era comum, já nas catacumbas, a reprodução de imagens e a guarda das relíquias dos santos. Qualquer um que visitar Roma verá as catacumbas com pinturas, inclusive da Mãe de Deus. S. Lucas, um dos evangelistas, pintou imagens de Nossa Senhora (fala-se em três pinturas). Uma das quais está exposta à veneração dos fiéis na igreja de Loreto, Itália.

 O incenso era utilizado como ritual desde o Antigo Testamento. Os capítulos 25 a 31 do Êxodo são a enumeração de todos os objetos que Deus manda fazer e reservar para o seu culto.

 E não somente Deus manda separar estes objetos, mas exige que sejam "consagrados, bentos ou ungidos" com uma unção especial.

 Ele mesmo manda fazer o azeite da santa unção e diz: "E com ele ungirás a tenda da reunião e a arca do testamento, e a mesa com todos os seus vasos, o altar do incenso e a pia com a sua base" (Ex 30, 26-30)

 Eis a origem da benção dos objetos e das pessoas consagradas a Deus. E na categoria de objetos entram as imagens, as estátuas, que são objetos de culto, enquanto nos lembram as virtudes dos santos que representam.

 Sobre relíquias, devemos explicar o seu significado.

 Relíquia é aquilo que resta dos corpos dos santos, ou os objetos que estiveram em contato com Cristo ou com os santos. As relíquias são veneráveis porque os corpos dos santos foram templos e instrumentos do Espírito Santo e ressuscitarão um dia na glória (Conc. de Tr. 25).

 O culto das relíquias é inato no homem: gostamos de conservar como recordação os objetos que pertenceram aos homens ilustres, as armaduras dos grandes guerreiros, por exemplo. O mesmo Deus honra as relíquias, porque se serve delas para operar milagres. Muitos corpos de santos permanecem incorruptos, exalando bom odor etc.

 Já os hebreus conservavam religiosamente as relíquias: Moisés levou do Egito o corpo de José (Ex. 13, 19); os cristãos imitaram-lhe o exemplo. Santo Inácio de Antioquia foi lançado no anfiteatro de Roma às feras, que lhe não deixaram senão ossos; os seus discípulos procuraram-nos de noite e levaram-nos para Antioquia (no ano 107). O mesmo se fez a S. Policarpo, bispo de Esmirna (166), queimado vivo; os seus restos foram considerados jóias preciosas. Os túmulos dos mártires foram, desde a mais alta antigüidade, os sítios onde se construíram Igrejas e altares para aí celebrar o Santo Sacrifício. Muitas relíquias se guardam em relicários de prata, como a Cruz de Cristo ("lignum crucis") e o presépio de Belém.

 Santo Agostinho conta uma multidão de curas e a ressurreição de duas crianças obtidas na África do Norte pelas relíquias de S. Estevão. Já no Antigo Testamento vemos um morto ressuscitar ao contato dos ossos do profeta Eliseu (4 Reis, 13, 21).

 Nada de estranho há nisso, pois ao simples tocar da veste do Messias, quantos não foram curados (Mt 9, 22)? A simples passagem da sombra de S. Pedro curava doentes (At 5, 15), ou os lenços e aventais de S. Paulo (At 19, 12). É evidente que o milagre não é produzido materialmente pelas relíquias, mas pela vontade de Deus. Não há, pois, superstição alguma nas peregrinações do povo cristãos a certos lugares em que Deus obra milagres pelas relíquias ou imagens dos santos (S. Agostinho).

Com. Católica Shalom
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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Nove perguntas sobre o Ano da Fé


Com a Carta apostólica Porta fidei de 11 de outubro de 2011, o Santo Padre Bento XVI convocou um Ano da Fé. Ele começará no dia 11 de outubro 2012, por ocasião do qüinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e terminará aos 24 de novembro de 2013, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
Este ano será uma ocasião propícia a fim de que todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé cristã é “o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. Bento XVI, Carta Enc. Deus caritas est, n 1. Fundamentada no encontro com Jesus Cristo ressuscitado, a fé poderá ser redescoberta na sua integridade e em todo o seu esplendor. “Também nos nossos dias a fé é um dom que se deve redescobrir, cultivar e testemunhar” para que o Senhor “conceda a cada um de nós viver a beleza e a alegria de sermos cristãos” Homilia na Festa do Batismo do Senhor, 10 de janeiro 2010.
Mas de que se trata? O que deseja o Santo Padre? O que se pode fazer? A 08 dias do início, respostas às perguntas que surgem.
1. O que é o Ano da Fé?
O Ano da Fé “é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo” (Porta Fidei, 6). Um profundo encontro com Deus e aprofundamento da fé.
2. Quando se inicia e quando termina?
Inicia-se a 11 de outubro de 2012 e terminará a 24 de novembro de 2013.
3. Por que nessas datas? 
Em 11 de outubro coincidem dois aniversários: o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica. O encerramento, em 24 de novembro, será a solenidade de Cristo Rei.
4. Por que é que o Papa convocou este ano?
“Enquanto que no passado era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade, devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas”. Por isso, o Papa convida para uma “autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”. O objetivo principal deste ano é que cada cristão “possa redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo”.
5. Quais meios assinalou o Santo Padre? 
Como expôs no Motu Proprio “Porta Fidei”: Intensificar a celebração da fé na liturgia, especialmente na Eucaristia; dar testemunho da própria fé; e redescobrir os conteúdos da própria fé, expostos principalmente no Catecismo.
6. Onde terá lugar?
Como disse Bento XVI, o alcance será universal. “Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo”.
7. Onde encontrar indicações mais precisas? 
Numa nota publicada pela Congregação para a doutrina da fé.
Aí se propõe, por exemplo:
- Encorajar as peregrinações dos fiéis à Sede de Pedro;
- Organizar peregrinações, celebrações e reuniões nos principais Santuários.
- Realizar simpósios, congressos e reuniões que favoreçam o conhecimento dos conteúdos da doutrina da Igreja Católica e mantenham aberto o diálogo entre fé e razão.
- Ler ou reler os principais documentos do Concílio Vaticano II.
- Acolher com maior atenção as homilias, catequeses, discursos e outras intervenções do Santo Padre.
- Promover transmissões televisivas ou radiofônicas, filmes e publicações, inclusive a nível popular, acessíveis a um público amplo, sobre o tema da fé.
- Dar a conhecer os santos de cada território, autênticos testemunhos de fé.
- Fomentar o apreço pelo patrimônio artístico religioso.
- Preparar e divulgar material de caráter apologético para ajudar os fiéis a resolver as suas dúvidas.
- Eventos catequéticos para jovens que transmitam a beleza da fé.
- Aproximar-se com maior fé e frequência do sacramento da Penitência.
- Usar nas escolas ou colégios o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.
- Organizar grupos de leitura do Catecismo e promover a sua difusão e venda.
9. Onde posso obter mais informação? 
Visite os sites annusfidei.va / www.cancaonova.com
Como você pretende viver este ano da Fé? Deixe seus comentarios e novas perguntas.
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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Imperfeitos para o mundo. Perfeitos para o Céu!

"Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá" (I Coríntios 13: 10)
Já parou e reparou como o mundo te olha?
Imperfeito! E você mesmo, muitas vezes no seu próprio facebook, twitter, Myspace... fica postando fotos e dizendo que é feio! Que cu ltura medonha esse século está sendo cultivando na cabeça das pessoas e principalmente dos jovens.


Não nego, eu tinha vergonha de postar minhas fotos, sozinho, sempre queria uma escora, para que assim eu pudesse aparecer mais lindo, aí foi quando parei, rezei, e vi a beleza que existe em mim, dentro de mim, a beleza e a perfeição interior, para mundo, eu sou um imperfeito por causa das minhas espinhas, da minha “gordurinha”, sei lá. E você, onde está a sua imperfeição? No seu braço, nas suas pernas, no seu rosto por conta das espinhas que deixaram marcas que talvez um bom tratamento de estética não resolva?

"O que atrapalha um jovem não é espinha do rosto nem o peso a mais, e sim, a sensação de fracasso em seu coração" (Regra Beatitudes).

Falar de beleza exterior é fácil de mais! Essa que o tempo, a saudade, a mágoa, tristeza, PECADO, acidentes, etc. há destroem facilmente, mais jamais podem acabar com aquilo que se tornou perfeito pela Eucaristia, pela oração. Achem-me feio ou bonito, gordo ou magro, a minha beleza interior ninguém pode acabar com ela, o “mundo” e as pessoas que vivem sobre o seu poder, podem me achar imperfeito, “tô nem aí”. Eu sou imagem e semelhança de Deus (Cf. Genesis 2.26-27), como também elas são, mais, porém se deixaram seduzir pela vaidade da carne.

Que eu seja imperfeito para mundo, por não seguir as tendências de moda.
Que eu seja imperfeito para o mundo, por não querer perder minha virgindade por um mero momento de prazer.
Que mundo cruel com os jovens! Ele destrói sem pena e sem dó, cuidado em!

Seja imperfeito para mundo, mais participe da Santa Missa, do grupo de jovens ou de uma comunidade. Cuidado, a perfeição exterior nos engana facilmente, prazer da carne, Nessa reta final, nós Cristãos, não devemos nos preocupar com essa beleza exterior, sim, mais claro que necessitamos cuidar do corpo ele é criação de Deus e templo do Espírito Santo. Imperfeitos exteriormente, porque nos desgastamos pelo Evangelho, na busca de salvar almas, mais por dentro, a perfeição da santificação diária, esperando o segundo Advento de Jesus Cristo, existe uma beleza invisível aos olhos daqueles que só pensam em seu corpo e esquecem-se da sua alma, esqueceram que foram gerados, eleitos para serem do céu! E que lá receberão o seu corpo glorioso, sem deficiências.

Fui modelado, formado por Deus para o céu. Enquanto esse mundo prega a cultura do corpo, os padrões de beleza, etc, Nas novelas ou comerciais, eu vou anunciando uma vida nova, proclamando para aqueles que desejam um novo céu e uma nova terra. Não fui feito para entrar nessa “forminha” do mundo. A minha marca já tenho, é a do Sangue de Jesus, a quem espero a cada dia ansiosamente, vamos juntos? Ainda dá tempo volta para teu Senhor, O deixe retirar as “tranqueiras”, curar as feridas. Quero te ver no céu recebendo a coroa da glória.

“Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará nosso mísero corpo, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso, em virtude do poder que tem de sujeitar a si toda criatura.” (Filipenses 3, 20-21).

Formemos uma geração Santa! Uma Geração Fidelidade.

Diego Tales
Vocacionado da Comunidade Beatitudes do Coração de Jesus
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