O tempo em minhas mãos
Era noite, e não havia vento. Durante uma palestra sobre a esperança, fui tomado por pensamentos sobre o tempo. Peguei o celular e, enquanto os pensamentos fluíam, comecei a digitar... Perder tempo com o tempo, como quem perde a si para se achar. Tomar o tempo nas mãos, mesmo sabendo que ele escorre, silencioso, entre os dedos da alma. Brincar com o tempo, como criança que confia no eterno, sem pressa, sem medo do fim. Viver o momento do tempo, onde o instante toca o infinito. Olhar o tempo e senti-lo, como o vento que não se vê, mas passa. Respirar o tempo, como quem ora sem palavras. Ter cuidado com o tempo, pois é dom, e o dom pede zelo. E então me pergunto, em voz mansa: Quanto tempo de tempo eu tenho? O bastante para amar, talvez. Ou apenas o bastante para aprender que o tempo não é meu, é graça que me visita, e passa. Diego Tales 23/10/2025