quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Saber Perder

Perder para Ganhar! Acredito ser este o sentido maior que dá ao ser humano a capacidade não só de aceitar, como também de desejar as perdas ao longo da sua vida. Gosto sempre de lembrar o ato do nascimento, momento no qual o bebezinho “perde” o lugar que ocupou durante nove meses ou um pouco menos, para “ganhar” um novo lugar e novas experiências, para ganhar a luz, ganhar a vida. Ao que parece, esta “perda” é desejada com muito prazer, ainda que inconsciente, pois é bem claro que o útero já não lhe servia mais; começava a ficar apertado, com pouco líquido amniótico e o esforço do bebê para sair não é ilusão. Uma visão negativista tende a encarar o nascimento como o primeiro trauma do ser humano, sua primeira perda e o início das suas dores psíquicas. Prefiro aceitar um outro tipo de visão mais existencial, na qual o indivíduo perde para ganhar e este ganho é o que lhe dá sentido e realização plena.Seria interessante e mais significativo se todas as nossas perdas também fossem desejadas ao invés de temidas... Algumas situações já não nos “cabem” mais; algumas pessoas precisam partir, pois aos olhos do Criador já cumpriram sua missão nesta vida; alguns comportamentos já não se ajustam à consciência; algumas tarefas já não possuem mais sentido (e alguns preferem perder o sentido a perder a tarefa: cuidado!!!).Ao longo da vida, teremos uma série de outros nascimentos, e nesse processo de crescimento e amadurecimento não podemos deixar de conviver com diversas perdas. O que importa, no entanto, é o sentido que daremos a cada uma delas. A escolha por um sentido é o maior bem que alguém pode conquistar, pois ainda que a vida lhe “roube” o que consistia sua felicidade, dar a esta perda um sentido, é capaz de restituir – é claro que com uma outra face – a felicidade perdida. Dizia a antiga filosofia grega: “A felicidade consiste em desejar o que se tem”. Existem situações de perda que só nos deixam, a princípio, o sentido a ser construído. E a construção do sentido começa quando se decide por ele, ou seja, quando é assumida a postura de olhar para a frente e seguir dizendo: “o que Deus está querendo me ensinar com essa perda?” Talvez você esteja diante da grande pérola da sua vida e não saiba...Onde você coloca a maior ênfase da sua história pessoal: nas perdas ou nas conquistas?! Sua vida é marcada por aquilo que você perdeu, ou pelo que ganhou?! Tudo depende de onde colocamos o nosso coração: “Pois onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lc 12,34). O que tem maior valor para você?!Gosto muito das parábolas do tesouro escondido e da pérola encontrada, pois nos ajudam a refletir sobre o valor que damos a cada coisa. A escolha por um sentido é a escolha por um valor, como nos diz a parábola: “Um homem encontra um tesouro escondido no campo... cheio de alegria, vende tudo o que tem para comprar aquele campo” (Mc 13,44). Um homem encontra um valor, investe todas as suas forças, meios e bens para adquiri-lo, pois este valor dá sentido à sua vida. Semelhante a essa história, encontramos muitas outras: “Um(a) jovem dá sua vida em serviço ao Reino, perde seu tempo, seus bens, sua família, seu lazer... para ganhar o Reino dos céus”. Ou ainda, “uma mulher perde seu emprego, seus projetos, para ganhar a boa educação dos seus filhos, ou a saúde e alguns anos de vida a mais dos seus pais enfermos”... Enfim, pessoas que aceitaram com alegria perder para ganhar. Sou levada a crer que a melhor maneira de ser feliz é perder muito! Como é preciso amar muito, sofrer muito, perdoar muito, chorar muito, plantar muito, colher muito... Mas é preciso perder com uma grande e séria alegria íntima, com vontade, com inteligência, e é preciso sempre procurar saber perder, melhor e mais. Isso conduz a Deus, conduz à fé inabalável. Foi esse o segredo da alegria de tantos santos que, chegando ao extremo de perderem a si mesmos, encontraram a FELICIDADE que não lhes podia mais ser perdida ou roubada.

