terça-feira, 14 de outubro de 2025

O amor como plenitude da liberdade humana

A liberdade é dom para o amor. O Pe. Morais Júnior afirma que o homem só se realiza quando orienta sua liberdade ao Absoluto: “Erra quem procura fragmentar a entidade humana ou quebrar o elo espiritual que a prende ao supremo Bem”.

A liberdade sem amor é solidão; o amor sem liberdade é servidão. Somente quando ambos se unem nasce a santidade, o estado em que a vontade humana repousa na vontade divina, e o ato de amar torna-se ato de ser.

Pe. Faber, refletindo sobre essa união, chama o amor de “ciência das ciências”, porque tudo depende de como estamos diante de Deus. A graça nos faz amar porque nos faz ver: ver a Deus é amá-lo, e amá-lo é tornar-se livre.

Assim, o dom de amar é o ápice da criação e da redenção. O homem, feito à imagem do Amor, encontra sua liberdade quando ama; e, quando ama, torna-se imagem viva de Deus. O dom de amar na liberdade revela o mais profundo dinamismo da vida cristã.

Por fim, o amor é o rosto da liberdade redimida. Amar é permitir que Deus ame em nós, é o exercício mais pleno da liberdade e o mais puro dom da graça. Como ensina São Paulo: “Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade” (2Cor 3,17). E onde há verdadeira liberdade, há o dom supremo de amar.


Obras consultadas:

FABER, Pe. William. Progresso na vida espiritual. Petrópolis: Vozes.

MORAIS JÚNIOR, P. A. D’Almeida. Filosofia da Liberdade. Petrópolis: Vozes, 1947.

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