Comunidade Católica Shalom
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A nova era e seu psicólogo

Como sabemos a psicologia é a ciência que estuda o psíquico, o estudo da mente. Quando nos consultamos com um psicólogo, ele de todas as formas argumenta para que as suas palavras possam adentrar na mente, e assim mudar a mentalidade sobre alguma coisa que a pessoa está se tratando. Satanás a milhares de anos e principalmente nestes últimos anos para a vinda de Cristo tem estudado as características da mente humana, e isso ele aprendeu muito bem, com sua sabedoria herdada de anjo. E tem lutado constantemente sabendo que pouco tempo lhe resta para iludir o povo de Deus( cf. 12,12).
Um grande espírito de crápula tem tomado espaço no mundo, os lugares e meios de comunicação são usados pelo encardido como centros de atendimento psicológico. E a maior clínica da alma ficando vazia, em meio a esta era de chifronildo até onde iremos?
Os grandes meios de comunicação: rádio, tv , internet, estão sendo os meios do encardido ludibriar o povo santo de Deus, o que mais entristece ao Coração de Jesus, é ver tantas pessoas assistindo um programa, e ouvindo rádio para ver ou ouvir o horóscopo, novela e tantas outras coisas que fazem Jesus voltar ao Calvário. Quantas e quantas pessoas assistem às novelas e vêem escândalos, e dizem isso é normal, hoje para muitos as jovens de 13 anos engravidarem é normal. O uso de uma metodologia muito astuta do encardido tem sido usada para mexer com o psíquico, o que abrange corpo, alma e espírito, conheço tantas pessoas iludidas pelas novelas e horóscopo, por orações de jogo do bicho, búzios, cartomancia, dizer para elas que é errado é fácil, difícil é fazer com que elas acreditem.
A mente do ser humano tem se perdido, tudo o que acontece para muitos é normal, palavra esta que o encardido colocou no coração humano é normal. Usar drogas é normal, Padre namorar e beber é normal, fazer sexo antes do casamento é normal, se masturbar assistindo um filme pornográfico é normal, abortar é normal, etc.
E os poucos cristãos que restam na Igreja Católica, têm que se calar diante de tanta devassidão, levantar a voz e ser profeta é para poucos, os filhos da nova era e seu psicólogo, rodeiam os que se opuserem até martirizar. Tentam acabar com a grande e maior clínica da alma chamada “Sacrário”, a Igreja e Eucaristia abandonada, os seguidores da nova era buscam a clínica do encardido, enquanto podiam buscar Jesus que disse: “Vinde a Mim todos que estão cansados e Eu aliviarei – Aquele que vem a Mim de modo algum lançarei fora”.
As Igrejas nas Santas Missas tem ficado vazias, os sacerdotes caindo na apostasia pregada pelo encardido. É chegado o combate final.
E para encerrar não procurem à felicidade onde não há, o amor onde nunca existiu, o tempo é curto por isso o encardido busca de todas as formas escurecer o mundo com as trevas.
E saiba só da Cruz e a Eucaristia brota toda a fonte de cura e libertação, pois o Sangue que ali verteu é vida para quem crê, e semente da expiação. Plenos na graça do Espírito Santo e no amor da Virgem Maria, nunca serão feitos de fantoche por satanás, e que os meios de comunicação possam ser para trasmitir a boa nova de Cristo.

Abraços em Cristo, pois só com Ele seguiremos até o fim mesmo sem entender!


Diego Tales
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Sob a proteção do Altissímo

Eu quero falar hoje para vocês sobre duas armas poderosas que o demônio tem nas suas mãos para nos usar: o medo e o desânimo. Vamos falar sobre a batalha espiritual que travamos todos os dias, o combate que temos dia e noite sem cessar. Não podemos dar chances para que o inimigo de Deus zombe de nós cristãos.
Abra a sua Bíblia em Efésios 6, 10-20:
“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar”.
Há uma luta tremenda entre a luz e as trevas, meus irmãos. Se travarmos a batalha da fé, venceremos satanás; pois é só por meio dela que podemos receber milagres. Estamos vivendo uma grande crise de crença no mundo atual. A fé exige uma recusa de ídolos na nossa vida.
Precisamos “combater o bom combate da fé”, como nos ensina São Paulo. Não podemos ficar de braços cruzados, pois somos desafiados a lutar por Jesus Cristo e Ele está conosco todos os momentos. Se Ele está conosco, quem estará contra? Não pode existir desânimo na hora de rezar, nem medo do que vai acontecer, pois essas duas coisas são brechas para o demônio.
Pare de ficar preocupado com as coisas que estão à sua volta, Deus está com você todos os dias até o fim dos tempos. Você não está sozinho! Precisamos orar com fé: com vontade ou sem vontade. Não se acomode, não dê trégua para o inimigo voltar com toda a força em cima de você.
Esse combate é para homens e mulheres de fogo, testados no sofrimento. É o sofrimento que nos capacita; por isso ele não é ruim, é uma graça! Nós perdemos muito tempo preocupados com problemas. Deus não existe para resolver os seus problemas, pois eles cabem a você. O Senhor vai resolver aquilo que não podemos fazer. Aquilo que não podemos realizar, o Senhor realizará; mas o que você pode, resolva você!
Ir à Santa Missa é uma questão de sobrevivência, ler a Palavra é como se alimentar, respirar. Precisamos praticar essas duas coisas o tempo todo para que sejamos cristãos combatentes, fortes. Gente fraca não aguenta a batalha!
É preciso que estejamos vigilantes. Mas como estruturar meu exército? É preciso estudar alternativas, planejar. A gente nem reza, como vai planejar nossa vida religiosa? Você foi chamado para salvar a sua casa. Se você não tem nenhuma estratégia em mãos, é hora de prepará-la. É importante saber o nosso “potencial de fogo” e do inimigo também. Não desista de Deus, é preciso ter disposição de guerreiro! Quando a gente começa a rezar, uma luta espiritual começa também. Não dê tréguas ao inimigo; fique alerta! Combater o mal é cuidar da saúde física e emocional. Antes de lutar, você precisa valorizar a si mesmo.
Que tipo de guerra nós estamos travando? A guerra da evangelização, meus irmãos. A primeira arma que precisamos usar nessa batalha é o “cinturão da verdade”. Estamos vivendo num mundo de mentiras e precisamos lutar pela verdade, que só pode ser encontrada no Pai. Essa experiência só é alcançada com muita adoração e louvor. Renunciemos a mentira!
>Outra forma para se armar para o combate é a “couraça da justiça”. Ela serve para proteger os órgãos vitais, é como um colete à prova de balas. São Paulo nos ensina que – se praticarmos a justiça – estaremos salvos de todo o mal.
Há ainda as “sandálias da paz”, que é o combate da oração, sem jamais desfalecer; e o “escudo da fé”, que é a nossa arma defensiva, que nos protege das lanças do inimigo. Podemos contar também com o “capacete da salvação”, que vem nos salvar da imoralidade, das coisas que o mundo prega que não são da Igreja. E, por fim, contamos com a “espada do Espírito”, pois é com a Palavra de Deus que nós vamos nos defender e lutar contra o inimigo. Amém!Deixe seu pedido de oração eu quero rezar por você.
Ir. Maria Eunice
Com. Canção Nova
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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A graça vem de Deus, mas a decisão é sua!

Se você está com sede não basta colocar água na boca e não engolir. Chega um momento em que é necessário engolir. Se não der um gole, você não mata sua sede. Será absolutamente inútil ter água na boca. Com a decisão é a mesma coisa. Decidir é uma coisa totalmente pessoal. É você quem decide. Decidir amar, decidir perdoar. Decidir-se por amar, perdoar, fazer as pazes depende de você. Na hora em que se decide, o Senhor lhe dá a graça e a possibilidade. A graça vem de Deus. Mas a decisão depende de você. A graça é acionada por sua decisão de amar, de perdoar. Para que você compreenda, explico: é como o padre na hora da Missa. Para converter o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Cristo, é necessário pronunciar as palavras da consagração: "Isto é meu Corpo... Este é o cálice do meu Sangue...". Cabe ao sacerdote pronunciar as palavras e cabe ao Espírito Santo, com Sua graça, fazer o milagre, para que se tornem presentes sobre o altar o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Se o sacerdote não diz as palavras, não há como o Espírito Santo agir. Na hora em que ele pronuncia essas palavras, o Espírito Santo age e a maravilha de Deus acontece. Um milagre. Com o amor e o perdão é o mesmo: Deus entra com a graça, mas, se não há decisão, não há como a graça de Deus agir. É claro que nenhum padre por si só é capaz de mudar a substância do pão e do vinho e nem perdoar os pecados de ninguém. Mas que beleza! Ao pronunciar as palavras, tudo muda pela ação do Espírito Santo. No amor, no perdão é o mesmo: você decide e Deus opera. Deus o abençoe!
Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

OS FILHOS SÃO UMA BÊNÇÃO DE DEUS PARA A VIDA DO CASAL.

Escrito pelo Professor Felipe Aquino.
Há duas mentiras que precisam ser reveladas: uma a de que existe muita gente no mundo e a outra que não há alimento suficiente para todos. Tal proposição não é verdadeira, o que falta é uma melhoria na sua distribuição. A ONU diz que, com a revolução da biotecnologia, com a revolução verde da genética, o mundo teria hoje condições de alimentar dez bilhões de pessoas, quatro bilhões a mais do que a atual população mundial.
Recentemente, li uma reportagem na Folha de São Paulo, que dizia que a quantidade de alimento que nós no Brasil jogamos no lixo daria para acabar com a fome no País. Então, no mundo, não falta comida nem espaço; faltam, sim, atitudes de amor, uma melhor repartição dos bens, o fim do problema da corrupção, da falta de ética de alguns políticos. Vamos rezar e trabalhar para que isso aconteça, mas não vamos querer resolver o problema do mundo sacrificando a vida, impedindo a vida de existir.
Solução fácil para problema difícil
Uma tese muito forte da filosofia diz: imagine que você tenha dez pessoas e queira colocar um chapéu em cada cabeça, mas você só dispõe de nove chapéus. Uma cabeça, portanto, vai ficar sem chapéu. Como nenhuma cabeça deve ficar sem chapéu, então restam duas alternativas: a primeira é arranjar um chapéu a mais e colocar na cabeça que está sem ele. A segunda alternativa é cortar uma cabeça, para que fiquem nove cabeças e cada uma com seu chapéu. A política de controle de natalidade é a política de cortar cabeças, sob o argumento de que arranjar um chapéu a mais é difícil e custa caro. É mais complicado encontrar o chapéu…
A igreja, meus irmãos, nunca será estimada pelo mundo. Por quê? O Papa Paulo VI disse uma vez: a Igreja não aceita soluções fáceis para problemas difíceis. Por isso, a Igreja é odiada pelo mundo, tida como arcaica, obscurantista e medievalista. Se você quebrar a perna, não ficará curado se eu disser: vá para casa e tome três aspirinas. É claro que não vai funcionar e você ainda vai ter que ir para o hospital… Foi grave o problema, então a solução é difícil. Entrai pela porta estreita.
Não esqueçam que, quando Pedro quis tirar a cruz de Cristo, Ele disse: Afasta-te de mim, Satanás”.O mundo está nos enganando, dizendo - “é loucura ter filhos”. Deus diz, não é. É, antes, uma bênção. O salmo 126, da família, diz assim: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os construtores…” No versículo três do mesmo salmo, está escrito: “Os filhos são um dom de Deus”. Não está escrito que os filhos são uma maldição de Deus.
Tenho visto que algumas mulheres, quando ficam grávidas, parece que engravidaram de uma maldição. Arrancam os cabelos, ficam desesperadas, o que não é cristão. Os filhos são um dom de Deus. Uma recompensa, o fruto das entranhas. Tal como as flechas nas mãos do guerreiro, assim são os filhos gerados na juventude. Feliz o homem que assim encheu a sua aljava. Você sabe o que significa aljava? É aquela bolsa que o arqueiro enche de flechas. O salmista compara os filhos gerados na juventude com as flechas do arqueiro. Ele diz: “Feliz o homem que assim encheu a sua aljava, pois está cheio de flechas”. O guerreiro está pronto.
No jubileu da família, o Papa disse muitas coisas. Entre elas disse: “Casais católicos, não tenham medo da vida, famílias católicas, não tenham medo da vida”. E se há alguém que deveria ter medo da vida é o próprio Papa, que foi criado sem mãe, por seu pai. João Paulo enfrentou o nazismo na Polônia, pois sabemos que a guerra começou quando Hitler invadiu esse pequeno país da Europa Central. O futuro pontífice amargou sofrimentos variados na família. Era alguém para ter receio de tudo que dissesse respeito a filhos e à própria família, no entanto é hoje a voz profética do Espírito Santo que diz para os casais seguidores de Cristo: “Não tenham medo da vida”.
Nós estamos com medo, todos estão com medo, mas o problema mostra-se como uma questão de fé. São Paulo diz: “Sem fé, é impossível agradar a Deus”. O justo vive pela fé”, diz o profeta Habacuc. Então, se formos dar ouvidos à voz do mundo, não vamos ter filhos, vamos temer a alta da inflação, do dólar, o avanço da globalização… Isso não é a Lei de Deus. O mundo sempre teve problemas, guerra, terrorismo… em todas as épocas da história. E a Igreja sempre ensinou a mesma coisa: os filhos são uma benção de Deus.
Gostaria de fazer uma citação do Catecismo: “Chamados a dar a vida, os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus. Os cônjuges, no ofício de transmitir a vida e de educar, missão própria deles, são cooperadores do amor de Deus criador”.
Podemos, neste mundo, fazer a obra que for, mas ela nunca será tão grande quanto a de gerar e educar um ser humano. Um dia, as estrelas vão se apagar, os computadores não irão funcionar, os aviões não voarão, os navios não vão singrar os oceanos… mas um filho nunca acaba, é eterno. Não há obra que possamos fazer neste mundo que possa se comparar com a geração e a educação de um filho.
É por isso mesmo que Deus quer que tomemos muito cuidado com eles. Não podem nascer de qualquer jeito, a Igreja fala de paternidade e maternidade responsável. E diz ainda: “Tenham o máximo de filhos que vocês puderem criar”. Cada um é quem decide. Se alguém disser para você: “Aqui tem um tesouro: ouro, pérolas, pedras preciosas… abra o baú e leve o que quiser”. O que você vai fazer? Vai encher os bolsos e levar tudo o que puder. Ora, os filhos são uma benção. E Deus diz: “Leve o que você quiser”. Então, leve o máximo!
A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da benção divina e da generosidade dos pais” (Cat 2373). A um casal que vive mal, brigando, longe de Deus, não aconselho ter muitos filhos. Talvez fosse até melhor não ter nenhum. Mas, não tenho dúvidas de dizer junto com a Igreja a nós, que buscamos a vontade de Deus, que temos a fé, que amamos nosso cônjuge e queremos viver o amor de Deus: “Tenham o máximo de filhos que vocês puderem criar”.
Eu parei em cinco. E hoje, olhando nossos filhos todos criados, às vezes digo: “Se tivéssemos tido oito, seríamos mais felizes”. Gasta-se muito, chora-se muito e ri-se muito. Mas há muito mais felicidade do que frustrações.
Vocês sabem que os muçulmanos casam-se com várias mulheres e têm muitos filhos com cada uma. E nós, cristãos, não queremos ter nenhum, ou no máximo dois. É também por isso que o Islamismo é uma das religiões que mais crescem no mundo. E eu não quero que a lei de Deus seja enterrada pelo egoísmo, pelo comodismo, pelo medo. Nós, casais cristãos, devemos fazer essa reflexão, e ela já começou, graças a Deus!
Cheguei aqui em Fortaleza e fui recebido por um casal jovem que tem cinco filhos, depois encontrei uma outra mãe jovem que está esperando o sexto filho.
Catástrofes
Não há muita gente no mundo. Vou dar um dado estatístico. No Japão há 300 pessoas por quilômetro quadrado, enquanto no Brasil há vinte. E é assim em toda a América Latina. Em Israel, 200. E lá no Japão não há fome nem analfabetismo, o que mostra que o que resolve o problema do homem não é matar a vida.
O Malthusianismo, criado pelo cientista Malthus, previa que iríamos chegar ao ano 2000 com dez bilhões de habitantes enfrentando uma terrível fome. Hoje, não passamos de seis bilhões. Segundo previsões da ONU, chegaremos ao ano 2050 com não mais do que dez bilhões de pessoas vivendo no planeta. Tais teses catastróficas provenientes de pagãos, os que negam a crença em Deus, assustam o mundo. Um país, para manter sua população, deve ter um índice de natalidade de dois filhos por casal, mas isso na verdade gira em torno de dois filhos. Porque, mesmo morrendo o pai e a mãe, permanece o mesmo índice populacional. Então, matematicamente falando, o país que tiver um índice de natalidade menor de que dois filhos por casal, verá sua população diminuir.
Na Europa, apenas dois países têm esse índice. Todos os demais estão com a população diminuindo. Foi um doutor em história moderna, formado pela Sorbonne, Dr. Pierre Chani, quem concluiu em um estudo que, se persistir esse estado de coisas, a Alemanha, por exemplo, dentro de algum tempo, acabará.
Na década de 50, o índice de natalidade no Brasil era de cinco filhos por casal, hoje é de 2,2. Estamos chegando ao limite em que a população não vai mais aumentar.A força de uma nação está em seu povo. Temos o exemplo da China, hoje, respeitada, atualmente com cerca de 1,2 bilhões de pessoas. Os americanos não impõem a si mesmos uma política de controle de natalidade tal como eles o fazem à América Latina. Para eles, o elemento propulsor de um país está em sua população, o seu mercado consumidor em potencial. Os EUA temem que os povos latinos tenham um bom desenvolvimento populacional. O mundo está, sim, despovoado.
Na Amazônia há apenas duas pessoas por quilômetro quadrado, e nós estamos com medo, achando que o mundo está cheio de gente. A Igreja não quer que sejamos loucos, irresponsáveis, mas também não quer que sejamos egoístas, comodistas e medrosos.
Vou contar uma história: conheci um velhinho, cujo apelido era Baracho, que vivia na minha casa e criava galinhas. Como gostava muito de contar histórias, um dia ele disse: “Quando nasceu o meu oitavo filho, eu estava tão pobre, tão pobre, que o padrinho da criança me pediu para levá-la, e eu disse: “Deus dá, Deus cria”. E acreditem, tal homem teve 22 filhos. Estou contando isso pois nunca consegui esquecer: “Deus dá, Deus cria”. Deus não deixa faltar nada, Ele cuida. Sou professor e nunca saí da sala de aula, mas a cada filho que eu tinha, ia ganhando mais dinheiro.
Como educar os filhos, para que tal tesouro que Deus coloca em nossas mãos não seja negligenciado? Peçamos ao Santo Espírito que retire de nós este medo…
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